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CPMG – Ayrton Senna

Profª Thaiza Montine

CINÉTICA QUÍMICA
Velocidade de uma reação

 Velocidade ou rapidez de uma


reação é a grandeza que mede
as quantidades de produtos que
se formam e as quantidades de
reagentes que são consumidas
por unidade de tempo.
Velocidade Média de uma
reação
 É a razão entre a variação na
quantidade de um reagente [ou
de um produto] e o intervalo de
tempo no qual ocorreu essa
variação. Essa quantidade de
reagente ou de produto pode
ser expressa em concentração
[o mais comum], em massa, em
mols ou até mesmo em volume
para sistemas gasosos.
Veloc. média = | variação da concentração |
intervalo de tempo

(unidade utilizada: mol / L / s )

 Usa-se a variação da concentração


em módulo para que se evitem
valores negativos de velocidade,
como seria o caso dos reagentes.
Condições para a
ocorrência de reações

 Existem vários fatores responsáveis


pela ocorrência de uma reação. Entre
eles, temos: a natureza dos
reagentes, o contato entre eles e os
choques eficazes e a energia de
ativação.
Natureza dos Reagentes

Substâncias diferentes podem


ou não reagir. Quando ocorre
uma reação dizemos que existe
“afinidade” entre os reagentes.
É muito difícil quantificar essa
“afinidade”, mesmo sabendo
que ela existe.
Contato entre os Reagentes

 Essa é a condição mais evidente


para a ocorrência de uma reação.
Ácidos e bases, por exemplo,
mesmo que apresentem afinidade,
não irão reagir se estiverem contidos
em frascos separados. O contato
entre os reagentes permite que
ocorram interações entre os
mesmos, originando os produtos.
Teoria da Colisão
 Quando colocamos em contato os
reagentes, as partículas que os compõem
irão colidir umas com as outras, e parte
dessas colisões, dependendo da sua
orientação e energia, poderão originar
produtos. Em todas as reações, os átomos
que formam os reagentes se rearranjam,
originando os produtos. No entanto, nem
todos os choques entre as partículas que
compõem os reagentes dão origem a
produtos [choques não efetivos]. Os
choques que resultam em quebra e
formação de novas ligações são
denominados eficazes ou efetivos. No
momento em que ocorre o choque em uma
posição favorável, forma-se uma estrutura
intermediária entre os reagentes e os
produtos, denominada complexo ativado.
Complexo ativado é o estado
intermediário[estado de transição]
formado entre reagentes e produtos,
em cuja estrutura existem ligações
enfraquecidas[presentes nos
reagentes] e formação de novas
ligações[presentes nos produtos].

Para que ocorra a formação do


complexo ativado, as moléculas dos
reagentes devem apresentar energia
suficiente, além da colisão em
geometria favorável. Essa energia
denominamos energia de ativação.
Energia de Ativação [ Ea ] é a menor
quantidade de energia necessária que
deve ser fornecida aos reagentes para
a formação do complexo ativado e,
conseqüentemente, para a ocorrência
da reação.
Experimentalmente, temos que:

Reações diferentes apresentam


energias de ativação diferentes,
sendo que as reações que exigem
uma menor energia de ativação
ocorrem mais rapidamente, ou seja,
ocorrem com maior velocidade. A
única grandeza que indica o grau de
dificuldade da ocorrência de uma
reação é a energia de ativação; nem
o valor nem o sinal do ΔH têm
qualquer influência nesse fato.
Fatores que influenciam na
velocidade da reação:
- Superfície de contato: Quanto
maior a superfície de contato, maior
será a velocidade da reação.

 - Temperatura: Quanto maior a


temperatura, maior será a
velocidade da reação.

