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OBRIGAÇÕES E CONTRATOS

Professora:Vanessa Rios
Temas
Supressio
Surrectio
Tu quoque
Venire contra factum proprium
Duty to mitigate the loss
Teoria do adimplemento substancial
1 Questão
Todos esses institutos tem por base um
princípio, que princípio é esse?
Em que consiste?
Tem previsão expressa no nosso Código
Civil?
Art. 422. Os contratantes são obrigados a
guardar, assim na conclusão do contrato,
como em sua execução, os princípios de
probidade e boa-fé.
O que diferencia a boa-fé objetiva da boa-
fé subjetiva?
Deveres anexos a boa-fé
a) dever de cuidado em relação à outra
parte negocial;
b) dever de respeito;
c) dever de informar a outra parte quanto
ao conteúdo do negócio;
d) dever de agir conforme a confiança
depositada;
e) dever de lealdade e probidade;
f) dever de colaboração ou cooperação;
g) dever de agir conforme a razoabilidade,
a equidade e a boa razão.
Maria Helena Diniz
Identifica3 modalidades de interpretação
do ato negocial:
A declarativa ou declaratória, busca-se
descortinar a real vontade das partes.
A integrativa, suprem-se lacunas na avença.
A construtiva, o objetivo é a reconstrução
do negócio.
Art. 112. Nas declarações de vontade se
atenderá mais à intenção nelas
consubstanciada do que ao sentido literal da
linguagem.
A boa-fé pode atingir diretamente o
componente obrigacional, seja para ampliar-
lhe o conteúdo, seja para minorá-lo?
Em que consiste a supressio e a surrectio?
Quais os requisitos para a configuração da
supressio?
Supressio
Consiste na redução do conteúdo
obrigacional.
“Verifica-sea supressio quando, pelo modo como
as partes vêm se comportando ao longo da vida
contratual, certas atitudes que poderiam ser
exigidas originalmente passam a não mais
poderem ser exigidas na sua forma original
(sofrem uma minoração), por ter se criado uma
expectativa de que aquelas disposições iniciais não
seriam exigidas daquela forma inicialmente
prevista.”
Requisitos
(I) o decurso de prazo sem exercício do
direito com indícios objetivos de que o
direito não mais seria exercido, com a
conseqüente criação da legítima expectativa,
à contraparte, de que o mesmo não seria
utilizado;
(II) desequilíbrio, pela ação do tempo, entre
o benefício do credor e o prejuízo do
devedor.
Surrectio
Consiste no nascimento de um direito
como efeito, no tempo, da confiança
legitimamente despertada na contraparte
por determinada ação ou comportamento.
Ampliação do conteúdo obrigacional.
Requisitos
Exige-se um certo lapso de tempo, por
excelência variável, durante o qual se atua
uma situação jurídica em tudo semelhante
ao direito subjetivo que vai surgir;
Requer-se uma conjunção objectiva de
factores que concitem, em nome do Direito,
a constituição do novo direito;
Impõe-se a ausência de previsões negativas
que impeçam a surrectio.
Em que consiste o instituto do pacta sunt
servanda?
Em que consiste a locução: venire contra
factum proprium?
Existe contradição entre os institutos?
Deve ser interpretado e aplicado da tal
forma que através dele possa ser
preservado o princípio da boa-fé, para
permitir o reconhecimento da eficácia e
validade de relações obrigacionais assumidas
e lisamente cumpridas, não podendo ser a
parte surpreendida com alegações
formalmente corretas, mas que se chocam
com os princípios éticos, inspiradores do
sistema
Fundamentos
Preservação da boa-fé contratual;
Reformulação da autonomia privada;
Princípio constitucional da solidariedade
social;
Tu quoque
Em que consiste?
Origem: Trata-se de uma partícula extraída
da célebre frase dita Júlio César ao ser
apunhalado, covardemente e de surpresa,
por seu filho: tu quoque Brutus filie mi (“até
tu Brutos, filho meu”).
Fundamento
Art. 150. Se ambas as partes procederem
com dolo, nenhuma pode alega-lo para
anular o negócio, ou reclamar indenização.
Duty to mitigate the loss
Enunciado nº 169 na mesma III Jornada de
Direito Civil: “princípio da boa-fé objetiva
deve levar o credor a evitar o agravamento
do próprio prejuízo”.
Art. 187. Também comete ato ilícito o
titular de um direito que, ao exerce-lo,
excede manifestamente os limites
impostos pelo seu fim econômico ou
social, pela boa-fe ou pelos bons costumes.
Qual a diferença entre a culpa concorrente
e o Duty to mitigate the loss?
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido
culposamente para o evento danoso, a sua
indenização será fixada tendo-se em conta a
gravidade de sua culpa em confronto com a
do autor do dano.
Teoria do adimplemento
substancial
Alegaçãoda exceção do contrato não
cumprido pelo devedor.
Essa teoria relaciona-se diretamente com
quatro princípios: Vedação ao abuso de
direito (art. 187), Função social dos
contratos (art. 421), Princípios da boa-fé
objetiva (art. 422) e enriquecimento sem
causa (art. 884).

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