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Intemperismo

Intemperismo é o conjunto
de processos que leva à
degradação e decomposição
das rochas.
Estes processos estão relacionados
com dois fatores: a natureza da
rocha e a condição do ambiente.
Pode ser físico ou químico!!!!
-Intemperismo ou meteorização é o
processo geológico mais importante
e próximo a vida do homem.
Perfis de solo (diferentes horizontes superpostos)
-um dos objetivos do estudo do
intemperismo é justamente verificar
as mudanças na composição da
rocha fresca através dos vários
estados de decomposição.
-a intensidade depende: tamanho
das partículas, permeabilidade do
manto rochoso, relevo, temperatura
composição e quantidade de
água...assim, muda de lugar para
lugar;
Definições de intemperismo

 colapso das rochas;


 decomposição de rochas;
 deterioração de rochas...
Para Reiche (1945): intemperismo é
a resposta dos materiais que
estavam em equilíbrio no interior da
litosfera às solicitações da atmosfera
hidrosfera e talvez ainda a biosfera.
O intemperismo físico é
composto pelos processos que
levam a fragmentação da rocha,
sem modificação significativas
em sua estrutura química ou
mineralógica.
Estas quebras podem se dar por
vários processos:

 a) Variação de temperatura:
 b) Crescimento de raízes:
 c) Gelo:
 d) Precipitação de sais:
O intemperismo químico é o
conjunto de reações que levam à
modificação da estrutura dos
minerais que compõem a rocha.
Na natureza, é praticamente
impossível separar o intemperismo
físico do intemperismo químico, já
que ocorrem quase
simultaneamente.
O intemperismo químico, entretanto,
torna-se mais acelerado à medida em
que o intemperismo físico avança,
devido ao aumento de área
superficial específica (ASE) dos
minerais.
Processos e agentes do
intemperismo químico
 as rochas são intemperizadas
quimicamente por grande variedade
de reações, mas podem ser
classificadas em poucos modelos;
 estas reações químicas podem
acontecer conjuntamente;
 são reações consideradas bem
simples, o que dificulta a análise é a
composição diferenciada dos minerais
e a mistura destes minerais.
Feições geradas pelo ataque químico:
Esfoliação Esferoidal
Hidrólise
 reação entre os íons H e OH a água e
os elementos (ou íons) de uma rocha
ou mineral;
 é inevitável;
 não é vista como “perigo” pelo
homem, mas os feldspatos e outros
silicatos, ela é muito ativa;
Hidratação
Entrada de H2O na estrutura dos
minerais
Ex.Anidrita+ água = gipsita
Oxidação
 processo de decomposição química
que envolve perda de elétrons;
 qualquer elemento da rocha como o
Fe, Mn se oxidam ao combinar-se
com o oxigênio;
 o elemento que auxilia esta oxidação
é a água.
Exemplo de material formado pela oxidação
= Lateritas
Oxidação
Ex. pirita + O2e H2O =goethita
Minério sulfetado, oxidado ficando com azul-esverdeado. MG
Carbonatação

 os íons carbonatados e
bicarbonatados se combinam com
Ca, Mg e Fe da rocha alterando-
os;
 são susceptíveis de serem
tacados por ácidos.
MG-lagoa azul
Dissolução

