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RESPOSTA À 1ª PERGUNTA:
É ilegal a exigência de comprovação, para
fim de qualificação técnico-profissional, de
tempo de experiência ou de exercício em função
dos profissionais a serem disponibilizados pela
licitante para a execução do objeto, porquanto o
rol de exigências de habilitação previsto na Lei
8.666/1993 é taxativo.
ACÓRDÃO 134/2017 - PLENÁRIO
2ª PERGUNTA:
É possível exigir, como critério de
habilitação, atestado de qualificação técnica
comprovando experiência em tipologia
específica de obra ou serviço?
QUALIFICAÇÃO TÉCNICA
Lei 8.666/1993:
Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á
a: (...)
II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade
pertinente e compatível em características, quantidades e prazos
com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do
aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a
realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada
um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos
trabalhos;
(...)
§ 3o Será sempre admitida a comprovação de aptidão através de
certidões ou atestados de obras ou serviços similares de
complexidade tecnológica e operacional equivalente ou superior.
ACÓRDÃO 134/2017 - PLENÁRIO
RESPOSTA À 2ª PERGUNTA:
Caracteriza restrição à competitividade da
licitação a exigência, como critério de
habilitação, de atestado de qualificação técnica
comprovando experiência em tipologia
específica de obra, salvo se imprescindível à
certeza da boa execução do objeto e desde que
devidamente fundamentada no processo
licitatório.
ACÓRDÃO 248/2017 - PLENÁRIO
3ª PERGUNTA:
Na condição de participante, bem como de
adquirente não participante (mediante adesão),
em licitações pelo sistema de registro de preços,
os órgãos e entidades devem fazer constar do
processo administrativo de contratação, além de
justificativa sobre os quantitativos solicitados,
justificativa acerca da pertinência dos requisitos,
das restrições e das especificações dispostos no
edital às suas necessidades e peculiaridades?
PERFIL CONSTITUCIONAL DA LICITAÇÃO
Constituição Federal:
Art. 37. (...)
XXI – ressalvados os casos especificados na
legislação, as obras, serviços, compras e
alienações serão contratados mediante processo
de licitação pública que assegure igualdade de
condições a todos os concorrentes, com cláusulas
que estabeleçam obrigações de pagamento,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos
termos da lei (...);
LICITAÇÃO COMO INSTRUMENTO
Licitação é meio;
Está autorizada
É viável a Dispensa de
Sim a contratação Sim
competição? Licitação
direta?
Não
Não
A situação Licitação +
se enquadra Sim ARP +
no SRP? Contratações
Inexigibilidade
de licitação
Licitação + Contratação
Não
ou
Adesão a uma ARP
PROTAGONISTAS DO SRP
Decreto Federal 7.892/2013:
Art. 2º Para os efeitos deste Decreto, são adotadas as seguintes
definições: (...)
III - órgão gerenciador - órgão ou entidade da administração
pública federal responsável pela condução do conjunto de
procedimentos para registro de preços e gerenciamento da ata
de registro de preços dele decorrente;
IV - órgão participante - órgão ou entidade da administração
pública que participa dos procedimentos iniciais do Sistema de
Registro de Preços e integra a ata de registro de preços; e
V- órgão não participante - órgão ou entidade da
administração pública que, não tendo participado dos
procedimentos iniciais da licitação, atendidos os requisitos desta
norma, faz adesão à ata de registro de preços.
ÓRGÃO PARTICIPANTE
Decreto Federal 7.892/2013:
Art. 6º O órgão participante será responsável pela
manifestação de interesse em participar do registro de
preços, providenciando o encaminhamento ao órgão
gerenciador de sua estimativa de consumo, local de
entrega e, quando couber, cronograma de contratação e
respectivas especificações ou termo de referência ou
projeto básico, nos termos da Lei nº 8.666, de 21 de
junho de 1993, e da Lei nº 10.520, de 17 de julho de
2002, adequado ao registro de preços do qual pretende
fazer parte, devendo ainda:
ÓRGÃO PARTICIPANTE
I - garantir que os atos relativos a sua inclusão no
registro de preços estejam formalizados e
aprovados pela autoridade competente;
II - manifestar, junto ao órgão gerenciador,
mediante a utilização da Intenção de Registro de
Preços, sua concordância com o objeto a ser
licitado, antes da realização do procedimento
licitatório;
ÓRGÃO NÃO PARTICIPANTE (“CARONA”)
Decreto Federal 7.892/2013:
Art. 22. Desde que devidamente justificada a
vantagem, a ata de registro de preços, durante
sua vigência, poderá ser utilizada por qualquer
órgão ou entidade da administração pública
federal que não tenha participado do certame
licitatório, mediante anuência do órgão
gerenciador.
§ 1º Os órgãos e entidades que não participaram
do registro de preços, quando desejarem fazer
uso da ata de registro de preços, deverão
consultar o órgão gerenciador da ata para
manifestação sobre a possibilidade de adesão.
ÓRGÃO NÃO PARTICIPANTE (“CARONA”)
RESPOSTA À 6ª PERGUNTA:
É obrigatório o estabelecimento de
parâmetros objetivos para análise da
comprovação (atestados de capacidade técnico-
operacional) de que a licitante já tenha prestado
serviços pertinentes e compatíveis em
características, quantidades e prazos com o
objeto da licitação (art. 30, inciso II, da Lei
8.666/1993).
ACÓRDÃO 559/2017 - PLENÁRIO
7ª PERGUNTA:
É admissível a indicação ou a preferência
por marca em processo licitatório? A licitação
tem por objetivo, necessariamente, a escolha do
produto ou do serviço de melhor qualidade
disponibilizado no mercado?
OBJETIVOS DA LICITAÇÃO
Lei 8.666/1993:
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a
observância do princípio constitucional da
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa
para a administração e a promoção do
desenvolvimento nacional sustentável (...).
SELEÇÃO DA PROPOSTA MAIS VANTAJOSA
Lei 8.666/1993:
Art. 45. (...)
§ 1º Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de
licitação (...):
I – a de menor preço – (...) será vencedor o licitante que
apresentar a proposta de acordo com as especificações do
edital ou convite e ofertar o menor preço;
Lei 8.666/1993:
Art. 33. Quando permitida na licitação a
participação de empresas em consórcio,
observar-se-ão as seguintes normas: (...).
ACÓRDÃO 745/2017 - PLENÁRIO
RESPOSTA À 9ª PERGUNTA:
A limitação a número máximo de empresas
integrantes de consórcio deve ter motivação
prévia e consistente, sob pena de afrontar os
arts. 3°, § 1°, inciso I, e 33 da Lei 8.666/93
c/c os arts. 2° e 50 da Lei 9.784/99.
ACÓRDÃO 756/2017 - PLENÁRIO
10ª PERGUNTA:
É admissível o estabelecimento de
requisito de velocidade mínima de impressão na
contratação de empresa para a prestação de
serviço de outsourcing?
SELEÇÃO DA PROPOSTA MAIS VANTAJOSA
Lei 8.666/1993:
Art. 3º (...)
§ 1º É vedado aos agentes públicos:
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas
ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter
competitivo, (...) e estabeleçam preferências ou distinções em razão da
naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra
circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do
contrato (...).
11ª PERGUNTA:
É permitida a participação de cooperativas
de trabalho em licitações que envolvam
terceirização de serviços?
PARTICIPAÇÃO DE COOPERATIVAS
Lei 8.666/1993:
Art. 30. A documentação relativa à qualificação
técnica limitar-se-á a: (...)
III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante,
de que recebeu os documentos, e, quando
exigido, de que tomou conhecimento de todas as
informações e das condições locais para o
cumprimento das obrigações objeto da licitação;
EXIGÊNCIA DE VISITA TÉCNICA (VISTORIA)
Jurisprudência do TCU:
"9.2. dar ciência ao Município de Itapé/BA de
que:
9.2.1. a vistoria ao local das obras somente
deve ser exigida quando for imprescindível ao
cumprimento adequado das obrigações contratuais,
o que deve ser justificado e demonstrado pela
Administração no processo de licitação, devendo o
edital prever a possibilidade de substituição do
atestado de visita técnica por declaração do
responsável técnico de que possui pleno
conhecimento do objeto (...);
EXIGÊNCIA DE VISITA TÉCNICA (VISTORIA)
9.2.2. segundo entendimento desta Corte de Contas
(...), a exigência de que a visita técnica seja realizada
exclusivamente pelo responsável técnico da licitante é
potencialmente restritiva à competitividade dos
certames;
9.2.3. a obrigatoriedade de que a visita técnica seja
realizada em um único dia se mostra prejudicial à
obtenção da proposta mais vantajosa para a
Administração, uma vez que possibilita que as licitantes
tomem conhecimento de quantos e quais são os
participantes do certame, facilitando a ocorrência de
ajuste entre os competidores (...)."
(Acórdão 1447/2015 – Plenário)
ACÓRDÃO 2416/2017 - 1ª CÂMARA
15ª PERGUNTA:
A contratação de serviços de conservação e
manutenção de infraestrutura predial, com a
inclusão de serviços variados, na modelagem
conhecida como contratação de facilities,
prática adotada no setor privado, configura
afronta à Lei 8.666/1993?
PARCELAMENTO DO OBJETO
Lei 8.666/1993:
Art. 23. (...)
§ 1º As obras, serviços e compras efetuadas pela
administração serão divididas em tantas parcelas
quantas se comprovarem técnica e
economicamente viáveis, procedendo-se à
licitação com vistas ao melhor aproveitamento
dos recursos disponíveis no mercado e à
ampliação da competitividade, sem perda da
economia de escala.
PARCELAMENTO DO OBJETO
Jurisprudência do TCU:
"A restrição à competitividade adveio do agrupamento,
em um mesmo lote, de periféricos, mídias, suprimentos de
impressão e, até mesmo, de material de papelaria,
exigindo-se que o licitante devesse cotar preços para todos
os itens do lote, sob pena de desclassificação. Difícil
conceber, portanto, como tal condição não importaria no
afastamento, do certame, de vários potenciais fornecedores
(e.g., papelarias, fabricantes de cartuchos para impressoras
ou de mídias, importadores de periféricos), que, embora
operassem com parte dos objetos, não estivessem aptos a
fornecer a totalidade destes. A limitação, aliás, findou por
realizar-se na prática, já que, embora cerca de oitenta
empresas hajam retirado o edital, apenas duas licitantes
apresentaram propostas para o lote (...). Não me resta
dúvida acerca da forte restrição à competitividade, em
concreto, no caso em tela."
(Acórdão 2401/2006 - Plenário)
PARCELAMENTO DO OBJETO
Jurisprudência do TCU:
"9.3. determinar à Companhia de Pesquisa
de Recursos Minerais - CPRM - Residência de
Porto Velho (CNPJ 00.091.652/0012-31) que em
futuras licitações, em respeito aos princípios da
competitividade e da isonomia, não inclua no
mesmo lote da licitação produtos que
comumente são produzidos/desenvolvidos e
comercializados por fornecedores distintos."
(Acórdão 964/2013 – Plenário)
PARCELAMENTO DO OBJETO
Jurisprudência do TCU:
"Quanto ao parcelamento do objeto, é sabido, a teor
do disposto no art. 15, inciso IV, e art. 23, § 1º, da Lei nº
8.666, de 1993, que deverá ocorrer sempre que possível,
com vistas ao melhor aproveitamento das peculiaridades e
recursos disponíveis no mercado e à ampliação da
competitividade.
