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DIREITO PENAL III

AULA 10: LENOCÍNIO, TRÁFICO DE PESSOAS E ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR


DIREITO PENAL III
Lenocínio, Tráfico de Pessoas e Ultraje Público ao Pudor

ULTRAJE PÚBLICO
LENOCÍNIO AO PUDOR

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TRÁFICO DE PESSOAS DISPOSIÇÕES GERAIS CRIMES CONTRA
A FAMÍLIA

AULA 10: LENOCÍNIO, TRÁFICO DE PESSOAS E ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR


DIREITO PENAL III
Mediação para Servir a Lascívia de Outrem

1. Bem jurídico: A moralidade na vida sexual e, na forma qualificada, também a liberdade sexual;

2. Sujeito ativo: Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem (o prazer sexual de alguém);

3. Sujeito passivo: Qualquer pessoa que colabore com a ação do agente;

4. Tipo objetivo: Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem (o prazer sexual de alguém);

5. Tipo subjetivo: O dolo, com o fim de satisfazer a luxúria ou o prazer sexual de terceiro;

6. Consumação e tentativa: Quando houver a satisfação da lascívia. A tentativa é admissível;

AULA 10: LENOCÍNIO, TRÁFICO DE PESSOAS E ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR


DIREITO PENAL III
Mediação para Servir a Lascívia de Outrem

7. Figuras qualificadas:
a) Se a vítima for menor de 18 anos e maior de 14 anos;
b) Se o agente for ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou
curador ou pessoa que cuide da educação, tratamento ou guarda da vítima;
c) Se o crime for cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude;
d) Se o crime for cometido com intuito de lucro, aplica-se também a pena de multa.

AULA 10: LENOCÍNIO, TRÁFICO DE PESSOAS E ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR


DIREITO PENAL III
Favorecimento da Prostituição ou outra forma de Exploração Sexual (art. 228)

1. Bem jurídico: Moralidade sexual pública;

2. Sujeito ativo: Qualquer pessoa;

3. Sujeito passivo: Qualquer pessoa não menor de 18 anos, homem ou mulher, capaz de
entender o ato que pratica, no momento da ação praticada;

4. Tipo objetivo: Induzir, atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual,
facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone. O favorecimento pode ocorrer por
ação ou omissão. Esta última, no caso de o agente, que possua o dever jurídico de impedir
que a vítima ingresse na prostituição, nada fazer e aderir à sua conduta;

5. Tipo subjetivo: O dolo, com o fim de satisfazer a luxúria ou o prazer sexual de terceiro;

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DIREITO PENAL III
Favorecimento da Prostituição ou outra forma de Exploração Sexual (art. 228)

6. Consumação e tentativa: Nas modalidades induzir, atrair e facilitar, o delito se consuma no


momento em que a vítima passa a se dedicar à prostituição ou outra forma de exploração
sexual, colocando-se, de forma constante, à disposição dos clientes, ainda que não tenha
atendido nenhum.

Já na modalidade de impedir ou dificultar o abandono da exploração sexual, o crime se


consuma no momento em que a vítima delibera por deixar a atividade e o agente obsta esse
intento, protraindo a consumação durante todo o período. Há quem considere que a tentativa
é admissível e quem não sustente que não cabe tentativa nas formas induzir e atrair, pois o
crime depende da efetiva ocorrência da prostituição.

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DIREITO PENAL III
Favorecimento da Prostituição ou outra forma de Exploração Sexual (art. 228)

7. Figuras qualificadas:
a) Se o agente for ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge ou
companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou por quem
assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) Se o crime for cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude;
c) Se o crime for cometido com intuito de lucro.