 solubilização completa do mineral


 minerais de alta solubilidade
(calcita, halita)
 rochas calcárias relevos cársticos
 (cavernas, dolinas)
Quelação
 retenção de íon usualmente metálico,
dentro de uma estrutura, em forma de
anel de um composto químico, com
propriedade quelante (ou complexante);
 o íon retido fica impedido de se ligar ou
combinar, com outras substâncias em
solução;
 um exemplo: o húmus entre outros
componentes do compostos orgânicos.
 em climas tropicais a ação dos quelantes
se faz em solos mal drenados em que o
ferro é reduzido, complexado e removido
pelo perfil de solo.
Relação dos estágios de intemperização e os minerais correspondentes
Estágio de Minerais (menor que 2
intemperização micra) encontrados
nos vários estágios
1 Gipsita
2 Calcita
3 Olivina e horblenda
4 Biotita
5 Albita
6 Quartzo
7 Muscovita
8 Vermiculita
9 Montmorilonita
10 Caulinita e alofana
11 Gibbisita
12 Hematita
13 Anatásio e rutilo Fonte: Penteado, 1983
O que visualiza-se neste quadro?
 um ou mais estágios podem
acontecer fora da seqüência;
 estágios intermediários podem estar
ausentes da seqüência normal;
 a percentagem dos minerais dos
estágios iniciais de meteorização
decresce...
Variação e intensidade de meteorização
com a profundidade do solo ou sedimento
 -o estágio de meteorização da fração
argila tende a ser mais avançado quanto
mais se aproxima da superfície, devido a
um aumento gradual da intensidade de
meteorização dos minerais;
 -as camadas superficiais do solo estão em
estágio de intemperismo mais avançado
do que as camadas mais inferiores;
 -o intemperismo pode ocorrer de forma
vertical e horizontal (num mesmo
horizonte);
Jackson afirmou que taxa de
intemperismo de um solo ou de um
sedimento pode ser dada de acordo
com a temperatura a que foram
submetidos e sua relação com a
formação de húmus, taxa de
movimento da água ou lixiviação
proporcionada pela drenagem
interna, acidez...
Processos e agente do intemperismo
mecânico-físico
 é a desagregação da rocha in situ e
desorganização da estrutura dos
constituintes minerais, sem maiores
mudanças químicas;
 gera aumento da superfície especifico
do material, tornando-o mais
suscetível ao ataque químico;
 envolve pressões na rocha devido:
aquecimento, resfriamento, umidade,
ressecamento e atividade orgânica.
Processos de intemperismo
mecânico
1 -expansão diferencial por alívio de
pressão (na superfície);-crescimento
de cristais estranhos (sais ou gelo)
nos poros ou nos interstícios das
rochas;
 2 -contração e expansão diferencial,
durante processos de aquecimento e
resfriamento;
 3 -ação biológica.
1-Expansão diferencial por alívio de
pressões internas
 quando a desagregação atinge as rochas
mais profundas há um alívio de pressão e
conseqüentemente, expansão da parte
rochosa atingida;
 se os blocos são maciços (como arenito,
granitos) ocorre relaxamento das pressões
internas produzindo destacamento de
lascas ou chapas paralelas à superfície do
bloco....Esfoliação ou acebolamento;
 a esfoliação raramente atinge
profundidades superiores dezenas de
metros.
1.1. Expansão decorrente de
congelamento da água no interior da
rocha
 -a expansão decorrente do congelamento
da água gera grandes forças;
 -o congelamento da água no interior da
rocha provoca um aumento de 9% de seu
volume específico (volume por unidade de
massa);
 -a água em solos rasos ou na superfície da
rocha congela a 0OC e expande
livremente 9% porque não está confinada,
provocando soerguimento da camada
superficial, ou mesmo de seixos, grãos...;
 -em fendas ou diaclases profundas o
congelamento da superficial da água produz
o confinamento da parte que estiver
abaixo,gerando forças muito grandes;
 -trata-se do processo mais eficaz de
fraturamento das rochas mesmo as mais
resistentes;
 -o afastamento das paredes das rochas com
produção de lascas (cunha de
congelamento) se dá pelo processo
chamado gelivação (gelo e degelo) sendo
mais comuns em locais de climas úmidos e
frios.
1.2. Expansão decorrente da
cristalização de sais
 muitos sais podem se acumular em
diaclases e nos poros das rochas após a
evaporação de soluções percolantes;
 um sal bem atuante é o sulfato de cálcio
(gipso);
 a água das chuvas pode, no percurso, se
carregar de sais;
 o processo de desagregação das rochas
por cristalização de sais é considerado um
processo mecânico, mas é precursor do
intemperismo químico.
2- Expansão e contração térmica,
diferencial
 são provocadas pelas variações diárias de
temperatura (especialmente nos climas
semi-áridos),sendo considerado, o
processo, pouco eficaz na desagregação
mecânica pro afetar apenas a película
superficial das rochas.
3-Ação biológica na
meteorização mecânica

