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AVALIAÇÃO DA

APRENDIZAGEM
Professora: Valdirene de Jesus Alves da Veiga
Cel. (77) 999391066
E-mail: val_gl@yahoo.com.br
QUESTÕES NORTEADORAS
O que é avaliação?
O que é avaliação da aprendizagem?
Quando se avalia?
Qual é o objetivo da avaliação na
escola?
Avaliação inclui ou exclui?
O QUE É AVALIAÇÃO?

A palavra avaliar vem do latim


a+valare, que significa atribuir valor
e mérito ao objeto em estudo; assim,
avaliar é atribuir juízo de valor sobre
uma ação ou uma matéria.
Pensando sobre...
A avaliação não é tudo; não deve ser o
todo, nem na escola nem fora dela; e se o
frenesi avaliativo se apoderar dos espíritos,
absorver e destruir as práticas, paralisar a
imaginação, desencorajar o desejo, então a
patologia espreita-nos e a falta de
perspectivas, também. (Meirieu, 1994)
AVALIAÇÃO E SEU DOMÍNIO NAS
ATIVIDADES HUMANAS
O “julgar”, o “comparar”, isto é, “o avaliar”
faz parte de nosso cotidiano, seja através das
reflexões informais que orientam as
frequentes opções do dia-a-dia ou,
formalmente, através da reflexão
organizada e sistemática que define a
tomada de decisões (Dalben, 2005, p. 66).
AVALIAÇÃO ESCOLAR: prática implícita e
explícita ao processo pedagógico

 Segundo Villas-Boas (1998, p. 21), as práticas


avaliativas podem, pois, servir à manutenção ou
à transformação social.
 Avaliação escolar não acontece em momentos
isolados do trabalho pedagógico; ela o inicia,
permeia todo o processo e o conclui.
AVALIAÇÃO E CONTROLE
A AVALIAÇÃO NA ESCOLA

AVALIAÇÃO
EDUCACIONAL

AVALIAÇÃO DE AVALIAÇÃO DE
AVALIAÇÃO DA AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO DE
PROGRAMAS E
CURRÍCULO PROJETOS
APRENDIZAGEM INSTITUCIONAL SISTEMAS
AVALIAÇÃO ESCOLAR

 A avaliação escolar é um meio e não um fim em si


mesma; está delimitada por uma determinada
teoria e por uma determinada prática pedagógica.
Ela não ocorre num vazio conceitual, mas está
dimensionada por um modelo teórico de sociedade,
de homem, de educação consequentemente, de
ensino e de aprendizagem, expresso na teoria e na
prática pedagógica (CALDEIRA, 2000, p. 122)
CONCEITOS DE AVALIAÇÃO

 A avaliação é uma reflexão transformada em ação.


Ação, essa, que nos impulsiona a novas reflexões.
Reflexão permanente do educador sobre sua realidade, e
acompanhamento passo a passo, do educando, na sua
trajetória de construção do conhecimento. Um processo
interativo, através do qual educandos e educadores
aprendem sobre si mesmos e sobre a realidade escolar
(HOFFMANN, 1993, p. 18).
CONCEITOS DE AVALIAÇÃO

 A avaliação mediadora é muito mais que informar


o desempenho do aluno, é dialogar com ele sobre
seu processo de aprendizagem, discutindo sobre
suas dificuldades e superações. Neste processo
dialógico, o professor refaz seu planejamento para
adequá-lo ao percurso de aprendizagem dos(as)
seus alunos(as) (HOFFMANN, 1993).
CONCEITOS DE AVALIAÇÃO
 A avaliação da aprendizagem é um processo mediador na
construção do currículo e se encontra intimamente relacionada à
gestão da aprendizagem dos alunos.
 A avaliação é um processo que deve estar a serviço das
individualizações da aprendizagem.
 Na avaliação da aprendizagem, o professor não deve permitir que
os resultados das provas periódicas, geralmente de caráter
classificatório, sejam supervalorizados em detrimento de suas
observações diárias, de caráter diagnóstico.
(PERRENOUD, 1999)
CONCEITOS DE AVALIAÇÃO
 AVALIAR X EXAMINAR = QUESTÃO HISTÓRICA
 Avaliar é o ato de diagnosticar uma experiência, tendo em vista
reorientá-la para produzir o melhor resultado possível; por isso, não
é classificatória nem seletiva, ao contrário, é diagnóstica e
inclusiva.
 O ato de avaliar tem seu foco na construção dos melhores
resultados possíveis, enquanto o ato de examinar está centrado no
julgamento de aprovação ou reprovação.[...] são atos praticamente
opostos;
 Professores e professoras, em sua prática escolar cotidiana, não
fazem essa distinção e, deste modo, praticam exames como se
estivessem praticando avaliação.(LUCKESI, 2002)
CONCEITOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação é uma tarefa didática necessária e
permanente do trabalho docente, que deve
acompanhar passo a passo o processo de
ensino e aprendizagem. É uma reflexão sobre
o nível de qualidade do trabalho escolar tanto
do professor como dos alunos.(LIBÂNEO, 1997)
AVALIAÇÃO ESCOLAR E
CONCEPÇÕES DE APRENDIZAGEM