8. Ação penal: Pública incondicionada.

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DIREITO PENAL III
Casa de Prostituição

1. Bem jurídico: Moralidade sexual e os bons costumes;

2. Sujeito ativo: Qualquer pessoa;

3. Sujeito passivo: A pessoa explorada sexualmente e, mais remotamente, a coletividade;

4. Tipo objetivo: Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra
exploração sexual, haja ou não intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente.
É indiferente que o proprietário do local ali compareça, já que o tipo não pune a conduta
daquele que participa da exploração sexual, no local a ela destinada ou em qualquer outro.

5. Tipo subjetivo: O dolo consistente na vontade consciente de manter estabelecimento em que


ocorre exploração sexual, dispensando, com a nova redação, elemento subjetivo especial
consistente na intenção de satisfazer a lascívia de outrem;

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DIREITO PENAL III
Casa de Prostituição

6. Consumação e tentativa: Consuma-se o crime com a manutenção do estabelecimento, pois se


trata de crime habitual. Por essa razão, não admite tentativa;

7. Ação penal: Pública incondicionada.

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DIREITO PENAL III
Rufianismo

1. Bem jurídico: A moralidade sexual;

2. Sujeito ativo: Qualquer pessoa;

3. Sujeito passivo: A pessoa que exerce a prostituição e, secundariamente, a coletividade;

4. Tipo objetivo: Tirar proveito e fazer-se sustentar, no todo ou em parte, pela prostituição
alheia. Na primeira hipótese (rufianismo ativo), o rufião obtém vantagem diretamente dos
lucros obtidos pela prostituta, embora deles não necessite para seu sustento. Já na segunda
modalidade (rufianismo passivo), o agente participa indiretamente do proveito da
prostituição, vivendo às custas da meretriz, recebendo dinheiro, alimentação, vestuário,
moradia e outros benefícios de que necessita para a sua manutenção;

5. Tipo subjetivo: O dolo consistente na vontade de tirar proveito da prostituição alheia ou de


fazer-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça. Não se exige qualquer finalidade
especial por parte do sujeito ativo;

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DIREITO PENAL III
Rufianismo

6. Consumação e tentativa: A consumação ocorrerá com a prática reiterada de atos tendentes à


obtenção de proveito ou de sustento por parte do rufião. Por se tratar de crime habitual, não
se admite tentativa;

7. Ação penal: Pública incondicionada.

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DIREITO PENAL III
Tráfico Internacional de Pessoa para Fim de Exploração Sexual

1. Bem jurídico: A moralidade sexual e a liberdade sexual;

2. Sujeito ativo: Qualquer pessoa, seja como promotor do tráfico de pessoas seja como
consumidor;

3. Sujeito passivo: A pessoa que exerce a prostituição ou que é sexualmente explorada e,


secundariamente, a coletividade;

4. Tipo objetivo: Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que nele
venha a exercer a prostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a saída de alguém que
vá exercê-la no estrangeiro. O § 1º estabelece que incorrem nas mesmas penas aquele que
agenciar (servir de agente ou intermediário), aliciar (atrair) ou comprar a pessoa traficada,
assim como, tendo o conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la. A
pena será aumentada de metade se houver emprego de violência, grave ameaça ou fraude
(§2º, IV);

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DIREITO PENAL III
Tráfico Internacional de Pessoa para Fim de Exploração Sexual

5. Tipo subjetivo: O dolo, com a finalidade especial por parte do sujeito ativo de promover a
prostituição da pessoa que fez ingressar ou sair do país. Nas formas equiparadas, transportar,
transferir e alojar a vítima traficada, deve o agente ter conhecimento de sua condição. Se o
crime for cometido também com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também a
multa (§3º);

6. Consumação e tentativa: Consumação ocorrerá com a entrada ou saída da pessoa do


território nacional, dispensando-se que pratique algum ato fruto de exploração sexual.
Tentativa é admissível em qualquer das formas previstas;

7. Ação penal: Pública incondicionada.

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DIREITO PENAL III
Tráfico Interno de Pessoa para Fim de Exploração Sexual

