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UEM

CTC
DET

6728 Planejamento e Controle da Produção I


Engenharia de Produção – 65º Semestre

Gestão de Estoques

MÓDULO 9

Professor: Vinícius Carrijo dos Santos


Fluxo de Informações e PCP
Planejamento Estratégico
Planejamento Estratégico
da Produção
da Produção
Departamento Plano de Produção

Avaliação de Desempenho
Plano de Produção

Acompanhamento e Controle da Produção


Departamento

Avaliação de Desempenho
Acompanhamento e Controle da Produção
de Marketing
de Marketing
Previsão de Vendas
Previsão de Vendas Planejamento Mestre
Planejamento Mestre
da Produção
Pedidos em Carteira
Pedidos em Carteira da Produção
Plano Mestre de Produção
Plano Mestre de Produção

Programação da Produção
•Administraçãoda
Programação dos Estoques
Produção
•Seqüenciamento
•Administração dos Estoques
•Emissão e Liberação de Ordens
•Seqüenciamento
Ordens e Liberação
•Emissão Ordens de Ordens
Ordens
Departamento de de de
Ordens Ordens Ordens
de Compras Compras Produção Montagem
Departamento de de de
Pedido de Compras
de Compras Compras Produção Montagem
Pedido de Compras
Fornecedores Estoques Fabricação e Montagem

Fornecedores Estoques Fabricação e Montagem


Clientes

Clientes 2
Longo Prazo Plano de Produção

Plano Mestre
Médio Prazo
de Produção

Programação da Produção
• Administração de estoques
Curto Prazo
• Sequenciamento
• Emissão de ordens

Ordens Ordens Ordens


de de de
Compras Fabricação Montagem

3
Conceitos...
Administração dos Estoques

• Encarregada de planejar e controlar


os estoques dos itens comprados,
fabricados e montados definindo os
tamanhos dos lotes, a forma de
reposição e os estoques de segurança
do sistema.

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O que é ESTOQUE?

5
Estoques são itens guardados por um
tempo para posterior consumo dos
clientes internos ou externos, ou seja,
é um “buffer” (pulmão) entre o
suprimento e a demanda.

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• Estoques são acúmulos de recursos materiais entre
fases específicas de processos de transformação.
BEM - Independência

MAU - Custos

INDEPENDÊNCIA
ESTOQUE ENTRE AS FASES

7
Exemplo...
EXEMPLO
Duas fases (obtenção e distribuição) no processo de
transformação de água da chuva em água potável
disponibilizada para o uso pela população de uma
cidade.

Necessidade
Fornecedor Fase 1 de acomodar Fase 2
taxas diferentes
suprimento de água consumo de água da
cidade
taxa taxa

t t

8
EXEMPLO
Fornecedor - Instável:
• Às vezes atrasa a entrega;
• Às vezes passa longos períodos sem entregar;
• Às vezes entrega menos que necessitamos;
• Às vezes entrega mais que o necessário.

Por outro lado a Distribuição não pode ficar à mercê


dessas incertezas.

Se Fornecedor e Distribuição forem altamente


dependentes uma da outra, a população pode enfrentar
um enorme problema. Pergunta-se:

9
EXEMPLO

O QUE FAZEM AS GRANDES CIDADES PARA


GARANTIR QUE ESSAS FASES NÃO SEJAM
DEPENDENTES UMA DA OUTRA?

Estabelecem um acúmulo do recurso material água


entre essas duas fases. Esse acúmulo, ou estoque é
chamado de represa.

10
EXEMPLO

Estoque
Fase 1 Fase 2

suprimento de água represa consumo de água da


cidade
taxa taxa

t t

11
Itens controlados...
Estoques reguladores
Objetivam regular ou acomodar diferentes taxas de
oferta e demanda do item estocado. Alguns tipos de
estoque:
• Estoque de matéria prima;
• Estoque de itens componentes comprados ou produzidos
internamente;
• Estoque de produto acabado;
• Estoque de produto em processo;
• Estoque de ferramentas e dispositivos para as máquinas;
• Estoque de peças em manutenção, entre outros.

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Impactos...
Os impactos nas decisões
• As decisões para controlar estoques impactam:
•O risco da empresa;
•Os custos da empresa (e, portanto, os lucros); e
•O nível de serviço (e, portanto, as receitas, o lucro, a imagem
e satisfação dos clientes).