Avaliar para
Examinar Medir para
classificar e
para avaliar avaliar
regular

Avaliar para qualificar


EXAMINAR PARA AVALIAR
 Forma de exames e provas, usadas em colégios católicos
da Ordem Jesuítica (existia 3 mil anos A.C., na China -
exército);
Exames atinge o seu apogeu com a ascensão e
consolidação da burguesia (advento das escolas).
Ao longo do século XIX - multiplicação de exames e
diplomas, pondo em evidência o contínuo controle por
parte do Estado dos processos de certificação.
PEDAGOGIA TRADICIONAL.
EXAMINAR PARA AVALIAR
PEDAGOGIA DO EXAME
Luckesi (2003, p. 11) afirma: historicamente,
passamos a denominar a prática de
acompanhamento da avaliação da aprendizagem
do educando de “Avaliação da aprendizagem
escolar”, mas, na verdade, continuamos a
praticar “exames”.
MEDIR PARA AVALIAR
Origem no início do século XX, nos Estados Unidos, com os
estudos de Thorndike acerca dos testes educacionais.
Desenvolvimento de TESTES padronizados para medir
habilidades e aptidões dos alunos. (PSICOLOGIA)
1. Estudos de Sperman (1904, 1907, 1913) sobre a Psicometria,
e de Binet e Simon (1905), que criaram o primeiro teste de
inteligência para crianças e adultos.
2. Estudos da Psicologia Comportamental sobre a
aprendizagem - pode ser quantificada e medida.
 PEDAGOGIA TECNICISTA.
MEDIR PARA AVALIAR
Segundo Hadji (2001), medir significa atribuir um
número a um acontecimento ou a um objeto, de
acordo com uma regra logicamente aceitável.
Reduzir a avaliação à medida (prova) – implica
aceitar a confiabilidade da prova como instrumento
de medida e desconsiderar que a subjetividade do
avaliador pode interferir nos resultados da avaliação.
AVALIAR PARA CLASSIFICAR OU
PARA REGULAR
Perrenoud (1999) declara:
A avaliação é tradicionalmente associada, na escola, à
criação de hierarquias de excelência. Os alunos são
comparados e depois classificados em virtude de
uma norma de excelência, definida em absoluto ou
encarnada pelo professor e pelos melhores alunos.
AVALIAR PARA CLASSIFICAR OU
PARA REGULAR
Práticas de avaliação são atravessadas por duas
lógicas não necessariamente excludentes: formativa
e somativa.
AVALIAÇÃO SOMATIVA - lógica ou concepção
classificatória de avaliação cuja função, ao final de
uma unidade de estudos, semestre ou ano letivo, é a
de verificar se houve aquisição de conhecimento.
AVALIAR PARA QUALIFICAR

Preocupação em compreender o significado de


produtos complexos a curto e a longo prazos,
explícitos e ocultos, o que requer uma mudança de
orientação, uma troca de polo: da ênfase nos
produtos à ênfase no processo (SAUL, 1988).
“AVALIAÇÃO QUALITATIVA” - conjunto de técnicas,
orientações e pressupostos da metodologia
etnográfica, da investigação de campo.
AVALIAR PARA QUALIFICAR

 Avaliação flexível e de enfoque seletivo e


progressivo;
Avaliação emancipatória (democrática, crítica,
institucional, coletiva);
 CRÍTICA - modelo quantitativo e a redefinição das
práticas em consonância às novas perspectivas
teórico-metodológicas apresentadas, continua sendo
uma prática classificatória.
FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO DA
APRENDIZAGEM

DIAGNÓSTICA
FORMATIVA
SOMATIVA
AVALIAR x INSTRUMENTOS PARA
AVALIAR
AVALIAÇÃO - processo de
coleta e análise de dados.
INSTRUMENTOS DE
AVALIAÇÃO – recursos
utilizados para coletar dados.
AVALIAÇÃO

