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Curso de preparação para o

exame da OTOC

EXERCICIOS DE I.R.C.
Exame de 02/06/2012

Questão 27.:

Enfrentando dificuldades financeiras, a sociedade Xis, Lda. vendeu por 45.000€ uma obra
de arte que detinha, tendo gerado uma mais-valia fiscal de 9.000€ (sem considerar o
reinvestimento). No final do ano da venda, adquiriu um novo parque informático por
25.000€. Admitindo que no exercício anterior e que nos exercícios seguintes não efetuou
mais investimentos, e que pretende optar pelo regime do reinvestimento, a mais-valia
fiscal a considerar ascende a:

a) 6.500€.
b) 9.000€.
c) 4.500€.
d) 2.500€.

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Exame de 02/06/2012

Artigo 48.º - Reinvestimento dos valores de realização

1 — Para efeitos da determinação do lucro tributável, a diferença positiva entre as mais-


valias e as menos-valias, calculadas nos termos dos artigos anteriores, …é considerada
em metade do seu valor, sempre que, no período de tributação anterior ao da realização,
no próprio período de tributação ou até ao fim do segundo período de tributação seguinte,
o valor de realização correspondente à totalidade dos referidos activos seja reinvestido na
aquisição, produção ou construção de activos fixos tangíveis, de activos biológicos que
não sejam consumíveis ou em propriedades de investimento, afectos à exploração, com
excepção dos bens adquiridos em estado de uso a sujeito passivo de IRS ou IRC com o
qual existam relações especiais nos termos definidos no n.º 4 do artigo 63.º

2 — No caso de se verificar apenas o reinvestimento parcial do valor de realização, o


disposto no número anterior é aplicado à parte proporcional da diferença entre as mais-
valias e as menos-valias a que o mesmo se refere.

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Exame da OTOC – Junho de 2012
Parte II

 Resposta: a)

 Justificação: Reinvestimento parcial


 Art.º 48.º n.ºs 1 e 2 do CIRC
 Cálculos: (25.000/45.000)*9.000= 5.000
 Mais valia a tributar: 4.000+5.000/2=6.500€

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Exame de 02/06/2012

Questão 28.:

No final do exercício de 2011, a sociedade XLM, S.A. registou uma perda por imparidade
relativa à totalidade dos seus créditos sobre os clientes A, B, C e D, conforme
seguidamente se ilustra:

Cliente Montante Observações


Trata-se de uma divida sobre a Câmara Municipal da Maia,
A 6.000 em mora há mais de 24 meses.
A dívida está em mora há mais de 3 meses. Foi interposta
B 90.000 uma acção no tribunal para recuperação do crédito.
C 100.000 A dívida estaá em mora há 5 meses.
Trata-se de uma dívida de uma empresa na qual a XLM, SA
D 900.000 tem uma participação social de 98%, em mora há 7 meses.

O montante da perda por imparidade dedutível para efeitos fiscais ascende a:


a) 90.000€
b) 315.000€
c) 190.000€
d) 96.000€

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Exame de 02/06/2012

Artigo 35.º - Perdas por imparidade fiscalmente dedutíveis

1 — Podem ser deduzidas para efeitos fiscais as seguintes perdas por imparidade
contabilizadas no mesmo período de tributação ou em períodos de tributação anteriores:

a) As relacionadas com créditos resultantes da actividade normal que, no fim do período


de tributação, possam ser considerados de cobrança duvidosa e sejam evidenciados como
tal na contabilidade;

Artigo 36.º - Perdas por imparidade em créditos

1 — Para efeitos da determinação das perdas por imparidade previstas na alínea a) do n.º 1
do artigo anterior, consideram-se créditos de cobrança duvidosa aqueles em que o risco de
incobrabilidade esteja devidamente justificado, o que se verifica nos seguintes casos:

b) Os créditos tenham sido reclamados judicialmente ou em tribunal arbitral;

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Exame da OTOC – Junho de 2012
Parte II

 Resposta: a)