1. Bem jurídico: Moralidade sexual e a liberdade sexual;

2. Sujeito ativo: Qualquer pessoa, seja como promotor do tráfico de pessoas seja como
consumidor;

3. Sujeito passivo: A pessoa que exerce a prostituição ou que é sexualmente explorada e,


secundariamente, a coletividade;

4. Tipo objetivo: Promover e facilitar o deslocamento de pessoa dentro do território para o


exercício da prostituição ou outra forma de exploração sexual. Incorrem nas mesmas penas
aquele que agenciar, aliciar ou comprar a pessoa traficada, assim como, tendo o
conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la. A pena será aumentada à
metade, se houver emprego de violência, grave ameaça ou fraude;

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DIREITO PENAL III
Tráfico Interno de Pessoa para Fim de Exploração Sexual

5. Tipo subjetivo: O dolo, com o especial fim de promover a prostituição da pessoa em território
nacional. Nas formas equiparadas, deve o agente ter conhecimento de sua condição;

6. Consumação e tentativa: A consumação ocorrerá com a entrada ou saída da pessoa do


território nacional, dispensando-se que pratique algum ato fruto de exploração sexual. A
tentativa é admissível em qualquer das formas previstas;

7. Ação penal: Pública incondicionada.

AULA 10: LENOCÍNIO, TRÁFICO DE PESSOAS E ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR


DIREITO PENAL III
Ato Obsceno

1. Bem jurídico: O pudor público;

2. Sujeito ativo: Qualquer pessoa;

3. Sujeito passivo: A coletividade;

4. Tipo objetivo: Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público. Ato
obsceno constitui uma conduta positiva do agente, com conteúdo sexual, atentatória ao
pudor público, suscitando repugnância;

5. Tipo subjetivo: O dolo;

6. Consumação e tentativa: Consuma-se com a prática do ato obsceno, bastando a possibilidade


de ser contemplado. É admissível a tentativa, embora de difícil ocorrência;

7. Ação penal: Pública incondicionada.

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DIREITO PENAL III
Escrito ou Objeto Obsceno

1. Bem jurídico: A proteção do pudor público;

2. Sujeito ativo: Qualquer pessoa;

3. Sujeito passivo: A coletividade;

4. Tipo objetivo: Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua guarda, para fim de comércio,
de distribuição ou de exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer
objeto obsceno. Da mesma maneira, responderá aquele que vende, distribui ou expõe à
venda ou ao público qualquer dos objetos referidos acima. Ainda, quem realiza, em lugar
público ou acessível ao público, representação teatral, ou exibição cinematográfica de caráter
obsceno, ou qualquer outro espetáculo, que tenha o mesmo caráter. Por fim, é punível aquele
realiza, em lugar público ou acessível ao público, ou pelo rádio, audição ou recitação de
caráter obsceno;

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DIREITO PENAL III
Escrito ou Objeto Obsceno

5. Tipo subjetivo: O dolo e o elemento subjetivo do injusto, nas condutas descritas,


representados pelo fim de comércio, distribuição ou exposição pública;

6. Consumação e tentativa: Consuma-se no momento da realização de qualquer das ações


representadas pelos verbos enunciados no tipo penal. É admissível a tentativa;

7. Ação penal: Pública incondicionada.

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DIREITO PENAL III
Disposições Gerais

1. Aumento de pena: Nos crimes previstos neste Título, a pena é aumentada de metade, se do
crime resultar gravidez; e de um sexto até a metade, se o agente transmite à vitima doença
sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador. A transmissão de
doença sexualmente transmissível também gera aumento de pena;

2. Segredo de justiça: Os processos envolvendo crimes sexuais devem correr em segredo de


justiça, para resguardar a dignidade do agente e da vítima.

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CONTEÚDO
Assuntos DA
da PRÓXIMA
próxima aula:
AULA:

Crimes contra o casamento;

Crimes contra o estado de filiação;

Crimes contra a assistência familiar;

Crimes contra o poder familiar, tutela e


curatela.

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