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E, minha senhora, desde aquele dia, ai / tudo me foi muito mal / e vós,
filha de don Pai / Moniz, e bem vos parece / de ter eu por vós guarvaia
(guarvaia: roupas luxuosas) / pois eu, minha senhora, como mimo (ou
prova de amor) de vós nunca recebi / algo, mesmo que sem valor.
Poesia lírica trovadoresca
CANTIGAS DE AMIGO CANTIGAS DE AMOR
Ergue-te amigo que dormes nas manhãs frias! Do meu amor e do teu se lembrariam:
Todas as aves do mundo, de amor, diziam: Tu lhes colheste os ramos em que eu as via:
Alegre eu ando! Alegre eu ando!
Ergue-te, amigo que dorme nas manhãs claras! Do meu amor e do teu se recordavam:
Todas as aves do mundo, de amor, cantavam: Tu lhes colheste os ramos em que pousavam:
Alegre eu ando! Alegre eu ando!
Todas as aves do mundo, de amor diziam: Tu lhes tolheste os ramos em que eu as via:
Do meu amor e do teu se lembraria: E lhes secaste as fontes em que bebiam:
Alegre eu ando! alegre eu ando!
Todas as aves do mundo, de amor, cantavam: Tu lhes tolheste os ramos em que pusavam:
Do meu amor e do teu se recordavam: E lhes secaste as fontes que as refrescavam:
Alegre eu ando! Alegre eu ando!
Poesia satírica trovadoresca
Francisco da Silveira
A segunda época medieval
A prosa historiográfica
• Crônicas históricas de Portugal
• Principal cronista foi Fernão Lopes
Crônica de D. Pedro
Em três cousas, assinadamente, achamos, pela mor parte,
que el-Rei D. Pedro de Portugal gastava seu tempo. A saber:
em fazer justiça e desembargos do Reino, em monte e caça,
de que era mui querençoso; e em danças e festas segundo
aquele tempo, em que tomava grande sabor, que adur é agora
para ser crido. E estas danças era a som de umas longas que
então usavam, sem curando de outro instrumento, posto que
o aí houvesse; e se alguma vez lho queriam tanger, logo se
enfadava dele e dizia que o dessem ao demo, e que lhe
chamassem os trombeiros.
A segunda época medieval
O teatro
• Início do teatro leigo (não religioso) com Gil
Vicente