 Justificação: Imparidades aceites fiscalmente


 Art.º 36.º n.º 1 a) e art.º 36.º n.º 1b) do CIRC

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Exame de 02/06/2012

Questão 29.:

O recém inaugurado Hotel Soneca está instalado num edifício adquirido em maio de 2011
por 500.000€, que nesse ano foi depreciado, nos termos previstos no Decreto
Regulamentar n.º 25/2009, e pela taxa máxima legalmente prevista. Supondo que se optou
pela depreciação por duodécimos, qual o montante da depreciação fiscalmente dedutível
em 2011?

a) 12.500€.

b) 16.667€.

c) 6.667€.

d) 10.000€.

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Exame de 02/06/2012

Artigo 34.º - Gastos não dedutíveis para efeitos fiscais

1 — Não são aceites como gastos:

b) As depreciações de imóveis na parte correspondente ao valor dos terrenos ou na não


sujeita a deperecimento;

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Exame da OTOC – Junho de 2012
Parte II

 Resposta: a)

 Justificação: Depreciações por duodécimos


 Art.º 34.º n.º 1 b) do CIRC e art.º 7.º n.º 1 e art.º 10.º n.º 3 do
D.R.25/2009
 Tabela II – Grupo I-Imóveis – Código 2025- Taxa de deprecição 5%
 Cálculos: 500.000*75%=375.000*5%=18.750€ anual
 8 duodécimos:(18750/12)*8=12.500€ depreciação aceite em 2011

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Exame de 11/02/2012
Ao longo da sua existência, a TINTOL SA tem demonstrado grande preocupação social,
quer no que respeita às relações laborais, quer no que respeita às questões ambientais.
Neste contexto, em 2011 a empresa implementou, por opção da sua Administração e sem
que a tal estivesse legalmente obrigada, um sistema de ventilação e filtragem do ar nos
locais onde os operários desempenham as suas funções.

QUESTÃO 6.:
A depreciação relativa a este equipamento:
a) É aceite como gasto fiscal e deve ser efetuada à taxa de 12,5%.

b) Não é aceite como gasto fiscal, pois não se pode considerar o gasto como
comprovadamente indispensável para a realização dos rendimentos sujeitos a imposto.

c) É aceite como gasto fiscal mas apenas se a empresa tiver lucros tributáveis no
exercício, na medida em que resultou de um investimento que a empresa não estava
legalmente obrigada a efetuar.

d) Nenhuma das anteriores.


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Exame de 11/02/2012

Artigo 23.º - Gastos


1 — Consideram-se gastos os que comprovadamente sejam indispensáveis para a
realização dos rendimentos sujeitos a imposto ou para a manutenção da fonte produtora,
nomeadamente:
g) Depreciações e amortizações;

Artigo 30.º - Métodos de cálculo das depreciações e amortizações

1 — O cálculo das depreciações e amortizações faz-se, em regra, pelo método das quotas
constantes.

Artigo 31.º - Quotas de depreciação ou amortização

1 — No método das quotas constantes, a quota anual de depreciação ou amortização que


pode ser aceite como gasto do período de tributação determina-se aplicando as taxas de
depreciação ou amortização definidas no decreto regulamentar que estabelece o respectivo
regime aos seguintes valores:
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Exame da OTOC – Fevereiro de 2012
Grupo I

 Resposta: a)

 Justificação: Depreciações aceites


 Art.º 23.º n.º 1 g), art.º 30.º e 31.º do CIRC e
D.R. 25/2009 – Código 2225

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Exame de 11/02/2012
A TINTOL SA. adota o sistema de inventário permanente na gestão e no controlo dos
inventários. No dia 31 de dezembro de 2011, a fábrica não esteve em laboração para que
se fizesse um inventário físico das matérias primas e dos produtos acabados existentes em
armazém. Na sequência desse inventário (iniciado e concluído nesse dia) verificou-se não
haver diferenças a registar no tocante às matérias primas, mas no que respeita a produtos
acabados verificou-se uma falta de100 latas de tinta de um litro, cujo valor global ascendia
a 495 euros.

