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Agroflorestas

O que são?
Proposta
• Definições.
• Sucessão Ecológica.
• Instalação.
• Manejo.
• Culturas.
• Legislação.
• Associação.
• Primeiros passos.
Objetivos ?
Idéias Caminhos
Definições
- Sistemas agroflorestais (SAFs) são combinações do elemento
arbóreo com herbáceas e/ou animais, organizados no espaço
e/ou no tempo.
Legislação brasileira
“sistemas de uso e ocupação do solo em que
plantas lenhosas perenes são manejadas em
associação com plantas herbáceas, arbustivas,
arbóreas, culturas agrícolas, forrageiras em
uma mesma unidade de manejo, de acordo
com arranjo espacial e temporal, com alta
diversidade de espécies e interações entre estes
componentes”.
Agricultura sustentável?

- Conservação dos recursos naturais, como o


solo, a água e a biodiversidade.

- Diversificação; a rotação de culturas e a


integração da produção animal e vegetal.

- Valorização dos processos biológicos.

- Economia de insumos
Agricultura sustentável?
- Cuidado com a saúde dos agricultores e
consumidores e a produção de alimentos com
elevada qualidade nutritiva e em quantidades
suficientes para atender a demanda global.

- O resgate cultural e do conhecimento local

- Nova relação ser humano-natureza, onde se deve


buscar otimizar e não maximizar os recursos.
SAFs e Agricultura Sustentável

- Otimizam interações os componentes arbóreos e


as culturas ou animais, a fim de obter a maior
diversidade de produtos, diminuir a necessidade
de insumos externos e reduzir os impactos
ambientais.
Agrosociobiodiversidade?
Tipos de Agroflorestas
• Aspectos ecológicos e econômicos:
 Protecionistas ou produtivos .
• Disposição das espécies no tempo:
Sequenciais:
 Intervalo de tempo entre a colheitas.
Simultâneos:
 Várias situações: duas culturas com a mesma época de
plantio e colheita (SAF coincidente), culturas de mesma
época de semeadura e épocas diferentes de colheita
(concomitantes). Ex. plantio banana e palmito Juçara.
De acordo com elementos envolvidos

Silviagrícola ou agrossilviculturais :

 Espécies florestais e culturas agrícolas.

Agrossilvipastoril :

 Espécies florestais, culturas agrícolas e


forrageiras para alimentação animal.
O que nos interessa ?
• Silviagrícola ou agrossilviculturais

O componente agrícola, que engloba as plantas


herbáceas ou arbustivas e o componente
florestal, que pode ser representado pelas
árvores, palmeiras ou outras plantas lenhosas
perenes e de origem florestal.
• Consórcio simples
-Diversidade de espécies entre 20 e 30 espécies
( 40% de espécies florestais nativas).

-Baixa densidade de arbóreas (400 e 500


árvores/ha).
• Complexo e sucessional
-Acima de 30 espécies.

-Densidade de árvores superior a 500


indivíduos/há

-Integração simultânea e contínua de cultivos


anuais e perenes.

-Árvores madeiráveis ou de uso múltiplo.


Qual o melhor modelo para
mim ?
Antes de entrar nos aspectos
técnicos precisamos entender
mais uma coisa!!
O que é a Sucessão Ecológica ?
Sucessão ecológica dentro de um SAFs.
-Plantas cultivadas são introduzidas em consórcio,
de forma a preencher todos os nichos.

-Combinação de espécies nativas remanescentes


ou reintroduzidas e culturas agrícolas.

-Combinar as espécies no espaço e tempo.

