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Excepcionalismo na Geografia?

Proposições de Schaefer e a crítica à Geografia Tradicional

Igor Robaina

Maio de 2018
“A Geografia, então, de acordo com
Schaefer, é a fonte das leis sobre a
localização, que podem ser usadas para
diferenciar as regiões da superfícies da
terra” (JOHNSTON, 1986, p.77)
 Artigo publicado em 1953 (postumamente);

 Lançou duras críticas à Hettner e Hartshorne


(Convencionalismo Kantiano e a ideia de contingência);

 Foi professor de Geografia (grupo) que lecionava no


Departamento de Economia da Universidade de Iowa.

 Criticou a ideia de “Ciência Integradora”, bem como, a


ideia de um método exclusivo (Método Regional);

 Criticou o papel e a importância da descrição.

“A Descrição, ainda que seguida de classificação não explica


a maneira como os fenômenos estão distribuídos no mundo.
Explicar os fenômenos que foi descrito por alguém significa
sempre reconhece-lo como uma instância das leis”. (p;268)
 A questão central de análise seria sobre
o arranjo espacial dos fenômenos e não
sobre os fenômenos em si mesmos!
(LEIS)

 Segundo Johnston (1986), Schaefer


havia acusado Hartshorne de omitir que
Hettner possuía elementos nomotéticos
e teria sido o precursor da teoria dos
lugares centrais de Christaller.
 O problema da descrição nasce sempre como
resultado do indivíduo.
 A ciência é sempre nomotética, ou seja, busca
por leis, enquanto as cosmologias seriam formas
de contemplar conscientemente o mundo.
 Crítica a taxonomia de Lineu e Humbolt;
 Crítica à visão holística;
 Sinóptico - relativo ou referente a sinopse; que
permite ver de uma só vez as diversas partes de
um conjunto; sintético, resumido; sinótico
O Autor se apoiava no crescente ambiente
cientificista de um único caminho/método para
a produção do conhecimento científico.

“Todas as relações espaciais estão governadas


por leis” (p.268)

“A geografia deveria ser concebida como a


ciência relacionada a formulação de leis que
governam a distribuição de certos
aspectos/traços sobre a superfície da terra”
(p.268)
O espaço como continente

“Humbolt e Ritter reconhecera como o


principal objetivo da geografia a forma
como os fenômenos naturais, incluindo o
homem, estavam distribuídos no espaço.
Isto implica que o geógrafo deve
descrever e explicar a maneira como as
coisas se combinam para ‘preencher
uma área’” (p.268-269)
 A ideia central não estava em um
fenômeno em si, mas no que resultavam
um conjunto de variáveis que se
apresentavam em determinada área
(Falso discurso).

 Schaefer busca retirar o político e o social


das análises geográficas.

p.268
As leis e modelos seriam os fundamentos
do conhecimento científico!!!

P.228
p.228

A geografia, sendo ela sistemática ou


regional deveria perseguir um único
método.
Generalizações e leis (Contra a
singularidade).
 Corografia: Estudo geográfica de uma
determinada área (região) ou país.
 Corologia: Estudo da distribuição geográfica
dos seres vivos

 Caso a Geografia esteja disposto a


compreender o único, ou seja, o singular, ela
estaria diante de uma impossibilidade, pois não
existiriam leis neste sentido, pois as leis estão
sempre associadas a uma ideia geral.
“Wissenschaft do espaço” (HETTNER)

Segundo Schaefer, wissenschaft seria em


alemão qualquer corpo organizado do
conhecimento e não necessariamente o
que poderia ser a ciência na perspectiva
moderna.

O problema é definir o que chamamos de


ciência.
p.285
Idiográfico ou nomotético
p.288
 Interesse pela estrutura
 disputa entre Schaefer e Hartshorne sobre
o conceito de Região;
 A Geografia regional seria o núcleo da
Geografia (Geografia Aplicada)
 A ideia de uma necessidade de
experimentação.
 Poder compreender os comportamentos,
tendências e padrões futuros acerca do
espaço.
p.294
p.295
Schaefer possui uma perspectiva de
determinismo científico, a partir de uma
visão positivista de ciência. (Repensar os
possíveis determinismos em Hartshorne e
Sauer)

Schaefer já apontava a emergência do


marxismo (determinismo econômico) na
Geografia!!!
p.301
1 – Leis independentes da natureza
(Geografia Física);
2 – Pensar nas generalizações/leis, a partir
das dinâmicas econômicas e os aspectos
locacionais (Geografia Econômicas).
Matéria-prima, circulação, unidades
produtivas, consumo;
3- Pensar nas relações que envolvem as leis
e os processos sociais (Geografia da
População).

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