A essência do controle de estoques está nas


decisões sobre o que, quando, quanto pedir na
forma de ordens e quanto manter de estoques de
segurança.

13
Porque ...
Por que tê-los?
1. Garantir a independência entre etapas produtivas.

Incluir estoques amortecedores entre as etapas de


produção ou distribuição da cadeia produtiva,
permitindo que estas etapas sejam encaradas como
independentes das demais.
Ex: Estoque de matéria prima permite que a produção
seja protegida de fornecedores que não garantem suas
entregas.

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2. Permitir uma produção constante.
Evita que o ritmo de produção sofra grandes
alterações em determinados períodos.
Ex: Sazonalidade.

3. Como fator de segurança.


Variações aleatórias na demanda são administradas
pela colocação de estoques de segurança.
Ex: erros de previsão, quebra de máquinas, má
qualidade do que é produzido, absenteísmo.
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4. Possibilitar o uso de lotes econômicos.

Algumas etapas produtivas só permitem a


produção/movimentação de lotes maiores do que a
necessidade imediata, gerando um excedente.
Ex: o transporte de cargas a longa distância só é
viável se o veículo transportador for carregado com
um volume alto de materiais, logo as empresas com
fornecedores distantes tendem a comprar lotes
maiores que suas necessidades imediatas.

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5. Reduzir os leadtimes produtivos.
A manutenção de estoques intermediários dentro dos
sistemas produtivos permite que os prazos de entrega
dos produtos possam ser reduzidos, pois ao invés de
esperarmos pela produção ou compra de um item,
podemos retirá-lo do estoque e usá-lo imediatamente.

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Surgimento natural...
Quais os motivos que levam a uma diferença entre
as taxas de suprimento e consumo de um item?

2. Incerteza de previsões
1. Impossível ou inviável ??
coordenar suprimento e demanda: de suprimento e/ou
demanda:
•Capacidade
•Informação •Estoques de
•Custo de segurança
obtenção
•Restrições Por que
tecnológicas
surgem os 4. Preencher os canais
3. Especular com estoques? de distribuição
os estoques:
•Escassez
•Oportunidade

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Quadro 1 - Conflitos interdepartamentais

Quando as metas dos diferentes departamentos são


conflitantes, geralmente, o departamento que tem
maior poder é o mais ouvido. O sistema de gestão de
estoques deve remover estes conflitos, providenciando
a necessidade real de suprimentos da empresa.

19
Preocupações...
Preocupações na gestão ...
As deficiências do controle de estoque acarreta:
 Periódicas e grandes dilatações dos prazos de
entregas para os P.A. e dos tempos de reposição de
matéria -prima;
 Quantidades maiores de estoque, enquanto a
produção permanece constante;
 Elevação do número de cancelamento de pedidos ou
mesmo devoluções de produtos acabados;

20
 Variação excessiva da quantidade a ser produzida;
 Produção parada frequentemente por falta de
material;
 Falta de espaço para armazenamento;
 Baixa rotação de estoques, obsoletismo em demasia.

Todas essas deficiências devem chamar a


atenção da empresa para que ela reavalie
a sua política de estoques, pois todas elas
resultam numa perda de capital.

21
Política ...
Política de Estoque

 Deve ser definida pela administração central da empresa,


que deverá repassar ao Departamento de Controle de
Estoques o programa de METAS E OBJETIVOS a serem
atingidos.

 Este procedimento visa estabelecer certos padrões que


sirvam de guias aos programadores e controladores e
também de critérios para medir a performance do
departamento de gestão de estoques.

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Algumas dessas metas ...
I.Definições quanto ao tempo de entrega dos produtos ao
cliente;
II.Definição do número de depósitos e da lista de
materiais a serem estocados neles;
III.Definir o nível de flutuação dos estoques para
atender uma alto ou baixa nas vendas;
IV.Qual o grau de especulação dos estoques a ser
utilizado (comprar antecipado com preço mais baixos ou
comprar uma maior quantidade para obter desconto);
V.Definição da rotatividade dos estoques.

