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COMODATO MÚTUO
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PRÓXIMOS
CONCEITO E EFEITOS CONCEITO E EFEITOS
PASSOS
• Empréstimo
Silvio Rodrigues (2011, p. 258) conceitua empréstimo como o contrato pelo qual uma das partes
entrega uma coisa à outra, para ser devolvida em espécie ou em gênero.
Partes:
Comodante: quem empresta a coisa (proprietário ou possuidor);
Comodatário: quem recebe a coisa com obrigação de restituir.
O comodato é contrato:
Real;
Unilateral;
Gratuito;
Não solene.
A gratuidade;
A temporalidade.
Com a tradição o comodatário terá a posse direta e precária do bem e o comodante a posse indireta.
Obrigações do comodante:
Não reclamar a coisa antes do prazo convencionado ou necessário para o uso que se pretende
do objeto, salvo comprada situação de necessidade imprevista e urgente (art. 581, CC);
Reembolsar ao comodatário as despesas extraordinárias e urgentes que este teve com a coisa;
Obrigações do comodatário:
Não antepor a salvação de seus próprios bens, à salvação do bem objeto do comodato,
respondendo por perdas e danos se o fizer, ainda que o dano seja decorrente de caso fortuito
ou força maior (art. 583, CC).
Regras gerais:
Art. 583, CC – se a deterioração da coisa, ou a sua perda, decorreu de um ato culposo cometido
pelo comodatário, responderá o mesmo pelo equivalente mais perdas e danos;
O contrato de comodato se exaure pelo advento do termo convencionado. Se não houver prazo,
o comodato termina após o comodatário ter usado a coisa para o fim que a emprestou;
O comodato pode ser resolvido antes do termo se o comodatário descumpre suas obrigações;
Pode o comodato ser resolvido pela declaração unilateral da vontade do comodante, uma vez
que prove superveniência de necessidade imprevista e urgente;
Regras gerais:
Tutores, curadores e administradores em geral não poderão dar em comodato bens confiados à
sua guarda sem autorização prévia do juiz (art. 580, CC);
O comodante pode arbitrar e cobrar aluguel, em caso de mora do comodatário, até que o bem
seja devolvido (art. 582, CC e Enunciado n. 180, III Jornada de Direito Civil);
Havendo dois ou mais comodatários simultâneos, presumem-se solidários (art. 585, CC).
Trata-se de empréstimo de consumo, uma vez que seu objeto é bem fungível.
Partes:
Mutuante: quem empresta o bem (proprietário do bem);
Mutuário: quem recebe a coisa emprestada com obrigação de restituir.
O mútuo é contrato:
Real;
Unilateral;
Gratuito ou oneroso. Presume-se gratuito se não houver disposição expressa em contrário;
Não solene.
Obrigações do mutuante:
Entregar a coisa;
Responder pelos prejuízos decorrentes de vícios ou defeitos da coisa dos quais tinha conhecimento
e não comunicou o mutuário;
O mutuante pode exigir garantias de restituição se, antes do vencimento, o mutuário sofrer notória
alteração em patrimônio que faça presumir eventual insolvência (art. 590, CC).
Obrigações do mutuário:
Restituir o que recebeu em coisas de mesmo gênero, qualidade e quantidade (art. 586, CC);
Regras gerais:
Se o mútuo se destina a fins econômicos, presume-se oneroso, salvo estipulação em contrário (art.
591, CC). Autoriza-se, neste caso, a capitalização anual dos juros moratórios.
O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização de seu responsável, não pode ser reavido
nem do mutuário, nem de seus fiadores, exceto (artes. 588 e 589, CC):
Se houver ratificação posterior do responsável;
Se houver ratificação pelo próprio mutuário após emancipação ou maioridade;
Se, na ausência do responsável, o menor utilizou o empréstimo para adquirir alimentos
necessários à própria subsistência;
Se o menor tiver bens adquiridos com o fruto de seu trabalho;
Se demonstrado que o empréstimo reverteu em benefício do próprio menor;
Se o menor obteve o empréstimo maliciosamente (art. 180, CC).
Regras gerais:
Se foi ajustado prazo em favor do mutuário, poderá este realizar a restituição antes do término do
prazo;
Havendo prazo estipulado o mutuante não pode exigir a restituição antes de seu vencimento, salvo
nas hipóteses:
• De vencimento antecipado das obrigações (art. 333, CC);
• Se exigida garantia do mutuário este não a apresentá-la (art. 590, CC).
Regras especiais (art. 592, CC) – aplicam-se quando não houver prazo estipulado:
• Até a próxima colheita, se o mútuo for de produtos agrícolas (consumo e semeadura);
• De 30 dias, pelo menos, se for de dinheiro;
• Do espaço de tempo que declarar o mutuante, se for de outra coisa fungível. Neste caso, será
necessária notificação (judicial ou extrajudicial) informando o prazo.
Do contrato de depósito.