QUESTÃO 9.:
No apuramento do IRC relativo a 2011, a TINTOL SA:
a) Deverá refletir uma quebra em Inventários, por débito de 652 – Perdas por
imparidade – Em inventários, no valor de 495 euros, não aceite fiscalmente.
b) Não deverá refletir qualquer regularização de Inventários, dado que a contagem
física apenas foi efetuada no dia 2 de janeiro de 2012, o que contraria o disposto no
Artigo 18.º - Periodização do lucro tributável do CIRC.
c) Deverá refletir uma quebra em Inventários, por débito de uma sub-conta de 684 –
Outros Gastos e Perdas – Perdas em Inventários, aceite fiscalmente.
d) Nenhuma das anteriores.

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Exame de 11/02/2012

Artigo 23.º - Gastos

1 — Consideram-se gastos os que comprovadamente sejam indispensáveis para a


realização dos rendimentos sujeitos a imposto ou para a manutenção da fonte produtora,
nomeadamente:
h) Ajustamentos em inventários, perdas por imparidade e provisões;

Artigo 28.º - Ajustamentos em inventários

1 — São dedutíveis no apuramento do lucro tributável os ajustamentos em inventários


reconhecidos no período de tributação até ao limite da diferença entre o custo de aquisição
ou de produção dos inventários e o respectivo valor realizável líquido referido à data do
balanço, quando este for inferior àquele.

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Exame da OTOC – Fevereiro de 2012
Grupo I

 Resposta: c)

 Justificação: Ajustamentos
 Art.º 23.º n.º 1 h) e art.º 28.º n.º 1 do CIRC
 Não está excepcionado

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Exame de 11/02/2012

Em 2009 a TINTOL SA alienou, por 40.000 euros, uma viatura pesada de transporte de
mercadorias, tendo então obtido uma mais valia no valor de 20.000 euros, sendo então
convicção da Administração, aliás expressa no plano de investimentos da empresa virem a
ser brevemente efetuados novos investimentos, intenção expressa na Declaração Mod. 22
do IRC. Em 2009 e 2010 não se realizaram nem outras alienações nem quaisquer
investimentos mas em 2011 a TINTOL SA efetuou um “upgrade” do sistema informático
(hardware e software), no valor global de 20.000 euros (a que acresceu o IVA à taxa
legal).

QUESTÃO 11.:
A mais valia obtida em 2009 com a alienação da viatura pesada de mercadorias:
a) Deverá ter sido tributada integralmente em 2011, dado que o respetivo
reinvestimento foi em equipamentos informáticos e não em veiculos de transporte.
b) Poderá ter sido tributada em 2009 mas apenas em 50% do respetivo valor, dado que
se perspetivava a realização de novos investimentos.
c) Não deverá ter sido tributada em momento algum, dado que se procedeu ao
reinvestimento do valor da mais valia no prazo de dois anos após a alienação dos bens
que a originou.
d) Nenhuma das anteriores.
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Exame de 11/02/2012

Artigo 48.º - Reinvestimento dos valores de realização

1 — Para efeitos da determinação do lucro tributável, a diferença positiva entre as mais-


valias e as menos-valias, calculadas nos termos dos artigos anteriores, realizadas mediante
a transmissão onerosa de activos fixos tangíveis, activos biológicos que não sejam
consumíveis e propriedades de investimento, detidos por um período não inferior a um
ano, ainda que qualquer destes activos tenha sido reclassificado como activo não corrente
detido para venda, ou em consequência de indemnizações por sinistros ocorridos nestes
elementos, é considerada em metade do seu valor, sempre que, no período de tributação
anterior ao da realização, no próprio período de tributação ou até ao fim do segundo
período de tributação seguinte, o valor de realização correspondente à totalidade dos
referidos activos seja reinvestido na aquisição, produção ou construção de activos fixos
tangíveis, de activos biológicos que não sejam consumíveis ou em propriedades de
investimento, afectos à exploração, com excepção dos bens adquiridos em estado de uso a
sujeito passivo de IRS ou IRC com o qual existam relações especiais nos termos definidos
no n.º 4 do artigo 63.º
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Exame da OTOC – Fevereiro de 2012
Grupo I

