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Escola Superior de Ciências Náuticas

Departamento de Maquinas
Engenharia de Maquinas Marítimas
REGULAMENTO E RECEPÇÃO DE EQUIPAMENTOS
Turma: 4MQ
Trabalho
ANÁLISE DA PORTARIA 661/70

Discentes: Docente:
Letício Eugénio Bila Eng. Felizardo jaime chemane
Pedro João Langa
Introdução
• O conhecimento da Portaria n.º 661/70 de 28 de
Dezembro apresenta grande importância para os
estudantes de curso de engenharia de máquinas
marítimas e para a vida dos engenheiros, uma vez que a
aplicabilidade deste conhecimento é amplo, no que diz
respeito ao desenvolvimento e análise dos
equipamentos das embarcações, motor e na criação de
novos projectos, como também, para procedimentos
operacionais em processos de manutenção e
académicos.
Objectivos
Objectivo Geral

 Analisar os artigos 139o à 144o da Portaria 661/70.

Objectivos Específicos

 Falar de veios de manivelas construídos através de ferro


fundido;

 Especificar os limites de diâmetro dos veios de manivelas;

 Abordar acerca dos veios propulsores de materiais específicos.


SUBSECÇÃO XXI
Material

• Art. 139.º A especificação do material deverá


indicar o tipo de ferro fundido, o tratamento
térmico e as propriedades mecânicas, incluindo
a carga de rotura à tracção (mínima) adequada
à secção do veio de manivelas fundido.
SUBSECÇÃO XXI
Material
• Art. 140.º Poderá ser utilizado qualquer tipo
apropriado de ferro fundido, para serviço
severo, desde que a carga de rotura à tracção
esteja compreendida entre 32 kg/mm2 e 76
kg/mm2.
Ferro fundido

• O ferro fundido é uma liga de ferro em mistura


eutética com elementos à base de carbono e silício.
Forma uma liga metálica de ferro, carbono (entre
2,11 e 6,67%), silício (entre 1 e 3%), podendo
conter outros elementos químicos. Sua diferença
para o aço é que este também é uma liga metálica
formada essencialmente por ferro e carbono, mas
com percentagens entre 0,008 e 2,11%.
Tipos de Ferro Fundidos
Ferro fundido cinzento;

Ferro Fundido Branca;

Ferro fundido nodular;

Ferro fundido maleável;

Ferro fundido austemperado.


Propriedades mecânicas
ferro fundido cinzento
 apresenta alongamento desprezível, A presença
da grafita provoca no ferro fundido cinzento,
quando submetido a um esforço de tracção, o
chamado Efeito Entalhe, tal efeito propicia a
propagação das trincas geradas durante a ruptura
do material.
Propriedades mecânicas

Propriedades mecânicas dos nodulares

 boa resistência mecânica à tracção, boa


ductilidade e resiliência, boa resistência à
compressão.
Propriedades mecânicas

Propriedades mecânicas dos maleáveis

 alta resistência mecânica, baixa ductilidade e


resiliência, boa resistência à compressão, fluidez
no estado líquido o que permite a produção de
peças complexas e finas.
Propriedades mecânicas

Propriedades mecânicas dos austemperados

alta tenacidade e resistência mecânica à


tracção duas vezes superior ao nodular, e
ductilidade igual aos nodulares.
Tratamento térmico nos ferros
fundidos

• De modo geral o principal motivo de tratamento


térmico em ferros fundidos é o alívio de tensão
decorrente de processo de fundição.
Tratamento térmico nos ferros
fundidos

• Ferro fundido branco é usual fazer


tratamento térmico para reduzir as tensões
decorrentes das diferentes velocidades de
solidificação através das secções da peça.
Tratamento térmico nos ferros
fundidos
• O tratamento térmico nos ferros fundidos cinzentos tem
por objectivos melhorar suas propriedades, os mais comuns
são: alívio de tensões ou envelhecimento artificial;

• Recozimento, para melhorar as usinabilidades;


normalização e têmpera com revenido, actuando na
resistência à tracção e dureza melhorando a resistência ao
desgaste.
Ensaio de tracção

• A resistência à tracção ou limite de resistência


à tracção de um material é a tensão
correspondente ao quociente entre a força
máxima aplicada nele e a área da secção
transversal do corpo de prova, conforme a
expressão:
Ensaio de tracção

Onde:
 Lr = limite de resistência à tracção (kgf/ mm2 ou MPa);
 Fm = força máxima (kgf ou N);
 So = área da secção transversal, inicial (mm2).
Ensaio de tracção

• O ensaio de tracção consiste em aplicar num


corpo de prova uma força axial crescente que
tende a esticá-lo ou alongá-lo até a sua ruptura.