ABC...
CLASSIFICAÇÃO ABC DOS ESTOQUES
A classificação ABC ou curva de Pareto, é um
método de diferenciação dos estoques segundo sua
maior ou menor abrangência em relação a
determinado fator, consistindo em separar os itens
por classes de acordo com sua importância relativa.

120
100
80 Classe % de itens % do valor
% valor

60 A 10 a 20 50 a 70
40 B 20 a 30 20 a 30
20 A B C C 50 a 70 10 a 20
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
% itens

24
CLASSIFICAÇÃO ABC DOS ESTOQUES

A classificação ABC mais utilizada é a obtida pela


demanda valorizada (quantidade de demanda vezes o
custo unitário do item).

Porém, pode-se fazer outras classificações dos itens por


parâmetros (peso, volume, número de movimentações,
volume financeiro, número de reposições).

25
CLASSIFICAÇÃO ABC DOS ESTOQUES

A – Poucos itens que representam grande


parcela de recursos.
B – Itens com importância e quantidades
médias.
C – Grande maioria dos itens que possuem
pouca representatividade nestes
recursos.

26
CLASSIFICAÇÃO ABC DOS ESTOQUES

O controle deve ser mais rígido


para os itens classificados em A,
pois abrangem mais recursos
investidos.

Do outro lado, em C, não é


vantajosa a aplicação de um controle
mais acurado, pois o benefício não
compensa.

27
ROTEIRO: da elaboração da classificação por
demanda valorizada
1. Calcula-se a demanda valorizada de cada item,
multiplicando-se o valor da demanda pelo custo unitário
do item;
2. Colocam-se os itens em ordem decrescente de valor de
demanda valorizada;
3. Calcula-se a demanda valorizada total dos itens;
4. Calculam-se as percentagens da demanda valorizada de
cada item em relação a demanda valorizada total,
podendo-se calcular também as percentagens
acumuladas;
5. Em função dos critérios de decisões, estabelecem-se
as classes A, B e C.
28
EXEMPLO

Realizar classificação ABC por demanda valorizada.

Item X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 X10
Demanda Anual 9000 4625 1075 15000 59500 16000 10000 4250 13500 1000
Custo Unitário 10 4 80 1 5 5 2 50 1 17

29
EXEMPLO
Item X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 X10
Demanda Anual 9000 4625 1075 15000 59500 16000 10000 4250 13500 1000
= 59500*5
Custo Unitário 10 4 80 1 5 5 2 50 1 17

• Calcular demanda valorizada


1° • Demanda Anual * Custo

Demanda
Demanda %
Ordem Item Valorizada % Acumulado Classe
Valorizada Individual
Acumulada
1 297500
2 212500
3 90000
4 86000
5 80000
6 20000
7 18500
8 17000
9 15000
10 13500
EXEMPLO
Item X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 X10
Demanda Anual 9000 4625 1075 15000 59500 16000 10000 4250 13500 1000
Custo Unitário 10 4 80 1 5 5 2 50 1 17

• Colocar os itens em ordem decrescente


Demanda
Demanda %
Ordem Item Valorizada % Acumulado Classe
Valorizada Individual
Acumulada
1 X5 297500
2 X8 212500
3 X1 90000
4 X3 86000
5 X6 80000
6 X7 20000
7 X2 18500
8 X10 17000
9 X4 15000
10 X9 13500
EXEMPLO
Item X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 X10
Demanda Anual 9000 4625 1075 15000 59500 16000 10000 4250 13500 1000
Custo Unitário 10 4 80 1 5 5 2 50 1 17

• Calcular o % individual

Demanda
Demanda %
Ordem Item Valorizada % Acumulado Classe
Valorizada Individual
Acumulada
1 X5 297500 35
2 X8 212500 25
3 X1 90000 10,6
4 X3 86000 10,1
5 X6 80000 9,4
6 X7 20000 2,4
7 X2 18500 2,1
8 X10 17000 2
9 X4 15000 1,8
10 X9 13500 1,6
EXEMPLO
Item X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 X10
Demanda Anual 9000 4625 1075 15000 59500 16000 10000 4250 13500 1000
Custo Unitário 10 4 80 1 5 5 2 50 1 17