 Resposta: b)

 Justificação: Mais valias reinvestidas


 Art.º 1.º n.º 1 do CIRC
 A tributação em 2009 era obrigatória em
100% ou 50%

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Exame de 11/02/2012

Questão 27.:

Os juros de suprimentos pagos por uma sociedade por quotas a um dos seus sócios pessoa
singular:

a) São aceites como gastos em sede de IRC e são tributados, em sede de IRS, a uma
taxa liberatória.

b) Podem ser aceites como gastos em sede de IRC e são tributados, em sede de IRS, a
uma taxa liberatória.

c) São aceites como gastos em sede de IRC e são tributados como rendimento
obrigatoriamente englobado, em sede de IRS.

d) Podem ser aceites como gastos em sede de IRC e são tributados como rendimento
obrigatoriamente englobado em sede de IRS.

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Exame de 11/02/2012

Artigo 45.º - Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais


1 — Não são dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável os seguintes
encargos, mesmo quando contabilizados como gastos do período de tributação:
j) Os juros e outras formas de remuneração de suprimentos e empréstimos feitos pelos
sócios à sociedade, na parte em que excedam o valor correspondente à taxa de referência
Euribor a 12 meses do dia da constituição da dívida ou outra taxa definida por portaria do
Ministro das Finanças que utilize aquela taxa como indexante;

Artigo 5.º - Rendimentos da categoria E


2 - Os frutos e vantagens económicas referidos no número anterior compreendem,
designadamente:
d) Os juros e outras formas de remuneração de suprimentos, abonos ou adiantamentos de
capital feitos pelos sócios à sociedade;
Artigo 71.º -Taxas liberatórias
1 - Estão sujeitos a retenção na fonte a título definitivo, à taxa liberatória de 25 %, os
seguintes rendimentos obtidos em território português:
c) Os rendimentos a que se referem as alíneas d), e), h), i), l) e q) do n.º 2 e o n.º 3 do
artigo 5.º.
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Exame da OTOC – Fevereiro de 2012
Grupo I

 Resposta: b)

 Justificação: Juros de suprimentos


 Art.º 45.º n.º 1 j) do CIRC e art.º 5.º n.º 2 d)
e art.º 71.º n.º 1 c) do CIRS

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Exame de 11/02/2012

Questão 28.:

O cálculo de depreciações por duodécimos para efeitos fiscais:

a) É obrigatório, em face do que dispõe o SNC.

b) Apenas é possível com autorização do Diretor-Geral dos Impostos.

c) É facultativo.

d) É facultativo, mas, se for aplicado, terá de o ser em relação a todos os ativos fixos
Tangíveis.

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Exame de 11/02/2012

Artigo 31.º - Quotas de depreciação ou amortização

1 — No método das quotas constantes, a quota anual de depreciação ou amortização que


pode ser aceite como gasto do período de tributação determina-se aplicando as taxas de
depreciação ou amortização definidas no decreto regulamentar que estabelece o respectivo
regime aos seguintes valores:
6 — Os sujeitos passivos podem optar no ano de início de funcionamento ou utilização
dos elementos por uma taxa de depreciação ou amortização deduzida da taxa anual, em
conformidade com os números anteriores, e correspondente ao número de meses
contados desde o mês de entrada em funcionamento ou utilização dos elementos.
7 — No caso referido no número anterior, no ano em que se verificar a transmissão, a
inutilização ou o termo de vida útil dos mesmos elementos só são aceites depreciações e
amortizações correspondentes ao número de meses decorridos até ao mês anterior ao da
verificação desses eventos.