(...) não se trata de regra absoluta, vez que deve ocorrer
sempre que for técnica e economicamente viável e sem
que implique a perda da economia de escala. Ocorre que,
justamente por ser a regra, as vantagens do não
parcelamento devem ser devidamente justificadas e os
ganhos de escala devidamente demonstrados."
(Acórdão 933/2011 - Plenário)
PARCELAMENTO X FRACIONAMENTO
Jurisprudência do TCU:
"9.5. esclarecer à Universidade Federal de Campina
Grande que, em licitações destinadas à execução de
obras, via de regra deve-se evitar que no objeto
licitado, a exemplo do que foi feito na Tomada de
Preços 01/2006, seja inserida a aquisição de
aparelhos de ar condicionado ou outros
equipamentos, os quais devem ser licitados
separadamente, salvo se tal espécie de contratação
conjunta, além estar aderente às leis e normativos
em vigor, contar com prévia e fundamentada
justificativa para a escolha;"
(Acórdão 266/2014 – Segunda Câmara)
ACÓRDÃO 929/2017 - PLENÁRIO
Representação formulada por sociedade empresária apontara
possíveis irregularidades em pregão eletrônico promovido pela
Gerência de Filial Logística da Caixa Econômica Federal em Goiás
(GILOG/GO), destinado à contratação de serviços de conservação e
manutenção de infraestrutura predial, bem como de atividades
acessórias, incluindo insumos e materiais [“apoio administrativo;
conservação e limpeza; manutenção de instalações civis, elétricas,
hidráulicas, instalações de combate a incêndio, cabeamento
estruturado, sistemas de climatização e ventilação, e equipamentos
de transporte vertical”], com o objetivo de garantir a continuidade e
disponibilidade dos serviços de forma integrada e conjunta.
Segundo a representante, a contratação única de todos os serviços
caracterizaria cerceamento à competição e violação à Súmula TCU
247 que estabelece a necessidade de adjudicação por itens como
diretriz nos processos licitatórios. Notificada, a Caixa argumentou,
ACÓRDÃO 929/2017 - PLENÁRIO
em síntese, tratar-se de um novo modelo de gestão denominado
gestão de facilities, aplicável a serviços conexos e complementares,
que possibilita maior sinergia em um mesmo ambiente, ganho na
gestão contratual, eliminação de sobreposições de funções e de
ociosidade, sem prejuízo para o conjunto e com significativa
redução de custos em função do ganho de escala. Analisando o
mérito, discorreu o relator sobre as variáveis que incidem nas
contratações do gênero, destacando que é natural que a prática
adotada no setor privado migre para o setor público, sendo,
contudo, “necessário discernir se a contratação de facilities atende
aos preceitos exigíveis das empresas públicas”, em especial os
princípios trazidos no art. 3º da Lei 8.666/1993. Nesse passo,
procedeu o relator à verificação, um a um, da incidência na licitação
em comento dos princípios da igualdade, da impessoalidade, da
motivação, da eficiência, e da obtenção de competitividade, para
ACÓRDÃO 929/2017 - PLENÁRIO
concluir que “a licitação realizada pela Caixa obedeceu a todos os
princípios inscritos no art. 3º da Lei 8.666/1993”. Ademais, fez
registrar o relator concordância com a argumentação da Caixa, no
sentido de que inexistiu ofensa à Súmula TCU 247, entendendo que
“seu teor possibilitava a opção da modelagem licitatória escolhida,
em face da ressalva constante em seu texto de que a adjudicação
por item é obrigatória, ‘desde que não haja prejuízo para o
conjunto ou complexo ou perda de economia de escala’”. De mais a
mais, a par da suficiente participação de licitantes, concluiu o
relator pela inexistência de restrição à competitividade do certame,
no qual, ademais, restou evidente a vantajosidade, tendo em vista
que o preço contratado se situou 2,6% abaixo do somatório dos
contratos hoje existentes, cujos serviços foram albergados pela nova
contratação. De forma comparativa, prosseguiu o relator, “a
experiência da Caixa demonstrou que o custo mensal por área total
ACÓRDÃO 929/2017 - PLENÁRIO
Jurisprudência do TCU:
(Acórdão 1332/2015 – Segunda Câmara) Parentesco entre o
fiscal/gestor do contrato e pessoa contratada pela empresa
prestadora de serviços. Violação dos princípios da
moralidade e da impessoalidade.
[VOTO]
Diferente é a situação do Sr. (...). Na posição de gestor do
contrato, cabia a ele a fiscalização dos serviços prestados pela
empresa e por seus colaboradores, inclusive por seu filho (...),
admitido na data da celebração do contrato entre o hospital e a
empresa terceirizada (...). Ao acompanhar e atestar a prestação
dos serviços, o gestor afrontou os princípios da moralidade e da
impessoalidade insculpidos no art. 37 da Constituição Federal.
OS ATORES DA GESTÃO E DA FISCALIZAÇÃO
(Acórdão 1332/2015 – Segunda Câmara) Continuação...
Não podem prosperar os argumentos do gestor de que não
exercia cargo de chefia ou de direção, pois a irregularidade foi
praticada na condição de gestor do contrato. Da mesma forma, as
alegações de que não foi adequadamente capacitado e de que não
havia proibição, no edital e no contrato, da contratação de parentes,
não resistem a uma análise mais acurada, já que cabia ao servidor agir
de acordo com o ordenamento jurídico, a começar pela Carta Magna.
Outro argumento, de que era elevado o número de pessoas contratadas
pela prestadora de serviços, também não diminui a responsabilidade do
gestor, pois não se poderia supor que ele não tivesse conhecimento de
que seu filho era um dos contratados.
Tampouco merecem ser acolhidas as alegações de que não
houve dano ao erário nem má fé e de que não há documento que
prove o favorecimento na contratação de seu filho. Ocorre que a
irregularidade não reside no favorecimento, mas no exercício da
função de gestor do contrato e fiscal dos serviços prestados pelo seu
próprio filho. Além disso, a imputação de sanção pelo Tribunal não
depende da existência de débito ou de má fé.
ACÓRDÃO 9455/2017 – 2ª CÂMARA
RESPOSTA À 16ª PERGUNTA:
O gestor de contrato responde por
nepotismo ao não coibir a admissão de familiar
seu por empresa prestadora de serviço
terceirizado em contratações sob a sua
fiscalização, por afronta aos princípios da
moralidade e da impessoalidade.
ACÓRDÃO 1079/2017 - PLENÁRIO
17ª PERGUNTA:
A desclassificação de proposta por
inexequibilidade pode dar-se sumariamente
com base no critério definido no edital, sem a
necessidade de ser franqueada oportunidade ao
licitante de defender sua proposta e demonstrar
sua capacidade de bem executar os serviços no
preço por ele ofertado?
PREÇOS MANIFESTAMENTE INEXEQUÍVEIS
Lei 8.666/1993:
Art. 48. Serão desclassificadas: (...)
II - propostas com valor global superior ao limite estabelecido ou com
preços manifestamente inexequíveis, assim considerados aqueles que
não venham a ser demonstrada sua viabilidade através de
documentação que comprove que os custos dos insumos são
coerentes com os de mercado (...).
§ 1º Para os efeitos do disposto no inciso II deste artigo,
consideram-se manifestamente inexequíveis, no caso de licitações de
menor preço para obras e serviços de engenharia, as propostas cujos
valores sejam inferiores a 70% (setenta por cento) do menor dos
seguintes valores:
a) média aritmética dos valores das propostas superiores a 50%
(cinquenta por cento) do valor orçado pela Administração; ou
b) valor orçado pela Administração.
PREÇOS MANIFESTAMENTE INEXEQUÍVEIS
Constituição Federal:
Art. 37. (...)
XXI - ressalvados os casos especificados na
legislação, as obras, serviços, compras e
alienações serão contratados mediante processo
de licitação pública que assegure igualdade de
condições a todos os concorrentes, com cláusulas
que estabeleçam obrigações de pagamento,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos
termos da lei (...).
ORÇAMENTO CONFORME O PREÇO DE MERCADO
Decreto Federal 5.450/2005:
Art. 9o Na fase preparatória do pregão, na forma
eletrônica, será observado o seguinte: (...)
§ 2o O termo de referência é o documento que
deverá conter elementos capazes de propiciar avaliação
do custo pela administração diante de orçamento
detalhado, definição dos métodos, estratégia de
suprimento, valor estimado em planilhas de acordo
com o preço de mercado, cronograma físico-financeiro,
se for o caso, critério de aceitação do objeto, deveres
do contratado e do contratante, procedimentos de
fiscalização e gerenciamento do contrato, prazo de
execução e sanções, de forma clara, concisa e objetiva.
ACÓRDÃO 2443/2017 - PLENÁRIO
Jurisprudência do TCU:
"(...) no que se refere à previsão da prorrogação no ato
convocatório, resta esclarecer que, de fato, a prorrogabilidade do
inciso II depende de explícita autorização no ato convocatório.
Sendo omisso o edital, não poderá a entidade promover a
prorrogação. (...) Assim, em razão de não haver previsão editalícia
e, consequentemente, contratual quanto à prorrogação em
questão, entendo que deve ser mantida a irregularidade."
(Acórdão 551/2002 – Segunda Câmara)
PRORROGAÇÃO CONTRATUAL
IN SEGES-MP 5/2017 (ANEXO IX):
DA VIGÊNCIA E DA PRORROGAÇÃO
3. Nas contratações de serviços continuados, o contratado não
tem direito subjetivo à prorrogação contratual que objetiva a
obtenção de preços e condições mais vantajosas para a
Administração, podendo ser prorrogados, a cada 12 (doze)
meses, até o limite de 60 (sessenta) meses, desde que a
instrução processual contemple:
a) estar formalmente demonstrado que a forma de prestação
dos serviços tem natureza continuada;
b) relatório que discorra sobre a execução do contrato, com
informações de que os serviços tenham sido prestados
regularmente;
PRORROGAÇÃO CONTRATUAL
Lei 8.666/1993:
Art. 24. É dispensável a licitação: (...)
XXIII - na contratação realizada por empresa
pública ou sociedade de economia mista com
suas subsidiárias e controladas, para a aquisição
ou alienação de bens, prestação ou obtenção de
serviços, desde que o preço contratado seja
compatível com o praticado no mercado.
ACÓRDÃO 2472/2017 – PLENÁRIO
RESPOSTA À 23ª PERGUNTA:
A participação de empresa estatal no bloco de
controle de empresa privada da qual é acionista
minoritária, mediante celebração de acordo com o
acionista majoritário, conferindo à estatal parcela de
controle compartilhado, não a torna controladora da
empresa participada, devendo esta concorrer nas licitações
em condições de igualdade com as demais empresas do
setor privado, sendo indevida sua contratação direta pela
estatal com base no art. 24, inciso XXIII, da Lei 8.666/1993.
Para fins de dispensa de licitação com fundamento nesse
dispositivo, entende-se por controlada a empresa em que a
União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto, em analogia ao conceito
do art. 165, § 5º, inciso II, da Constituição Federal, que
baliza a noção de empresa controlada.
ACÓRDÃO 1406/2017 – PLENÁRIO
24ª PERGUNTA:
É possível a participação de organizações
sociais (OSs) e de organizações da sociedade
civil de interesse público (Oscips) em
procedimentos licitatórios realizados pelo poder
público?
