You are on page 1of 15

DISCIPLINA: LIBRAS

PROFESSORA: Maria Carolina de Freitas Moura

APRESENTAÇÃO DAS UNIDADES


• UNIDADE 1 -FUNDAMENTOS NA EDUCAÇÃO DE SURDOS
• UNIDADE 2- INTRODUÇÃO À LIBRAS
• UNIDADE 3 - SISTEMA DE TRANSCRIÇÃO EM LIBRAS;
DATILOLOGIA E ASPECTOS MORFOLÓGICOS
• UNIDADE 4 - PRATICANDO A LIBRAS
LIBRAS

UNIDADE 1

FUNDAMENTOS NA EDUCAÇÃO DE SURDOS


OBJETIVO:

• Inteirar-se do contexto histórico do surdo na


sociedade, conhecer alguns textos legais que
dizem respeito à Libras e rede de apoio
disponível
Em determinados momentos da história os
surdos eram considerados seres incapazes
de construir o pensamento formal visto
que a ideia de raciocínio estava ligada a
fala. Até mesmo direitos legais lhe eram
negados.
De acordo com o escritor Oliver Sacks, em
seu livro Vendo Vozes por volta de 1750 os
indivíduos surdos eram privados de
alfabetização e instrução, vivendo de
maneira desprezível e por vezes sozinhos,
ignorados pela própria família que não
conseguia comunicar-se de maneira efetiva
com eles.
A "educação de surdos"começa a se firmar por volta
do ano de 1771. O religioso francês Charles L´Épee
fundou o Instituto Nacional de Surdos e Mudos em
Paris. O abade decidiu aprender a língua de sinais
nativa dos surdos pobres que vagavam por Paris.
L´Épee desenvolveu o sistema de sinais "metódicos",
uma combinação da língua de sinais nativa com a
gramática francesa traduzida em sinais,
possibilitando ao aluno surdo, através do intérprete
de sinais a compreensão e a aquisição dos
conhecimentos do mundo (Goldfeld, 2002).
Mudanças no rumo da educação de surdos
no mundo:

• No ano de 1880 em Milão, na Itália,


aconteceu um congresso onde ficou
decidido que o uso de sinais, gestos, ficava
proibido e a partir de então deveria se usar
o método oralista para a educação
Método oralista? O foco está na aprendizagem da fala,
isso acontece através de técnicas tais como treinamento
auditivo, o desenvolvimento da fala e a leitura labial.
Também há a indicação de prótese individual (aparelho
auditivo) para reeducar auditivamente o surdo (Dorziat,
1997) É interessante notar que a decisão de se proibir o
uso da Língua de Sinais e optar-se pelo oralismo foi
tomada por ouvintes, professores surdos não puderam
votar.
Outros métodos passaram a ser utilizados
dentre esses a filosofia da Comunicação Total.
Usa-se a oralidade, sinais, leitura labial,
soletração manual, escrita, desenho, gestos
convencionais. Damázio demonstra que "
tanto o Oralismo quanto a Comunicação Total
negam a língua natural das pessoas com
surdez e provocam perdas consideráveis"
Agora passamos ao Bilinguísmo, corrente filosófica
atual na educação de surdos (Quadros,1997). O
aprendizado passa a se basear não nas
experiências orais e auditivas e sim nas visuais. O
bilinguismo é uma proposta de ensino usada por
escolas que se propõem a tornar acessível à
criança duas línguas no contexto escolar. O surdo
não é mais alguém a ser reabilitado, mas sim
compreendido e aceito na sociedade.
A Lei Federal nº 10.436/02 reconhece a Língua
Brasileira de Sinais – Libras como meio legal de
comunicação e expressão da comunidade surda.
O Decreto 5.626/05 vem regulamentar a tal Lei e
ainda dispõe sobre a certificação de professor,
instrutor e tradutor/intérprete de Libras, o ensino
da Língua Portuguesa como segunda língua para
alunos surdos e a organização da educação
bilíngue no ensino regular.
Nessa perspectiva o profissional intérprete de
Libras tem papel fundamental na escolarização
do aluno surdo, ele é o mediador linguístico. O
código de Ética, estabelecido pela Federação
Nacional de Educação e Integração dos Surdos
(FENEIS) estabelece princípios como
confidencialidade, imparcialidade e consciência
de sua competência e limitações.
Atendimento Educacional Especializado
• Atendimento Educacional Especializado em
Libras, os conteúdos escolares são
repassados em Libras
• Atendimento Educacional Especializado para
o Ensino da Libras onde o aluno surdo terá
aulas de Libras a fim de enriquecer seus
conhecimentos especialmente de termos
científicos
• Atendimento Educacional Especializado para
o ensino da Língua Portuguesa, serão
conteúdos trabalhados por um professor de
Língua Portuguesa.
Referências:
GOLDFELD, Marcia. A criança surda: linguagem e cognição numa
perspectiva sociointeracionista, 2ª ed., São Paulo: Plexus Editora, 2002.
SACKS, Oliver. Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. São
Paulo: Companhia das Letras, 1998.
DAMÁZIO, Mirlene Ferreira Macedo. Atendimento Educacional
Especializado: Pessoa com surdez, 2007. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_da.pdf>. Acesso em
10 de junho de 2018.
QUADROS, R. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1997.

You might also like