ser rejeitados? Esse processo de aceitação e rejeição... processo de canonização
Cânon vem do grego Kânon e significa “cana”,
“régua”
Hoje veremos... Aceitos por todos (homologoumena)
Rejeitados por todos (pseudepígrafos)
Questionados por alguns (antilegomena)
Aceitos por alguns (apócrifos)
Aceitos por todos (homologoumena) A maioria dos livros neotestamentários foi aceita sem objeções desde o início. Os livros aceitos sem objeções são conhecidos como “homologoumena”. Em geral, 20 dos 27 livros do Novo Testamento são homologoumena. Quais são eles? Aceitos por todos (homologoumena) Rejeitados por todos (pseudepígrafos) São os livros surgidos nos séculos II e III, considerados espúrios e heréticos. Praticamente nenhum pai da igreja, cânon ou concilio declarou sua canonicidade. No que concerne aos cristãos, esses livros têm principalmente interesse histórico. Rejeitados por todos (pseudepígrafos) Esses livros foram rejeitados por causa dos erros teológicos: Gnosticismo, condenação da matéria como má, Jesus não teria se encarnado... Muitos desses livros possuíam fantasia religiosa. O número exato desses livros é difícil de apurar. Por volta do século XIX, foram relacionados cerca de 280 obras. Rejeitados por todos (pseudepígrafos) EVANGELHOS O Evangelho de Tomé (século I) é uma visão gnóstica dos supostos milagres da infância de Jesus. O Evangelho de Pedro (século II) é uma falsificação docética e gnóstica. O Proto-Evangelho de Tiago (século II) é uma narração que Maria faz do massacre dos meninos pelo rei Herodes. Rejeitados por todos (pseudepígrafos) EVANGELHOS O Evangelho de Nicodemos (séculos II ou V) contém os Atos de Pilatos e a Descida de Jesus. O Passamento de Maria (século IV) relata a assunção corporal de Maria e mostra os estágios progressivos da adoração de Maria. O Evangelho de um Pseudo-Mateus (século V) contém uma narrativa sobre a visita que Jesus fez ao Egito e sobre alguns dos milagres do final de sua infância. Rejeitados por todos (pseudepígrafos) ATOS Os Atos de Pedro (século II) contêm a lenda segundo a qual Pedro teria sido crucificado de cabeça para baixo. Os Atos de João (século II) mostram a influência dos ensinos gnósticos e docéticos. Os Atos de André (?) são uma história gnóstica da prisão e da morte de André. Os Atos de Paulo apresentam um Paulo de pequena estatura, de nariz grande, de pernas arqueadas e calvo. Rejeitados por todos (pseudepígrafos) EPÍSTOLAS A Carta atribuída a nosso Senhor é um suposto registro da resposta dada por Jesus ao pedido de cura de alguém.
A Carta perdida aos coríntios (séculos II, III) é falsificação baseada em
1Coríntios 5.9, que se encontrou numa Bíblia armênia do século V.
As (Seis) Cartas de Paulo a Sêneca (século IV) é falsificação que reco-
menda o cristianismo para os discípulos de Sêneca. Rejeitados por todos (pseudepígrafos) APOCALIPSES Apocalipse de Pedro (também relacionado em "Apócrifos") Apocalipse de Paulo Apocalipse de Tome Apocalipse de Estêvão Segundo apocalipse de Tiago Apocalipse de Messos Apocalipse de Dositeu Questionados por alguns (antilegomena) De acordo com Eusébio, sete livros foram questionados por alguns dos pais da igreja. Até o século IV não haviam sido aceitos por todas igrejas. Foram Hebreus, Tiago, 2Pedro, 2 e 3João, Judas e Apocalipse. Questionados por alguns (antilegomena) O problema básico a respeito da aceitação da maioria desses livros foi a falta de comunicação entre o Oriente e o Ocidente a respeito de sua autoridade divina.
A partir do momento em que os fatos se tornaram conhecidos,
a aceitação dos 27 livros do Novo Testamento foi imediata. Questionados por alguns (antilegomena) O problema básico a respeito da aceitação da maioria desses livros foi a falta de comunicação entre o Oriente e o Ocidente a respeito de sua autoridade divina.
A partir do momento em que os fatos se tornaram conhecidos,
a aceitação dos 27 livros do Novo Testamento foi imediata. Rejeitados por todos (pseudepígrafos) HEBREUS Foi basicamente a anonimidade do autor que suscitou dúvidas sobre Hebreus. O fato de os montanistas terem recorrido a Hebreus em apoio a algumas de suas concepções errôneas fez demorar sua aceitação nos círculos ortodoxos. Ao redor do século IV, no entanto, sob a influência de Jerônimo e de Agostinho, a carta encontrou seu lugar permanente no cânon. Rejeitados por todos (pseudepígrafos) TIAGO A veracidade do livro de Tiago foi desafiada, tanto quanto sua autoria. O autor da carta atribuída a Tiago não afirma ser apóstolo. Também havia o problema do ensino a respeito da justificação e das obras, conforme Tiago o apresenta. Rejeitados por todos (pseudepígrafos) TIAGO Até Martinho Lutero chegou a chamar Tiago de "carta de palha", colocando-a no fim do Novo Testamento. Em decorrência de Orígenes, Eusébio, Jerônimo e de Agostinho, a carta veio a ser reconhecidas pela igreja ocidental. Rejeitados por todos (pseudepígrafos) 2ª PEDRO Nenhuma outra carta do Novo Testamento ocasionou maiores dúvidas quanto à sua autenticidade. Parece que Jerônimo entendeu o problema: afirmou que a hesitação em aceitá-la deveu-se à dessemelhança de estilo com a primeira carta do apóstolo. Rejeitados por todos (pseudepígrafos) APOCALIPSE Esse livro havia sido considerado parte dos antilegomena no início do século IV, pelo fato de alguns haverem levantado dúvidas quanto à sua confiabilidade. O debate em torno do Apocalipse provavelmente durou mais que qualquer outro debate sobre outros livros neotestamentários Rejeitados por todos (pseudepígrafos) APOCALIPSE Atanásio, Jerônimo e Agostinho ergueram-se em defesa do Apocalipse. Aceitos por alguns (apócrifos) Epístola do Pseudo-Barnabé (c. 70-79). Essa carta, que teve ampla circulação no século I, encontra-se no Códice Sinaítico. Foi mencionada como Escritura tanto por Clemente de Alexandria como por Orígenes. Seu estilo é semelhante ao de Hebreus, mas seu conteúdo é mais alegórico. Aceitos por alguns (apócrifos) Epístola aos coríntios (c. 96) Encontra-se do Códice alexandrino (A), por volta de 450. Eusébio nos informa que essa carta havia sido lida em muitas igrejas. Aceitos por alguns (apócrifos) O pastor, de Hermas (c. 15-140) Foi o livro não-canônico mais popular da igreja primitiva. Encontrava-se no Códice sinaítico (X), no sumário de Beza (D), em algumas Bíblias latinas, sendo citado como inspirado por, Irineu e por Orígenes. Aceitos por alguns (apócrifos) O didaquê, ou Ensino dos doze apóstolos (c. 100-120) Essa obra primitiva também gozou de grande prestígio na igreja primitiva. Clemente de Alexandria a mencionava como Escritura, e Atanásio afirma ser ela usada na instrução ou catequese. No entanto, Eusébio a colocou entre os "escritos rejeitados“. FIM