PARTICIPAÇÃO DE OSCIP EM LICITAÇÃO
É vedado às OSCIPS, nessa condição, participar de
processos licitatórios promovidos pela Administração, sob
pena de desvirtuamento do objetivo primordial para o
qual foram criadas, qual seja, estabelecer cooperação com
o Poder Público, mediante a celebração de termo de
parceria. Assim, a Lei 8.666/1993 não se aplica à seleção
de OSCIPS. Entretanto, o gestor público não está livre para
contratar tais entidades da maneira que lhe convier,
devendo observar a Lei 9.790/1999 e o Decreto
3.100/1999, que estabelecem diretrizes para a elaboração
do Termo de Parceria a ser celebrado com essas entidades.
(Acórdão 2741/2014 – Plenário)
CONTRATAÇÃO DE ORGANIZAÇÃO SOCIAL
Lei 8.666/1993:
Art. 24. É dispensável a licitação: (...)
XXIV - para a celebração de contratos de
prestação de serviços com as organizações
sociais, qualificadas no âmbito das respectivas
esferas de governo, para atividades contempladas
no contrato de gestão.
ACÓRDÃO 1406/2017 – PLENÁRIO
RESPOSTA À 24ª PERGUNTA:
Inexiste vedação legal à participação de
organizações sociais, qualificadas na forma dos
arts. 5º a 7º da Lei 9.637/1998, em
procedimentos licitatórios realizados pelo Poder
Público, sob a égide da Lei 8.666/1993, desde
que o intuito do procedimento licitatório seja a
contratação de entidade privada para prestação
de serviços que se insiram entre as atividades
previstas no contrato de gestão firmado entre o
Poder Público e a organização social.
ACÓRDÃO 1431/2017 – PLENÁRIO
25ª PERGUNTA:
A variação da taxa cambial, para mais ou
para menos, pode ser considerada suficiente
para, isoladamente, fundamentar a necessidade
de reequilíbrio econômico-financeiro do
contrato?
REVISÃO CONTRATUAL/TEORIA DA IMPREVISÃO
Lei 8.666/1993:
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com
as devidas justificativas, nos seguintes casos: (...)
II - por acordo das partes: (...)
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente
entre os encargos do contratado e a retribuição da Administração
para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento,
objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial
do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou
previsíveis porém de conseqüências incalculáveis, retardadores ou
impeditivos da execução do ajustado, ou ainda, em caso de força
maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea
econômica extraordinária e extracontratual.
(...)
§ 5º Quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou
extintos, bem como a superveniência de disposições legais, quando
ocorridas após a data da apresentação da proposta, de comprovada
repercussão nos preços contratados, implicarão a revisão destes
para mais ou para menos, conforme o caso. [fato do príncipe]
REVISÃO CONTRATUAL/TEORIA DA IMPREVISÃO
Jurisprudência do TCU:
(Acórdão 1383/2014 – Plenário) Revisão. Pressupostos autorizadores.
Demonstração no processo administrativo.
[VOTO]
“(...) para que seja deferida revisão de preços fundada no art. 65,
II, ‘d’, da Lei nº 8.666/93, faz-se necessária, além da presença do fato
gerador imprevisível ou previsível de consequências incalculáveis, a
demonstração do impacto dessa superveniência nos custos da
contratada de tal monta que, caso não deferido o seu pleito junto ao
ente público contratante, estará ela impossibilitada de honrar os
compromissos assumidos. Não se pode, pois, concluir previamente,
como fez a agravante, que a revisão seria inevitável, isso porque caberia
à contratada, quando da formulação do seu pedido à Eletronuclear,
abrir a sua planilha de custos e demonstrar, de forma contundente, a
sobredita onerosidade excessiva (...).”
Observação: a demonstração analítica da variação ocorrida e do
impacto na formação do preço é ônus do contratado.
REVISÃO CONTRATUAL/TEORIA DA IMPREVISÃO
Jurisprudência do TCU:
(Acórdão 1085/2015 – Plenário) Variação Cambial. Necessidade de
demonstração da onerosidade excessiva.
“(...) a desvalorização da moeda nacional ocorrida no início de 1999 já
foi reconhecida pela Justiça e por este Tribunal como evento extracontratual
impactante nos contratos administrativos em vigor na época. Contudo, não
pode ser tida como uma condição suficiente e autônoma para justificar a
revisão contratual.
Explico melhor, a aplicação da cláusula rebus sic stantibus aos
contratos administrativos também requer demonstração objetiva de que
ocorrências supervenientes tornaram a sua execução excessivamente onerosa
para uma das partes. A simples variação cambial, por si só, não justifica a
revisão contratual por um motivo simples: o particular contratado pode ter
adquirido os insumos ou incorrido nas despesas impactadas pelo câmbio
antes da ocorrência do evento. Em tal situação (...), a posterior desvalorização
da moeda favoreceria ao contratado, pois os índices de reajuste contratual
supervenientes captariam em maior ou menor grau o fato ocorrido.
REVISÃO CONTRATUAL/TEORIA DA IMPREVISÃO
(Acórdão 1085/2015 – Plenário) Continuação...
Assim, o construtor seria beneficiado, pois teria sua
remuneração majorada por índices que foram afetados ao menos
parcialmente pelo câmbio, mas não incorreria em custos
adicionais, haja vista que adquiriu os bens importados antes da
depreciação do Real. Em outra circunstância, na qual o contratado
ainda não tivesse incorrido nos gastos atrelados ao câmbio,
certamente uma variação anômala da moeda poderia justificar o
reequilíbrio.
Portanto, pleitos do gênero não podem se basear
exclusivamente nos preços contratuais ou na variação de valores
extraídos de sistemas referenciais de custos, sendo indispensável
que se apresentem outros elementos adicionais do impacto
cambial, tais como a comprovação dos custos efetivamente
incorridos no contrato, demonstrados mediante notas fiscais.”
ACÓRDÃO 1431/2017 – PLENÁRIO
RESPOSTA À 25ª PERGUNTA:
A variação da taxa cambial, para mais ou para
menos, não pode ser considerada suficiente para,
isoladamente, fundamentar a necessidade de reequilíbrio
econômico-financeiro do contrato. Para que a variação do
câmbio seja considerada um fato apto a ocasionar uma
recomposição nos contratos, considerando se tratar de fato
previsível, deve culminar consequências incalculáveis
(consequências cuja previsão não seja possível pelo gestor
médio quando da vinculação contratual), fugir à
normalidade, ou seja, à flutuação cambial típica do regime
de câmbio flutuante e, sobretudo, acarretar onerosidade
excessiva no contrato a ponto de ocasionar um
rompimento na equação econômico-financeira, nos termos
previstos no art. 65, inciso II, alínea d, da Lei 8.666/1993.
ACÓRDÃO 2552/2017 – PLENÁRIO
26ª PERGUNTA:
É regular a exigência de prestação de
garantia da proposta antes da data de
apresentação dos documentos de habilitação?
QUALIFICAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA
Lei 8.666/1993:
Art. 31. A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á a:
(...)
III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no "caput" e § 1º do
art. 56 desta Lei, limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto da
contratação.
(...)
§ 2º A Administração, nas compras para entrega futura e na execução de obras e
serviços, poderá estabelecer, no instrumento convocatório da licitação, a exigência
de capital mínimo ou de patrimônio líquido mínimo, ou ainda as garantias previstas
no § 1º do art. 56 desta Lei, como dado objetivo de comprovação da qualificação
econômico-financeira dos licitantes e para efeito de garantia ao adimplemento do
contrato a ser ulteriormente celebrado.
§ 3º O capital mínimo ou o valor do patrimônio líquido a que se refere o parágrafo
anterior não poderá exceder a 10% (dez por cento) do valor estimado da
contratação, devendo a comprovação ser feita relativamente à data da
apresentação da proposta, na forma da lei, admitida a atualização para esta data
através de índices oficiais.
QUALIFICAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA
Lei 10.520/2002:
Art. 5º É vedada a exigência de:
I - garantia de proposta;
ACÓRDÃO 2552/2017 – PLENÁRIO
RESPOSTA À 26ª PERGUNTA:
É irregular a exigência de prestação de
garantia da proposta antes da data de
apresentação dos documentos de habilitação,
pois não encontra amparo na Lei 8.666/1993 e
permite o conhecimento antecipado das
empresas que efetivamente participarão do
certame, o que pode comprometer o caráter
competitivo da licitação.
ACÓRDÃO 1545/2017 – PLENÁRIO
27ª PERGUNTA:
É regular a aquisição pela Administração,
mediante credenciamento, de passagens aéreas
em linhas regulares domésticas, sem a
intermediação de agência de viagem?
CREDENCIAMENTO
Lei 8.666/1993:
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver
inviabilidade de competição, em especial: (...)
CREDENCIAMENTO
Jurisprudência do TCU:
"Via de regra, no credenciamento, a Administração
estabelece o preço máximo a ser pago pelos serviços.
(...) embora o credenciamento não seja compatível
com o procedimento licitatório, trata-se, na opinião dos
juristas, de caso de inexigibilidade de licitação pela
inviabilidade ou pela desnecessidade de competição, dado
que, em tese, todos os interessados na prestação do
serviço ficam disponíveis para a contratação. Assim, são
exigidos os elementos prescritos no parágrafo único do art.
26 da Lei nº 8.666/93, entre eles a justificativa do preço
fixado pela administração contratante."
(Acórdão 2731/2009 – Plenário)
CREDENCIAMENTO
IN SEGES-MP 5/2017 (ANEXO I):
DEFINIÇÕES
IV - CREDENCIAMENTO: ato administrativo de
chamamento público destinado à pré-
qualificação de todos os interessados que
preencham os requisitos previamente
determinados no ato convocatório, visando
futura contratação, pelo preço definido pela
Administração.
CREDENCIAMENTO
IN SEGES-MP 5/2017 (ANEXO VII-B):
DIRETRIZES ESPECÍFICAS PARA ELABORAÇÃO DO ATO
CONVOCATÓRIO
3. Do credenciamento:
3.1. Para a contratação de prestação de serviços, os órgãos
e entidades poderão utilizar o sistema de credenciamento,
desde que atendidas às seguintes diretrizes:
a) justificar a inviabilidade de competição pela natureza da
contratação do serviço a ser prestado;
b) comprovar que o interesse da Administração será
melhor atendido mediante a contratação de um maior
número de prestadores de serviço;
CREDENCIAMENTO
c) promover o chamamento público por meio do ato
convocatório que definirá o objeto a ser executado, os requisitos
de habilitação, as especificações técnicas indispensáveis, a
fixação prévia de preços e os critérios para convocação dos
credenciados;
d) garantir a igualdade de condições entre todos os interessados
hábeis a contratar com a Administração, pelo preço por ela
definido; e
e) contratar todos os que tiverem interesse e que satisfaçam as
condições fixadas pela Administração.
3.2. O Sistema de Credenciamento ficará aberto pelo prazo
estipulado no ato convocatório, renováveis por iguais e
sucessivos períodos, para inscrição de novos interessados, desde
que atendam aos requisitos do chamamento.