-Combinação entre pioneiras, secundárias,


intermediárias e transicionais.
É importante compreender o
funcionamento da natureza para nos
basear nesses fundamentos para
elaborar, implantar e manejar
sistemas de produção. (Penereiro, 2002).
O que esperar ?
• Aumento da diversidade e do número de estratos, da
biodiversidade. etc.
• Recuperação de solos degradados.
• Aumento, ciclagem e uso mais eficiente dos nutrientes
disponíveis .
• O solo e seus componentes (raízes, fauna) tem papel
importante na recuperação e manutenção da fertilidade dos
solos em sistemas agroflorestais.
-
Instalação
Alguns fatores para tomada de decisão:
• Avaliação da Área
-Histórico.
-Condições.
-Tamanho.
• Escolha das plantas
-Culturas.
-Semente e Mudas.
Avaliação da Área
• Perguntar ao conhecimento ecológico local:

- Conhecimento sobre os consórcios de plantas que ocorrem na região.

- Adaptação de cada espécie cultivada a cada tipo de solo ou de relevo e


sobre suas relações ecológicas.

• Perguntar ao ambiente

-Características de cada consórcio, em cada local, definindo especialmente


onde e de que forma começar.

- Pensar diferentes combinações, a partir das variações de características de


solo, relevo e clima é essencial.
Resgatar e promover o saber local,
na prática agroflorestal, é
fundamental.
Características do solo.

 Fertilidade.

 Composição.

 Drenagem.
Relevo e Clima
- Orientação em relação ao sol.
- Maior exposição à luz.
- Processos sucessionais mais acelerados.
Relevo e Clima
 Locais sombreados apresentam :
Consórcios e espécies diferentes.
Velocidade menor de sucessão
Histórico da Área
-Estágios iniciais de sucessão em uma clareira, por
exemplo, apresentam espécies e consórcios bem
diferentes do que estágios iniciais de sucessão em
áreas agrícolas.
- Em uma clareira na floresta, as características
edáficas e de umidade, assim como a riqueza do
banco de sementes no solo, determinam uma
maior velocidade de sucessão e características
diferenciadas nos consórcios.
Histórico da Área
• Agroflorestas implantadas em áreas que
anteriormente eram florestas, ainda que em
estágios iniciais de sucessão, tendem a ser
muito mais produtivas e biodiversas,
especialmente nos primeiros anos.
Tamanho da Área
 Não vale a pena implantar áreas grandes tendo-
se poucas sementes e mudas disponíveis.
 Definição das espécies que serão plantadas com
base no planejamento.
 conhecer habitats, os nichos e as relações
ecológicas.
 características: velocidade de crescimento,
altura e arquitetura de cada espécie.
 planejar espécies de interesse para ocupar para
cumprir papéis ecológicos das espécies nativas
da região.
Sementes e Mudas
Sementes: a coleta de vários indivíduos, distantes entre si, em diferentes locais(endogamia).

Plantio de estacas: Para se ter sucesso no pegamento da estaca é importante prepará-la


com cuidado para que não rache, com o corte feito com facão bem afiado.

Espaçamento:

 Espécies agrícolas (culturas anuais e semiperenes) :mesmo espaçamento tecnicamente


recomendado como se fosse plantar em monocultivos.

 Árvores deverão ser plantadas, preferencialmente por sementes, em alta densidade (10
árvores por metro quadrado).

 Procura-se ter uma árvore de grande porte a cada 20-25 metros, o que gerará uma
densidade final de 50 árvores por hectare.
Escolha das Espécies
 No caso desse SAF dirigido pela sucessão natural, o manejo justamente se dá
no sentido de aumentar a probabilidade da organização dos elementos do
sistema para resultar a condição de avanço na sucessão.

 Aumentar a biodiversidade, evitando o surgimento de pragas, diminuindo os


riscos de perder a safra e restabelecendo o equilíbrio.

 Escolher as espécies conhecidas, pois os resultados do plantio demoram a


aparecer, e quanto mais conhecidas as plantas, mais fácil o planejamento de
suas interações.

 Combinação entre pioneiras, secundárias, intermediárias e


transicionais.
Considerar nas plantas:
• tamanho e porte

• tolerância à sombra

• exigências de um solo mais fértil ou


menos fértil

• umidade

• afinidade no tempo da sucessão


Plantas estratégicas

• Produção de biomassa/matéria orgânica. (Rebrota)

• Atrativas e repelentes de insetos.


