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PATOGENICIDADE MICROBIANA
FCMSCSP - 2015
MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
PORTAS DE ENTRADA
Membranas mucosas
Pele
Via parenteral
RLBC - 2009
MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
PORTAS DE ENTRADA
Membranas mucosas: trato respiratório, trato
gastrintestinal, trato geniturinário e conjuntiva.
A maioria dos patógenos entra no hospedeiro pelas
mucosas do trato gastrintestinal e respiratório.
O TR é a porta de entrada mais fácil e utilizada com mais
frequência pelos micro-organismos. Exs. resfriado comum,
gripe, pneumonia, tuberculose, sarampo, varíola.
Acesso ao TGI: pela água, alimentos ou dedos
contaminados.
A maioria que entra por essa via é destruída pelo HCl e
enzimas estomacais ou pela bile e enzimas no ID.
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MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
PORTAS DE ENTRADA
• Aqueles que sobrevivem podem causar doença.
Os que entram pelo TGI podem causar: poliomielite,
hepatite A, febre tifóide, disenteria, cólera etc.
Esses patógenos são então eliminados nas fezes e
podem ser transmitidos a outros hospedeiros pela
água e por alimentos ou dedos contaminados.
O TGU é a porta de entrada de patógenos que são
sexualmente transmitidos (DSTs ou ISTs).
Alguns que causam ISTs podem entrar no organismo
através de mucosas íntegras, outros requerem a
presença de cortes ou abrasões de algum tipo.
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PORTAS DE ENTRADA
Conjuntiva: membrana mucosa delicada que reveste
as pálpebras e cobre a parte branca dos globos
oculares – barreira relativamente eficiente contra
infecções.
Exs.: conjuntivite, tracoma, oftalmia neonatal .
engolidos.
MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
ADERÊNCIA BACTERIANA
O contato inicial depende da capacidade do micro-
organismo em se aderir e sobreviver nos tecidos do
hospedeiro em sua porta de entrada.
ADERÊNCIA BACTERIANA
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MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
ADERÊNCIA BACTERIANA
Muitas dessas proteínas ADESINAS são
encontradas nas extremidades das
FÍMBRIAS (pilli) e ligam-se fortemente a
acúcares específicos existentes sobre o
tecido-alvo.
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MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
BIOFILMES
São comunidades microbianas constituídas por
grandes quantidades de micróbios e seus produtos
extracelulares, que se aderem a superfícies vivas ou
inanimadas. Ex.: placa dentária.
Podem apresentar várias camadas.
Podem ser constituídos por diversos tipos de
organismos
São resistentes a antibióticos e desinfetantes.
Colonizam estruturas como: dentes, cateteres,
endopróteses expansíveis, válvulas cardíacas, próteses e
lentes de contato.
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BIOFILMES
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Como os patógenos
bacterianos ultrapassam
as defesas do hospedeiro
MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
ULTRAPASSANDO AS DEFESAS
Fatores que contribuem com a capacidade da
bactéria de invadir o hospedeiro:
Cápsulas
Componentes da parede celular
Enzimas
Variação antigênica
Penetração no citoesqueleto das células do
hospedeiro
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MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
ULTRAPASSANDO AS DEFESAS
Cápsula
ULTRAPASSANDO AS DEFESAS
Cápsula de
S. pneumoniae
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MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
ULTRAPASSANDO AS DEFESAS
Escarro -
pneumococo
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MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
ULTRAPASSANDO AS DEFESAS
Componentes da parede celular
ULTRAPASSANDO AS DEFESAS
Componentes da parede celular
ULTRAPASSANDO AS DEFESAS
Enzimas extracelulares (exoenzimas)
Coagulases
Cinases (quinases)
- fibrinolisina (estreptocinase)
- estafilocinase
Hialuronidase
Colagenase
IgA proteases
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MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
ULTRAPASSANDO AS DEFESAS
Enzimas extracelulares (exoenzimas)
Coagulases
Coagulam o fibrinogênio no sangue.
O fibrinogênio é uma proteína plasmática
produzida no fígado e é convertido em fibrina pela
ação das coagulases, gerando a malha que forma
o coágulo sanguíneo.
Os coágulos de fibrina protegem a bactéria da
fagocitose e a isola de outras defesas.
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ULTRAPASSANDO AS DEFESAS
Enzimas extracelulares (exoenzimas)
Cinases (quinases)
• Degradam a fibrina e assim digerem coágulos
formados pelo organismo para isolar a
infecção.
• Ex. Fibrinolisina (estreptocinase), produzida
por Streptococcus pyogenes.
Tem sido usada para remover coágulos em caso de
infarto por obstrução das artérias coronárias.
• Ex. Estafilocinase, produzida por
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Staphylococcus aureus.
sgeinDE PATOGENICIDADE
ULTRAPASSANDO AS DEFESAS
Enzimas extracelulares (exoenzimas)
Hialuronidase
Secretada por estreptococos, porCostridium tetani e
por Costridium perfringens.
ULTRAPASSANDO AS DEFESAS
Enzimas extracelulares (exoenzimas)
Colagenase
Produzida por várias espécies de Clostridium.
ULTRAPASSANDO AS DEFESAS
Enzimas extracelulares (exoenzimas)
IgA Protease
Destroem os anticorpos da classe IgA que são
produzidos em mucosas para impedir a
aderência de patógenos.
ULTRAPASSANDO AS DEFESAS
Variação antigênica
É a capacidade de alguns patógenos em
alterar os seus antígenos de superfície.