• Calcular a demanda acumulada


Demanda
Demanda %
Ordem Item Valorizada % Acumulado Classe
Valorizada Individual
Acumulada
1 X5 297500 35 297500
2 X8 212500 25 510000
3 X1 90000 10,6 600000
4 X3 86000 10,1 686000
5 X6 80000 9,4 766000
6 X7 20000 2,4 786000
7 X2 18500 2,1 804500
8 X10 17000 2 821500
9 X4 15000 1,8 836500
10 X9 13500 1,6 850000
EXEMPLO
Item X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 X10
Demanda Anual 9000 4625 1075 15000 59500 16000 10000 4250 13500 1000
Custo Unitário 10 4 80 1 5 5 2 50 1 17

• Calcular % acumulado

Demanda
Demanda %
Ordem Item Valorizada % Acumulado Classe
Valorizada Individual
Acumulada
1 X5 297500 35 297500 35
2 X8 212500 25 510000 60
3 X1 90000 10,6 600000 70,6
4 X3 86000 10,1 686000 80,7
5 X6 80000 9,4 766000 90,1
6 X7 20000 2,4 786000 92,5
7 X2 18500 2,1 804500 94,6
8 X10 17000 2 821500 96,6
9 X4 15000 1,8 836500 98,4
10 X9 13500 1,6 850000 100
EXEMPLO
Item X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 X10
Demanda Anual 9000 4625 1075 15000 59500 16000 10000 4250 13500 1000
Custo Unitário 10 4 80 1 5 5 2 50 1 17

• Estabelecer as classes A, B e C

Demanda
Demanda %
Ordem Item Valorizada % Acumulado Classe
Valorizada Individual
Acumulada
1 X5 297500 35 297500 35 A
2 X8 212500 25 510000 60 A
3 X1 90000 10,6 600000 70,6 B
4 X3 86000 10,1 686000 80,7 B
5 X6 80000 9,4 766000 90,1 B
6 X7 20000 2,4 786000 92,5 C
7 X2 18500 2,1 804500 94,6 C
8 X10 17000 2 821500 96,6 C
9 X4 15000 1,8 836500 98,4 C
10 X9 13500 1,6 850000 100 C
EXEMPLO Gráfico

100 100
90.1
90 96.6 98.4
80.7 92.5 94.6
80
70.6
C
B
70
60
60

50 A
40 35
30 25
20
10.6 10.1 9.4
10
2.4 2.1 2 1.8 1.6
0
X5 X8 X1 X3 X6 X7 X2 X10 X4 X9
% individual % acumulado
O critério para escolha das faixas é na
realidade uma questão pessoal do analista.

37
Fundamental...
A primeira questão relacionada à gestão de
estoques é a importância relativa dos itens que
compõem o estoque.
A segunda questão diz respeito ao tamanho dos
lotes de reposição.
Em seguida, necessitamos estabelecer um sistema
de controle de estoques que permita a reposição dos
itens.
Por fim, precisamos estabelecer estoques de
segurança que darão conta das variações aleatórias.

38
Custos...
A determinação do tamanho dos lotes de compra ou
fabricação é obtida através da análise dos custos
que estão envolvidos no sistema de reposição e de
armazenagem de itens.

O melhor lote de reposição, “lote econômico”, é aquele


que consegue minimizar os custos totais.

39
TIPOS DE CUSTOS

Custo Direto: É aquele incorrido diretamente com a


compra ou fabricação do item. É proporcional a demanda
para o período e aos custos unitários do item (de
fabricação ou de compra).

CD  D  C
CD = Custo direto do período;
D = Demanda do item para o período;
C = Custo unitário de compra ou fabricação do item.

40
TIPOS DE CUSTOS
Custo de Preparação: São todos aqueles custos referentes
ao processo de reposição do item pela compra ou fabricação
do lote de itens, é proporcional ao custo de uma preparação
de compra ou de fabricação do item e ao número de vezes
em que este item foi requerido durante o período de
planejamento.
D D
CP  N  A N 
Q CP   A
Q
CP = Custo de preparação do período;
N = Número de pedidos de compra ou fabricação durante o período;
Q = Tamanho do lote de reposição;
A = Custo unitário de preparação.

41
TIPOS DE CUSTOS
Custo de manutenção de estoques: São aqueles custos
decorrentes do fato do sistema produtivo necessitar manter
itens em estoques para o seu funcionamento, é proporcional
à quantidade de estoques médio do período de planejamento,
ao custo unitário do item, e à taxa de encargos financeiros
que incidem sobre os estoques.