Preparo da Área
• Capina seletiva

• Poda parcial ou
total

• Manejo do aceiro

• Canteiros
Agroflorestais
Capina seletiva
• Facilitar sucessão ecológica.
• Eliminar plantas que já cumpriram seu papel
na sucessão.
• Na natureza a transição entre diferentes
consórcios não se dá de forma abrupta,
levando por vezes anos para acontecer.
• Na capina seletiva, estes indivíduos são
retirados e depositados sobre o solo, de
preferência manualmente.
Cuidados
• Cuidar para que indivíduos de espécies com
facilidade de “pegamento” sejam colocados
sobre folhas ou galhos cortados na capina,
evitando o contato direto com o solo e,
consequentemente, sua regeneração.
Poda parcial ou total
• Podar árvores e arbustos existentes no local.

• Picar ramos e galhos de suas copas .

• Cortar os troncos em pedaços de 50 cm.

• Espécies arbóreas pioneiras e secundárias que


podem atuar como fertilizadoras, através de
podas periódicas:
Fertilizadoras Pioneiras e Secundárias
• Capororoca
• Aroeira vermelha
• Alecrim
• Canelas em geral
• Ingás
Manejo do aceiro:
• Poda nas árvores do entorno ou corte do capim.

 Evita interferência negativa das árvores já adultas


ou plantas envelhecidas sobre a área nova, em
crescimento.

 Evita incêndios acidentais e contribui para


enriquecer a área de agrofloresta com a matéria
orgânica do manejo do aceiro.
Canteiros Agroflorestais
• Após o preparo da área definem-se os locais onde
serão estabelecidos os canteiros agroflorestais.
 Instalação de linhas.
 Aproveitar clareiras e áreas de entorno.

• Medidas
 canteiros de 1 a 1,2 m de largura .
 comprimento até o igual ao da área.
 Espaçamento entre canteiros 3,5 m.
 Direcionamento de forma a otimizar incidência da luz.
Condução da Agrofloresta
Ações de Manejo
 Capina

 Poda

 Manejo do solo

 Pragas

 Fertilidade

 Colheita
O manejo e condução da
agrofloresta consiste em:
• Reconhecer as necessidades de poda.
• Remoção de plantas e galhos doentes e
envelhecidas.
• Reduzir sombreamento(áté 30% da copa das
árvores).
• Reconhecer a áreas para os plantios de novas
espécies a partir da sucessão natural.
Dicas
• Altas densidades de plantio=mais nichos satisfatório.
• As plantas que não se desenvolverem vigorosamente
poderão desempenhar o importante papel de produzir
biomassa e rejuvenescer o sistema como resposta à
poda.
• Desenhar e plantar um consórcio ótimo de plantas no
qual todos os parâmetros sejam levados em
consideração seria praticamente impossível.
• As espécies locais que vão surgindo espontaneamente
ajudam em indicar os nichos e como ocupá-los.
• As espécies de regeneração natural, referidas aqui de
espontâneas, complementam as espécies cultivadas
funcionando como indicadores naturais das condições
ambientais.
Ações de Manejo
• Capina seletiva – São cortadas as plantas indesejáveis,
abrindo espaço para o plantio, mas deixando o solo sempre
coberto.
• Poda de limpeza - Geralmente feita após a frutificação, com
a retirada dos galhos envelhecidos ou quebrados. Também
usada para aumentar a entrada de luz e ar nas áreas de
cultivo, através do raleamento.
• Poda drástica – usada em último caso, esta poda retira mais
de um terço da copa da árvore, para que esta se recupere
de uma doença ou que rejuvenesça, revigorando assim o
sistema produtivo.
Ações de Manejo
• Sulcos e/ou contenções –valas no solo,
preenchidas com palha, galhos ou
folhas secas, para evitar a formação de
processo erosivo.
• Colheita e manejo – A colheita é
realizada com frequência, desde que
alguma espécie esteja encerrando seu
ciclo produtivo.
Ações de Manejo
• Sincronização do sistema – Sincronizar um
sistema agrícola é fazer o manejo das plantas
para que as outras plantas cresçam sem
concorrência.
• Fertilização- É obtida com as podas e pode ser
suplementada por cama de aviário, calcário de
conchas, micronutrientes (B e Zn) e fosfato de
rochas em nos setores que necessitam ser
recuperados
Os fatores do sistema
influenciados pela poda
são:
• Luz