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Exame da OTOC – Fevereiro de 2012
Grupo II

 Resposta: c)

 Justificação: Depreciações
 Art.º 31.º n.ºs 1, 6 e 7 do CIRC

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Exame de 11/02/2012

Questão 29.:
A Sociedade Jota, Lda. alienou em 2010 uma máquina e um computador a que respeitam
os dados seguintes:

Descrição Valor de Mais ou menos- Mais ou menos-


realização valia contabilística valia fiscal
Máquina € 5 000,00 € 1 800,00 € 1 500,00
Computador € 400,00 (€ 300,00) (€ 450,00)

Para englobar apenas 50% do saldo positivo entre a mais-valia e a menos-valia terá de
reinvestir nas condições legalmente estabelecidas a quantia de:
a) € 1 150.
b) € 1 500.
c) € 5 000.
d) € 5 400.

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Exame de 11/02/2012

Artigo 48.º - Reinvestimento dos valores de realização

1 — Para efeitos da determinação do lucro tributável, a diferença positiva entre as mais-


valias e as menos-valias, calculadas nos termos dos artigos anteriores, realizadas mediante
a transmissão onerosa de activos fixos tangíveis, activos biológicos que não sejam
consumíveis e propriedades de investimento, detidos por um período não inferior a um
ano, ainda que qualquer destes activos tenha sido reclassificado como activo não corrente
detido para venda, ou em consequência de indemnizações por sinistros ocorridos nestes
elementos, é considerada em metade do seu valor, sempre que, no período de tributação
anterior ao da realização, no próprio período de tributação ou até ao fim do segundo
período de tributação seguinte, o valor de realização correspondente à totalidade dos
referidos activos seja reinvestido na aquisição, produção ou construção de activos fixos
tangíveis, de activos biológicos que não sejam consumíveis ou em propriedades de
investimento, afectos à exploração, com excepção dos bens adquiridos em estado de uso a
sujeito passivo de IRS ou IRC com o qual existam relações especiais nos termos definidos
no n.º 4 do artigo 63.º

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Exame da OTOC – Fevereiro de 2012
Grupo II

 Resposta: d)

 Justificação: Tributação de mais valias


 Art.º 45.º n.º 1 do CIRC

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Exame de 15/10/2011
Em Julho de 2011, já após a mudança para as novas instalações, verificou-se um pequeno
incêndio nas instalações da All-Clean Lda., motivado pela deficiente instalação de uma
máquina. O Sr. José Silva não tinha tido tempo para efetuar a apólice do seguro. Em
consequência desse incêndio, a máquina ficou definitivamente inutilizada e também
ficaram estragados cerca de 100 toalhas de mesa e 400 guardanapos de um cliente,
relativamente aos quais a All-Clean Lda. procede à respetiva substituição.

QUESTÃO 8.:
Relativamente à perda da máquina e das toalhas e guardanapos ardidos, a All-Clean Lda.
deverá:
a) Reconhecer um gasto não aceite fiscalmente em sede de IRC.
b) Reconhecer um gasto aceite fiscalmente em sede de IRC, mas apenas no que respeita à
máquina.
c) Sujeitar a tributação autónoma à taxa de 10% o valor respeitante ao gasto incorrido, em
consequência de não ter seguro actualizado.
d) Sujeitar a tributação autónoma à taxa de 5% o valor respeitante ao gasto incorrido, em
consequência de não ter seguro actualizado.

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Exame de 15/10/2011

Artigo 23.º - Gastos

1 — Consideram-se gastos os que comprovadamente sejam indispensáveis para a


realização dos rendimentos sujeitos a imposto ou para a manutenção da fonte produtora,
nomeadamente:
…….

Artigo 45.º - Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais

1 — Não são dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável os seguintes


encargos, mesmo quando contabilizados como gastos do período de tributação:
……

e) As indemnizações pela verificação de eventos cujo risco seja segurável;

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Exame da OTOC – Outubro de 2011
Grupo I

 Resposta: b)