CM  Qm  C  I
CM = Custo de manutenção de estoques do período;
Qm = Estoque médio durante o período;
I = Taxa de encargos financeiros sobre os estoques;
C = Custo unitário de compra ou fabricação do item.

42
CUSTO TOTAL
Custo total do sistema:

A partir da definição desses três custos.

CT  CD  CP  CM

D
CT  D.C  . A  Qm .C.I
Q

43
EXEMPLO

Um comerciante trabalha com máquinas fotográficas


compradas em Manaus a um custo de $ 50,00 cada e vendidas
aqui. Em cada viagem a Manaus gasta $ 1.300,00,
independente da quantidade trazida. A demanda anual pelas
máquinas é de 600 unidades, e sobre o capital “empatado”
paga uma taxa de 78% ao ano.

Quantas viagens ele deve fazer por ano, e qual o tamanho


do lote a ser comprado em cada viagem?

44
EXEMPLO

Quando o comerciante faz uma viagem por ano, ele é


obrigado a comprar todas as 600 máquinas de uma
vez, ficando com um estoque médio de 300 máquinas
(Q/2) em mãos.

Neste caso os custos envolvidos no processo são:

45
Curiosidade !!!
Por que considera-se Q/2 para estoque
médio?

No início do período (no dia que o lote é recebido)


o estoque é Q. No final do período (no último dia
antes da recepção do próximo lote), o estoque é
zero. Na média do período (considerando demanda
constante), o estoque é Q/2.

46
Continuando o exemplo ...
EXEMPLO

Quando o comerciante faz uma viagem por ano, ele é obrigado


a comprar todas as 600 máquinas de uma vez, ficando com um
estoque médio de 300 máquinas (Q/2) em mãos. Neste caso
os custos envolvidos no processo são:

D= Demanda = 600
C= Custo unitário = $50,00

CD  D  C
CD=600*50
CD= $30.000,00

47
EXEMPLO

N= Nº pedidos período = D/Q


Q= Tamanho do lote de reposição = 600
A= Custo unit. Preparação = $1.300,00

D
CP   A
Q
CP= (600/600)*1.300,00
CP= $1.300,00

48
EXEMPLO

C= Custo unitário = $50,00


Qm= Estoque médio no período = 300
I = Taxa de encargos = 0,78

CM  Qm  C  I = (600/2)*50*0,78 = $11.700,00

CUSTO TOTAL
CT  CD  CP  CM
CT= 30.000,00+1.300,00+11.700,00

CT= $43.000,00
49
EXEMPLO
Podemos desenvolver os custos para outras alternativas de
viagens, porém até 4 viagens ou lotes de 150 unidades já é
suficiente para visualizarmos o comportamento dos custos.
Viagens Lotes CD CP CM CT
1 600 30.000 1.300 11.700 43.000
2 300 30.000 2.600 5.850 38.450
3 200 30.000 3.900 3.900 37.800
4 150 30.000 5.200 2.925 38.125

De acordo com a Tabela acima, o número de viagens que


minimiza o CT é de três ao ano, equivalente a um lote de 200
unidades por viagem (Lote Econômico) e o período entre as
reposições é chamado de “periodicidade econômica”.

50
EXEMPLO

Ponto mínimo que procura equilibrar as


forças antagônicas dos custos de
preparação e manutenção dos estoques.
50000
45000 Custo Total
40000
35000
Custo Direto
30000
$ 25000
20000
15000 Custo de Manutenção de Estoques
10000
5000 Custo de Preparação
0
150 200 300 600

Tam anho do lote

51
LEC...
Algumas considerações sobre Lote Econômico

Existem várias fórmulas para o cálculo de lotes


econômicos para as mais diversas situações. Basta
desenvolver uma equação de custos representativa da
situação e pesquisar seu ponto mínimo em relação à
quantidade ou à periodicidade de reposição.

Alguns exemplos:
1. Lote econômico básico;
2. Lote econômico com entrega parcelada;
3. Lote econômico com descontos.