• Espaço

• Matéria Orgânica
O que esperar?
• Rejuvenescimento da comunidade;

• Aumento na velocidade do processo


orgânico de sucessão;

• Prolonga vida de espécies pioneiras ,


aumentando o seu potencial bio-
fertilizador.
Modelos de instalação comparados
Culturas
Cabeludinha Cereja do Rio Grande Ameixa da Mata

Araçá Cambuci Cambucá


Uvaia Guabiroba Grumixama

Cambuí Juçara(Coopafasb)
Adubo Verde
Hortícolas

• Agrião, alface, almeirão, batata, batata-baroa,


batata-doce, beldroega, berinjela, bertalha,
beterraba, brócolis, caruru, cebolinha,
cenoura, chicória, coentro, couve,
couvechinesa, couve-flor, espinafre, flores,
gengibre, inhame, jiló, maxixe, mostarda,
nabo, nirá, ora-pró-nóbis, pimenta, pimentão,
rabanete, repolho, rúcula, salsa, serralha,
taioba, tomate, trapoeraba, trevo, vagem, etc.
Medicinais e
aromáticas
• Alecrim, alfavaca, anis, arnica, arruda, assa-
peixe, manjericão, mussambê, tansagem,
mastruz, confrei, Boldo, Erva-macaé, Saião,
Erva-de-bicho, Terramicina, Cinco folhas,
Melão-de-São-Caetano, Carobinha,
Sabugueiro, Alfazema, Calêndula, Cana-do-
brejo, Hortelã, Hortelã-, Pimenta, Erva-
grossa, Capim-limão, Erva-cidreira, Guaco,
Mirra, Ervagambá, Guiné, erva-de-
passarinho, Orégano,Vick , Poejo, Babosa,
Jurubeba, etc.
Culturas
agrícolas

