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Decorar

Conceitos
Medicina legal: é a aplicação dos conhecimentos médicos para solucionar questões de interesse da justiça.
Ambroise Pare (Considerado o É a arte de fazer relatórios em juízo.
pai da medicina legal)
Adelon A medicina considerada em sua relação com a existência das leis e
administração da justiça.
Afrânio Peixoto Mistérios da justiça
Lacassagne Arte de pôr os conceitos médicos a serviço da justiça.
Le Grand du saule Resolução de todas as questões especiais
Nerio rojas Problemas judiciais
Bonnet Totalidade das ciências médicas.
Fávero Ciências Medico biológicas
Hélio Gomes Medico e paramédicas
Hoffmann Administração de justiça civil e criminal
Tourdes A medicina legal atende os direitos do ser humano em sociedade
Buchner Ciência do medico atendendo a ciência do direito
Francisco Morais silva Investigação de fatos médicos e biólogicos
Atuação da medicina legal

 Âmbito criminal (processo penal e penal): Referente aos operadores do direito. Promotor, juiz,
advogado, delegado de polícia
 Âmbito civil
 Âmbito trabalhista
 Para os médicos e dentistas: Para ciência nos processos legislativos vigentes relativos à profissão.
Ângulos da medicina legal (por Genival França)

Histórico Profissional Didático Doutrinário

Evolução da medicina legal: Busca entender como a Como a medicina legal é Define especificidades de
Pericial: a medicina a serviço medicina legal é realizada estudada. Ramos de cada ramo do direito.
da justiça. na prática. estudo da medicina
Legislativa: elaboração e legal.
revisão das leis ligadas às Subdivide-a em: Medicina legal geral:
ciências biológicas.  Medicina legal pericial  Deontologia: Deveres e
Doutrinária: Discussão de  Criminalística obrigações dos
elementos jurídicos que  Identificação médicos.
dependem das ciências  Diceologia: direitos
médicas. Medicina legal especial:
 Ramos específicos.
Filosófica: ética, moral e
bioética medica.
Ramos específicos
Antropologia forense: Identidade e identificação.
Traumatologia forense: Lesões corporais do ponto de vista jurídico e as energias causadoras dos
danos.
Sexologia forense: Trata dos delitos contra a dignidade e liberdade sexual.
Tanatologia: Investigação da morte e do morto.
Toxicologia forense: Estuda venenos e cáusticos.
Asfixiologia forense: Estuda os tipos de asfixia, mecanismos e sinais específicos.
Psicologia e psiquiatria forense: responsabilidade penal e capacidade civil.
Medicina legal desportiva: questões médicas voltadas ao esporte.
Criminalística: indícios materiais de crime influencia no corpo de delito; dinâmica do crime.
Criminologia: estuda questões social relacionadas a pratica do delito.
Infortunística: Estuda as doenças ocupacionais.
Genética médico-legal: vínculo entre familiares.
Vitimologia: Estuda a vítima e sua participação ou comportamento no delito.
Policiologia: auxílio das investigações policiais.
Relação da medicina legal com outras ciência
Relação com outras ciências médicas Relação com outras ciências jurídicas
Psicologia; Direito penal e Processual penal
Radiologia; Direito civil e processual civil;
Anatomia; Direito trabalhista;
Neurologia etc. Direito administrativo;
Direito desportivo.

Questões sobre:
 O conceito de Pare, Fávero, Hygino, Gomes.
 Ramos da medicina legal (ângulo didático)
Histórico e evolução da medicina legal
PAIS DA MEDICINA LEGAL:
 Ambroise Pare 1575 – primeiro tratado ocidental sobre medicina legal
 Paulus Zacchias (1621-1658) – Publica 10 livros sobre medicina legal.
Histórico e evolução da medicina legal
MEDICINA LEGAL NO BRASIL (três fases):
 Fase estrangeira:
 (1832)Estabelecimento de regras para exame de corpo de delito e ensino da
medicina legal na universidade da BA e RJ.
 (1835) Primeiro relato de perícia medico legal.
 (1854) Uniformização da prático dos exames medico legais
 Criado o primeiro necrotério do RJ.
 Fase de transição:
 (1877) Ensino da medicina legal em caráter prático.
 Fase de nacionalização:
 (1895) ampliação das áreas de estudo em medicina legal e (1934) surgimento do
instituto médico legal RJ
Perícia e peritos (Art. 158 a 184 / CPP)
Conjunto de procedimentos médicos e técnicos que tem como finalidade estabelecer um fato de
interesse jurídico (Genival França).
São exames nos elementos materiais. Quando os exames são realizados por técnicos qualificado
(peritos) é chamado perícia. A pericia se materializada pela produção de laudos.
Por ter base cientifica, geralmente prevalece sobre os demais elementos de convicção, mas o juiz
não está adstrito/limitado a aceitar o todo ou parte do laudo produzido por perito (Art. 182/CPP).
A perícia pode ser dividida em:
Objetiva (Descrição) e Subjetiva (Discussão). Direta (elementos materiais) e indireta (prova testemunhal MAS
NÃO SÓ).

Características gerais da Perícia

Pode Tem como Percipendi: Fatos a O laudo Vestígios interpretados e analisados Pode ser realizado
envolver finalidade analisar não é passam a ser chamados de nos indivíduos
qualquer a produção Deducendi: Fatos documen evidências. vivos, nos
aspecto de provas. já analisados to Fato conhecido e provada sua cadáveres, nos
humano. (contraprova). sigiloso. relação com o crime passa a ser esqueletos,
indício. animais e objetos.
Perícia e peritos (Art. 158 a 184 / CPP)
Perito oficial: Aquele que prestou concurso público.
Assistentes: Contratados pelas parte para acompanhar ou contraprovar a perícia.