Na próxima aula
52 !!!
EXEMPLO
Podemos desenvolver os custos para as demais alternativas de
viagens, porém até 4 viagens ou lotes de 150 unidades já é
suficiente para visualizarmos o comportamento dos custos.
Viagens Lotes CD CP CM CT
1 600 30.000 1.300 11.700 43.000
2 300 30.000 2.600 5.850 38.450
3 200 30.000 3.900 3.900 37.800
4 150 30.000 5.200 2.925 38.125

De acordo com a Tabela acima, o número de viagens que


minimiza o CT é de três ao ano, equivalente a um lote de 200
unidades por viagem (Lote Econômico) e o período entre as
reposições é chamado de “periodicidade econômica”.

53
EXEMPLO

Ponto mínimo que procura equilibrar as


forças antagônicas dos custos de
preparação e manutenção dos estoques.
50000
45000 Custo Total
40000
35000
Custo Direto
30000
$ 25000
20000
15000 Custo de Manutenção de Estoques
10000
5000 Custo de Preparação
0
150 200 300 600

Tam anho do lote

54
1 - Lote Econômico básico

• Custo unitário do item é fixo e a entrega do lote


de reposição é realizada uma única vez, por ser
um esquema de entrega de itens comprados, é
conhecido como lote econômico de compra.
Quantidade

Q
Qm

Tempo
t

55
1 - Lote Econômico básico

Para calcularmos o tamanho do lote econômico utilizamos a seguinte


equação:
2 D A
Q* 
C I
Para calcularmos o número de reposições do Lote Econômico
utilizamos a seguinte equação:

DC I
N 
*
2 A
Para calcularmos o Custo Total do Lote Econômico, utilizamos a
seguinte equação:
D Q
CT  D  C   A  C  I
Q 2
D= Demanda; A= Custo unitário de preparação
C= Custo de aquisição; I= Taxa de encargos
Q= tamanho do lote econômico; 56
1 - Lote Econômico básico

Do exemplo anterior...

D = 600 unidades por ano;


C = $ 50,00 por unidade;
I = 0,78 ao ano;
A = $ 1.300,00 por ordem.

2 D A 2  600 1300 DC  I 600  50  0,78


Q ( LEC )    200 N   3
* *

CI 50  0,78 2 A 2 1300

D Q 600 200
CT  D  C   A   C  I  600  50  1300   50  0,78  37.800,00
Q 2 200 2

57
LE Parcelado...
2- Lote Econômico com entrega parcelada

• Custo unitário do item permanece constante, porém a


entrega deixa de ser feita uma vez e passa a ser
feita segundo uma taxa de entrega (m).
• Por ser semelhante ao processo de fabricação, em
que não é necessário que todo o lote fique pronto
para seguir adiante, é conhecido como lote
econômico de fabricação.

58
2- Lote Econômico com entrega parcelada

Desta forma a equação do custo total fica sendo:

D  d Q
CT  D  C   A  1     C  I
Q  m 2
Para chegarmos ao ponto mínimo (Q*) :

2 D A
Q* ( LEF ) 
 d
C  I  1  
 m

d= taxa de produção (entrega) diária


m= taxa de consumo médio (Demanda/dias de trabalho)

59
2- Lote Econômico com entrega parcelada
Vamos aproveitar os dados do exemplo anterior acrescentando
o fato da entrega do lote ser feita segundo uma velocidade de
4 unidades por dia, com 300 dias úteis de trabalho por ano.
D = 600 unidades por ano;
C = $ 50,00 por unidade;
I = 0,78 ao ano;
A = $ 1.300,00 por ordem;
m = 4 unidades por dia (taxa de entrega diária);
d = 600 unidades por ano / 300 dias por ano = 2 unidades por dia.

2 D A 2  600 1300
Q*    283
 d   2 
C  I  1   50  0,78  1  
 m  4

600  2  283
CT  600  50   1300  1     50  0,78  35515
. ,00
283  4 2
60
LE Descontos...
MODELOS DE CONTROLE DE ESTOQUE

Determinar a quantidade a ser reposta depende dos


custos envolvidos.
O estabelecimento da época oportuna depende do
modelo de controle de estoque empregado.
Podemos dividir os modelos de controle de estoques
em dois grupos:
 Os de emissão indireta; e
 Os de emissão direta.

