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Esse título contém quatro artigos que tipificam crimes contra a paz pública, que se refere ao sentimento
coletivo de segurança de um desenvolvimento ordenado da vida social, de acordo com as leis.
A ideia é prevenir a realização de crimes, tutelando o bem jurídico não de forma direta, mas sim
mediata, tanto é que se pune, nesse título, atos preparatórios, como exceção à regra do artigo 31 CP.
Incitação ao crime
3) Sujeito passivo - a coletividade e o próprio Estado, que tem a obrigação de garantir a segurança e o
bem-estar de todos;
5) Tipo subjetivo - o dolo. O agente não precisa saber que os fatos por ele instigados são previstos em
lei como crimes, mas a vontade de incitar alguém à prática de um crime deve ser clara. Não há previsão
legal da modalidade culposa;
4) Tipo objetivo - fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime. A apologia a
fato criminoso deve ser um fato concreto, ou seja, já praticado, previsto em lei como crime, excluindo-se
os crimes culposos, pela sua própria natureza, contravenções ou acontecimentos futuros. Já a apologia
ao autor do crime deve se referir aos meios de execução necessários à prática deste e não à
personalidade do delinquente;
1) Noção - a associação criminosa, ou seja, uma união estável de pessoas com o intuito de cometer
crimes, cria uma intranquilidade para a sociedade. A legislação vigente considera que a associação
criminosa constitui perigo por si mesmo e é um caso de ato preparatório que é punido;
3) Sujeito ativo - a qualquer pessoa, mas, por se tratar de crime de concurso necessário, requer a
participação de, no mínimo, três pessoas;
5) Tipo objetivo - associarem-se 3 ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes. Está
presente na descrição do tipo a ideia de estabilidade e de permanência do grupo, com a finalidade de
praticar mais de um crime, dentro de certo prazo indeterminado. Não se exige que a associação
criminosa obedeça a estatutos, regulamentos ou normas, basta uma organização social rudimentar,
caracterizada pela continuada vontade de esforço comum.
6) Há, em outros diplomas legais, de outras figuras associativas, tais como: associação para a prática de
crimes contra segurança nacional (art. 16, da Lei nº 7.170/ 83); associação para a prática de genocídio
(art. 2º da Lei nº 2.889/56); organização criminosa (art. 1º da Lei nº 12.850/13); a associação de duas ou
mais pessoas para o fim de praticar crimes previstos na Lei de Drogas (art. 35 da Lei nº 11.343/06);
7) Tipo subjetivo - o dolo e o especial fim de agir “para o fim de cometer crimes”. Deve estar presente
vínculo associativo entre os agentes. Não há modalidade culposa;
8) Consumação e tentativa - consuma-se esse crime com a efetiva associação das pessoas, independente
da prática de algum crime pela associação criminosa. É infração permanente, não se admitindo tentativa;
1) Noção - a Lei nº 12.720/2012 inseriu o artigo 288-A e criou o delito e constituição de milícia,
atendendo ao disposto no item 1º, da Resolução nº 44/162, da Assembleia Geral das Nações Unidas,
que proíbe as execuções extralegais, arbitrárias e sumárias. A noção de milícia diz respeito a grupos que
exercem vigilância de determinada comunidade, por meio de pessoas armadas, que se revezam em
turnos, impedindo a ação de outros grupos criminosos. Passam, não raro, com o tempo, a exigir
pagamento por outros serviços, além de segurança, passam a monopolizar, como transporte,
fornecimento de gás, TV a cabo etc.
3) Sujeito ativo - qualquer pessoa, mas, diferentemente da associação criminosa, não possui número
mínimo, necessário para configurar tal crime. Há divergência quanto ao mínimo exigido. Sustenta-se
serem três pessoas ou quatro pessoas;
5) Tipo objetivo - constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia
particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos no CP.
Organização paramilitar é associação ou grupo não oficial, cujos membros atuam ilegalmente, com o
emprego de armas e estrutura semelhante à militar. Atuam paralelamente às forças policiais e militares,
de maneira ilegal, e, com frequência, são compostas por indivíduos que compõem também as forças
oficiais do Estado, como militares, bombeiros e policiais.
Grupo ou esquadrão se referem a pequenas unidades militares ou forças especiais e, no caso do art.
288-A, dizem respeito a grupos de extermínio ou para a prática de crimes previstos no Código Penal;
6) Tipo subjetivo - o dolo e o especial fim de agir “para com a finalidade de praticar qualquer dos crimes
previstos no Código Penal”. Não há modalidade culposa;
Moeda falsa;
Crimes assimilados;