Responsável por preservar o local do crime Autoridade policial


Quando o exame pericial deve ser realizado? Sempre que houver indícios e vestígios do crime.
Quem pode realizar o exame pericial? (1) Perito oficial ou (2) pessoas idôneas portadoras de diploma
superior preferencialmente na área especifica da natureza do crime.
Qual o prazo para entrega do laudo pericial? 10 dias. Podendo ser prorrogada(Art. 162).
Quando o exame pericial pode ser feito Qualquer dia e qualquer hora (Art. 161). A doutrina cita que de
preferencialmente durante o dia. Autópsia será feita pelo menos 6
horas após o óbito salvo se houver sinais claros de morte.
Quando a prova testemunhal poderá supri o Quando não houver indícios de crime.
exame de corpo de delito
Como deve ser feito o exame de lesões Exame preliminar e complementar (após 30 dias para classificar a
corporais. lesão conforme do CP)
O que é contraprova? Contrapor o que o perito oficial dispôs geralmente feito pelos
assistentes (perícia deducendi).
Perícia e peritos
Cadeia de custódia externa: Cadeia de custódia interna:
Da requisição da perícia até o ambiente Todos os processos que tramitam no
laboratorial. ambiente interno do laboratório.

 Em casos de morte violenta quando não houver infração penal que apurar, poderá ser feito o
simples exame externo do cadáver.
 Exumação ocorrerá em dia e hora marcados da qual se lavrará ato circunstanciado.
 Os cadáveres serão fotografados na posição que forem encontrados.
 A prova testemunhal pode suprir a falta de exame de corpo de delito quando inexistentes ou
desaparecidos os vestígios materiais de crime.
Legislação
 Lei 12.030/2009 – Dispões sobre perícias de natureza criminal: Perito
oficial é concursado com formação acadêmica específica.
 CPP (Art. 158 a 184):
 Código de processo civil.
Documentos médico-legais
É toda a anotação com finalidade de representar e reproduzir a manifestação de
pensamento, baseada em critérios medico legais.
Documentos médico-legais
Relatório (também chamado de laudo quando É o documento mais minucioso contendo preâmbulo,
redigido pelo perito ou auto quando redigido pelo histórico, quesitos, descrição, discussão, conclusão,
escrivão) – Perícia percipendi. resposta aos quesitos e assinatura. O perito não pode
deixar em branco nenhum quesito.
Parecer médico – Perícia deducendi. Se assemelha ao relatório, não contendo a descrição.

Notificações Comunicações compulsórios direcionadas as


autoridades competentes informando um fato.
Atestado (Administrativos, oficiosos, judiciais) Declaração de um fato médico e possíveis
consequências. Também chamado certificado
Prontuário É o registro da anamnese do paciente assim como
todo acervo referente aos cuidados médicos prestados
Depoimento oral Peritos ouvidos em juízo.
Consulta médico legal Utilizado para esclarecer pontos controvertidos.
Atestado ou declaração de óbito Atestar a morte ou nascimento.
Outros pontos importantes documentos

 O atestado de óbito pode ser considerado documento legal independente se o


médico legista é oficial.
 O parecer apresenta quatro partes que englobam as outras duas apresentadas
pelo relatório (Preâmbulo, Exposição (histórico), Discussão e conclusão (Resposta
aos quesitos)).
 O atestado de óbito pode ser assinado por profissional não médico.
Traumatologia forense - lesonologia
Estuda lesões corporais do ponto de vista jurídico e as energias
causadoras de danos.
As energias se subdividem em energia de:
Ordem química Ordem físico
Ordem mecânica Ordem física (toxicologia) química
(Asfixiologia)
Contundente Contusa Calor Cáusticos
Frio Venenos
Cortante Incisa
Eletricidade
Perfurante Punctoria
Corto contundente
Perfuro
contundente
Perfuro cortante
Traumatologia
Problema médico legais enfrentados na traumatologia:
 Definição da causa jurídica da morte
 Cronologia da lesão
 Responsabilidade penal

Diferença entre lesão e trauma (Hygino Hércules):


O trauma é a atuação de uma energia externa capaz de provocar desvio
de normalidade com expressão morfológica ou não. A lesão é o desvio
de normalidade; é a alteração resultante da agressão ao organismo.
Pode ser micro ou macroscópica.
Energia mecânica

 Lesões produzidas por ação contundente (lesões contusas):


Originadas por mecanismos de tração, torção, compressão ou sucção.
Rubefação Vasodilatação exclusivamente vital. Provoca eritema e desaparece rapidamente. Difícil de ser
determinada em exame corpo de delito.
Equimose Dispersão e extravasamento do sangue sobre os tecidos superficiais ou profundos, resultante de
(Petequias - pontos, objeto contundente. Apresentam diversas características: podem ser imediatas ou tardias; por
sugilação - grãos, víbices - ruptura dos vasos ou diapedese; podem apresentar uma assinatura do agente vulnerante (lesão
estrias, equimonas etc) por assinatura – ou figurada) que permite identificar o objeto causador da lesão. Os pontos
equimóticos podem se deslocar para longe da lesão.
Lesões patognómicas: mesmo na ausência do instrumento permite-se afirmar nexo causal.