Assim, quando o corpo monta uma resposta imune contra o
patógeno, ele já alterou seus antígenos, de forma a não ser
mais reconhecido e afetado pelos anticorpos.
Ex. A Neisseria gonorrhoeae possui em seu genoma
diversas cópias do gene codificador da proteína Opa,
resultando em células que apresentam diferentes antígenos
que são expressos com o tempo.
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Ex. Influenzavirus
MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
ULTRAPASSANDO AS DEFESAS
Penetração no citoesqueleto das células
dos hospedeiros
Como já vimos, primeiramente há a adesão - por
meio das adesinas - dos micro-organismos às
células dos hospedeiros.
Em seguida, essa interação desencadeia cascatas de
sinalização no hospedeiro,
que ativam fatores (actina) que resultam na entrada
de algumas bactérias na célula ou na sua
movimentação por diferentes células do hospedeiro.
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MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
ULTRAPASSANDO AS DEFESAS
Penetração no citoesqueleto das células
dos hospedeiros
Ex. Contato de Salmonella , E.coli invasora , Shigella
e Listeria, com a membrana plasmática das células
do hospedeiro, leva à produção pelas mesmas de
invasinas, que causam o rearranjo dos filamentos de actina
do citoesqueleto celular, próximo ao ponto de contato
bacteriano.
e induz alguns patógenos a entrar nas células hospedeiras.
E a outros, induz a sua movimentação por entre as células
do hospedeiro.
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Agressividade:
capacidade de adesão, multiplicação, invasão nos tecidos do
hospedeiro e evasão das defesas do organismo.
Toxicidade:
capacidade de produzir toxinas, que provocam danos nos
tecidos morfologicamente visíveis ou danos bioquímicos.
Hipersensibilidade:
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Sub-produtos do crescimento
- Cápsula
- IgA protease
- Proteína M de Streptococcus pyogenes
- Proteína A de Staphylococcus aureus
- Variação antigênica
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MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
Encapsulamento
Mimetismo antigênico
Desvio antigênico
Destruição do fagócito
Inibição da fusão do fagolisossoma
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MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
ENCAPSULAMENTO
A camada de muco protege a bactéria de
respostas imunes e fagocíticas.
ML MEV
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coloração negativa
MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
MIMETISMO ANTIGÊNICO
Exemplo:
a cápsula de S. pyogenes é formada por ácido
hialurônico, imitando o tecido conjuntivo.
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MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
DESVIO ANTIGÊNICO
FATORES DE VIRULÊNCIA
Invasinas:
importante mecanismo pelo qual as bactérias
produzem inflamação.
Muitas enzimas secretadas por bactérias invasivas têm
função importante na patogênese.
Colagenase e hialuronidase
Leucocidinas
MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
DESTRUIÇÃO DO FAGÓCITO
Exemplo:
A estreptolisina produzida por S. pyogenes ou a
alfa-toxina sintetizada por C. perfringens.
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MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
DESTRUIÇÃO DO FAGÓCITO
Exemplo:
A estreptolisina produzida por S. pyogenes ou a
alfa-toxina sintetizada por C. perfringens.
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MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
INIBIÇÃO DA FAGOCITOSE
Exemplos:
M. leprae, Salmonella spp., S. aureus
MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
INVASÃO
Após a aderência esses micro-organismos
atravessam a barreira das células das
mucosas epiteliais.
INVASÃO
Endotoxinas Exotoxinas
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MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
Exotoxinas
São produzidas pelas bactérias Gram positivas, vivas, e
difundidas livremente ao redor.
São agentes poderosos; a toxina da difteria é 1000 vezes
mais potente que a estricnina. Dose letal é pequena.
Instável ; é destruída a 60-80 graus C.
Protêicas; partes A e B
Responsáveis pela maioria dos sintomas clínicos graves
da difteria, coqueluche e tétano.
Não produz febre.
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ENDOTOXINAS X EXOTOXINAS
Endotoxinas Exotoxinas
• Gram-negativas • Gram-negativas /Gram-positivas
• liberadas pós-morte bacteriana • liberadas pelas células vivas
• complexos de LPS • polipeptídeos; 104 a 9x105 Da
• suportam aquecimento acima • toxicidade destruída a 60°C;
de 60°C durante várias horas instáveis
• não são convertidos a toxóides • convertidos a toxóides
• moderadamente tóxicas • altamente tóxicas
• não há receptores específicos • há receptores específicos
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DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Bactérias Primárias:
capazes de causar infecção nos indivíduos normais.
Bactérias Oportunistas:
causam infecções nos indivíduos
imunocomprometidos.
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MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
Salmonella spp.
Shigella spp.
MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
Cortes na pele
Cirurgias
Cateteres
S. aureus
Picada inseto S. epidermidis
Rickettsia spp.
Ehrlichia spp.
Coxiella spp. Ruptura de barreiras
Francisella spp. S. aureus
Borrelia spp.
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P. aeruginosa
Yersinia pestis
MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
Tosse: Tuberculose
Nariz/mãos: estafilococo
FATORES DE VIRULÊNCIA
Existem receptores nos diferentes tecidos do
hospedeiro, para as adesinas bacterianas.
PORTAS DE SAÍDA
Trato Respiratório: tosse, coriza.
Pele
Sangue
- picadas de artrópodes, agulhas, seringas
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MECANISMOS DE PATOGENICIDADE