• Abacaxi, abóbora, algodão, araruta, arroz,


banana, bucha, cacau, café, cana de açúcar,
cará, cará-moela, côco, chuchu, cúrcuma,
dendê, fumo, gergelim, girassol, inhame,
mamão, mamona, mandioca, maracujá,
melancia, melão, milho, moranga, pepino,
piaçava, quiabo, soja, sisal, etc.
Arbóreas
frutíferas
• Abacate, acerola, amora, araçá, atemóia, cajá,
caju, caqui, carambola, condessa, cupuaçu,
figo, fruta-do-conde, fruta-pão, goiaba,
graviola, jabuticaba, jaca, jambo, jamelão,
jenipapo, laranja, limão, lixia, manga,
mangaba, pitanga, pitomba, sapoti, siriguela,
tamarindo, tangerina, romã, umbu, etc.
Madeira,
sementes e
produtos
• Acácia, andiroba, angico, araticum, araucária,
aroeira, bracatinga, camboatá, cambuci,
canafístula, candiúva, canela, casca-de-mata,
cássia, caxeta, cedro, cerejeira, copaíba,
embaúba, eucalipto, figueira, grumixama,
guabiroba, guapuruvu, imburana, ingá, ingá- cipó,
ipê, jacarandá, jacatirão, jatobá, louro, mamica,
mogno, munguba, orelha-de-macaco, paineira,
palmeiras (açai, jussara, palmeira-real, pupunha),
pau-ferro, pauBrasil, pau-mulato, pau-jacaré,
pau-cigarra, pau-d’alho, pinus, sombreiro, taiúva,
teca, sabugueiro, uvaia, vassourão, etc.
Adubação e massa verde
• Albízia, gliricídia, eritrina, leucena, samanéia,
ingá, urucum, etc.
Produtos x Mercado
Produtos x Mercado
• Subsistência.
• Comércio local(Feiras,Restaurantes,Pousadas).
 Público Ecoturismo 2x ano(Visita e consumo)
 Marca local conhecida( PETAR)
 Conceito Farm to table(Fazenda a mesa)
• Programas Públicos.
 Programa de aquisição de alimentos
 Programas de Desenvolvimento Rural Sustentável
Produtos In Natura
Produtos Processados
Investimentos
Como se organizar ?
Associação
• O associativismo entre produtores é uma
alternativa sábia para vencer as dificuldades da
cadeia produtiva, que vai desde a obtenção de
sementes até a entrega do produto ao
consumidor.
• A demanda por mão-de-obra é concentrada no
momento de implantação do SAF, portanto, a
prática de mutirões é sempre indicada por
alguns autores como sendo de grande valia para
grupos de produtores que trabalham com
culturas semelhantes nos SAFs.
Associação
• Aquisição de equipamentos e
insumos.
• Participação em programas públicos.
• Centralização de acesso a direitos.
Como criar uma
associação?
• A constituição de uma associação ocorre por
meio de seu Estatuto Social!
• O Código Civil, em seu art. 46, aponta as
informações que obrigatoriamente devem
constar no estatuto.
• Existência formal se dá pelo o registro do
estatuto social, de sua ata de constituição e
eleição da primeira diretoria, no Cartório de
Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas.
• A partir do registro, a entidade passa a ter plena
capacidade de direito, e, portanto, a condição legal para
contratar, empregar, firmar parcerias, etc., tornando-se
um ator social que estará sujeito a direitos e obrigações.
• Comercialmente ela necessita de diversos outros
documentos: Inscrição municipal e CNPJ.
• Podem ser exigidos outros cadastros municipais,
estaduais e federais para que a entidade esteja habilitada
a prestar serviços em áreas específicas, como educação,
saúde e assistência social.
• A associação pode pleitear a obtenção de títulos,
certificados e qualificações que proporcionarão
vantagens na captação de recursos.
• As associações geralmente são administradas por
uma Assembléia Geral, um Conselho
Administrativo ou Diretoria (órgão executor) e
um Conselho Fiscal.
• Por fim, destacamos mais uma vez que as
associações são pessoas jurídicas detentoras de
direitos e deveres. E um desses deveres é manter
sua contabilidade atualizada, apresentando
periodicamente as declarações obrigatórias aos
órgãos de controle e fiscalização.
Legislação
Em relação ao novo código
 a definição do conceito de Pequena propriedade rural ou posse rural familiar, e uma definição qualitativa
de área de preservação permanente e de reserva legal, realçando as suas funções ambientais e ecológicas;

 qualifica, como atividade de interesse social, as "atividades de manejo agrofLorestal sustentável


praticadas na pequena propriedade ou posse rural familiar, que não descaracterizem a cobertura vegetal e
não prejudiquem a função ambiental da área”. Esta definição é fundamental, pois uma das poucas
situações de exceção em que se permite a intervenção em APP, mediante prévia autorização do órgão
ambiental competente, é justamente no caso de atividades de “interesse social”.

 Prevê que “para cumprimento da manutenção ou compensação da área de RL em pequena propriedade


ou posse rural familiar, podem ser computados os plantios de árvores frutíferas ornamentais ou
industriais, compostos por espécies exóticas, cultivadas em sistema intercalar ou em consórcio com
espécies nativas”.
• O Código Florestal dá possibilidades de
implantação de sistemas agroflorestais em
pequenas propriedades e manejo sustentável
na área da reserva legal.
• A área de reserva legal deve ser pelo menos
80% da propriedade agrícola na Amazônia
Legal, 35% da propriedade agrícola do Cerrado
da Amazônia Legal e 20% da área da
propriedade para as demais localidades.
• No Estado de São Paulo, a Secretaria do Meio
Ambiente em conjunto com A Secretaria da
Agricultura estão viabilizando o uso de
sistemas agroflorestais em até 50% da
reserva legal que necessita de
reflorestamento (Lei nº 12.927/08, relativa à
introdução de plantas exóticas e uso de SAFs
na área de reserva legal).
• A falta de pessoal nos órgãos ambientais, bem como a inadequação
dos mecanismos atuais de licenciamento para fazer frente a um
possível aumento de demanda para SAF pode pesar na decisão de
investir tempo e recursos em plantas nativas uma vez que,
considerando o manejo atual, algumas práticas em SAF necessitam
suporte legal via plano de manejo.