 Justificação: Gastos aceites fiscalmente


 Art.º 23.º e art.º 45.º do CIRC à contrário
Alinea e) do art.º 45.º - relacionar

31
Exame de 15/10/2011

A D. Marília Sousa, empregada da All-Clean Lda. desde a constituição da


sociedade, passou por grandes dificuldades financeiras desde o início de 2010.
Em setembro desse ano pediu à All-Clean Lda. um adiantamento de 3.600 €.
Nesse mesmo momento, acordou com a All Clean Lda. que em novembro de
2010 liquidaria essa dívida à empresa. A D. Marília Sousa contava então
conseguir superar o difícil momento que vivia. Porém, verificou-se depois que o
dito pagamento não aconteceu e, pior ainda, desde dezembro de 2010, que se
desconhece o paradeiro da D. Marília, constando que terá emigrado julga-se que
para a América do Sul.
Em dezembro de 2010, o TOC da All-Clean Lda. reconheceu uma perda por
imparidade pelo valor total do adiantamento. A All-Clean Lda. tem efetuado
diligências, de modo insistente e por várias vezes, com vista a recuperar o valor
emprestado. Lamentavelmente, tais esforços revelaram-se em vão.

08/02/2019 32
Exame de 15/10/2011

Ainda relativamente ao empréstimo efetuado àquela colaboradora, existe dúvida


quanto ao respetivo enquadramento fiscal.

QUESTÃO 25.:
Relativamente à imparidade reconhecida resultante da dívida da D. Marília
Sousa, a All-Clean Lda. deverá:

a) Considerar aquela importância como um gasto não aceite fiscalmente em sede


de IRC.
b) Considerar aquela importância como um gasto aceite fiscalmente em sede de
IRC.
c) Considerar aquela importância como um gasto aceite fiscalmente em sede de
IRC apenas se a colaboradora a incluir como rendimento tributável em sede de
IRS.
d) Considerar aquela importância como um gasto aceite fiscalmente em sede de
IRC e sujeito a tributação autónoma à taxa de 50%.
08/02/2019 33
Exame de 15/10/2011

Artigo 35.º - Perdas por imparidade fiscalmente dedutíveis

1 — Podem ser deduzidas para efeitos fiscais as seguintes perdas por imparidade
contabilizadas no mesmo período de tributação ou em períodos de tributação anteriores:

a) As relacionadas com créditos resultantes da actividade normal que, no fim do período


de tributação, possam ser considerados de cobrança duvidosa e sejam evidenciados como
tal na contabilidade;
b) As relativas a recibos por cobrar reconhecidas pelas empresas de seguros;
c) As que consistam em desvalorizações excepcionais verificadas em activos fixos
tangíveis, activos intangíveis, activos biológicos não consumíveis e propriedades de
investimento.

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Exame da CTOC – Outubro de 2011
Grupo I

 Resposta: a)

 Justificação: Gastos não aceites fiscalmente


 Art.º 35.º n.º 1 do CIRC à contrário

35
Exame de 15/10/2011

08/02/2019 36
Exame de 15/10/2011

Artigo 45.º - Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais

1 — Não são dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável os seguintes


encargos, mesmo quando contabilizados como gastos do período de tributação:

a) O IRC e quaisquer outros impostos que directa ou indirectamente incidam sobre os


lucros;

Artigo 3.º - Encargo do imposto


1 - O imposto constitui encargo dos titulares do interesse económico nas situações
referidas no artigo 1.º

3 - Para efeitos do n.º 1, considera-se titular do interesse económico:

j) Nas letras e livranças, o sacado e o devedor;

08/02/2019 37
Exame da OTOC – Outubro de 2011
Grupo II

 Resposta: d)

 Justificação: Gastos do exercício


 Art.º 45.º n.º 1 a) do CIRC à contrário e
Art.º 3.º do CIselo

38
Exame de 15/10/2011

08/02/2019 39
Exame de 15/10/2011

Artigo 45.º - Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais

1 — Não são dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável os seguintes


encargos, mesmo quando contabilizados como gastos do período de tributação:

d) As multas, coimas e demais encargos pela prática de infracções, de qualquer natureza,


que não tenham origem contratual, incluindo os juros compensatórios;

08/02/2019 40
Exame da OTOC – Outubro de 2011
Grupo II

 Resposta: a)