Espectro equimóntico Legrand du Saulle Tourdes Devergie


Vermelho 1-3 Recente 1-2
Violeta-azul 2-6 3-6 3
Verde 4-10 7-12 5-6
Amarelo 12 12-17 7

Não ocorre espectro equimótico na conjuntiva do olho


Originadas por mecanismos de tração, torção, compressão ou sucção.
Hematoma É o extravasamento de sangue e agrupamento em uma área neoformada (há deslocamento de
tecido, e aspecto elevado/relevado da lesão). Sangue depositado em cavidades naturais não é
considerado hematoma.
Bossas Sempre sobre um plano ósseo e saliência bem pronunciada. Pode ser sanguínea ou serosa (linfa).
Bossa em neonatos é chamada tumor do parto e serve para identificar se o bebê nasceu com vida.
Escoriações Ação tangencial dos instrumentos contundentes. Para Simonin: Erosão epidérmica e para Dalla
Volta: de abrasão.
Entorse Decorre do exagero do movimento nas articulações provocando um estiramento da cápsula de
articulação.
Luxação Deslocamento das superfícies articulares pode ser completa ou incompleta. É mais grave que o
entorse.
Fratura São soluções de continuidade do osso. Pode ser: patológica, aberta, fechada, exposta e cominutiva.
Defenestração Ou precipitação. Geralmente, a pele fica menos afetada que os ossos e órgãos internos.
Encravamento e Penetração de objeto consistente e afiado.
empalamento
Lesões provocadas  Mapa mundi de Carrara
por martelo  Strassmann
 Terraza de Hoffmann
A lesão pode ser direta: No local do trauma.
Indireta: diferente do local do trauma.
Energia mecânica
• Lesões provocadas por ação perfurante (lesões punctórias)
Atuam afastando os tecidos, raramente os secciona.
• Características das lesão:
• Abertura estreita (as vezes mais que o objeto perfurante).
• Raro sangramento
• Pouca nocividade na superfície
• Pode ser de:

Pequeno calibre (punctoria ou Diâmetro geralmente é menor que 1 mm.


puntiforme) Interesse jurídico: transmissão de doenças infecciosas.
Médio calibre (fusiforme, casa Lesões em acordeão ou sanfona de Lacassagne.
de botão) Leis de filhos:
 Leis da semelhança: Semelhantes a lesões provocadas por instrumentos de dois
gumes.
 Lei do paralelismo: as lesões ficam paralelas a fibras dos corpo.
Lei de Langer
 Ferida em forma de ponta de seta em locais onde as fibras do corpo são aglomeradas
(linhas de força são diferentes).
Energia mecânica
• Lesões provocadas por ação cortante (lesões incisas ou cortante)
Os instrumento possuem gumes e atuam por deslizamento
 Esgorjamento (pode ser homicídio ou suicidio)
 Degolamento (pode ser homicídio e acidente)
 Decapitação: Separação da cabeça do corpo.
 Espostejamento: pedaços irregularidades (acidentes aéreos, ferroviários).
 Esquartejamento: remoção de quartos do corpo. Membro superiores etc.
Aspectos Feridas incisas Feridas contusas
Bordas Regulares, sem escoriações Irregulares, com escoriações
Cauda de escoriação (sinal de romanese) Pode estar presente Rara
Vertentes (paredes) Regulares Irregulares, anfractuosas
Fundo Geralmente regular Muito irregular
Vasos Sangram mais (corta os vasos) Sangram menos (comprimem os vasos)
Cicatrização Estética Menos estética

Sinal de Romanese e Lacassagne: referem-se ao último ponto de contato do objeto na ferida (ponto de saída).
Sinal de Chavigny: Quando as lesões se cruzam. É juridicamente interessante, pois permite a identificação de qual
lesão foi a primeira(A primeira impede que a segunda siga um trajeto linear).
Energia mecânica
• Lesões provocadas por ação perfurocortante (Lesão perfuro-incisa)
Provocado por instrumentos que contém gumes.
Lesões mais profundas que o instrumentos: Lesão em acordeão de Lacassagne

• Lesões provocadas por ação cortocontundentes (Lesão corto-contusa)


Ao mesmo tempo corta e contunde a vítima. Geralmente são instrumentos de maior massa como o machado,
atuando principalmente por pressão. O atropelamento por trem também pode ser considerado.
A mordida também é considerada uma lesão cortocontusa (arcada dentário o instrumento cortocontundente).
O espostejamente, o esquartejamento e decapitação podem ser provocados por objetos cortocontundentes.

A lesão pode ser classificada em graus:


1° grau: Mais superficial.
2° grau: Mais profunda. É a que permite a melhor identificação de uma mordida.
4° grau: arrancamento dos tecidos.
Energia mecânica
• Lesões provocadas por ação perfurocontundente (Lesão perfurocontusa)
Geralmente, atuam por pressão com lesão em forma de túnel.
A arma em si faz papel de instrumento contundente. O projétil é quem desempenha o papel de
instrumento perfurocontundente.

Efeitos primários (Orlas): Provocados pelo projétil (longa distância - livre dos demais efeitos do cone de dispersão)
 Orla/Halo de enxugo: detritos deixados pela passagem do projétil.
 Orla/Halo de escoriação (anel de Fisch), Contusão (Thoinot): Lesão de escoriação provocada pela passagem do projétil.
 Orla/halo de equimose: Formada pela ação contundente do projétil.

Efeitos secundários (Zonas): Provocados por elementos secundários ao projétil. (curta distância – 10 a 50 cm)
 Gases, calor: Zona de chamuscamento
 Partículas expelidas/resíduos sólidos, geralmente pólvora: zona de tatuagem
 Efeitos da fumaça: Zona de esfumaçamento ou falsa tatuagem. A lavagem remove a fumaça

No tiro a curta distância o diâmetro de entrada é tipicamente menor que o P.A.F

Cone de dispersão: projétil, gás superaquecido, fumaça, grãos, micropartícula de metais.


Energia mecânica
Tiro encostado (não é tiro a queima roupa que é considerado até 10 cm)
Sinal de Hoffmann “boca de mina ou câmara de mina”: Sob um plano ósseo: Devido a expansão dos gases
forma lesão estrelada.
Sinal de Puppe-Werkgaertner: Sem plano ósseo: Lesão na forma da boca e da massa de mira do cano.
Sinal de Benassi/Benassi-Cueli: Em tiros dados em ossos pode se encontrar um halo como fuligem referente
ao orifício de entrada.
Sinal de Bonnet: Cone que permite identificação se a lesão é de entrada ou saída.
Sinal de schusskanol: São os resíduos de pólvora deixados no túnel do tiro.