• De modo geral, não é recomendável que o manejo exija o corte raso


de espécies nativas em áreas de proteção permanente (mínimo de
30m de nascentes e cursos d'água e declividades superiores a 45o),

• o corte seletivo de nativas está previsto em lei e passível de plano de


manejo denominado "Plano de Manejo em Regime Ajardinado".
Resolução SMA Nº 14 DE 25/02/2014

• Artigo 3º - São instrumentos desta Resolução:


• I - Comunicação prévia de exploração;
• II - Cadastro de plantio; e
• III - Plano de manejo florestal sustentável.
• Companhia Ambiental do Estado de São Paulo –
CETESB.
• Secretaria de Estado do Meio Ambiente, por
intermédio da Coordenadoria de Biodiversidade e
Recursos Naturais - CBRN.
Regularização da Produção Orgânica

• Obter certificação por um Organismo da


Avaliação da Conformidade Orgânica (OAC)
credenciado junto ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento – MAPA.
• Organizar-se em grupo e cadastrar-se junto ao
MAPA para realizar a venda direta sem
certificação.
Qual a diferença entre ter e não ter a
certificação?
• Cadastro para venda direta sem certificação
- só venda na feira (ou direto ao consumidor) e para
as compras do governo (merenda e CONAB).
-Declaração de Cadastro

• Produto certificado
-pode vender seu produto em feiras,
supermercados, lojas, restaurantes, hotéis,
indústrias, internet .
-Selo federal do SisOrg
Tipos de Certificação

• Certificadora por Auditoria.


-visitas de inspeção inicial e periódicas e manterá
obrigações perante o MAPA e a certificadora.
-com custo a ser estabelecido em contrato.
• Certificação por OPAC(Organismo Participativo
de Avaliação da Qualidade Orgânica )
-produtor deve participar ativamente do grupo ou
núcleo a que estiver ligado.
-o próprio grupo garante a qualidade orgânica de
seus produtos.
Principais normas a consultar
Por onde começar ?
Primeiros passos:
• Levantamento da área.
 Tamanho
 Histórico
 Fauna e Flora
 Solo
 Corpos d´agua
• Catalogar informações(Escrito e fotos)
• Montar viveiro de Mudas e Banco de Sementes!!
Troca de conhecimentos com
Produtores de regiões vizinhas.
• Troca de conhecimentos com Produtores de
regiões vizinhas.
Barra do Turvo (Cooperafloresta)
Sete Barras( Coopafasb)
Cananéia( Sitio Bela Vista)
Quilombos
Etc.
Orientação
Legal
• Contato com orgãos competentes.
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
(CETESB).
Secretaria de Estado do Meio Ambiente-
Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos
Naturais - CBRN.
Prefeitura( Secr. Meio ambiente e Turismo)
Solicitar Auxilio para Plano de Manejo.
Iniciar preparos com:
• Desenho de Croqui da área baseado em
relevo,sol ,drenagem,etc .

Capinas seletivas
Podas
Adubação verde .
Adubação Orgânica.
Dicas
• Escolher 2 ou 3 culturas principais.
 Ex: Banana, Juçara e citros.
• Usar frutíferas nativas diferenciadas.
• Priorizar plantas primárias com potencial
medicinal e boa capacidade de rebrota.
 Ex: Mulungu e Aroeira
• Aproveitar clareiras .
Gratidão pela
Atenção!!
Referências
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