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ESCOLA DE

FRANKFURT
TEORIA CRÍTICA E INDÚSTRIA CULTURAL
Escola de Frankfurt
o Principais autores: Theodor Adorno
(1903-1969), Max Horkheimer (1885-
1873, Herbert Marcuse ( 1898 – 1979) e
Walter Benjamin (1882-1940).

o Origem: na Alemanha, estimulado pelo


nazismo, levou à criação de filiais do
Instituto em Genebra, Londres e Paris em
1931.

o Em 1933, o governo alemão decreta o


fechamento da sede por suas “atividades
hostis ao Estado”.

 A matriz foi então transferida para


Genebra e um ano depois para Nova York.
A reabertura em Frankfurt só em 1950.
Teoria Crítica
 Maioria dos trabalhos feito no exílio, nos
EUA, marcado pelo impacto causado
pela cultura de massas americana e pela
repugnância pelo american way of life.

o Possui inspiração marxista, fazendo crítica


à sociedade de consumo, aos meios de
comunicação de massa e ao sistema
capitalista.

o OBJETIVO: compreender essa sociedade


industrializada, midiatizada e em plena
transição para o capitalismo monopolista
para transformar através de uma razão
emancipatória, e não meramente
instrumental.
ARTE COMO MERCADORIA
o A partir da segunda revolução
industrial no século XIX, as artes foram
submetidas a uma nova servidão: as
regras do mercado capitalista e a
ideologia da indústria cultural.

• PAPEL DA ARTE -mera contemplação,


protesto político ou até mesmo
caminho para a felicidade.

• Baseando-se na ideia e na prática do


consumo de “produtos culturais”
fabricados em série. As obras de arte
são mercadorias, como tudo o que
existe no capitalismo.
Dialética do Esclarecimento
o O termo indústria cultural foi criado no livro
Dialética do Esclarecimento, em 1947, por Adorno
e Horkheimer. Porém, este texto marca o
rompimento com o esclarecimento ideal.

o RAZÃO CRÍTICA - originalmente concebida como


processo emancipatório que conduziria à
autonomia e liberdade, se transforma em seu
contrário: em um crescente processo de
instrumentalização para a dominação do homem.

o RAZÃO INSTRUMENTAL - a quantidade de opções


e informações disponíveis não representa uma
democratização ou um aumento do nível cultural
dos indivíduos, mas um barateamento da cultura,
uma caricatura do esclarecimento. Da mesma
forma, o progresso material foi desigualmente
distribuído e beneficia sobretudo aos países
desenvolvidos.
INDÚSTRIA CULTURAL
o A cultura e a arte, antes vias de
transcendência, expressão ou
contestação, transformam-se em
mercadorias reproduzidas em série
industrializadas e designadas de
acordo com os interesses do sistema
econômico capitalista.

o Produto padronizado: feito para


atender necessidades e gostos
médios de um público que não tem
tempo de questionar o que consome.
Portanto, uma cultura perecível,
como qualquer peça de vestuário.
CULTURA DE MASSA
o É aquela criada com um objetivo
específico, atingir a massa popular,
transcendendo, assim, toda e
qualquer distinção de natureza social,
étnica, etária, gênero ou psíquica.

o Meios de comunicação de massa -


responsável por disseminar e
homogeneizar os padrões culturais.

o Produto do sistema capitalista,


portanto, padronizado, e pronto para
o consumo fácil.

 O que é a massa? É um agregado


sem forma, sem rosto, sem
identidade e sem pleno direito à
Cultura.
MASSIFICAÇÃO DA CULTURA :
DIVISÃO SOCIAL
o PRIMEIRO – separação dos bens
culturais pelo seu suposto valor de
mercado: há obras “caras” e “raras”,
destinadas aos privilegiados que
podem pagar por elas, formando
uma elite cultural; e há obras
“baratas” e “comuns”, destinadas à
massa.

o Assim, em vez de garantir o mesmo


direito de todos à totalidade da
produção cultural, a indústria
cultural introduz a divisão social
entre elite “culta” e massa “inculta”.
MASSIFICAÇÃO DA CULTURA:
DIVISÃO DO PUBLICO
• SEGUNDO - porque cria a ilusão de
que todos têm acesso aos mesmos
bens culturais, cada um escolhendo
livremente o que deseja, como o
consumidor num supermercado.