ACÓRDÃO 1545/2017 – PLENÁRIO
Representação formulada ao TCU apontou possíveis
irregularidades no Credenciamento 1/2014, conduzido pela Central
de Compras e Contratações do Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão (MPDG), com vigência de sessenta
meses e objetivo de permitir a compra de passagens aéreas em
linhas regulares domésticas sem a intermediação de agência de
viagem. Ao apreciar o novo modelo, a unidade técnica concluiu pela
sua incompatibilidade com o ordenamento jurídico, ressaltando a
“possibilidade de competição entre as companhias aéreas e entre
estas e as agências de viagem”. Ao discordar da unidade instrutiva,
o relator assinalou não haver possibilidade de real competição
entre empresas aéreas e agências que intermedeiam a venda de
passagens das companhias aéreas e cobram comissões por seus
serviços. A corroborar sua assertiva, frisou que o próprio
representante afirmara que “as companhias aéreas TAM, GOL/VRG,
ACÓRDÃO 1545/2017 – PLENÁRIO
Avianca e Azul, pela condição dominante no mercado, estão
apresentando condições ao MPOG que nenhuma agência de viagens
(canal de distribuição) conseguiria”. O relator ressaltou, ainda, a
impossibilidade de competição entre as próprias companhias
aéreas, isso porque “normalmente não há vários voos de diferentes
empresas aéreas para o mesmo lugar, no mesmo dia e horário, de
modo a atender à necessidade específica da Administração
Pública”. Deixou também assente que a opção administrativa pelo
Credenciamento 1/2014 “não subtrai do mercado seguimento
comercial algum, tampouco retira as agências de viagem do ciclo
econômico”, haja vista que os contratos dos órgãos públicos com
agências de viagem representam menos de 1% dos negócios do
setor. Por fim, enfatizou que o Tribunal já se manifestou pela
regularidade da utilização do credenciamento em casos cujas
particularidades do objeto contratado indiquem a inviabilidade de
ACÓRDÃO 1545/2017 – PLENÁRIO
competição, “ao mesmo tempo em que se admite a possibilidade de
contratação de todos os interessados em oferecer o mesmo tipo de
serviço à Administração Pública”. Em relação aos pregões
eletrônicos também objeto de exame na representação, conduzidos
pela Central de Compras com vistas à contratação de agência de
viagem para a prestação de serviços de agenciamento para a
compra de bilhetes internacionais, regionais e outros não atendidos
pelo credenciamento, o relator concordou com a unidade técnica no
sentido de que “para o objeto ‘agenciamento de viagens’ há
competição, exclusivamente entre agências de viagens, o que enseja
licitação previamente à contratação”. Considerando então não haver
irregularidades no Credenciamento 1/2014 nem “intercorrências
observadas nestes autos que justifiquem a paralisação dos Pregões
Eletrônicos 2/2015, 1/2016 e 1/2017”, aptas a impedir que o MPDG
prosseguisse com sua estratégia de migração dos contratos para o
ACÓRDÃO 1545/2017 – PLENÁRIO
Lei 8.666/1993:
Art. 24. É dispensável a licitação: (...)
X – para a compra ou locação de imóvel destinado
ao atendimento das finalidades precípuas da
Administração, cujas necessidades de instalação e
localização condicionem a sua escolha, desde que
o preço seja compatível com o valor de mercado,
segundo avaliação prévia;
COMPRA OU LOCAÇÃO DE IMÓVEL
Jurisprudência do TCU:
Dispensa de Licitação: necessidade de comprovação de que o
imóvel a ser locado é o único que atende aos interesses da Administração
Pública
Em representação feita ao TCU, foi noticiada possível irregularidade
constituída na ausência de licitação e na inobservância dos princípios
constitucionais da impessoalidade e da moralidade, quando da locação, com
a utilização de recursos públicos da área de saúde, de imóvel de
propriedade do cônjuge da ex-Prefeita do município de Guarabiras, na
Paraíba. Ao examinar as razões de justificativa apresentadas pela responsável,
a unidade técnica registrou o fato de o proprietário do imóvel locado ser
esposo da então Prefeita de Guarabiras, ou seja, a Prefeitura havia locado
um imóvel da própria Prefeita, por intermédio do esposo desta. Acresceu,
ainda, que “o fato de eventualmente ter havido inabilidade no ato de
contratação com dispensa de licitação, com inobservância das devidas
cautelas de justificativa como previsto no art. 24, inciso X, da Lei nº
8.666/1993 não conduz à exclusão da culpabilidade”.
COMPRA OU LOCAÇÃO DE IMÓVEL
Caberia, ainda na opinião da unidade técnica, até se
discutir o dolo na utilização da dispensa de licitação, mas seria
induvidável a ofensa a diversos princípios constitucionais, como o
da legalidade, o que levaria à reprovação da conduta da ex-
Prefeita. Citando precedente jurisprudencial, a unidade técnica
anotou que “O art. 24, inciso X, da Lei de Licitações estabelece
ser dispensável a licitação para a compra ou locação de imóvel
destinado ao atendimento das finalidades precípuas da
Administração, cujas necessidades de instalação e localização
condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível
com o valor de mercado, segundo avaliação prévia”. Assim, “a
utilização desse dispositivo só é possível quando se identifica um
imóvel específico cujas instalações e localização sinalizem que
ele é o único que atende o interesse da Administração”.
COMPRA OU LOCAÇÃO DE IMÓVEL
Como, na espécie, haveria pelo menos outro imóvel que serviria
ao intuito da administração municipal, não seria possível a utilização da
hipótese do art. 24, inc. X, da Lei 8.666/1993, como fundamento da
contratação direta. O relator, ao concordar com a unidade técnica,
destacou, em seu voto, que “havia pelo menos outro imóvel com
características semelhantes, que poderia servir de alternativa à
locação”, o que, portanto, leva à incorreção quanto ao procedimento de
se dispensar a licitação com base no art. 24, inciso X, da Lei nº
8.666/1993. Votou, em consequência, pela aplicação de multa à ex-
Prefeita, bem como pela expedição de determinação corretiva e de
alerta ao município de Guarabira, a fim de que sejam evitadas
ocorrências semelhantes em situações futuras. O Colegiado acolheu, por
unanimidade, o encaminhamento sustentado pelo relator. Precedentes
citados: Acórdão n.º 444/2008-Plenário. Acórdão 5281/2010-1ª Câmara.
(INFORMATIVO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS Nº 31)
COMPRA OU LOCAÇÃO DE IMÓVEL
Jurisprudência do TCU:
"Parte da doutrina tem considerado que a dispensa de
licitação com fulcro no art. 24, inciso X, da Lei 8.666/1993, na
verdade, configuraria situação de inexigibilidade, devido à
ausência de competitividade, pois somente um único imóvel
seria capaz de atender ao interesse da Administração.
Nesse sentido, alguns julgados desta Casa, a exemplo dos
Acórdãos 1.816/2010 e 5.948/2014, ambos da 2ª Câmara,
consideraram ser necessária a comprovação de que a escolha de
um imóvel que, em face das suas características de instalação e
localização, seja o único capaz de atender às necessidades da
Administração. Caso contrário, seria inaplicável a contratação
direta fundamentada na hipótese de dispensa de licitação prevista
no art. 24, inciso X, da Lei 8.666/1993.
COMPRA OU LOCAÇÃO DE IMÓVEL
Penso, todavia, que tal entendimento possa ser aperfeiçoado.
De fato, realmente me parece mais adequado o enquadramento da
aquisição/locação de imóveis como hipótese de dispensa de
licitação, tal como efetivamente definido pelo legislador da Lei
8.666/1993, e não como situação de inexigibilidade de licitação,
conforme defendido por alguns juristas. Não existe, em geral, um
único imóvel que atenda às necessidades da Administração, o que
seria um caso de inviabilidade de competição, em que aplicar-se-ia o
instituto da inexigibilidade de licitação. Muitas vezes, uma pluralidade
de imóveis atende aos requisitos do Poder Público, sem que isso
implique na necessidade de licitar, pois torna-se inviável ou
extremamente difícil estabelecer um torneio em que seja realizada
uma seleção com critérios estritamente objetivos, dentro dos
princípios norteadores da licitação, e que assegure a obtenção da
melhor contratação dentre todas as possibilidades possíveis.
COMPRA OU LOCAÇÃO DE IMÓVEL
O art. 24 da Lei 8666/93 indica as hipóteses em que a licitação
seria juridicamente viável, embora a lei dispense o administrador de
realizá-la. Já no caso de inexigibilidade, a licitação é inviável, ou seja,
impossível de ser realizada, tendo em vista fatores que impedem a
competitividade.
Dentre os vários imóveis que podem satisfazer às condições
desejadas pela Administração para ocupação, encontra-se na esfera do
poder discricionário do gestor público a efetivação de sua locação por
dispensa de licitação, bem como os motivos adotados para a seleção,
que não estão necessariamente atrelados apenas ao valor de aluguel,
sendo possível – e até desejável - a consideração de outros critérios.
Contudo, deve ser observado que o art. 26 da Lei de Licitações e
Contratos exige adequada motivação para a opção escolhida e a
demonstração de que o valor da contratação resultante esteja
compatível com parâmetros de mercado."
(Acórdão nº 2420/2015 – Plenário)
ACÓRDÃO 5244/2017 – 1ª CÂMARA
Jurisprudência do TCU:
(Acórdão 2302/2013 – Plenário)
"9.2. dar ciência à Petrobras das seguintes
ocorrências, para que adote as medidas
corretivas cabíveis: (...)
9.2.2. o limite de 25% para os acréscimos
contratuais em obras ou serviços de engenharia
deve ser calculado apenas sobre o valor da
planilha de preço global (...);"
ALTERAÇÃO CONTRATUAL
Jurisprudência do TCU:
(Acórdão 335/2015 – Plenário)
"9.6. informar à Sara/PE [Secretaria de Agricultura e
Reforma Agrária do Estado de Pernambuco] que, de
acordo com a jurisprudência desta Corte, para fins de
observância dos limites previstos no art. 65, § 1º, da
Lei n. 8.666/1993, o conjunto de reduções e o conjunto
de acréscimos contratuais devem ser sempre
calculados sobre o valor original da avença, aplicando-
se a cada um desses conjuntos, individualmente e sem
nenhum tipo de compensação entre eles, os limites de
alteração fixados no dispositivo legal em referência;"
ALTERAÇÃO CONTRATUAL
Jurisprudência do TCU:
(Acórdão 1536/2016 – Plenário)
"9.1. (...) responder ao consulente que:
9.1.1. a jurisprudência deste Tribunal é pacífica no
sentido de entender, como regra geral, para
atendimento dos limites definidos no art. 65, §§ 1º
e 2º, da Lei 8.666/1993, que os acréscimos ou
supressões nos montantes dos ajustes firmados pelos
órgãos e pelas entidades da Administração Pública
devem ser considerados de forma isolada, sendo
calculados sobre o valor original do contrato, vedada
a compensação entre seus valores;"
ACÓRDÃO 2554/2017 – PLENÁRIO
RESPOSTA À 32ª PERGUNTA:
Como regra geral, para atendimento dos
limites definidos no art. 65, §§ 1º e 2º, da Lei
8.666/1993, os acréscimos ou supressões nos
montantes dos contratos firmados pelos órgãos
e entidades da Administração Pública devem ser
considerados de forma isolada, sendo
calculados sobre o valor original do contrato,
vedada a compensação entre acréscimos e
supressões.
ACÓRDÃO 2600/2017 – PLENÁRIO
33ª PERGUNTA:
É regular a permissão de adesão à ata de
registro de preços derivada de licitação na qual
foram impostos critérios e condições
particulares às necessidades do ente
gerenciador?