 -a ação de cunha de raízes de plantas


ao longo de fendas e fissuras é fator
de desintegração das rochas;
 -como agente químico sua ação é
mais eficaz.
Ação de formigas –ácido fórmico
Síntese do intemperismo físico
Evolução dos solos sob
diferentes sistemas
morfoclimáticos

a intensidade da lixiviação é
indiretamente função da temperatura
e quantidade de água infiltrada
Fases da formação de um solo

Rocha Solo Solo Solo


Recém Jovem intermediário maduro
exposta raso
Nos climas temperados
 -nestes locais, as temperaturas são pouco
elevadas podendo ocorrer um período de
quede de neve com retenção de água;
 -vegetação perde as folhas e a camada de
húmus aumenta;
 -a lixiviação é moderada incidindo
especialmente sobre o ferro e o calcário;
 -como a atividade biológica é reduzida a
decomposição é lenta e o húmus será
ácido por isso o ferro é mobilizado;
 -os minerais argilosos do solo
impermeabilizam a superfície e a ação dos
processos de denudação sobre as
vertentes será mais intensa;
 -a paisagem resultante será de encostas
suaves, convexas no topo e côncavas na
base cobertas por alguns decímetros de
solo.
Climas frios (glaciais e
periglaciais)
 -a atividade biológica é bem reduzida;
 -a lixiviação é muito pequena;
 -a decomposição do húmus é lenta e dá-lhe um
caráter mais ácido;
 -os solos evoluem lentamente e são bem rasos:
podzólicos de tundra, solos cinzentos, solos
gleys em meio anaeróbico...;
 -o intemperismo mecânico é muito eficaz na
derruição dos relevos, principalmente a ação da
gelivação (gelo e degelo);
 -o modelado apresenta lençóis de fragmentos
rochosos quebrados sobre as vertentes nuas
expostas à desagregação;
 -podem ocorrer penhascos abruptos.
Climas intertropicais quentes e
úmidos
 -exuberantes vegetações e temperaturas
médias anuais elevadas e muita umidade;
 -a lixiviação é intensa;
 -a decomposição de húmus é rápida, o
meio é menos ácido que nos climas
temperados;
 -o quartzo é parcialmente atacado;
 -as argilas podem caracterizar a zona
intemperizada atingindo dezenas de
metros;
Cambissolo → Presente em locais de relevo
movimentado
(grande atuação do
intemperismo químico e físico).
Solo raso com uma pequena
camada superficial composta por
matéria orgânica. Abaixo se localiza
a rocha parcialmente fragmentada
e, por fim, a rocha sã.
Zona tropical com estação seca
definida (clima tipo savana e
cerrado)
 -vegetação menos abundante e
temperaturas médias elevadas;
 -na estação chuvosa p meio é mais ácido,
já na estação seca a lixiviação reduz ou
cessa. A água sobe devido evaporação e
deposita ferro na parte superior do
horizonte B, ocorre a oxidação do mesmo
e formam-se agregados de sesquióxidos;
 -essas concentrações podem endurecer e
por ressecamento e aparecer na superfície
após a erosão superficial.
Latossolo → Principal tipo de solo do Brasil,
presente principalmente
no cerrado. São solos profundos
e intensamente lixiviados, sendo
, portanto, rico em ferro e alumínio
Climas semi-áridos
(precipitações entre 350 e
550m)
 -a lixiviação é quase nula;
 -minerais pouco mobilizados;
 -solos: rasos, pouco húmiferos,
mineralizados secos, fraca estrutura,
muito sujeitos a erosão.
Neossolo litólico → Solo bastante raso, presente
em locais onde o intemperismo
quimíco é pouco eficiente,
como nos desertos e semi-áridos.
Presentação pautada em:
-Margarida Penteado-Fundamentos de
Geomorfologia .Cap 6 e 7
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