• No entanto, basta darmos atenção


aos horários dos programas de rádio
e televisão ou ao que é vendido nas
bancas de jornal e revistas para
vermos que, através dos preços, as
empresas de divulgação cultural já
selecionaram de antemão o que
cada grupo social pode e deve ouvir,
ver ou ler.
MASSIFICAÇÃO DA CULTURA:
HOMEM MÉDIO
o TERCEIRO - porque inventa uma figura
chamada “espectador médio”, “ouvinte
médio” e “leitor médio”, aos quais são
atribuídas certas capacidades mentais
“médias”, certos conhecimentos
“médios” e certos gostos “médios”,
oferecendo-lhes produtos culturais
“médios”. Que significa isso?

o A indústria cultural vende Cultura. Para


vendê-la, deve seduzir e agradar o
consumidor. Para seduzi-lo e agradá-lo,
não pode chocá-lo, provocá-lo, fazê-lo
pensar, fazê-lo ter informações novas que
o perturbem, mas deve devolver-lhe, com
nova aparência, o que ele já sabe, já viu,
já fez. A “média” é o senso comum
cristalizado que a indústria cultural
devolve com cara de coisa nova.
MASSIFICAÇÃO DA CULTURA:
ESPETACULARIZAÇÃO
o QUARTO - porque define a Cultura
como lazer e entretenimento, diversão
e distração, de modo que tudo o que
nas obras de arte e de pensamento
significa trabalho da sensibilidade, da
imaginação, da inteligência, da reflexão
e da crítica não tem interesse, não
“vende”.

o Massificar é, assim, banalizar a


expressão artística e intelectual. Em
lugar de difundir e divulgar a Cultura,
despertando interesse por ela, a
indústria cultural realiza a vulgarização
das artes e dos conhecimentos.
Reprodutibilidade técnica
• A obra de arte na era da sua
reprodutibilidade técnica" de
Walter Benjamin, discute-se o
conceito de aura e de destruição
da aura.

• O conceito de aura permite


resumir essas características: o que
se atrofia na era da
reprodutibilidade técnica da obra
de arte é sua aura. Na medida em
que ela multiplica a reprodução,
substitui a existência única da obra
por uma existência serial.
SUBVERSÃO DA ARTE
1. De expressivas, tornarem-
se reprodutivas e
repetitivas;

2. De trabalho da criação,
tornarem-se eventos para
consumo;

3. De experimentação do
novo, tornarem-se
consagração do glorificado
pela moda e pelo
consumo.
Reificação e Alienação
o Para essa sociedade, o padrão maior
de avaliação tende a ser a coisa, o
bem, o produto; tudo é julgado como
coisa, inclusive o homem.

o E esse homem reificado só pode ser


um homem alienado: em relação a
tudo, alienado de seus projetos, da
vida do país, de sua própria vida,
uma vez que não dispõe de tempo
livre, nem de instrumentos teóricos
capazes de permitir-lhe a crítica de si
mesmo e da sociedade.
Narcotização
o Através da diversão, a indústria
cultural estaria mascarando
realidades intoleráveis e fornecendo
ocasiões de fuga da realidade.

o A s diversões assépticas desperta e


idiotiza as pessoas, pois todas as
necessidades podem ser satisfeitas
pelo aparato técnico e pelas
mercadorias disponíveis. Eis

o O divertimento apresenta-se assim


como inimigo mortal do pensamento,
cujo caminho seria supostamente o
da seriedade.
Subprodutos
o A indústria cultural fabrica
produtos cuja finalidade é a de
serem trocados por moeda.

o Promove a deturpação e a
degradação do gosto popular.

o Simplifica ao máximo seus


produtos, de modo a obter uma
atitude sempre passiva do
consumidor.

o Assume uma atitude paternalista,


dirigindo o consumidor ao invés de
colocar-se à sua disposição.
DEMOCRATIZAÇÃO DA CULTURA
• A democratização da cultura tem como
precondição a ideia de que os bens
culturais são direito de todos e não
privilégio de alguns. Democracia
cultural significa direito de acesso e de
fruição das obras culturais, direito à
informação e à formação culturais,
direito à produção cultural.

• As obras de arte e de pensamento


poderiam democratizar-se com os
novos meios de comunicação, pois
todos poderiam, em princípio, ter
acesso a elas, conhecê-las, incorporá-
las em suas vidas, criticá-las, e os
artistas e pensadores poderiam
superá-las em outras, novas

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