ANTES do DURANTE o DEPOIS


ensino ensino do ensino

INICIAL FORMATIVA SOMATIVA


Coletiva: prognóstico Final do processo
Interativa Retroativa
Diferenciada: Atribuição de notas
Proativa
diagnóstico
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
Determinar capacidades (aptidões, conhecimentos prévios,
potencial de aprendizagem, desejos, etc.), causas
subjacentes a dificuldades de aprendizagem;
Ponto de partida para organização e sequenciação do
ensino;
Aplicada no início de uma unidade, bimestre ou ano letivo;
Finalidade prognóstica.
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

Avaliação Diagnóstica tem dois objetivos básicos: identificar as


competências do aluno e adequar o aluno num grupo ou nível de
aprendizagem. No entanto, os dados fornecidos pela avaliação
diagnóstica não devem ser tomados como um "rótulo" que se cola
sempre ao aluno, mas sim como um conjunto de indicações a partir do
qual o aluno possa conseguir um processo de aprendizagem. (BLAYA,
2007).
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

“[...] constitui-se num levantamento das capacidades dos


estudantes em relação aos conteúdos a serem abordados,
com essa avaliação, busca-se identificar as aptidões iniciais,
necessidades e interesses dos estudantes com vistas a
determinar os conteúdos e as estratégias de ensino mais
adequadas”. (GIL, 2006, p. 247).
AVALIAÇÃO FORMATIVA
 Fornecer ‘feedbacks’ para o professor e aluno;
 Localizar falhas e dificuldades;
 Aplicada durante a instrução;
 Comportamentos cognitivos X aprendizagem do conteúdo;
 Padrão individual de desempenho;
- Caracterização dinâmica da situação educativa professor pesquisador e
‘tomador’ de decisões.
- Dessa maneira, assegura-se a ‘recuperação’ do aluno durante o processo.
AVALIAÇÃO FORMATIVA
A forma de avaliação em que a preocupação central reside
em coletar dados para reorientação do processo de
ensino-aprendizagem. Trata-se de uma "bússola
orientadora" do processo de ensino-aprendizagem. A
avaliação formativa não deve assim exprimir-se através de
uma nota, mas sim por meio de comentários. (BLAYA, 2007).
AVALIAÇÃO FORMATIVA
A avaliação formativa consiste na prática da avaliação
continua realizada durante o processo de ensino e
aprendizagem, com a finalidade de melhorar as
aprendizagens em curso, por meio de um processo de
regulação permanente.
(BONIOL E VIAL APUD WACHOWICZ E ROMANOWSKI,
2003, p. 126).
AVALIAÇÃO SOMATIVA
 Objetivo mais genérico que a formativa;
 Determina resultados alcançados ao final de uma
unidade ou de um curso;
 Atribuição de conceitos, notas, etc. ;
 Suas principais características são:
- Está no final de cada etapa;
- É mais abrangente.
 A maneira de entendê-la e colocá-la em prática depende do PPP e do
Marco Teórico do professor.
AVALIAÇÃO SOMATIVA

 Para Kraemer (2006) a avaliação somativa


detecta o nível de rendimento realizando um
balanço geral, no final de um período de
aprendizagem, podendo classificar de acordo
com o nível de aprendizagem.
AVALIAÇÃO SOMATIVA
 A avaliação somativa manifesta-se nas propostas de
abordagem tradicional, em que a condução do ensino está
centrada no professor, baseia-se na verificação do desempenho
dos alunos perante os objetivos de ensino estabelecidos no
planejamento. Para examinar os resultados obtidos, são utilizados
teste e provas, verificando quais objetivos foram atingidos
considerando-se o padrão de aprendizagem desejável e,
principalmente, fazendo o registro quantitativo do percentual deles
(WACHOWICZ e RAMANOWSKI, 2003, p. 124,125).
AVALIAÇÃO E TENDÊNCIAS
EDUCACIONAIS

AVALIAÇÃO CONSERVADORA
 Destacou-se a abordagem tradicional, escola nova e a
tecnicista.

AVALIAÇÃO CRÍTICA
 Sistêmica, progressista e ensino com pesquisa.
 Objetiva a compreensão da realidade, priorizando a
educação como instrumento de transformação e formação
para a cidadania do sujeito.
PARADIGMA TRADICIONAL
 O paradigma tradicional prioriza a memorização e a repetição, ao aluno
destaca-se a passividade, apenas receptor de conteúdos, sem
questionamentos ou interferências no processo de ensino aprendizagem,
sendo o professor autoritário, dono do saber (PIMENTA, 2000).