 - Concentração dos reagentes:


Aumentando a concentração dos
reagentes, aumentará a velocidade
da reação.
Numa reação química, a etapa mais
lenta é a que determina sua
velocidade. Observe o exemplo a
seguir: O peróxido de hidrogênio
reagindo com íons iodeto, formando
água e oxigênio gasoso.
 I - H2O2 + I- ------> H2O + IO- (Lenta)

 II - H2O2 + IO- ------> H2O + O2 + I-


(Rápida)

 Equação simplificada: 2 H2O2 ------>


2 H2O + O2
A equação simplificada corresponde
a soma das equações I e II. Como a
etapa I é a etapa lenta, para
aumentar a velocidade da reação,
deve-se atuar nela. Tanto para
aumentar ou diminuir a velocidade
da reação, a etapa II (rápida) não vai
influir; sendo a etapa I a mais
importante.
A lei de Guldberg-Waage
Considere a seguinte reação:
a A + b B ----------> c C + d D

Segundo a lei de Guldberg-Waage:

V = k [A]ª.[B]b
 Onde:
V = velocidade da reação;
[ ] = concentração da substância em
mol / L;
k = constante da velocidade específica
para cada temperatura.
A ordem de uma reação é a
soma dos expoentes das
concentrações da equação da
velocidade. Utilizando a
equação anterior, calculamos
a ordem de tal reação pela
soma de (a + b).
Energia de ativação:

É a energia mínima necessária para


que os reagentes possam se
transformar em produtos. Quanto maior
a energia de ativação, menor será a
velocidade da reação.
Ao atingir a energia de ativação, é
formado o complexo ativado. O
complexo ativado possui entalpia
maior que a dos reagentes e dos
produtos, sendo bastante instável;
com isso, o complexo é desfeito e dá
origem aos produtos da reação.
 Onde:
 C.A.=
Complexo
ativado.
Observe o gráfico:  Eat = Energia
de ativação.
 Hr = Entalpia
dos reagentes.
 Hp = Entalpia
dos produtos.
 ΔH = Variação
de entalpia.
Catalisador:

O catalisador é uma substância que


aumenta a velocidade da reação, sem
ser consumida durante tal processo.

A principal função do catalisador é


diminuir a energia de ativação,
facilitando a transformação de
reagentes em produtos. Observe o
gráfico que demonstra uma reação
com e sem catalisador:
 Inibidor: é uma substância que
retarda a velocidade da reação.
 Veneno: é uma substância que
anula o efeito de um catalisador.
Recapitulando...
 “Cinética química é o estudo da velocidade
das reações, de como a velocidade varia
em função das diferentes condições e
quais os mecanismos de desenvolvimento
de uma reação”.

 “Velocidade de uma reação química é o


aumento na concentração molar do
produto por unidade de tempo ou o
decréscimo na concentração molar do
reagente na unidade de tempo”.

 “Constante da velocidade, k, é uma


constante de proporcionalidade que
relaciona velocidade e concentração. Tem
valor constante a uma temperatura e varia
com a temperatura”.
Fatores que afetam a velocidade de
uma reação química:
 Concentração dos reagentes. Geralmente
quanto mais concentrado mais rápido é a
velocidade. Existem exceções a esta regra;
 Temperatura. Normalmente a velocidade das
reações aumenta com o aumento da temperatura.
Um aumento de 10oC chega a dobrar a velocidade
de uma reação;
 Estado físico dos reagentes. Normalmente a
velocidade segue esta ordem: gases > soluções >
líquidos puros > sólidos. Devido ao aumento da
superfície específica;
 Presença (concentração e forma física) de um
catalisador ou inibidor. Catalisador acelera e
inibidor diminui a velocidade de uma reação
química;
 Luz. A presença de luz de certo comprimento de
onda também pode acelerar certas reações
químicas.
Ordem de reação. Leis de
velocidade

“Ordem de uma reação química é igual ao


valor do expoente ao qual os reagentes
estão elevados e expressos na equação da
lei da velocidade”

“Lei de velocidade de uma reação química é


uma equação que relaciona a velocidade
de uma reação com a concentração dos
reagentes elevadas em certos expoentes”
Para uma reação química geral:
aA + bB cC + dD

A seguinte lei da velocidade é obtida:


Velocidade = k [A]m [B]n
 onde m e n são os expoentes dos
reagentes e são determinados
experimentalmente.
 Os valores de m e n são as ordens da
reação química, portanto esta reação é de
ordem m em relação ao reagente A e de
ordem n em relação ao reagente B, e de
ordem (m + n) para a reação total.
 A constante de proporcionalidade k é
chamada de constante de velocidade da
reação.
Lei da velocidade de zero ordem
“A reação é de zero ordem quando a
velocidade da reação química é
independente
da concentração do reagente”
Leis de velocidade de zero ordem não são
muito comuns. A maioria das reações
química segue leis de velocidades de primeira
e segunda ordem. A lei de velocidade
de zero ordem pode ser observada apenas se
as concentrações atuais dos reagentes não
puder variar à medida que a reação se
desenvolve, o que é incomum, e estas
reações não são encontradas facilmente.
Um exemplo de reação de zero ordem
poderia ser uma reação no eletrodo onde
apenas o material adsorvido na superfície
do eletrodo pode reagir.
Lei da velocidade de primeira ordem

