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As igrejas românicas são o reflexo da época em que foram

construídas:
• a fragmentação política contribuiu para a diversidade do estilo que,
apesar da sua unidade, apresenta variações regionais;
• o clima de guerras fez com que a igreja se tornasse um lugar de
defesa: as construções românicas são autênticas fortalezas de
grossas paredes e janelas em forma de seteiras;
• a obscuridade interior do templo adequava-se ao ideal de
espiritualidade medieval;
• o analfabetismo das populações era compensado com a abundante
ornamentação didáctica e simbólica nas fachadas e no interior da
igreja: a Bíblia estava “explicada” nas figuras de pedra.
 Planta de cruz latina e
construções com paredes muito
grossas;
 Os interiores são escuros e
sombrios. A simplicidade é
apenas cortada pelas colunatas
que dividem as naves (três).
 Uso da abóbada de  Decoração muito
berço na cobertura das simples - algumas
igrejas; rosáceas, frescos a
 Uso dos arcos decorar as paredes e
redondos na separação abóbadas e algumas
das naves e na abertura esculturas;
dos claustros para o  Os materiais de
pátio; construção utilizados
 Utilização de eram os que cada
contrafortes externos região possuía, o que
(para sustentar o peso contribuiu para a
dos tectos e paredes); diversidade do estilo.
 Janelas estreitas, em
forma de seteira.
Em meados do séc. XII, Portugal é já um reino independente.
Consequência da forte expansão económica e demográfica, ligada ao
arranque vitorioso da Reconquista, financiavam-se as primeiras
construções, não faltando pedreiros nem mão-de-obra. A arte portuguesa
inspirou-se nos modelos europeus. Apesar disso, são claros os traços de
individualidade. O Românico português é sóbrio e severo. Os
monumentos mais originais são as pequenas igrejas rurais que se
espalham pelo Norte do país como S. Pedro de Rates ou S. Cristóvão de
Rio Mau. Modestas, destacam-se pelas suas formas simples e equilíbrio
de proporções. No Sul, onde são mais raras, denotam bem a influência
moçárabe. A escultura românica é pouco variada: além dos motivos
geométricos e florais, destacam-se alguns capiteis figurados e tímpanos
com imagens singelas.
Contrastando com a fase negra que se vivera na Europa românica, a
arte gótica desenvolve-se num período de reabertura das rotas
comerciais e de triunfo do movimento das cruzadas. A produção
agrícola melhora, a mortalidade diminui e, consequentemente, a
população aumenta. Há uma grande estabilidade climática, associada
à paz em geral, uma vez que fora retirado o cerco à Europa. As
cidades ressurgem e com elas a Burguesia afirma o seu poder. As
igrejas tornam-se espaços alegres, onde a população se reúne para
conviver.
A partir da segunda metade do séc. XII, as grandes cidades da Europa
começam a erguer imponentes catedrais. Cada cidade procurava construir
o monumento mais belo e majestoso que o da cidade sua rival.
O desejo de embelezar os templos levou os arquitectos a procurarem
soluções que resolvessem os dois grandes problemas da arte românica: o
peso das abóbadas e a fraca iluminação interior.
Em Paris descobre-se então a abóbada sobre cruzamento de ogivas e
o arcobotante. A primeira era fundamental, pois agora o peso já não incidia
sobre as paredes, mas sim sobre os quatro pilares em que se apoiam os
arcos. Os arcobotantes, por seu turno, consolidam a resistência dos
pilares, uma vez que são levantados no exterior.
 Igrejas de paredes mais finas e
construções em altura;
 Uso de abóbadas de ogiva e
arcobotantes;
 As igrejas eram realizadas em cruz
latina, por vezes com cinco naves e
capelas radiantes.
Paredes rasgadas em janelas e rosáceas decoradas com vitrais;
 Verticalidade das linhas a terminar num pináculo;
 Mantém-se os contrafortes das construções românicas;
A arte gótica difundiu-se por toda a
Europa, ganhando características
particulares em cada região.
A Portugal chega muito tardiamente (séc.
XIII). No nosso país não foi um estilo de
grandes catedrais urbanas, uma vez que
estas já haviam sido construídas ao estilo
românico. O gótico aparece no Sul ligado à
arquitectura monástica.
No séc. XIV o novo estilo foi-se
generalizando, embora os primeiros grandes
monumentos do gótico português (O
Convento do Carmo e o Mosteiro da Batalha)
só tenham sido construídos nos começos do
séc. XV.
O estilo gótico expandiu-se no nosso país em resultado das
encomendas feitas pela Igreja, reis e senhores. À semelhança do que
aconteceu nos outros países, podemos distinguir entre nós diversas
etapas do gótico: o cisterciense (de que é testemunho o Mosteiro de
Alcobaça), o mendicante (como o das igrejas de S. Francisco de
Santarém e de Estremoz) e o gótico clássico (de que é exemplo o
Mosteiro da Batalha).
A escultura gótica utilizou, tal como a românica, os colunelos, os
capitéis e os tímpanos dos portais das igrejas.
Uma das obras mais relevantes da escultura gótica é o túmulo de D.
Pedro (mosteiro de Alcobaça), aqui representado.

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