Ferimento de entrada Ferimento de saída


Forma arrendondada (regular) Forma irregular (rombo)
Borda invertida Borda evertida
Possui zonas e orlas Não possuem
Diâmetro proporcional ao projétil Diâmetro desproporcional
Há pouco sangramento Há muito sangramento

Trajetória: Do disparo até atingir a pessoa.


Trajeto: é o percurso do projétil internamente ao corpo formando um túnel.
Blast injury (Lesões provocadas por explosivos)
Elementos químicos quando mudam de estado muito rapidamente geram uma reação exotérmica e
produção de gases que provocam ondas de pressão ou choque. Onda positiva: ar com forma
centrifuga. Onda negativa: ar com forma centrípeta.
A lesão mais comum é a surdez temporária provocada pela rotura do tímpano.

Blast pode ser:


Primário: Vítimas próximas a explosão. Pode ocorrer desmembramento e queimaduras extremas.
Secundário: Estuda-se os elementos lançados pela onda de choque.
Terciário: Estuda-se os efeitos do impacto do corpo eventualmente projetado.
Blast nos órgãos: Efeitos da onda de choque nos órgãos internos. Pode não ocorrer lesões externas.

O coração é o órgão menos atingido pelo choque da explosão.


Traumatologia – Energia de ordem física
Calor

Direto: Queimaduras
Chama direta
Agentes físicos
Temperatura (Calor e frio) Difuso Caimbra: Contração muscular dolorosa em locais
Eletricidade (indireto): quentes e úmidos.
Luz Termonoses
Miliária: Obstrução superficial da epiderme.
(ex. insolação
Som e intermação)
Sincope térmica: Hipotensão provocada pela
Pressão atmosférica vasodilatação aliada a desidratação
radioatividade
Insolação: Locais quentes, radiação solar, sem
renovação do ar e a fadiga.
Intermação: Exaustão térmica ou prostação. Locais
quentes, confinados, mal arejados e sem ventilação.
Pode evoluir para um desbalanço térmico mais
grave que é a insolação.
Traumatologia – Energia de ordem física
Queimaduras. Ação direta do calor. As principais causas de morte em queimados podem estar diretamente
relacionadas a inalação de gases tóxicos. Desequilíbrio hidroeletrolítico (choque hipovolêmico ou neurogênico).
Edema pulmonar/insuficiência pulmonar (choque do pulmão), insuficiência renal e infecção.

Classificação em graus da lesão: Levando em conta a gravidade da lesão provocada


Hoffman Dividiu em 4 graus. Dupuytren dividiu em seis graus

Primeiro grau: eritema/ sinal Atinge somente a epiderme e há restitutio ad integrum (regeneração dos
de Christinson tecidos).
Segundo Grau: Flictenas/ sinal Atinge a derme superficial e profunda. Há presença de proteínas no liquido da
de Chambert bolha. Pode deixar cicatrizes residuais.
Terceiro grau: Escaras Os planos subcutâneos são afetados bem como nervos. As lesões são
denominadas escaras e são feridas mais ou menos profundas provocadas pela
deficiente circulação. Deixa sequelas.
Quarto grau: Carbonização Podem ser locais ou generalizadas. São mais destrutivas.
(Redução do corpo para cerca Sinais de Devergie/posição do boxeador: Retração dos tecidos devido à
de 120 cm) carbonização.
Sinais de motalti: Presença de fuligem na mucosa da árvore respiratória.
Traumatologia – Energia de ordem física
Queimaduras - Classificação de krisek
Superficiais, parciais (superficiais e profundas) e totais

Superficiais/ equivalem ao 1° Atinge somente a epiderme e há restitutio ad integrum (regeneração dos


grau de Hoffmann tecidos).
Parciais Superficiais: Da epiderme até a camada basal.
Profundas: Destroem epiderme, derme superficial e epiderme profunda mas
mantém preservados os anexos
Totais Todos os planos são afetados bem como a vascularização.

Nem sempre a queimadura de


3° grau é mais grave que a de
2° grau. Depende da extensão
do corpo atingido.
Traumatologia – Energia de ordem física

Lesões provocadas pela ação do frio


Hipotermia. Pode ocorrer hemoconcentração 2% a cada 1° grau. Urticária e
anemia hemolítica também pode ocorrer.
 Leve: de 35°C a 32° C
 Moderada: até 28 °C
Difusa: Hipotermia
 Grave: menos de 28°C