61
MODELOS DE CONTROLE DE ESTOQUE

Os modelos que indiretamente se encarregam de


determinar o momento da emissão das ordens de
reposição: controle por ponto de pedido e o de
reposições periódicas.
Os modelos que buscam diretamente emitir as ordens
de reposição: são os baseados na lógica do MRP
(Material Requirement Planning), também chamado de
Planejamento das necessidades de materiais,
emprega o conceito de dividir os itens em itens de
demanda dependente (componentes de produtos
acabados) e itens de demanda independente (P.A. e
reposição).
EMISSÃO INDIRETA

Não levam em conta a questão da dependência,


estão sujeitos a realizar um controle mais
fraco sobre os níveis de estoque.
Porém são de fácil operacionalização e
recomendados para itens pouco significativos, da
classe C.

63
Ponto de pedido ...
PONTO DE PEDIDO

 Consiste em estabelecer uma quantidade de itens em


estoque, chamada de ponto de pedido ou de reposição,
que quando atingida dá partida ao processo de
reposição do item em uma quantidade preestabelecida. O
estoque fica separado em duas partes:

Quantidade
Qmax
Usada totalmente até a data
d da encomenda
Q
PP
Usada entre a data da
Qs = Qmin encomenda e a chegada do lote
de reposição.
Tempo
t

64
PONTO DE PEDIDO
Qual o tempo de ressuprimento?
Qual a quantidade?
Quantidade
Qmax
d
Q
PP  d  t  Qs
PP

Qs = Qmin
Tempo
t

Necessidade de repor até PP = Ponto de Pedido;


entrada do item em estoque d = demanda por unidade de tempo;
t = tempo de ressuprimento;
Qs = estoque de segurança.

65
EXEMPLO 01 PONTO DE PEDIDO

Suponhamos que um item tenha uma demanda anual de


1200 unidades, um custo de preparação do pedido de $
200,00, uma taxa de encargos financeiros sobre os estoques
de 50% ao ano e um custo unitário de $ 10,00. Vamos
admitir que este item tenha um estoque de segurança de 80
unidades, e um tempo de ressuprimento de 15 dias.
Supondo um ano com 300 dias úteis e a reposição se dando
através de lotes econômicos, podemos montar o modelo de
controle por ponto de pedido da seguinte forma:

66
EXEMPLO 01 PONTO DE PEDIDO

Dados informados:
D = 1200 unidades por ano; C = $ 10,00 por unidade;
A = $ 200,00 por ordem; t = 15 dias;
I = 0,50 ao ano; Qs = 80 unidades;

1200
Demanda diária  d  4
300
Ponto de pedido  PP  d  t  Qs  4  15  80  140

2 D A 2  1200  200
Lote econômico  Q 
*
  310
C I 10  0,5
Qmax  Qs  Q*  80  310  390
Qtde máxima e mínima 
Qmin  Qs  80
67
EXEMPLO 01 PONTO DE PEDIDO

Quantidade

QmáxQ
= max
390

d
PP =PP
140 Q

QsQ=s =Q80min
Tempo
tt=15

68
Rev. periódicas
REVISÕES
PERÍODICAS

 O modelo por revisões periódicas trabalha no eixo dos


tempos, estabelecendo datas nas quais serão analisadas a
demanda e as demais condições dos estoques, para decidir
pela reposição dos mesmos.

Passou a linha Quantidade tr


pontilhada, que limita Qmax
os períodos de d
revisões, é Q
providenciada a
reposição, que leva um
determinado tempo de Qs = Qmin
ressuprimento para Tempo
chegar. t
69
REVISÕES
PERÍODICAS

Quantidade tr
Qmax
Q  tano
*
tr 
*
d
Q D
tr* = tempo ótimo entre revisões;
Qs = Qmin tano = número de dias no ano.
Tempo
t

70
EXEMPLO 02 REVISÕES PERIÓDICAS

Vamos supor que um item tenha demanda anual


de 12000 unidades, custo de colocação do pedido
de $ 400,00, taxa de encargos financeiros sobre os
estoques de 96% ao ano, e custo unitário de $
10,00. Suponhamos ainda que o estoque de
segurança do item seja de 250 unidades e o tempo
de ressuprimento de 10 dias, com a empresa
trabalhando 240 dias úteis por ano.