ÓRGÃO NÃO PARTICIPANTE (“CARONA”)
Decreto Federal 7.892/2013:
Art. 22. (...)
§ 10. É vedada a contratação de serviços de tecnologia da informação
e comunicação por meio de adesão a ata de registro de preços que não
seja:
I - gerenciada pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão; ou
II - gerenciada por outro órgão ou entidade e previamente aprovada pela
Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação do Ministério do
Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. (dispositivo inserido pelo
Decreto Federal 9.488/2018)
§ 11. O disposto no § 10 não se aplica às hipóteses em que a
contratação de serviços esteja vinculada ao fornecimento de bens de
tecnologia da informação e comunicação constante da mesma ata de
registro de preços. (dispositivo inserido pelo Decreto Federal
9.488/2018)
ACÓRDÃO 2600/2017 – PLENÁRIO
RESPOSTA À 33ª PERGUNTA:
É irregular a permissão de adesão à ata de
registro de preços derivada de licitação na qual
foram impostos critérios e condições
particulares às necessidades do ente
gerenciador.
ACÓRDÃO 1893/2017 – PLENÁRIO
34ª PERGUNTA:
É possível a utilização da ata de registro de
preços por quaisquer interessados – incluindo o
próprio gerenciador, os órgãos participantes e
eventuais “caronas” – para aquisição separada
de itens de objeto adjudicado por preço global
de lote ou grupo para os quais o fornecedor
convocado para assinar a ata não tenha
apresentado o menor preço na licitação?
CONDIÇÕES PARA UTILIZAÇÃO DO SRP
Jurisprudência do TCU:
"A adoção do critério de julgamento de menor preço por
lote somente deve ser adotado quando for demonstrada
inviabilidade de promover a adjudicação por item e
evidenciadas fortes razões que demonstrem ser esse o
critério que conduzirá a contratações economicamente mais
vantajosas. Na licitação por menor preço global do lote, a
vantajosidade para a Administração somente se concretiza
na medida em que for adquirido do licitante o lote integral
dos itens, pois o preço é resultante da multiplicação de
preços dos bens licitados pelas quantidades estimadas.
Configura dano ao erário a compra de itens cujos preços
registrados não são os menores ofertados na disputa."
(Acórdão nº 4205/2014 – Primeira Câmara)
ACÓRDÃO 1893/2017 – PLENÁRIO
Representação formulada ao TCU apontou possíveis
irregularidades no Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (Dnit/Sede) relacionadas ao Pregão Eletrônico 448/2016,
que objetivava o registro de preços para aquisição de mobiliário,
incluindo fornecimento, montagem e instalação. O objeto do
certame fora divido em dois grupos, sendo o primeiro composto de
mesas, armários, divisórias e outros, ao passo que o segundo fora
constituído de cadeiras, poltronas e sofás. Entre as irregularidades
apontadas, estava a “permissão de adesão à ata para aquisição de
itens, isoladamente, por outros órgãos não participantes”. Em seu
voto, o relator ressaltou que o agrupamento de itens em lotes
frequentemente resulta na adjudicação de diversos produtos por
valores superiores aos que teriam sido obtidos caso os mesmos itens
fossem licitados separadamente. Para o relator, o critério do menor
preço por lote com itens agrupados geralmente acarreta o descarte
ACÓRDÃO 1893/2017 – PLENÁRIO
de lances individuais mais vantajosos para a Administração. A
corroborar seu entendimento, o relator trouxe à colação excertos da
proposta de deliberação que fundamentou o Acórdão 2977/2012
Plenário, nos seguintes termos: “A adjudicação por grupo, em
licitação para registro de preços, sem robustas, fundadas e
demonstradas razões (fáticas e argumentativas) que a sustente,
revela-se sem sentido quando se atenta para o evidente fato de que
a Administração não está obrigada a contratar a composição do
grupo a cada contrato, podendo adquirir isoladamente cada item,
no momento e na quantidade que desejar. Essa modelagem torna-se
potencialmente mais danosa ao erário na medida em que diversos
outros órgãos e entidade podem aderir a uma ata cujos preços não
refletem os menores preços obtidos na disputa por item. Em registro
de preços, a realização de licitação utilizando-se como critério de
julgamento o menor preço global por grupo/lote leva, vis à vis a
ACÓRDÃO 1893/2017 – PLENÁRIO
adjudicação por item, a flagrantes contratações antieconômicas e
dano ao erário, potencializado pelas possibilidades de adesões,
uma vez que, como reiteradamente se observa, itens são
ofertados pelo vencedor do grupo a preços superiores aos
propostos por outros competidores.”. Ao final, o relator propôs e o
Plenário decidiu considerar parcialmente procedente a
representação, sem prejuízo de determinar ao Dnit/Sede que se
abstenha de “autorizar a utilização da ata de registro de preços
por quaisquer interessados (incluindo o próprio órgão
gerenciador, os órgãos participantes e eventuais caronas - caso
tenha sido prevista a adesão para órgãos não participantes) para
aquisição separada de itens de objeto adjudicado por preço global
de lote/grupo para os quais o fornecedor convocado para assinar
a ata não tenha apresentado o menor preço no pregão eletrônico
SRP 448/2016”.
ACÓRDÃO 1893/2017 – PLENÁRIO
RESPOSTA À 34ª PERGUNTA:
É indevida a utilização da ata de registro de
preços por quaisquer interessados – incluindo o
próprio gerenciador, os órgãos participantes e
eventuais caronas, caso tenha sido prevista a
adesão para órgãos não participantes – para
aquisição separada de itens de objeto
adjudicado por preço global de lote ou grupo
para os quais o fornecedor convocado para
assinar a ata não tenha apresentado o menor
preço na licitação.
ACÓRDÃO 2033/2017 – PLENÁRIO
35ª PERGUNTA:
Mesmo com a edição da Lei 13.303/2016,
as empresas estatais exploradoras de atividade
econômica estão dispensadas de licitar a
prestação de serviços relacionados com seus
respectivos objetos sociais?
ALCANCE
Lei 13.303/2016 (LRE):
Art. 28. Os contratos com terceiros destinados à
prestação de serviços às empresas públicas e às
sociedades de economia mista, inclusive de
engenharia e de publicidade, à aquisição e à locação
de bens, à alienação de bens e ativos integrantes do
respectivo patrimônio ou à execução de obras a
serem integradas a esse patrimônio (...) serão
precedidos de licitação nos termos desta Lei,
ressalvadas as hipóteses previstas nos arts. 29 e 30.
ALCANCE
Lei 13.303/2016 (LRE):
Art. 28. (...)
§ 3º São as empresas públicas e as sociedades de
economia mista dispensadas da observância dos
dispositivos deste Capítulo nas seguintes situações:
I - comercialização, prestação ou execução, de forma
direta, pelas empresas mencionadas no caput, de
produtos, serviços ou obras especificamente
relacionados com seus respectivos objetos sociais;
ACÓRDÃO 2033/2017 – PLENÁRIO
RESPOSTA À 35ª PERGUNTA:
Embora as empresas estatais estejam
dispensadas de licitar a prestação de serviços
relacionados com seus respectivos objetos
sociais (art. 28, § 3º, inciso I, da Lei
13.303/2016), devem conferir lisura e
transparência a essas contratações, em atenção
aos princípios que regem a atuação da
Administração Pública, selecionando seus
parceiros por meio de processo competitivo,
isonômico, impessoal e transparente.
ACÓRDÃO 9873/2017 – 2ª CÂMARA
36ª PERGUNTA:
O contrato emergencial deve conter
expressa cláusula resolutiva que estabeleça a
sua extinção logo após a conclusão do processo
licitatório para nova contratação dos
correspondentes serviços?
CONTRATAÇÃO EMERGENCIAL
Lei 8.666/1993:
Art. 24. É dispensável a licitação: (...)
IV – nos casos de emergência ou de calamidade pública,
quando caracterizada urgência de atendimento de situação
que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança
de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens,
públicos ou particulares, e somente para os bens necessários
ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e
para as parcelas de obras e serviços que possam ser
concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias
consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da
emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos
respectivos contratos;
ACÓRDÃO 9873/2017 – 2ª CÂMARA
RESPOSTA À 36ª PERGUNTA:
O contrato emergencial deve conter
expressa cláusula resolutiva que estabeleça a
sua extinção logo após a conclusão do processo
licitatório para nova contratação dos
correspondentes serviços.
ACÓRDÃO 2077/2017 – PLENÁRIO
37ª PERGUNTA:
A apuração das condutas faltosas
praticadas por licitantes consiste em faculdade
do gestor público com tal atribuição?
INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO
ADMINISTRATIVO PARA APURAÇÃO
Jurisprudência do TCU:
"9.3. dar ciência à Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Capes) da obrigação de instaurar procedimento
administrativo para apuração dos atos praticados
pela empresa São Jorge Gráfica e Tecnologia Ltda.
– ME, com vistas a, se for o caso, aplicar as
penalidades previstas nas Leis 8.666/1993 e
10.520/2002;"
(Acórdão 2664/2015 – Plenário)
PODER-DEVER DE APLICAR SANÇÃO
Jurisprudência do TCU:
"O âmbito de discricionariedade na aplicação
de sanções em contratos administrativos não faculta
ao gestor, verificada a inadimplência injustificada da
contratada, simplesmente abster-se de aplicar-lhe as
medidas previstas em lei, mas sopesar a gravidade
dos fatos e os motivos da não execução para escolher
uma das penas exigidas nos arts. 86 e 87 da Lei nº
8.666/93, observado o devido processo legal."
(Acórdão 2558/2006 – Segunda Câmara)
ACÓRDÃO 2077/2017 – PLENÁRIO
RESPOSTA À 37ª PERGUNTA:
A apuração das condutas faltosas
praticadas por licitantes não consiste em
faculdade do gestor público com tal atribuição,
mas em dever legal. A aplicação de penalidades
não se restringe ao Poder Judiciário, mas, nos
termos das Leis 8.666/1993 e 10.520/2002, cabe
também aos entes públicos que exercem a
função administrativa.
ACÓRDÃO 2212/2017 – PLENÁRIO
38ª PERGUNTA:
Em certame licitatório para a contratação
de serviços de gerenciamento, controle e
fornecimento de combustíveis por meio de
sistema informatizado, é legal a exigência de
comprovação de rede credenciada na fase de
habilitação técnica?
COMPROVAÇÃO DE REDE CREDENCIADA
O momento adequado para a exigência de comprovação de
rede credenciada não é a fase de habilitação, mas sim a de
contratação, concedendo-se ao licitante vencedor prazo
razoável para tanto, de forma a garantir uma boa prestação do
serviço, sem causar prejuízo à competitividade do certame.
(Acórdão 212/2014-Plenário)
Nas licitações para fornecimento de vale refeição, o momento
adequado para exigir a apresentação da rede de
estabelecimentos credenciados é na contratação,
concedendo-se ao licitante vencedor prazo adequado para
realizar o credenciamento, sendo ilegal estabelecer tal
exigência como critério de habilitação técnica.
(Acórdão 1718/2013-Plenário)
ACÓRDÃO 2212/2017 – PLENÁRIO
Lei 8.666/1993:
Art. 23. (...)