 Para Shudo (2007), a pedagogia conservadora tradicional tem como


propósito priorizar a avaliação de conteúdos livrescos, tendo como pano
de fundo destacar a importância das medidas de dimensões ou
aspectos quantificáveis, considerando a importância da periodicidade do
processo de avaliação e do registro de seus resultados.
ESCOLA NOVA

 Na escola nova, Behrens (2005), destaca-se como um


processo avaliativo contemplando a auto avaliação e
tem como pressuposto a busca de metas pessoais
onde o alunos e responsabiliza pelo seu aprendizado,
ocasionando um sujeito ativo, para aprender e participar da
ação educativa.
PARADIGMA TECNICISTA
 Ao referendar-se ao tecnicismo, Behrens (2005, p.
51) diz que “o elemento principal não é o professor,
nem o aluno, mais a organização racional dos
meios. O planejamento e o controle asseguram a
produtividade do processo”. A ênfase é no fazer.
PARADIGMA SISTÊMICO
 A avaliação visa O processo, o crescimento gradativo e o
respeito ao aluno como pessoa, contemplando suas
inteligências múltiplas com seus limites e qualidades. O
processo avaliativo está a serviço da construção do
conhecimento, da harmonia, conciliação, da aceitação dos
diferentes, tendo como premissa uma melhor qualidade de
vida (BEHRENS, 2005, p. 75).
ABORDAGEM PROGRESSISTA

 Na abordagem progressista a avaliação é continua,


processual e transformadora. Contempla momentos de
auto avaliação e avaliação grupal, tendo troca de
experiências e diálogos entre os professores e alunos.
(Behrens, 2005).
AVALIAÇÃO NO ENSINO COMO
PESQUISA
 Avaliação no ensino com pesquisa apresenta-se continua,
processual e participativa. O acompanhamento dos alunos em
projetos e pesquisas tem como norteador a proposição de critérios
discutidos e construídos com os alunos antes de começar o
processo... O aluno é avaliado pelo desempenho geral e
globalizado, com acompanhamento do seu ritmo participativo e
produtivo, todo dia e não por momentos de grande esforço de
memorização e cópia no final do bimestre. (BEHRENS, 2005, p.
102).
AVALIAÇÃO NA PRÁTICA ESCOLAR

- CLASSIFICAÇÃO;
- SELEÇÃO;
- FRAGMENTAÇÃO;
- EXCLUSÃO.
ATIVIDADE AVALIATIVA

ELABORAÇÃO DE UM ARTIGO ( 2 LAUDAS) EM QUE


VOCÊ DEVERÁ DESENVOLVER A SEGUINTE IDEIA “A
avaliação nos novos contextos e paradigmas
educacionais”.
Entrega:
Enviar por e-mail: val_gl@yahoo.com.br
O QUE FICA...

 AVALIAÇÃO DEVE ORIENTAR A


APRENDIZAGEM;
 AVALIAR PARA APRENDER;
 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM;
REFERÊNCIAS
BEHRENS, Marilda Aparecida. O Paradigma emergente e a prática pedagógica. 4ª Edição, Curitiba, PR: Editora Universitária
Champagnat. 2005.
BLAYA, Carolina. Processo de Avaliação. Disponível em <http://www.ufrgs.br/tramse/med/textos/2004_07_20_tex.htm> , acesso em: 24
de setembro de 2007.
GIL, Antonio Carlos. Didática do ensino superior. São Paulo: Atlas, 2006.
_____________. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª edição, São Paulo. Atlas, 2002.
KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. Avaliação da aprendizagem como construção do saber.19/07/2006.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. 2ª edição.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 6ª Edição, São Paulo, SP: Editora Cortez, 1997.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986.
PIMENTA, Selma Garrido. Saberes pedagógicos e atividade docente. 2ª edição, São Paulo, SP Editora Cortez, 2000.
ROMANOWSKI, Joana Paulim, WACHOWICZ, Lílian Anna. Processos de ensinagem na universidade: Pressupostos para as estratégias
de trabalho em aula. In: ANASTASIOU, Lea das Graças Camargo. SC: UNIVILLE, 2003.
SHUDO, Regina. Sala de aula e avaliação: caminhos e desafios. Disponível em <http://www.educacional.com.br/articulistas/outro. Acesso
em: 20 de novembro de 2017.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: concepção dialética-libertadora do processo de avaliação escolar. São Paulo: Libertad,
1995.

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