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• A fé pública constitui o bem jurídico tutelado pelos dispositivos penais elencados no Título X do
Código Penal, embora simultaneamente possa o crime lesar também interesses particulares
(econômicos, sociais, do próprio Estado como Administração etc.).
• A noção de fé pública pode ser subdividida em dois aspectos: objetivo (autenticidade documental)
e subjetivo (confiança do cidadão nos documentos).
• A regra geral é a aceitação geral de que os documentos são autênticos até prova em contrário.
• O bem jurídico fé pública consiste na confiança que a própria ordem de relações sociais e sua
atuação prática determinam entre os indivíduos, ou entre a Administração Pública e os cidadãos,
relativamente à emissão e circulação monetária, aos meios simbólicos de autenticação pública, aos
documentos ou à identidade e qualificação das pessoas.
a) externa ou material: o vício incide sobre a parte exterior do documento, recaindo sobre o papel
escrito, por meio de rasuras borrões etc.
b) pessoal ou ideológica: o vício incide sobre as declarações que o objeto material deveria possuir,
sobre o conteúdo das ideias. O documento, sob o aspecto material, é verdadeiro; falsa é a ideia que
ele contém.
• potencialidade de dano;
• dolo.
1) Bem jurídico - fé pública e também o patrimônio do sujeito que, eventualmente, vem a receber
a moeda falsa;
5) Tipo subjetivo - o dolo, isto é, a vontade de falsificar, com consciência do curso legal e da
possibilidade de a moeda vir a entrar em circulação. Admite-se o dolo eventual e não há previsão
da modalidade culposa
7) Circulação de moeda falsa - nas mesmas penas do caput incorre quem, por conta própria ou
alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na
circulação moeda falsa, conforme o § 1º.
Essa modalidade se consuma com a efetiva prática de uma das ações ali descritas, independente
de outras consequências. Na modalidade de guardar é crime permanente, não admitindo a
tentativa. Admite-se a tentativa nas outras hipóteses. O tipo subjetivo neste crime é o dolo.
Admite-se o dolo eventual;
8) Figura típica privilegiada - é punível qualquer pessoa que tenha recebido a moeda falsa de boa-
fé e a recoloca em circulação, passando-a a terceiro, depois de conhecer a falsidade, ou seja, de
reconhecê-la como falsa. A restituição à própria pessoa de quem a recebeu é atípica;
10) Desvio e circulação indevida - o § 4º prevê a conduta de desviar e fazer circular moeda que
ainda não está autorizada. Não é necessário que o agente obtenha lucro ou que vise a ele. O
eventual locupletamento econômico do agente com o desvio pode implicar em concurso com
crime patrimonial ou contra a administração.
O tipo subjetivo neste crime é o dolo. Admite-se o dolo eventual. Não há previsão de modalidade
culposa. Consuma-se com a entrada em circulação da moeda. O simples desvio, sem que ocorra
circulação, acarreta a forma tentada;
11) Ação penal nos crimes de moeda falsa - pública incondicionada, sendo tais crimes de
competência da Justiça Federal.
3) Sujeito passivo - o Estado e, eventualmente, as pessoas físicas ou jurídicas que tenham seus
interesses lesados pela conduta do agente;
4) Tipo objetivo - Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de
cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim
de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; restituir à circulação cédula, nota ou
bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização;
5) Tipo subjetivo - o dolo. Na segunda modalidade, há ainda o elemento subjetivo do injusto “para
o fim de, em seguida, promover a restituição do dinheiro ao meio circulante”;
7) Forma qualificada - no caso se ser o agente por funcionário do órgão onde estava recolhido o
dinheiro inutilizado ou destinado à inutilização, aproveitando-se desta condição. Nesse caso, a
pena mínima é a mesma do caput, mas o seu limite máximo é elevado para 12 anos de reclusão,
além da multa;
4) Tipo objetivo - fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar
maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de
moeda. É bastante, para a configuração do crime, que sirvam à realização de parte do processo de
falsificação;
5) Tipo subjetivo - o dolo. Admite-se dolo eventual. Não existe modalidade culposa;
6) Consumação e tentativa - consuma-se esse crime com a efetiva prática de uma das ações. As
modalidades “possuir” e “guardar” são crimes permanentes. Admite-se a tentativa com exceção
dos tipos permanentes.
Falsidade documental;
Falsidade material;
Falsidade ideológica.