 “Reações de primeira ordem são


aquelas nas quais a velocidade da
reação química é proporcional à
concentração de um reagente”
 A lei da velocidade de primeira
ordem é uma das formas mais
comuns da lei da velocidade.
Lei da velocidade de segunda ordem
 “Reações de segunda ordem são aquelas nas
quais a velocidade da reação química é
proporcional ao produto das concentrações de
dois reagentes”

 Leis da velocidade de segunda ordem


envolvem dois reagentes, e para ambos a
concentração depende do tempo. Devido ao
fato de haver várias pequenas diferentes
formas possíveis de leis da velocidade de
segunda ordem, é mais conveniente tratá-las
separadamente. A forma mais simples delas é
obtida quando as duas moléculas de reagentes
são idênticas, como no caso onde dois átomos
de hidrogênio se combinam para formar a
molécula de hidrogênio. Uma lei da velocidade
de segunda ordem deve envolver dois
reagentes uma vez que duas concentrações
estão envolvidas, más os dois reagentes não
necessitam que sejam diferentes.
Influência da temperatura na velocidade
de reação
 “Quando se eleva a temperatura de uma
reação química a velocidade de formação
do produto aumenta”
 Do ponto de vista termodinâmico,
aumentando a temperatura aumenta a
energia cinética média das moléculas
reagentes. De acordo com a teoria das
colisões, este aumento de temperatura
aumenta a energia de impacto da colisão a
qual faz com que aumente a probabilidade
de mais moléculas excederem a energia de
ativação, produzindo mais produtos a um
aumento da velocidade. Como isto é
observado se a concentração não é
alterada? De acordo com a lei da
velocidade a única coisa que poderia afetar
a velocidade além da concentração dos
reagentes é a própria constante da
velocidade.
Energia de ativação

“Energia de ativação é a energia mínima


necessária para que a reação ocorra”

A energia que uma molécula possui


depende da natureza da molécula. Se a
molécula é um único átomo, ela possui
energia cinética devida a sua
movimentação. Ela também possui energia
adicional se alguns de seus elétrons estão
em um estado de maior energia que o
estado normal, chamado de estado
original. Um átomo ou molécula é dita
como estando no estado excitado,
especificamente um estado eletrônico
excitado, quando ela possui esta energia
adicional.
Moléculas, as quais contém mais de um
átomo, pode possuir, além da energia
cinética e a energia dos elétrons excitados,
energia vibracional devida a movimentação
dos átomos dentro da molécula relativa aos
outros átomos, e as ligações covalentes
mantendo-os no lugar. Moléculas possuindo
esta energia adicional também é dita como
estando no estado excitado, especificamente
um estado excitado vibracional.

Energia pode ser distribuída por si mesma


entre uma série de colisões das moléculas,
e a maior parte do estado excitado é de
vida curta e suficiente para elas retornarem
ao estado original rapidamente.
A fim de reagir, as moléculas no
estado inicial devem adquirir uma
energia adicional, descrita como
energia de ativação ou energia livre de
ativação; a reação então e apenas
nesta condição se desenvolverá
espontaneamente para o estado final o
qual possui energia menor que a do
estado inicial. A energia livre exigida
para ativação é retornada assim que a
reação ocorre para dar produtos de
menor energia.
Fonte Bibliográfica:

 Química 2 – Físico-Química –
Usberco e Salvador – Editora
Saraiva.
 Módulo de Cinética do Positivo.
 http://dicasdequimica.vilabol.uol.
com.br/cinetica.html
 http://ce.esalq.usp.br/arquimede
s/Atividade09.pdf
"Procure ser uma pessoa de
valor, em vez de procurar ser
uma pessoa de sucesso. O
sucesso é conseqüência."
Albert Einstein

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