§ 1º As obras, serviços e compras efetuadas pela
administração serão divididas em tantas parcelas
quantas se comprovarem técnica e
economicamente viáveis, procedendo-se à
licitação com vistas ao melhor aproveitamento
dos recursos disponíveis no mercado e à
ampliação da competitividade, sem perda da
economia de escala.
PARCELAMENTO X FRACIONAMENTO
Jurisprudência do TCU:
"9.5. esclarecer à Universidade Federal de Campina
Grande que, em licitações destinadas à execução de
obras, via de regra deve-se evitar que no objeto
licitado, a exemplo do que foi feito na Tomada de Preços
01/2006, seja inserida a aquisição de aparelhos de ar
condicionado ou outros equipamentos, os quais devem
ser licitados separadamente, salvo se tal espécie de
contratação conjunta, além estar aderente às leis e
normativos em vigor, contar com prévia e
fundamentada justificativa para a escolha;"
(Acórdão nº 266/2014 – Segunda Câmara)
ACÓRDÃO 1134/2017 – 2ª CÂMARA
RESPOSTA À 39ª PERGUNTA:
A licitação conjunta de equipamentos e
dos respectivos serviços de instalação, por ser
exceção à regra geral do parcelamento, exige do
órgão contratante a demonstração, por meio de
estudos preliminares, de que a segregação da
compra traria prejuízos aos fins pretendidos e
de que a aquisição conjunta seria efetivamente
a mais adequada em termos técnicos e
econômicos.
ACÓRDÃO 212/2017 – PLENÁRIO
40ª PERGUNTA:
Mesmo sendo imprescindível a vistoria ao
local da prestação dos serviços, deverá o edital
prever a possibilidade de substituição do
atestado de visita técnica por declaração do
responsável técnico da licitante de que possui
pleno conhecimento do objeto, das condições e
das peculiaridades inerentes à natureza dos
trabalhos?
EXIGÊNCIA DE VISITA TÉCNICA (VISTORIA)
Lei 8.666/1993:
Art. 30. A documentação relativa à qualificação
técnica limitar-se-á a: (...)
III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante,
de que recebeu os documentos, e, quando
exigido, de que tomou conhecimento de todas as
informações e das condições locais para o
cumprimento das obrigações objeto da licitação;
EXIGÊNCIA DE VISITA TÉCNICA (VISTORIA)
Jurisprudência do TCU:
"9.2. dar ciência ao Centro de Obtenção da Marinha no
Rio de Janeiro (COMRJ) de que: (...)
9.2.2. deve evitar, salvo em situações excepcionais
devidamente justificadas, exigir visita técnica pelos
interessados nas licitações, eis que sua substituição por
declaração formal assinada pela empresa, sob as penalidades
da lei, de que tem pleno conhecimento das condições locais e
peculiaridades inerentes à natureza dos trabalhos e não alegará
desconhecimento para quaisquer questionamentos futuros de
caráter técnico ou financeiro, atende o art. 30, inciso III, da Lei
8.666/1993 sem comprometer a competitividade do certame;"
(Acórdão 1564/2015 – Segunda Câmara)
EXIGÊNCIA DE VISITA TÉCNICA (VISTORIA)
Jurisprudência do TCU:
"9.2. dar ciência ao Município de Itapé/BA de que:
9.2.1. a vistoria ao local das obras somente deve
ser exigida quando for imprescindível ao cumprimento
adequado das obrigações contratuais, o que deve ser
justificado e demonstrado pela Administração no
processo de licitação, devendo o edital prever a
possibilidade de substituição do atestado de visita
técnica por declaração do responsável técnico de que
possui pleno conhecimento do objeto (...);"
(Acórdão nº 1447/2015 – Plenário)
ACÓRDÃO 212/2017 – PLENÁRIO
RESPOSTA À 40ª PERGUNTA:
A vistoria ao local da prestação dos
serviços somente deve ser exigida quando
imprescindível, devendo, mesmo nesses casos, o
edital prever a possibilidade de substituição do
atestado de visita técnica por declaração do
responsável técnico da licitante de que possui
pleno conhecimento do objeto, das condições e
das peculiaridades inerentes à natureza dos
trabalhos.
ACÓRDÃO 2397/2017 – PLENÁRIO
41ª PERGUNTA:
A não realização da audiência pública
prevista no art. 39 da Lei 8.666/1993 constitui
vício insanável que macula todo o procedimento
licitatório, ocasionando a sua anulação?
AUDIÊNCIA PÚBLICA
Lei 8.666/1993:
Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma licitação
(...) for superior a 100 (cem) vezes o limite previsto no art.
23, inciso I, alínea "c" desta Lei, o processo licitatório será
iniciado, obrigatoriamente, com uma audiência pública
concedida pela autoridade responsável com antecedência
mínima de 15 (quinze) dias úteis da data prevista para a
publicação do edital, e divulgada, com a antecedência
mínima de 10 (dez) dias úteis de sua realização, pelos
mesmos meios previstos para a publicidade da licitação, à
qual terão acesso e direito a todas as informações
pertinentes e a se manifestar todos os interessados.
AUDIÊNCIA PÚBLICA
Lei 8.666/1993:
Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a
III do artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes
limites, tendo em vista o valor estimado da contratação: (...)
I - para obras e serviços de engenharia:
a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais); (“até R$
330.000,00”, a partir de 19.7.2018, conforme o Decreto Federal
9.412/2018)
b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos
mil reais); (“até R$ 3.300.000,00”, a partir de 19.7.2018, conforme
o Decreto Federal 9.412/2018)
c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos
mil reais); (“acima de R$ 3.300.000,00”, a partir de 19.7.2018,
conforme o Decreto Federal 9.412/2018)
ACÓRDÃO 2397/2017 – PLENÁRIO
RESPOSTA À 41ª PERGUNTA:
A não realização da audiência pública
prevista no art. 39 da Lei 8.666/1993 constitui
vício insanável que macula todo o procedimento
licitatório, ocasionando a sua anulação.
ACÓRDÃO 637/2017 – PLENÁRIO
42ª PERGUNTA:
A inexequibilidade de itens isolados da
planilha de custos caracteriza motivo suficiente
para a desclassificação da proposta?
PREÇOS MANIFESTAMENTE INEXEQUÍVEIS
Lei 8.666/1993:
Art. 48. Serão desclassificadas: (...)
II - propostas com valor global superior ao limite estabelecido ou com
preços manifestamente inexequíveis, assim considerados aqueles que
não venham a ser demonstrada sua viabilidade através de
documentação que comprove que os custos dos insumos são
coerentes com os de mercado (...).
§ 1º Para os efeitos do disposto no inciso II deste artigo, consideram-
se manifestamente inexequíveis, no caso de licitações de menor preço
para obras e serviços de engenharia, as propostas cujos valores sejam
inferiores a 70% (setenta por cento) do menor dos seguintes valores:
a) média aritmética dos valores das propostas superiores a 50%
(cinquenta por cento) do valor orçado pela Administração; ou
b) valor orçado pela Administração.
PREÇOS MANIFESTAMENTE INEXEQUÍVEIS
Lei 8.666/1993:
Art. 7º (...)
§ 4º É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da
licitação, de fornecimento de materiais e
serviços sem previsão de quantidades ou cujos
quantitativos não correspondam às previsões
reais do projeto básico ou executivo.
ACÓRDÃO 1175/2017 – PLENÁRIO
RESPOSTA À 45ª PERGUNTA:
O menor somatório dos preços unitários
não é critério racional, apto e válido para
seleção da proposta mais vantajosa para a
Administração, nos termos do art. 3º da Lei
8.666/1993, e, portanto, não pode ser utilizado
como critério de julgamento em licitações para
contratação de serviços de planejamento,
organização e execução de eventos, ou
destinadas a qualquer outro tipo de
contratação.
ACÓRDÃO 2397/2017 – PLENÁRIO
46ª PERGUNTA:
Viola o art. 31, § 2º, da Lei 8.666/1993 o
edital da licitação exigir comprovação de
patrimônio líquido mínimo pelo licitante, para
fins de qualificação econômico-financeira,
concomitantemente com previsão de prestação
de garantia contratual (art. 56) pelo contratado?
QUALIFICAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA
Lei 8.666/1993:
Art. 31. A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á a:
(...)
III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no "caput" e § 1º do
art. 56 desta Lei, limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto da
contratação.
(...)
§ 2º A Administração, nas compras para entrega futura e na execução de obras e
serviços, poderá estabelecer, no instrumento convocatório da licitação, a exigência
de capital mínimo ou de patrimônio líquido mínimo, ou ainda as garantias previstas
no § 1º do art. 56 desta Lei, como dado objetivo de comprovação da qualificação
econômico-financeira dos licitantes e para efeito de garantia ao adimplemento do
contrato a ser ulteriormente celebrado.
§ 3º O capital mínimo ou o valor do patrimônio líquido a que se refere o parágrafo
anterior não poderá exceder a 10% (dez por cento) do valor estimado da
contratação, devendo a comprovação ser feita relativamente à data da
apresentação da proposta, na forma da lei, admitida a atualização para esta data
através de índices oficiais.
QUALIFICAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA
Lei 10.520/2002:
Art. 5º É vedada a exigência de:
I - garantia de proposta;
ACÓRDÃO 2397/2017 – PLENÁRIO
RESPOSTA À 46ª PERGUNTA:
Não viola o art. 31, § 2º, da Lei
8.666/1993 o edital da licitação exigir
comprovação de patrimônio líquido mínimo
pelo licitante, para fins de qualificação
econômico-financeira, concomitantemente com
previsão de prestação de garantia contratual
(art. 56) pelo contratado. Afronta aquele
dispositivo legal a exigência simultânea de
patrimônio líquido mínimo e de garantia de
participação na licitação (art. 31, inciso III) como
requisitos de habilitação.
ACÓRDÃO 4843/2017 – 1ª CÂMARA
47ª PERGUNTA:
A autoridade homologadora é
solidariamente responsável pelos vícios
identificados nos procedimentos licitatórios?
RESPONSABILIZAÇÃO DO AGENTE PÚBLICO -
CONCEITO DE HOMEM MÉDIO
Doutrina:
(Sílvio Rodrigues) Responsabilização do agente
público. Parâmetro do “homem médio”.
Inexigibilidade de conduta diversa.
Para se verificar se existiu, ou não, erro de
conduta, e portanto culpa, por parte do agente
causador do dano, mister se faz comparar o seu
comportamento com aquele que seria normal e
correntio em um homem médio, fixado como
padrão. Se de tal comparação resultar que o dano
derivou de uma imprudência, imperícia ou
negligência do autor do dano, nos quais não
incorreria o homem padrão, criado in abstracto pelo
julgador, caracteriza-se a culpa, ou seja, o erro de
conduta.
RESPONSABILIDADE DA COMISSÃO DE
LICITAÇÃO E DO PREGOEIRO
Jurisprudência do TCU:
"Apesar de o art. 43, IV, da Lei 8.666/1993 estipular que os
preços da proposta vencedora deverão estar de acordo com aqueles
praticados pelo mercado, a Lei de Licitações não estabelece que a
responsabilidade pela pesquisa de preço e a consequente elaboração
do orçamento seja da autoridade que autorizou ou homologou o
procedimento licitatório, da CPL ou do pregoeiro. Em cada caso
concreto devem ser identificados os responsáveis pela elaboração do
orçamento ou do termo de referência utilizado para avaliação da
adequação dos preços ofertados aos preços de mercado.