71
EXEMPLO 02 REVISÕES PERIÓDICAS

Dados informados:
D = 12000 unidades por ano; C = $ 10,00 por unidade;
A = $ 400,00 por ordem; t = 10 dias;
I = 0,96 ao ano; Qs = 250 unidades;

2 D A 2  12000  400
Lote Econômico  Q*    1000
CI 10  0,96

Q*  t ano 1000  240 A cada


tr    20
*
Tempo ótimo entre revisões  20 dias
D 12000
ESTOQUES DE SEGURANÇA

São projetados para absorver as variações na demanda


durante o tempo de ressuprimento, ou variações no
próprio tempo de ressuprimento, dado que é apenas
durante este período que os estoques podem acabar e
causar problemas ao fluxo produtivo.

Quanto maiores forem estas variações, maiores deverão


ser os estoques de segurança do sistema.

Na realidade os estoques de segurança agem como


amortecedores para os erros associados ao leadtime
interno ou externo dos itens.

73
ESTOQUES DE SEGURANÇA

A determinação dos estoques de segurança leva em


consideração dois fatores que devem ser equilibrados:
1.os custos decorrentes do esgotamento do item e
2.os custos de manutenção dos estoques de
segurança.

74
ESTOQUES DE SEGURANÇA

Podemos calcular os custos de manutenção de um certo nível


de estoque de segurança atribuindo-lhe uma taxa de encargos
financeiros (I),
Por outro lado o custo de falta na prática não é facilmente
determinável, o que faz com que as decisões gerenciais sejam
tomadas em cima de um determinado risco que queremos
assumir, o que indiretamente significa imputarmos um custo de
falta ao item.

75
ESTOQUES DE SEGURANÇA
A determinação do risco que queremos correr, ou em outras
palavras do nível de serviço do item, é função de quantas faltas
admitimos durante o período de planejamento como
suportável para este item.

Exemplo: Calcule o nível de serviço esperado para um item que tem


frequencia de reposição semanal de 52 reposições e pode ter 4 faltas.

Nível de Serviço k
80% 0,84
4
Nível de Serviço = 1  0,92 85% 1,03
52 90% 1,28
95% 1,64
99% 2,32
99,99% 3,09

76
ESTOQUES DE SEGURANÇA
Considerando que a demanda durante o tempo de ressuprimento
segue uma distribuição normal, podemos relacionar os níveis de
serviço com o número de desvios padrões a serem cobertos pelo
estoque de segurança.

Qs = estoque de segurança;
Qs  k   k = número de desvios padrões;
 = desvio padrão.

k.

d dmáx

77
ESTOQUES DE SEGURANÇA
Qs = estoque de segurança;
Qs  k   k = número de desvios padrões;
 = desvio padrão.

Exemplo: Para um item com demanda média de 200 unidades por mês
e desvio padrão de 15 unidades e com nível de serviço esperado de 85%
calcule o estoque de segurança.

Nível de Serviço k
Qs  k    1,03  15  15,45 ou  16 unidades
80% 0,84
85% 1,03
90% 1,28
95% 1,64
Se o nível de serviço fosse 99%
99% 2,32
99,99% 3,09 Qs  k    2,32 15  35,25 ou  36 unidades

78
ESTOQUES DE SEGURANÇA
Em sistemas computacionais é mais simples trabalharmos
com o valor do desvio médio absoluto (MAD) do que com o
desvio padrão. O valor do MAD é de aproximadamente 1,25
desvios padrões.
D atual  Dprevista
MAD 
Datual Dprevista Erro Erro2 Erro n
160
150
170
140
10
-10
100
100
10
10 MAD 
 Erro  80  13,33
160 140 -20 400 20 n 6
150 160 10 100 10
160
160
150
180
-10
20
100
400
10
20 
 Erro 2


1200
 14,14
Total 1200 80 n 6

Exemplo: Para um nível de serviço de 90% o estoque se segurança com


o MAD seria.
Qs  k  MAD  1,28  13,33  17,06 ou  17 unidades

79
Referências

FERNANDES, F. C. F.; GODINHO FILHO, M. Sistemas de


coordenação de ordens: revisão, classificação,
funcionamento e aplicabilidade. Revista Gestão e
Produção, São Carlos, v.16, n.2, p.337-352, maio-
agosto, 2007.

TUBINO, D. F. Planejamento e Controle da Produção:


Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 2007.
Obrigado pela atenção de todos!

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