As úlceras de Wischnewski (infiltrações hemorrágicas na mucosa gástrica) são


provocadas por estresse longo e prolongado.
Diretas: geladuras Primeiro grau: Eritema/vasoconstrição periférica
Classificação em graus Segundo grau: Flictenas
conforme Calissen Terceiro grau: Necrose/gangrena.
Para Genival França existe um 4° grau – grangrena e/ou desarticulação de
segmento.
Traumatologia – Energia de ordem física
Lesões e morte por ação elétrica: Podem ter origem natural ou industrial. A corrente elétrica pode ser convertida em
calor (fator joule  Q=T.R.a.i2) e uma carbonização da parte em contato pode proteger o corpo da ação da energia
elétrica.
Energia elétrica de origem natural Energia elétrica de origem industrial (Eletroplessão)
Chamada também de cósmica. As vitimas Sinal de Jellinek (não é queimadura): é o sinal de entrada da energia
sofrem os efeitos da eletricidade e elétrica no corpo humano, específico de eletricidade industrial. É uma
também da onda de choque produzida forma de queimadura indolor, destruição dos filetes nervosos locais,
pela ionização do ar, da luminosidade com forma circular ou estrelada, cavada, de baixo relevo com bordas
intensa. Ao serem arremessadas podem elevadas, seco, duro, de coloração amarelo acastanhada ou branco
sofrer lesões contundentes e lesões amarelada.
decorrentes das ondas de choque. Baixa tensão (<120v) Fibrilação ventricular e parada
cardíaca. Eletrocutado branco –
Fulminação: Letal sem sinais que identifiquem a
Fulguração: Lesão causa da morte.
Sinal de Lichtemberg: Aspecto de
samambaia com extrema vasculite. Média tensão (120-1200v) Contração involuntária que
Ocorre no órgão (pele) no local (vasos provoca asfixia. Eletrocutado azul.
sanguíneos) . Alta tensão (>1200v) Morte cerebral, parada cardio-
respiratória.
Outros efeitos da eletricidade: Eletroperfuração, eletroforese, Iontoforese, Fibrilação ventricular, Período refratário, Arco voltaico,
liberação mioglobina, síndrome comparimental. No crânio – Formação de camada de fosfato de cálcio (pérolas).

A diferença entre eletrocução e eletroplessão é descrita por Hygino. Para ele é Eletrocussão quando culmina em morte e eletroplessão quando não.
Traumatologia – Energia de ordem física

Queimaduras elétricas: Classificação de Pigga.


Poroso
Anfratuoso
Cavitário
Traumatologia – Energia de ordem física
Lesões e morte por baropatias: Lesões provocadas pela diferença de pressão atmosférica (redução
ou aumento). O organismo tem mecanismos de compensação/adaptação: Ex.: Produção de
eritropoetina para estimular a produção de eritrócitos.

Lei de Boyle-Mariotte T constante  V(gás) α 1/P


Lei de Henry [gás] dissolvido em líquido α P fase gasosa na mistura
Lei de Dalton P mistura gasosa = P parcial gás 1 + P parcial gás 2

Quadro de baropatias

Efeitos provocados pela Diminuição da pressão: Mal da montanha ou mal dos aviadores.
Efeitos provocados pela Aumento da pressão: Mal dos mergulhadores ou mal dos caixões.

Doença da descompressão Embolia traumática pelo ar

Cada 10m na profundidade = 1 ATM. Cilindros para Rotura dos alvéolos pulmonares, hemorragia, choque. Pode
respiração (O2 e N2). Com o aumento da profundidade ser provocado pelo mergulho e descompressão rápida, mas
aumenta-se a P e a capacidade dos gases de se diluírem na também por aparelhos de respiração artificial.
corrente sanguínea. A volta rápida a locais de menor pressão
faz com que os gases retomem de maneira brusca o estado Barotrauma
gasoso, mas sem ter por onde escapar. Pode provocar
rompimento dos tecidos e problemas nas articulações. Quando corpo é submetido a mudanças bruscas de pressão.
Traumatologia – Energia de ordem física
Traumatologia – Energia de ordem física
Lesões provocadas por radiação:

Depilatória, eritematosa,
lesão escura, desaparece por
volta de 60 dias

Papiloeritematosa; lesão mais


esbranquecida. Ulceração
dolosa

É a mais grave; ulcerosa; com


zonas de necrose
Lesão/úlcera de Roenten.

Neoplasias/câncer cutâneo.
Traumatologia
 Lesões provocadas por energia de ordem bioquímica: Pode ser por meio negativo
(carência) ou meio positivo (Tóxica e infecciosa).
-Perturbações alimentares
 Inanição: Privação da alimentação adequada. Impedimento do desenvolvimento correto 
depauperamento orgânico.
 Doenças carenciais: alimentação insuficiente ou carência de nutrientes indispensáveis.
 Intoxicações alimentares: manipulação inadequada de alimentos.
-Autointoxicações: Deficiências em relação ao processamento de alimentos ou dificuldades na
eliminação.
-Infecções: Microrganismos
-Castração química: Inibição do desejo sexual pela aplicação de químicos.

 Lesões provocadas por energia de ordem biodinâmica: (Choque) Reação hormonal ao


trauma
Lesões corporais (Art. 129 CP)

 Interesse médico legal  Os aspectos jurídicos (suicídio, homicídio, acidente) da lesão corporal
para adequar a tipificação (leve, grave ou gravíssima).
 Objeto jurídico da lesão corporal: Integridade física e mental de individuo personalidade.
 Não é o medico legista que vai determinar o tipo penal é a autoridade policial, que requererá ao
legista resposta a quesitos oficiais para auxiliá-lo.
Lesões corporais (Art. 129 CP)
Lesão de natureza leve Caput 129. “Ofender a integridade ou a saúde de outrem”. Pequenos danos superficiais que acometem a pena
podendo chegar aos vasos.
Considera a culpabilidade do agente ativo.
Detenção 3 meses a 1 ano
Lesão de natureza grave  Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias.( a lei não exige incapacidade absoluta –
Para comprovar a gravidade da lesão pode ser parcial. Deve ser uma incapacidade real – não uma sugerida)
faz-se um exame complementar após  Perigo de vida (condição concreta de morte iminente) (Perigo – é a possibilidade, Risco – é a
30 dias. probabilidade).
 Debilidade permanente de membro, sentido ou função
 Aceleração de parto (o agente deve saber que a mulher estava grave; caso não responde somente pelos
danos provocados). É crime preterdoloso.
Reclusão de 1 a 5 anos

Lesão de natureza gravíssima  Incapacidade permanente para o trabalho (incapacidade total para o trabalho; incapacidade de exercer
qualquer profissão).
 Enfermidade incurável (perturbação violenta com repercussão em uma ou mais funções orgânicas. E.:
Surdez, paralisia, epilepsia pos traumatica)
 Perda ou inutilidade do membros, sentido ou função.
 Deformação permanente (é a alteração estética que afeta a autoestima da pessoa)
 Aborto (o agente deve saber que a mulher estava grave; caso não responde somente pelos danos
provocados). É crime preterdoloso.
Reclusão de 2 a 8 anos
(Ex.: Deformação estética permanente)
Lesão corporal seguida de morte É crime preterdoloso. Reclusão de 4 a 12 anos. A morte deve ser previsível ao homem médio.