(...) em regra, os projetos básicos, os termos de referência,
estimativas de preço são elaborados pelas respectivas unidades
requisitantes do bem, serviço ou obra, ou por algum outro setor
especializado e não pela CPL, pregoeiro ou autoridade superior."
(Acórdão nº 10413/2011 – Primeira Câmara)
RESPONSABILIDADE DA AUTORIDADE
HOMOLOGADORA
A autoridade homologadora é responsável
solidariamente pelos vícios identificados nos
procedimentos licitatórios, exceto se forem vícios
ocultos, dificilmente perceptíveis. A homologação se
caracteriza como um ato de controle praticado pela
autoridade competente sobre todos os atos praticados
na respectiva licitação. Esse controle não pode ser tido
como meramente formal ou chancelatório, mas antes
como um ato de fiscalização.
(Acórdão 1018/2015-Plenário)
ACÓRDÃO 4843/2017 – 1ª CÂMARA
Lei 8.666/1993:
Art. 30. A documentação relativa à qualificação
técnica limitar-se-á a: (...)
III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante,
de que recebeu os documentos, e, quando
exigido, de que tomou conhecimento de todas as
informações e das condições locais para o
cumprimento das obrigações objeto da licitação;
EXIGÊNCIA DE VISITA TÉCNICA (VISTORIA)
Jurisprudência do TCU:
"9.2. dar ciência ao Centro de Obtenção da Marinha no
Rio de Janeiro (COMRJ) de que: (...)
9.2.2. deve evitar, salvo em situações excepcionais
devidamente justificadas, exigir visita técnica pelos
interessados nas licitações, eis que sua substituição por
declaração formal assinada pela empresa, sob as penalidades
da lei, de que tem pleno conhecimento das condições locais e
peculiaridades inerentes à natureza dos trabalhos e não alegará
desconhecimento para quaisquer questionamentos futuros de
caráter técnico ou financeiro, atende o art. 30, inciso III, da Lei
8.666/1993 sem comprometer a competitividade do certame;"
(Acórdão 1564/2015 – Segunda Câmara)
EXIGÊNCIA DE VISITA TÉCNICA (VISTORIA)
Jurisprudência do TCU:
"9.2. dar ciência ao Município de Itapé/BA de que:
9.2.1. a vistoria ao local das obras somente deve
ser exigida quando for imprescindível ao cumprimento
adequado das obrigações contratuais, o que deve ser
justificado e demonstrado pela Administração no
processo de licitação, devendo o edital prever a
possibilidade de substituição do atestado de visita
técnica por declaração do responsável técnico de que
possui pleno conhecimento do objeto (...);"
(Acórdão nº 1447/2015 – Plenário)
ACÓRDÃO 170/2018 – PLENÁRIO
RESPOSTA À 61ª PERGUNTA:
A vistoria ao local das obras somente deve
ser exigida quando imprescindível para a
perfeita compreensão do objeto e com a
necessária justificativa da Administração nos
autos do processo licitatório, podendo ser
substituída pela apresentação de declaração de
preposto da licitante de que possui pleno
conhecimento do objeto. A visita deve ser
compreendida como direito subjetivo da
empresa licitante, não como obrigação imposta
pela Administração.
ACÓRDÃO 420/2018 – PLENÁRIO
62ª PERGUNTA:
A mera comparação dos valores constantes
em ata de registro de preços com os obtidos
junto a empresas consultadas na fase interna de
licitação é suficiente para configurar a
vantajosidade da adesão à ata?
ÓRGÃO NÃO PARTICIPANTE (“CARONA”)
Decreto Federal 7.892/2013:
Art. 22. Desde que devidamente justificada a
vantagem, a ata de registro de preços, durante
sua vigência, poderá ser utilizada por qualquer
órgão ou entidade da administração pública
federal que não tenha participado do certame
licitatório, mediante anuência do órgão
gerenciador.
§ 1º Os órgãos e entidades que não participaram
do registro de preços, quando desejarem fazer
uso da ata de registro de preços, deverão
consultar o órgão gerenciador da ata para
manifestação sobre a possibilidade de adesão.
ÓRGÃO NÃO PARTICIPANTE (“CARONA”)
Lei 8.666/1993:
Art. 40. (...)
§ 4o Nas compras para entrega imediata, assim
entendidas aquelas com prazo de entrega até trinta dias da
data prevista para apresentação da proposta, poderão ser
dispensadas: (...)
ACÓRDÃO 1234/2018 – PLENÁRIO
RESPOSTA À 67ª PERGUNTA:
É possível a formalização de contratação de
fornecimento de bens para entrega imediata e
integral, da qual não resulte obrigações futuras, por
meio de nota de empenho, independentemente do
valor ou da modalidade licitatória adotada, nos
termos do art. 62, § 4º, da Lei 8.666/1993 e à luz
dos princípios da eficiência e da racionalidade
administrativa. Entende-se por “entrega imediata”
aquela que ocorrer em até trinta dias a partir do
pedido formal de fornecimento feito pela
Administração, que deve ocorrer por meio da
emissão da nota de empenho, desde que a
proposta esteja válida na ocasião da solicitação.
ACÓRDÃO 1347/2018 – PLENÁRIO
68ª PERGUNTA:
Numa licitação para registro de preços em
que tenha sido utilizada a modelagem de
aquisição por preço global de grupo de itens, é
possível a aquisição futura de itens
isoladamente?
MODELAGEM DE AQUISIÇÃO POR PREÇO
GLOBAL DE GRUPO DE ITENS
"A adjudicação por grupo, em licitação para registro de
preços, sem robustas, fundadas e demonstradas razões (fáticas
e argumentativas) que a sustente, revela-se sem sentido
quando se atenta para o evidente fato de que a
Administração não está obrigada a contratar a composição do
grupo a cada contrato, podendo adquirir isoladamente cada
item, no momento e na quantidade que desejar. Essa
modelagem torna-se potencialmente mais danosa ao erário na
medida em que diversos outros órgãos e entidade podem
aderir a uma ata cujos preços não refletem os menores preços
obtidos na disputa por item. Em registro de preços, a
realização de licitação utilizando-se como critério de
julgamento o menor preço global por grupo/lote leva, vis à vis
MODELAGEM DE AQUISIÇÃO POR PREÇO
GLOBAL DE GRUPO DE ITENS
a adjudicação por item, a flagrantes contratações
antieconômicas e dano ao erário, potencializado
pelas possibilidades de adesões, uma vez que, como
reiteradamente se observa, itens são ofertados pelo
vencedor do grupo a preços superiores aos
propostos por outros competidores."
(Acórdão 2977/2012 Plenário)
ACÓRDÃO 1347/2018 – PLENÁRIO
RESPOSTA À 68ª PERGUNTA:
Nas licitações para registro de preços, a
modelagem de aquisição por preço global de
grupo de itens é medida excepcional que precisa
ser devidamente justificada, a ser utilizada
apenas nos casos em que a Administração
pretende contratar a totalidade dos itens do
grupo, respeitadas as proporções de quantitativos
definidos no certame. Apesar de essa modelagem
ser, em regra, incompatível com a aquisição
futura de itens isoladamente, admite-se tal
hipótese quando o preço unitário ofertado pelo
vencedor do grupo for o menor lance válido na
disputa relativa ao item.
ACÓRDÃO 1443/2018 – PLENÁRIO
69ª PERGUNTA:
A contratação direta de remanescente de
obra, serviço ou fornecimento decorrente de
rescisão contratual (art. 24, inciso XI, da Lei
8.666/1993) requer a manutenção das
condições oferecidas pelo licitante vencedor,
inclusive quanto aos preços unitários,
devidamente corrigidos, ou só apenas a adoção
do mesmo preço global?
CONTRATAÇÃO DO REMANESCENTE DE OBRA,
SERVIÇO OU COMPRA
Lei 8.666/1993:
Art. 24. É dispensável a licitação: (...)
XI – na contratação de remanescente de obra,
serviço ou fornecimento, em consequência de
rescisão contratual, desde que atendida a ordem
de classificação da licitação anterior e aceitas as
mesmas condições oferecidas pelo licitante
vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente
corrigido;
CONTRATAÇÃO DO REMANESCENTE DE OBRA,
SERVIÇO OU COMPRA
Jurisprudência do TCU:
"O caso concreto não deixa dúvidas da relevância da
manutenção do preço unitário para essa licitação [tinha por
objeto a construção de trecho rodoviário]. Tanto isso era
importante que o próprio fato de a terraplanagem ter tido
preços unitários mais elevados e o de ter sido necessário o
incremento dessas etapas da obra produziram reflexos
absolutamente desvantajosos para a Administração Pública
[DER/SC].
A presente situação, por si só, demonstra que não é
suficiente a manutenção do preço global, mas igualmente a dos
preços unitários. Na impossibilidade das empresas, por ordem
de classificação no certame, não poderem assumir os preços
unitários da vencedora, deve-se efetuar outra licitação.
CONTRATAÇÃO DO REMANESCENTE DE OBRA,
SERVIÇO OU COMPRA
Como se viu, a necessidade do incremento da
terraplanagem gerou aumento do custo do contrato,
justamente porque os preços unitários desse item
eram maiores na planilha da empresa convocada
(ARG), comprovando a importância de serem
mantidos os preços unitários constantes da planilha
da empresa vencedora (REIS), a fim de se evitar que
fatos inesperados, passíveis de ocorrerem em obras
de engenharia, encareçam os contratos
administrativos."
(Acórdão nº 580/2002 – Segunda Câmara)
ACÓRDÃO 1443/2018 – PLENÁRIO
RESPOSTA À 69ª PERGUNTA:
A contratação direta de remanescente de
obra, serviço ou fornecimento decorrente de
rescisão contratual (art. 24, inciso XI, da Lei
8.666/1993) requer a manutenção das
condições oferecidas pelo licitante vencedor,
inclusive quanto aos preços unitários,
devidamente corrigidos, e não apenas a adoção
do mesmo preço global.
ACÓRDÃO 1620/2018 – PLENÁRIO
70ª PERGUNTA:
O juízo do pregoeiro acerca da
aceitabilidade da proposta é feito após a etapa
competitiva do certame (fase de lances),
devendo o licitante ser convocado para
comprovar a sua exequibilidade antes de
eventual desclassificação. É possível também a
exclusão de lances durante a etapa competitiva
do pregão?
APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DA LEI 8.666/1993
Lei 10.520/2002:
Art. 9º Aplicam-se subsidiariamente, para a
modalidade de pregão, as normas da Lei nº
8.666, de 21 de junho de 1993.
PREÇOS MANIFESTAMENTE INEXEQUÍVEIS
Lei 8.666/1993:
Art. 48. Serão desclassificadas: (...)
II - propostas com valor global superior ao limite estabelecido ou com
preços manifestamente inexequíveis, assim considerados aqueles
que não venham a ser demonstrada sua viabilidade através de
documentação que comprove que os custos dos insumos são
coerentes com os de mercado (...).
§ 1º Para os efeitos do disposto no inciso II deste artigo,
consideram-se manifestamente inexequíveis, no caso de licitações
de menor preço para obras e serviços de engenharia, as propostas
cujos valores sejam inferiores a 70% (setenta por cento) do menor
dos seguintes valores:
a) média aritmética dos valores das propostas superiores a 50%
(cinquenta por cento) do valor orçado pela Administração; ou
b) valor orçado pela Administração.
