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Bibliografia
Azagaia (nome tirado de uma espécie de lança curta) nasceu em 6 de maio de
1984 em Namaacha na província de Maputo, perto da fronteira de Moçambique
com a Suazilândia. É filho de uma comerciante moçambicana e de um
professor cabo-verdiano. Aos 10 anos de idade foi morar para a
capital Maputo onde viria a concluir o ensino médio e ingressou na universidade,
tendo passado pelas camadas de formação de basquetebol do Desportivo de
Maputo.
Iniciou a carreira musical com 13 anos integrando com o grupo Dinastia Bantu,
com MC Escudo, onde chegaria a lançar, em 2005, o álbum Siavuma
Em 10 de Novembro de 2007 Azagaia editou o seu primeiro álbum a
solo, Babalaze (que significa "ressaca" na língua changana) pela editora Cotonete
Records. O lançamento tornou-se num recorde de vendas na dia de estreia.]A
álbum contou com as participações de Terry, em "Eu Não Paro" e de Valete em
"Alternativos"] Este trabalho contém um tom crítico contra o Governo
moçambicano, o que terá levado a que algumas faixas a não fossem transmitidas
pelos canais públicos. Pela polémica destacou-se o tema "As Mentiras da
Verdade”.[Também se destacou a música "A Marcha" que bateu recordes de
vendas
Fazendo a sua retrospectiva dos principais acontecimentos em Moçambique,
Azagaia lançou "Obrigado Pai Natal", em 2007, e "Obrigado de Novo Pai Natal"
em 2008.
Depois da revolta popular de 05 de Fevereiro de 2008, em Maputo, Azagaia
apresentou o tema "Povo no Poder" que lhe valeu uma intimação para se
apresentar na Procuradoria-Geral da República, suspeito de "atentar contra a
segurança do Estado". A música voltaria a ser lembrada na revolta popular de 1 e
2 de setembro de 2010.
Em 2009, lançou o tem "Combatentes da Fortuna", que o rapper diz ser inspirado
na crise do Zimbábue e que, apesar de ter sido censurado, foi dado
como videoclipe mais visto da história do rap moçambicano.
No ano de 2010 lançou a música "Arriiii", versando sobre um escândalo de tráfico
de drogas em Moçambique, casos de fuga ao fisco e assassinatos.
Em 2011 Azagaia foi preso, na companhia do seu produtor Miguel Sherba, após
ter sido encontrado um cigarro de soruma (4 gramas).
Após uma produção de três anos, em 2013 Azagaia lançou o segundo álbum de
originais, Cubaliwa (significa "nascimento", em língua sena). Com lançamento
agendado para 09 de novembro, na Associação de Escritores Moçambicanos, em
Maputo, contando entre os temas destacados o single "Movimento de Intervenção
Rápida" ou "Homem Bomba" ou o tema de apresentação lançado em outubro
"ABC do Preconceito". Como convidados neste álbum encontra-se nomes
como Stewart Sukuma, Dama do Bling, a Banda Likuti, Ras Haitrm, Júlia
Duarte ou o rapper angolano MCK. O álbum, chegou a ser apresentado com o
nome de "Aza-leaks" em 2011, por alturas da apresentação do tema "A Minha
Geração".
Cubaliwa deu origem a uma digressão denominada Bem-vindos ao Cubaliwa em
que Azagaia se apresentou com a banda Os Cortadores de Lenha.
O consumo de estupefacientes voltou a surgir em junho 2014 quando, numa
entrevista ao programa Atracções da TV Miramar em que confirmou que tinha
sido detido novamente por posse de droga e justificando que o seu consumo
da canábis se devia a suposta recomendação médica dado padecer de epilepsia,
Azagaia preparou em directo e acendeu o que o próprio disse ser suruma.[Poucos
dias depois, num texto apresentado no Facebook em 15 de Junho de 2014,
Azagaia anunciou que por temor pela sua vida abandonaria a carreira musical e
iria passar a viver em Namaacha, sua terra natal.
Algumas semanas depois, Azagaia revelou que estava com um tumor cerebral, e
iniciou uma campanha de arrecadação de fundos pela Internet. O projeto “Help
Azagaia” serviria para reunir mais de 790 mil meticais (equivalente a
aproximadamente 20 mil euros) para custear a cirurgia de retirada do tumor,
realizada na Índia a 18 de outubro.
Após ano e meio uma afastamento dos palcos, Azagaia voltou a actuar
apresentando-se num concerto na discoteca Coconuts em Maputo, em Maio de
2016