Diminuição da pena e substituição da D= 1/6 A 1/3


pena S (lesões leves): multa
Modalidade culposa Não se classifica em leve, grave ou gravíssima. O agente não teve a intenção.
Lesões corporais (Art. 129 CP)

Pericia da dor: é um dos exames mais difíceis de se realizar. Utilizado quando uma pessoa alega ter
sofrido agressão, mas não a vestígios.

Exames Procedimento
Sinal de Muller Paciente vedado. Legisla desenha um circulo em torno do local doloroso e vai
apertando para verificar a reação da pessoa.
Sinal de Levi Avaliação da pupila ao apertar o ponto de dor.
Sinal de Imbert O paciente se apoia no membro em que sente dor é medido os batimentos
cardíacos.
Sinal de Mankof O paciente esta em repouso. Conta-se os pulsos. De surpresa aperta-se o
ponto doloroso. Verifica-se a pulsação.
Sexologia forense
Aborto (Art. 124 CP): Crime contra a vida; morte do produto do concepto
ainda não nascido independente do tempo.

Aborto (Art. 124 ) Provocar aborto em si mesmo ou consentir (D, 1 a 3 anos)


Aborto provocado por terceiro Sem o  Se < 14 anos, alienada débil mental ou consentimento
consentimento da mãe (R, 3 a 10 anos). (Art. obtido mediante fraude
125 )
Aborto provocado por terceiro com o
consentimento da mãe (R, 1 a 4 anos) Art. 126
Forma qualificada Aumenta-se 1/3  Resulta em lesão grave
Aumenta-se ½  resulta em morte
Sexologia forense
Tipos de aborto
Terapêutico/ legal ou necessário (Art. 128, I)  - Para salvar a vida da gestante.
praticado pelo médico Critérios (Genival França):
- Gestante esteja em perigo vital
- Perigo tenha nexo com a gravidez.
- A interrupção faça cessar o perigo.
- Seja o único modo de salvar a gestante
- Se possível com a confirmação de outros médicos.
Sentimental Resultante de estupro.
Eugênico Fetos com anomalias, as mais comum é anencefalias.
Social Por motivos econômicos, é crime/Tipo penal.
Por motivo de honra Preservar a honra da mulher
Aborto culposo Provocado por negligência, imprudência ou imperícia.
Aborto preterdoloso Dolo no antecedente e culpa no consequente.
Sexologia forense
Diagnóstico do aborto
Perícia para: Identificar agente causador e traçar a cronotanatognose.
 O corpo se assemelha o momento da gravidez com ou sem o produto concepto. Deve-se analisar as
mamas.
 A análise das genitálias tem valor fundamental:
Na mulher viva
 Edema dos grandes e pequenos lábios.
 Lesões no períneo
Aborto  Lesões do colo do útero (pinças de pozzi e Museaux) etc
recente O exame é muito mais detalhado decorrente da possibilidade de manipulação.
 Tamanho do útero
 Restos de vilosidades coriais
Na mulher morta
 Grau de dilatação do colo do útero
 Formato do útero (para identificar se a mulher já pariu ou não).
 Procura-se embolia pulmonar de células trofoblásticas (gestação recente).
Aborto antigo Na mulher viva Quanto mais antigo o aborto mais difícil de identifica-lo. Mesmo assim é possível através de exame.

Na mulher morta

Aborto retido (litopédio) A mulher sofre aborto mas o feo não é removido dando origem ao litopédio (criança de pedra) 
impregnação de sai e mumificação resultante da drenagem do liquido aminiotico
Tumor do parto É um cefaloematoma formada na cabeça do nasciturno após o parto. É prova do nascimento com vida

Maceração fetal Fenômeno transformativos destruidor. Feto morto no interior do liquido sofrendo em 24 horas a ação
Asséptica: sem contaminação desse.
Septica: com contaminação Sinal de spalding: maceração por mais de sete dias.
Sexologia forense
Infanticídio: é a morte do recém nascido pela própria mãe sob estado
de transtorno mental psíquico referente ao trabalho de parto ou
puerpério.

Estado puerperal: Do parto ao retorno do útero ao seu estado normal -


45 dias.

Para tipificar infanticídio é necessário o nascimento com vida. Utiliza-se


a docimásia hidrostática de Galeno para ver se o pulmão boia.
Sexologia forense
Crimes sexuais
Estupro: Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, a
ter conjunção carnal ou praticar ato libidinoso.
Violência
Efetiva – física ou psíquica
Presumida - <14, alienado, débil mental
 Atos libidinosos
 Com conjunção carnal: copula, coito
 Sem conjunção carnal

Sinais: Lesões de silenciamento, lesões de arrasto, mordida na mama.


Diagnóstico da conjunção carnal
Carúnculas multiformes não são sinais
comprobatórios de violência sexual.

Comissurados em relação à lábios.

Hímens complacentes oferecem uma dificuldade


para o exame de corpo de delito.
Parafilias – desvios do padrão de normalidade do instinto sexual
Parafilias – desvios do padrão de normalidade do instinto sexual
Asfixiologia
É o estudo das asfixias. Energia de ordem físico-química. Interferem na composição do sangue (na
Hematose – transformação do sangue venoso em arterial).

