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Fernando Pessoa

Poesia do ortónimo
Retoma de
conteúdos

Encontros – 12.o ano ▪ Noémia Jorge, Cecília Aguiar, Miguel Magalhães


Fernando Pessoa | Pessoa ortónimo: retoma de conteúdos ● Manual, p. 47

Friso cronológico
IDADE Séc. XV-XVI Séc. XVII Séc. XIX Séc. XX
MÉDIA RENASCIMENTO BARROCO ROMANTISMO REALISMO MODERNISMO

Fernando Pessoa
1888-1935
Fernando Pessoa | Pessoa ortónimo: retoma de conteúdos ● Manual, p. 47

Retoma de
conteúdos
Fingimento
poético
Reflexão
existencial
Fernando Pessoa | Pessoa ortónimo: retoma de conteúdos ● Manual, p. 47

Fingimento poético

Poesia Fernando Pessoa


trovadoresca Poesia do ortónimo
Fernando Pessoa | Pessoa ortónimo: retoma de conteúdos ● Manual, p. 47

Fingimento artístico
Teoria que considera a arte como construção
do real, que implica distanciamento
relativamente à experiência humana,
envolvendo a razão e a consciência do vivido.
Fernando Pessoa concebia o poeta como um
fingidor / um construtor de imagens. Este
fingimento não deve ser confundido com uma
mentira; pode ser comparado a uma imagem
que se projeta no espelho, e que adquire
forma através do poema.
Ex.: “Autopsicografia”
“Isto”
Fernando Pessoa | Pessoa ortónimo: retoma de conteúdos ● Manual, p. 47

Fingimento artístico Cantiga de amor


“Proençaes soem mui bem trobar”
Poesia
Dom Dinis apresenta a sua arte poética,
trovadoresca censurando o artificialismo e a falta de
autenticidade espelhado na poesia dos poetas
Cantigas em que se provençais.
reflete sobre o
processo de criação Cantiga de maldizer
poética “Roi Queimado morreu com amor”

Autenticidade Pedro Garcia Burgalês ridiculariza a falta de


vs. dotes poéticos do trovador Roi Queimado e
fingimento parodia das regras do amor cortês de matriz
amoroso provençal (artificialismo/fingimento da coita
amorosa e da morte por amor).
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Luís de Camões
 Rimas
 Os Lusíadas

Reflexão
existencial
Antero de Quental Fernando Pessoa
Os Sonetos Completos Poesia do ortónimo
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Reflexão “Erros meus, má Fortuna, amor ardente”


existencial O sujeito poético aponta três motivos para os seus fracassos:
a sua própria ação ou escolhas, a inconstante “Fortuna”
Luís de (Sorte) e o Amor.

Camões “O dia em que eu nasci, moura e pereça”


Rimas O sujeito poético expressa um voto de morte /
desaparecimento, fazendo um balanço da sua vida pessoal e
autocaracterizando-se como um ser votado a um sofrimento
e a uma desgraça excecionais.

“Os bons vi sempre passar”


O sujeito poético reflete sobre o Mundo injusto e arbitrário
(ao contrário dos outros, que não foram castigados pelo mal
que fizeram, o sujeito poético foi penalizado pelo seu mau
comportamento).
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Reflexão Plano das reflexões do poeta


existencial
Fragilidade da vida humana (Final do Canto I)
Consciencialização do carácter terreno / mortal / efémero da
Luís de vida humana e da pequenez e fraqueza do ser humano (em
Camões oposição à força dos perigos envolventes).

Os Lusíadas Queixas do poeta (Final do Canto VII)


Expressão dos infortúnios pessoais (vida de perigos diversos,
de guerras, de viagens atribuladas por mar e por terra,
errância, pobreza, desterro, incompreensão por parte dos
contemporâneos).

Desvalorização da arte (Final do Canto X)


Desalento face a uma pátria decadente que despreza as artes
e menospreza a obra do próprio Camões.
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Reflexão
existencial Angústia existencial
Antero Insatisfação face ao amor e à vida
de Interiorização reflexiva
Inquietação filosófica
Quental Ex.: “O Palácio da Ventura”, “Despondency”
Os Sonetos
Completos O sujeito poético exprime uma busca incessante
de um sentido para a existência humana: o real
mostra-se frustrante e limitado e, por isso, o
sujeito poético projeta-se num Eu Ideal.
Ex.: “A um poeta” → a configuração do Ideal surge
associada ao poeta
socialmente interventivo
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Reflexão Dor de pensar


existencial
“Ela canta, pobre ceifeira”
Fernando “Gato que brincas na rua”
O sujeito poético demonstra que a consciência de si é um
Pessoa fardo, uma dor; por isso, inveja aqueles que não pensam
e que não intelectualizam a sua condição humana e, num
Poesia do sentido mais lato, a existência.
ortónimo
Nostalgia da infância
“Pobre velha música”
“Ó sino da minha aldeia”
A infância surge, para o poeta, como um paraíso perdido
onde a incapacidade de conceptualizar e intelectualizar a
realidade é uma felicidade. A infância é, para Pessoa, um
tempo idílico em que o indivíduo ainda não tem
capacidade de pensar sobre a sua condição e finitude.
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