PREÇOS MANIFESTAMENTE INEXEQUÍVEIS
Lei 10.520/2002:
Art. 4º A fase externa do pregão será iniciada
com a convocação dos interessados e
observará as seguintes regras: (...)
XVII – (...) o pregoeiro poderá negociar
diretamente com o proponente para que seja
obtido preço melhor;
ACÓRDÃO 1872/2018 – PLENÁRIO
RESPOSTA À 72ª PERGUNTA:
Na fase de negociação posterior à disputa
de lances em pregão sob a modelagem de
adjudicação por preço global de grupo de itens,
é irregular a aceitação pelo pregoeiro de itens
com preço unitário superior àquele definido na
etapa de lances, ainda que o valor total do
respectivo grupo tenha sido reduzido. A
negociação de itens de grupo só é admissível se
resultar em redução ou manutenção dos preços
desses itens (art. 4º, inciso XVII, da Lei
10.520/2002).
ACÓRDÃO 1953/2018 – PLENÁRIO
73ª PERGUNTA:
Nos contratos celebrados entre entidades
pertencentes à Administração Pública, são
aplicáveis as cláusulas exorbitantes, previstas
nos arts. 58 e 59 da Lei 8.666/1993?
CLÁUSULAS EXORBITANTES
Lei 8.666/1993:
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído
por esta lei confere à Administração, em relação a eles, a
prerrogativa de:
I – modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às
finalidades de interesse público, respeitados os direitos do
contratado;
II – rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I
do art. 79 desta lei;
III – fiscalizar-lhes a execução;
IV – aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do
ajuste;
(...)
§ 2º Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-
financeiras do contrato deverão ser revistas para que se mantenha
o equilíbrio contratual.
ACÓRDÃO 1953/2018 – PLENÁRIO
RESPOSTA À 73ª PERGUNTA:
Nos contratos celebrados entre entidades
pertencentes à Administração Pública, são
inaplicáveis as cláusulas exorbitantes, previstas
nos arts. 58 e 59 da Lei 8.666/1993, porquanto
se trata de avenças acordadas por entidades
detentoras de prerrogativas de Poder Público,
onde há situação de igualdade entre as partes.
Assim, qualquer alteração em contratos da
espécie somente pode ocorrer por acordo das
partes, não havendo espaço, ainda, para
anulação ou rescisão pela via administrativa.
ACÓRDÃO 710/2018 – PLENÁRIO
74ª PERGUNTA:
Para fim de qualificação econômico-
financeira, é possível exigir, cumulativamente,
capital social mínimo e garantia de proposta,
prevista no art. 31, inciso III, da Lei 8.666/1993
(garantia de participação)?
QUALIFICAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA
Lei 8.666/1993:
Art. 31. A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á a:
(...)
III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no "caput" e § 1º do
art. 56 desta Lei, limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto da
contratação.
(...)
§ 2º A Administração, nas compras para entrega futura e na execução de obras e
serviços, poderá estabelecer, no instrumento convocatório da licitação, a exigência
de capital mínimo ou de patrimônio líquido mínimo, ou ainda as garantias previstas
no § 1º do art. 56 desta Lei, como dado objetivo de comprovação da qualificação
econômico-financeira dos licitantes e para efeito de garantia ao adimplemento do
contrato a ser ulteriormente celebrado.
§ 3º O capital mínimo ou o valor do patrimônio líquido a que se refere o parágrafo
anterior não poderá exceder a 10% (dez por cento) do valor estimado da
contratação, devendo a comprovação ser feita relativamente à data da
apresentação da proposta, na forma da lei, admitida a atualização para esta data
através de índices oficiais.
QUALIFICAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA
Lei 10.520/2002:
Art. 5º É vedada a exigência de:
I - garantia de proposta;
ACÓRDÃO 710/2018 – PLENÁRIO
RESPOSTA À 74ª PERGUNTA:
Para fim de qualificação econômico-
financeira, é vedada a exigência cumulativa de
capital social mínimo e garantia de proposta,
prevista no art. 31, inciso III, da Lei 8.666/1993
(garantia de participação).
ACÓRDÃO 718/2018 – PLENÁRIO
75ª PERGUNTA:
A pesquisa de preços para elaboração do
orçamento estimativo da licitação pode ter
como único foco propostas solicitadas a
fornecedores?
PESQUISA DE PREÇOS
Instrução Normativa SLTI-MP 5/2014 (alterada pela IN SEGES-MP
3/2017):
Art. 2º A pesquisa de preços será realizada mediante a utilização dos
seguintes parâmetros:
I – Painel de Preços, disponível no endereço eletrônico
http://paineldeprecos.planejamento.gov.br;
II - contratações similares de outros entes públicos, em execução ou
concluídos nos 180 (cento e oitenta) dias anteriores à data da
pesquisa de preços;
III - pesquisa publicada em mídia especializada, sítios eletrônicos
especializados ou de domínio amplo, desde que contenha a data e
hora de acesso; ou
IV - pesquisa com os fornecedores, desde que as datas das
pesquisas não se diferenciem em mais de 180 (cento e oitenta) dias.
PESQUISA DE PREÇOS
§ 1º Os parâmetros previstos nos incisos deste artigo
poderão ser utilizados de forma combinada ou não,
devendo ser priorizados os previstos nos incisos I e II e
demonstrada no processo administrativo a metodologia
utilizada para obtenção do preço de referência.
§ 2º Serão utilizadas, como metodologia para obtenção
do preço de referência para a contratação, a média, a
mediana ou o menor dos valores obtidos na pesquisa de
preços, desde que o cálculo incida sobre um conjunto de
três ou mais preços, oriundos de um ou mais dos
parâmetros adotados neste artigo, desconsiderados os
valores inexequíveis e os excessivamente elevados.
ACÓRDÃO 718/2018 – PLENÁRIO
RESPOSTA À 75ª PERGUNTA:
A pesquisa de preços para elaboração do
orçamento estimativo da licitação não pode ter
como único foco propostas solicitadas a
fornecedores. Ela deve priorizar os parâmetros
disponíveis no Painel de Preços do Portal de
Compras do Governo Federal e as contratações
similares realizadas por entes públicos, em
observância à IN-SLTI 5/2014.
ACÓRDÃO 719/2018 – PLENÁRIO
76ª PERGUNTA:
O fato de o licitante apresentar
composição de custo unitário contendo salário
de categoria profissional inferior ao piso
estabelecido em acordo, convenção ou dissídio
coletivo de trabalho enseja, necessariamente, a
desclassificação da proposta?
PREÇOS MANIFESTAMENTE INEXEQUÍVEIS
Lei 8.666/1993:
Art. 48. Serão desclassificadas: (...)
II - propostas com valor global superior ao limite estabelecido ou com
preços manifestamente inexequíveis, assim considerados aqueles que
não venham a ser demonstrada sua viabilidade através de
documentação que comprove que os custos dos insumos são
coerentes com os de mercado (...).
§ 1º Para os efeitos do disposto no inciso II deste artigo,
consideram-se manifestamente inexequíveis, no caso de licitações de
menor preço para obras e serviços de engenharia, as propostas cujos
valores sejam inferiores a 70% (setenta por cento) do menor dos
seguintes valores:
a) média aritmética dos valores das propostas superiores a 50%
(cinquenta por cento) do valor orçado pela Administração; ou
b) valor orçado pela Administração.
PREÇOS MANIFESTAMENTE INEXEQUÍVEIS
Lei 8.666/1993:
Art. 40. O edital (...) indicará, obrigatoriamente,
o seguinte:
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a
variação efetiva do custo de produção, admitida
a adoção de índices específicos ou setoriais,
desde a data prevista para apresentação da
proposta, ou do orçamento a que essa proposta
se referir, até a data do adimplemento de cada
parcela;
REAJUSTE DE PREÇOS
Constituição Federal:
Art. 37. (...)
XXI – ressalvados os casos especificados na
legislação, as obras, serviços, compras e
alienações serão contratados mediante
processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as
condições efetivas da proposta, nos termos da
lei (...);
REAJUSTE DE PREÇOS
Lei 9.069/1995:
Art. 28. Nos contratos celebrados ou
convertidos em REAL com cláusula de correção
monetária por índices de preço ou por índice
que reflita a variação ponderada dos custos dos
insumos utilizados, a periodicidade de aplicação
dessas cláusulas será anual.
REAJUSTE DE PREÇOS
Jurisprudência do TCU:
(Acórdão 1685/2008 – Plenário) Inclusão de cláusula de
reajuste no contrato.
Nessa assentada, o TCU determinou o aditamento ao
contrato, para nele incluir cláusula de reajuste, pois se trata
de direito do particular.
Ver também o item 27 do voto que fundamentou o
Acórdão 963/2010 – Plenário:
“27. Quanto à vedação ao reajuste prevista no contrato
[prestação de serviços de preparo, conferência e digitação de
dados], cabe ressaltar que a jurisprudência desta Corte de
Contas é no sentido de que deverá assegurar-se ao interessado
o direito a esse instrumento de reequilíbrio econômico-
financeiro do contrato, ainda que não esteja previsto
contratualmente, uma vez que a Lei 8.666/93 (arts. 5º, § 1º, e
40, XI) garante aos contratados a correção dos preços a fim de
que lhes preservem o valor (Acórdãos 376/1997 - 1ª Câmara e
479/2007 - Plenário).”
ACÓRDÃO 7184/2018 – 2ª CÂMARA
RESPOSTA À 79ª PERGUNTA:
O estabelecimento do critério de reajuste de
preços, tanto no edital quanto no contrato, não
constitui discricionariedade conferida ao gestor, mas
sim verdadeira imposição, ante o disposto nos arts.
40, inciso XI, e 55, inciso III, da Lei 8.666/1993, ainda
que a vigência contratual prevista não supere doze
meses. Entretanto, eventual ausência de cláusula de
reajuste de preços não constitui impedimento ao
reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, sob
pena de ofensa à garantia inserta no art. 37, inciso
XXI, da Constituição Federal, bem como de
enriquecimento ilícito do erário e consequente
violação ao princípio da boa-fé objetiva.
ACÓRDÃO 1628/2018 – PLENÁRIO
80ª PERGUNTA:
A conduta culposa do responsável que foge
ao referencial do “administrador médio”
utilizado pelo TCU para avaliar a razoabilidade
dos atos submetidos a sua apreciação
caracteriza o “erro grosseiro” a que alude o art.
28 do Decreto-lei 4.657/1942 (Lei de Introdução
às Normas do Direito Brasileiro), incluído pela
Lei 13.655/2018?
CONCEITO DE “ERRO GROSSEIRO”
Lei 13.655/2018:
Art. 1o O Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de
setembro de 1942 (Lei de Introdução às Normas
do Direito Brasileiro), passa a vigorar acrescido
dos seguintes artigos: (...)
“Art. 28. O agente público responderá
pessoalmente por suas decisões ou opiniões
técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro.”
ACÓRDÃO 1628/2018 – PLENÁRIO
RESPOSTA À 80ª PERGUNTA:
A conduta culposa do responsável que foge
ao referencial do “administrador médio”
utilizado pelo TCU para avaliar a razoabilidade
dos atos submetidos a sua apreciação
caracteriza o “erro grosseiro” a que alude o art.
28 do Decreto-lei 4.657/1942 (Lei de Introdução
às Normas do Direito Brasileiro), incluído pela
Lei 13.655/2018.
MUITO OBRIGADO!
(luizfelipe.adv.bsb@gmail.com)