Conceito:
 Genival França: Sem pulso
 Supressão da respiração
 Estado de hipóxia e hipercania (hipercambia): depressão do O2 e aumento do CO2.

Do ponto de vista penal, pode ser


 Qualificadora
 Agravante
 Forma autônoma

São classificadas em (Peixoto):


 Asfixias pura: obstrução das vias respiratórias:
 Asfixias complexas: Enforcamento e estrangulamento.
 Asfixias mista: esganadura
Laço acima da tireóide e
Asfixias ascendente.Suicidio ou homicídio
complexas
Laço variados e horizontais.

Asfixias Marcas dos dedos, ungueais.


mistas

Asfixias
puras
Asfixiologia
• Asfixias pura

Asfixias Puras
I) Inalação de gases irrespiráveis  Confinamento
 CO
 Outros vícios do ambiente:
II) Obstaculização das vias Sufocação direta: Obstrução das narinas e boca, laringe e traquéia.
respiratórias Sufocação indireta: Compressão do tórax (Homicida (processor “to burk”) e acidental)
também é conhecida por congestão compressiva de Perthes.Sinal de Morestin: Refluxo
sanguíneo da veia cava superior decorrente da compressão. A crucificação é
considerada uma forma anômala de compressão do tórax  sufocação posicional.
Obs.: congestão cefalo-cervical  Sinal de morestin.
Sinal de Valentin  congestão dos pulmões.
III)Transformação do meio gasoso Penetração de substância sólida ou pulverulenta nas vias respiratórias.
em sólido (soterramento)  Sentido amplo: Incluem todas as mortes nas quais o individuo fica coberto por
escombros de desmoronamento.
 Sentido estrito: A vítima aspirou o resíduo.
Asfixiologia

IV) Transformação do meio gasoso Sinais particulares (Externos):


em líquido (afogamento)  Baixa temperatura da pele cogumelo de espuma
 Pele anserina (sinal de Bernt):
 Retração do mamilo, escroto e pênis:
 Maceração da derme
 Mancha verde de putrefação
 Cabeça de negro de Lecha-Marzo
 Lesões causadas por animais aquáticos e embarcações.
 Dentes rosados
Sinais particulares (internos)
 Liquido nas vias respiratorias
 Coros estranhos
 Alterações e lesões nos pulmões
 Diluição do sangue
 Equimoses mais comuns (manchas de Paultalf)
 Liquido no sistema digestivo
 Hemorragias cranianas: temporal(sinal de Nilles) e etmoidal (Vargas-Alvarado)
 Afogamento em água doce (fibrilação) ou salgada (asfixia mecânica):
Asfixiologia

Afogamento Branco de  Não deixa indícios do afogamento


Parrot
Afogamento azul Segue as fases de Ponsold:
(Afogamento  Luta
tradicional) de Parrot.  Apnéia voluntária
 Respiração involuntária
 Morte aparente – desfalecimento.
 Morte real
Asfixiologia – Asfixia complexa
Importante

Rigidez
cadavérica tardia

Causa jurídica da
Completo: Totalmente suspenso
Incompleto: Com pontos de apoio. morte:
Típica: Laço na parte de trás do corpo. Suicídio ou homicídio.
Atípica: Laço em outros posições.
Asfixiologia – Asfixia complexa

Causa jurídica da
Mata leão; golpe
morte: Homicídio.
de gravata
Asfixia mista

Causa jurídica da
morte: Homicídio
(pode ser culposo).
Toxicologia
Estudo das energias de ordem química (tóxicos).

Cáusticos: produzem lesões na pele  coagulantes ou liquefacientes. De modo geral, em contanto


com o organismo produzem reações exotérmicas que geram lesões semelhantes a queimaduras.
Em caso de homicídio as lesões mais comuns encontram-se no pescoço e face.
Desidratam os tecidos e
trazem escaras escuras.

Coagulantes Ácidos desidratantes:


H2SO4
Lesões HCl
provocadas por HNO3
cáusticos
(Vitriolagem) Bases hidratantes:
Soda cáustica
Amônia
Liquefacientes

Necrose com escaras moles


Toxicologia
Estudo das energias de ordem química (tóxicos).

Venenos: Substância que quando introduzida das mais diversas formas no organismo prejudica a
vida e a saúde.
Etapas fisiopatológica por Genival França.

Penetração Absorção Distribuído Fixação Transformação Eliminado

Mitridatização: Resistência elevada aos venenos.


Intolerância: Falta ou baixa resistência aos venenos.
Toxidade: Potencial de provocar danos ao organismo.
Sinergismo: ação combinada que potencializa a atuação de determinada substância química.
Equivalente tóxico: A quantidade de veneno necessária para matar 1 Kg do individuo.
Toxicologia
Conjunto de elementos caracterizadores de morte violenta por ação de substâncias
lesivas.
Intoxicação: Reações do metabolismo a substâncias de origens acidentais
(Energia de ordem bioquímica).
Envenenamento: é quase sempre intencional, com substâncias de origem
exógena (Energia de ordem química). Pode ser agudo ou crônico.

Síndrome Body packer: Pessoas que transportam drogas no interior do organismo.


Síndrome Body pusher: Transportam as drogas nos orifícios naturais.
Toxicologia
Elementos químicos que podem provocar danos ao organismo:
Arsênico: é um metal pesado. Não é capaz de alterar a estrutura dos ossos.
Sinal específico  Linhas de Meegs: estriações transversais e esbranquiçadas nas unhas.
Sintomas: Eritema na pele, polineuropatia periférica e dores abdominais, vasodilatação, paralisia dos
capilares, vômitos água de arroz.