 Justificação: Gastos aceites


 Art.º 45.º n.º 1 d) do CIRC à contrário

41
Exame de 18/06/2011

A INFOTOC – Soluções Informáticas, SA (INFOTOC), com sede em Braga, tem, desde


a sua fundação, cinco acionistas, sendo cada um titular de 20% do capital nominal. São
grandes amigos desde os tempos da universidade, quando se conheceram como colegas
no curso de engenharia informática, e todos foram empregados numa bem conhecida
multinacional, posição que decidiram abandonar quando, em 1995, abraçaram o
projeto promissor que dá pelo nome de INFOTOC. Desde 2010, a sociedade conta com
170 empregados, um capital nominal de 500.000€ e um volume de negócios anual
superior a 20.000.000€.

A INFOTOC decidiu abrir um escritório em Lisboa, tendo para o efeito efetuado obras
de beneficiação de um imóvel arrendado a uma outra empresa, que ascenderam a
25.000€. A INFOTOC pagou à outra empresa uma caução de três meses de renda, no
valor total bruto de 6.000€.

08/02/2019 42
Exame de 18/06/2011

QUESTÃO 3.:

Relativamente à caução paga pela INFOTOC à senhoria:

a) Está sujeita a retenção na fonte de IRC se e só se a senhoria for um fundo de


investimento imobiliário.

b) Nunca está sujeita a retenção na fonte de IRC.

c) Não está sujeita a retenção na fonte de IRC caso a senhoria seja uma sociedade que
tenha por objeto a gestão de imóveis próprios e não se encontre sujeita ao regime de
transparência fiscal.

d) Nenhuma das anteriores.

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Exame de 18/06/2011

Artigo 8.º - Rendimentos da categoria F


1 - Consideram-se rendimentos prediais as rendas dos prédios rústicos, urbanos e mistos
pagas ou colocadas à disposição dos respectivos titulares.
2 - São havidas como rendas: ……….

Artigo 101 .º - Retenção sobre rendimentos de outras categorias


1 - As entidades que disponham ou devam dispor de contabilidade organizada são
obrigadas a reter o imposto, mediante a aplicação, aos rendimentos ilíquidos de que sejam
devedoras e sem prejuízo do disposto nos números seguintes, das Seguintes taxas:
a) 16,5 %, tratando-se de rendimentos da categoria B referidos na alínea c) do n.º 1 do
artigo 3.º, de rendimentos das categorias E e F ou de incrementos patrimoniais
previstos nas alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 9.º;

Artigo 94.º - Retenção na fonte


4 - As retenções na fonte de IRC são efectuadas às taxas previstas para efeitos de
retenções na fonte de IRS, relativas a residentes em território português…

08/02/2019 44
Exame da OTOC – Junho de 2011
Grupo I

 Resposta: b)

 Justificação: Retenções na fonte


 Art.º 8.º à contrário e art.º 101.º n.º 1 a) do CIRS e art.º
94.º n.º 4 do CIRC (alterado em 30/10/2012)

45
Exame de 18/06/2011

Enquanto os profissionais liberais solicitam habitualmente serviços pontuais à


INFOTOC, as empresas optam geralmente por celebrar contratos de manutenção para
garantir a assistência ao sistema de informação.
O Dr. Santos Serra é o único sócio da sua sociedade unipessoal através da qual exerce
profissão incluída na lista anexa ao CIRS: médico (especialidade oftalmologia).

QUESTÃO 5.:
Em sede de IRC, a sociedade unipessoal do Dr. Santos Serra:

a) Enquadra-se no regime normal.

b) Pode ser enquadrada no regime de transparência fiscal.

c) É obrigatoriamente enquadrada no regime de transparência fiscal.

d) Nenhuma das anteriores.