Figura1 – corpo de prova


SUBSECÇÃO XXII
Diâmetro dos veios de manivelas

• Art. 141.º O diâmetro do veio de manivelas


não deve ser inferior ao determinado pela
fórmula:
SUBSECÇÃO XXII
Diâmetro dos veios de manivelas
Onde:

 m – é o diâmetro do veio de manivelas;

 d - é o diâmetro, em milímetros, dado pela forma do artigo 1001o

para um veio de manivelas de aço com carga de roptura à tracção

de 44 Kg/mm2;

 Cr – é a carga de roptura à tracção de ferro fundido, em

quilogramas por milímetros quadrado, que não deverá ser inferior

a 32 Kg/mm2.
SUBSECÇÃO XXII
Diâmetro dos veios de manivelas

Onde:
• d - é o diâmetro do veio de manivelas, em milímetros;
• D – é o diâmetro do cilindro, em milímetro;
• C – é o curso do êmbolo, em milímetros;
• L – é a distância entre duas chumaceiras adjacentes a uma
manivela, medida entre as faces internas, em milímetros;
SUBSECÇÃO XXII
Diâmetro dos veios de manivelas

 p – é a pressão máxima, em quilogramas por


centímetros quadrados

 pm – é a pressão média indicada, em quilogramas


por centímetros quadrados;

 k – é o coeficiente obtido na seguinte tabela1:


SUBSECÇÃO XXII
Diâmetro dos veios de manivelas

• k – é o coeficiente obtido na seguinte tabela:


SUBSECÇÃO XXIII
Braços de manivelas
 Art. 142.º - 1. A largura dos braços das manivelas
e a espessura dos mesmos não deverão ser
inferiores, respectivamente, a 1,33 vezes e 0,56
vezes o diâmetro do veio, determinado pela
fórmula do artigo anterior.
 2. A resistência dos braços das manivelas deverá
ser equivalente, mesmo que as proporções sejam
diferentes.
SUBSECÇÃO XXIII
Braços de manivelas
• Art. 143.º - 1. As curvas de concordância das
junções com os munhões ou com os moentes
dos veios deverão ser executadas com um raio
não inferior a 5 por cento do diâmetro do veio
de manivelas e ter acabamento perfeito.
SUBSECÇÃO XXIII
Braços de manivelas
• 2. Os furos de lubrificação abertos na
superfície dos munhões e dos moentes dos
veios devem ser arredondados de modo a
ficarem com um contorno uniforme e de
acabamento perfeito.
SUBSECÇÃO XXIV
Veios propulsores de materiais especiais
 Art. 144.º - 1. O diâmetro do veio propulsor não deve ser inferior ao dado
pela fórmula:

Onde:
• dp – é o diâmetro do veio propulsor, em milímetros;
• di – é o diâmetro do veio intermédio, em milímetros, calculado para uma
carga de rotura do metal de 41 kg/mm2, utilizando as fórmulas a seguir
mencionadas;
• dh – é o diâmetro do hélice, em milímetros;
SUBSECÇÃO XXIV
Veios propulsores de materiais especiais

• k – é um coeficiente que tem o valor de:


o 144 – Quando o veio propulsor for provido de uma
camisa contínua ou lubrificado por óleo em manga
fechada ou, ainda, quando há protecção contra a
corrosão, quer pela natureza do material empregado,
quer pelo emprego de revestimento apropriado, ou

o 100 – Para os outros veios;


SUBSECÇÃO XXIV
Veios propulsores de materiais especiais

• f – é o factor do material, cujo valor é dado


em função da carga de rotura (C(índice r)), em
quilogramas por milímetro quadrado
(kg/mm2), do material de que é feito o veio,
pela tabela seguinte:
Valor de factor de material ( f)

Cr 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95

f 1 0,98 0,945 0,915 0,89 0,865 0,845 0,825 0,805 0,79 0,76 0,75
• 2. Para calcular o diâmetro do veio intermédio
utiliza-se uma das fórmulas seguintes:

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