Chumbo: é um metal pesado. Intoxicação = saturnismo. É transportado ligando-se a hemoglobina e interferindo na


ligação do ferro.
Sintomas: Psicose, problemas neuromotores, anemia
Orla de Burton: Faixa acinzentada a nível da gengiva.

Mercúrio: é metal pesado conhecido como água de prata. Intoxicação = Hidrargirismo.


Sintomas: Afeta o sistema nervosa  paralisias e graves alterações digestivas.

Cianeto: é letal em meio ácido. Impede a respiração intracelular. Deixa no ar um odor de amêndoas amargas
Sintomas: Lesões de cor vermelha
Toxicologia
I. Gases de combate:
 Lacrimogêneos: provocam lacrimejamento que pode levar a conjuntivite.
 Vesicantes: Provocam lesão na córnea e destruição da mucosa da traqueia.
 Sufocantes: ex.: Cloro
 Tóxicos: Ex.: ácido cianídrico
II. Gases industriais: Vapores das chaminés da fábrica, provocam sufocamento  ex.: metano.
III. Gases anestésicos: Cloreto de étila, Clorofórmio.
IV. Gases das habitações: CO (monóxido de carbono)  Raros sintomas < 15 %, Efeitos Graves >
40 %.
Sinais gerais em caso de morte:
 Rigidez precoce
 Putrefação tardia
 Sangue fluido e rosa
 Tonalidade rosa da face
 Livores carminados
Toxicologia
Toxicofilias/toxicomanias: Estado de intoxicação permanente ou crônico nociva ao individuo ou à
sociedade, produzido pelo repetido consumo de uma droga natural ou sintética.
 Drogas: Substâncias que podem causar dependência (necessidade que o organismo entende da droga),
tolerância (doses cada vez maiores para provocar mesmo efeito) ou crise de abstinência (tremores,
náuseas, irritabilidade).
 Efeitos
 Analépticos /psicoanalépticos: Estimulam o fluxo de pensamento.
 Catalépticos: São tranquilizantes ou calmantes.
 Dislépticos/psicodislépticos: distorcem a realidade.

Maconha Alucinógenos
Cocaína Barbitúricos
Crack Ópio
Merla Erva do Santo Daime
Morfina Oxi
Drogas ilícitas
Toxicologia
Embriaguez alcóolica
Embriaguez completa por
caso fortuito ou força maior.
Isenta a pena
Incapaz de entender o
caráter ilícito do fato.

Embriaguez por caso fortuito


Embriaguez alcóolica Reduz a pena ou força maior.
Parcialmente capaz de
(Art. 28 CP) (1/3 a 2/3) entender o caráter ilícito do
fato.

Não afasta a Embriaguez voluntária


imputabilidade ou culposa.
Toxicologia Manifestações
Físicas
Psíquicas
Clínicas
Neurológicas
Fase macaco: excitação/desinibição é a fase da
euforia.

Fase do leão: confusão/agitação surgem as


Fases da perturbações nervosas e psíquicas. É a fase
embriaguez médico-legal  crimes comissivos

Fase do porco: comatosa/sono é a fase médico


legal para crimes omissivos. O sujeito não reage a
Embriaguez por álcool ou estímulos normais
substâncias análogas
Culposa
Preterdolosa
Diagnóstico médico-legal para
embriaguez: Bafômetro, exame Formas de Proveniente de caso fortuito ou força maior
clínico ou qualquer outro meio. embriaguez Acidental
Preordenada/voluntária
O exame mostra:
Patológica
Ritmo cardiorrespiratório
acelerado Tolerância: Do peso da pessoa.
capacidade de uma Velocidade de absorção do álcool.
Conjuntivas vermelhas
pessoa se
Hálito com odor de aldeído embriagar, Frequência que se bebe.
acético. depende: Estado de saúde da pessoa.
Toxicologia
Embriaguez alcóolica
Manifestações físicas: (um indicio não pode ser interpretado sozinho como
indicativo de embriaguez; depende de um conjunto de manifestações neurológias e
psíquicas).
 Congestão das conjuntivas
 Taquicardia
 Taquipneia
 Hálito alcóolico-acético
Manifestações neurológicas: Ligadas ao equilíbrio e da coordenação motora. Sinal
de Romberg dificuldade de permanecer de pé.
Manifestações psíquicas: são progressivas. Começam com alteração do humor, da
atenção até atingirem os impulsos menores.
Polineurite: comprometimento de neurônios

Toxicologia periféricos

Síndrome de Wernicke:
Perturbações Lesão de neurônios do tronco cerebral por
neurológicas minúsculos focos hemorrágicos.

Síndrome de korsakov: Amnésia e desorientação.

Alcoolismo Delirium tremens: delírios, alucinações .


Perturbações Delírio de ciúme dos bebedores
psíquicas Epilepsia alcoolica: crises convulsivas
Dipsomia: ingestão compulsiva de grandes quantidades de bebida.

Alfa: ambientes sociais do álcool.


Beta: comum em regiões de produção de cerv.
Formas Gama: patológico
Delta: agravamento do B
Epsilon: decorre da dipsomania
 Esclarecimento das circunstâncias da morte
Tanatologia 

Orienta as investigações.
Identificação da causa da morte.
 Identificar o tempo da morte.
Estuda a morte, o
morto e suas
repercussões

Natural Súbita
Morte Aparente Morte real
(eventos congênitos, patologia Mortes repentinas
adquirida, velhice)
Tríade de Thoinot
Morte cardíaca ausência de
(ausência aparente de respiração
batimentos cardíacos
Agônica
+ Violenta Morte lenta, com
+
ausência aparente de circulação
Morte encefálica  morte do (Eventos externos  sofrimento  Identifica-
+ acidentes, suicídio, homicídio)
Imobilidade)
tronco encefálico) se pelas docimácias
hepáticas e as
docimácias pancreáticas

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