08/02/2019 46
Exame de 18/06/2011

Artigo 6.º - Transparência fiscal

1 — É imputada aos sócios, integrando-se, nos termos da legislação que for aplicável, no
seu rendimento tributável para efeitos de IRS ou IRC, consoante o caso, a matéria
colectável, determinada nos termos deste Código, das sociedades a seguir indicadas, com
sede ou direcção efectiva em território português, ainda que não tenha havido distribuição
de lucros:

b) Sociedades de profissionais;

4 — Para efeitos do disposto no n.º 1, considera-se:

a) Sociedade de profissionais — a sociedade constituída para o exercício de uma


actividade profissional especificamente prevista na lista de actividades a que alude o
artigo 151.º do Código do IRS, na qual todos os sócios pessoas singulares sejam
profissionais dessa actividade;

08/02/2019 47
Exame da OTOC – Junho de 2011
Grupo I

 Resposta: c)

 Justificação: Sociedades de transparência


fiscal
 Art.º 6.º n.º 1 b e n.º 4 a) do CIRC

48
Exame de 18/06/2011

Os sócios desta associada da INFOTOC decidiram em assembleia geral proceder à


cobertura dos prejuízos verificados em 2010, através de entregas em numerário.

QUESTÃO 25.:
Esta cobertura de prejuízos efetuada pelos sócios constitui para aquela associada:

a) Uma variação patrimonial positiva não tributada.

b) Uma variação patrimonial positiva não tributada e sem efeito no reporte de prejuízos.

c) Uma variação patrimonial positiva apenas com efeitos no reporte de prejuízos se


respeitar a prejuízos dos últimos seis anos.

d) Uma variação patrimonial positiva relevante em relação ao ano a que respeitam os


prejuízos cobertos pelos sócios.

08/02/2019 49
Exame de 18/06/2011

Artigo 21.º - Variações patrimoniais positivas

1 — Concorrem ainda para a formação do lucro tributável as variações patrimoniais


positivas não reflectidas no resultado líquido do período de tributação, excepto:

a) As entradas de capital, incluindo os prémios de emissão de acções, as coberturas de


prejuízos, a qualquer título, feitas pelos titulares do capital, bem como outras variações
patrimoniais positivas que decorram de operações sobre instrumentos de capital próprio da
entidade emitente, incluindo as que resultem da atribuição de instrumentos financeiros
derivados que devam ser reconhecidos como instrumentos de capital próprio;

08/02/2019 50
Exame da OTOC – Junho de 2011
Grupo I

 Resposta: b)

 Justificação: Variação patrimonial positiva


 Art.º 21.º n.º 1 a) do CIRC

51
Exame de 18/06/2011

08/02/2019 52
Exame de 18/06/2011

Artigo 30.º - Métodos de cálculo das depreciações e amortizações

2 — Os sujeitos passivos podem, no entanto, optar pelo método das quotas decrescentes
relativamente aos activos fixos tangíveis que:

b) Não sejam edifícios, viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, excepto quando afectas
à exploração de serviço público de transportes ou destinadas a ser alugadas no exercício
da actividade normal do sujeito passivo, mobiliário e equipamentos sociais.

08/02/2019 53
Exame da OTOC – Junho de 2011
Grupo II

 Resposta: b)

 Justificação: Amortizações e depreciações


 Art.º 30.º n.º 2 b) do CIRC

54
Exame de 18/06/2011

08/02/2019 55
Exame de 18/06/2011

Artigo 45.º - Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais

1 — Não são dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável os seguintes


encargos, mesmo quando contabilizados como gastos do período de tributação:

a) O IRC e quaisquer outros impostos que directa ou indirectamente incidam sobre os


lucros;

08/02/2019 56
Exame da OTOC – Junho de 2011
Grupo II

 Resposta: a)

 Justificação: Gastos não aceites


 Art.º 45.º n.º 1 a) do CIRC

57
Exame de 18/06/2011

08/02/2019 58
Exame de 18/06/2011
Artigo 18.º - Periodização do lucro tributável
9 — Os ajustamentos decorrentes da aplicação do justo valor não concorrem para a formação do lucro tributável,
sendo imputados como rendimentos ou gastos no período de tributação em que os elementos ou direitos que lhes
deram origem sejam alienados, exercidos, extintos ou liquidados, excepto quando:
a) Respeitem a instrumentos financeiros reconhecidos pelo justo valor através de resultados, desde que, tratando-se
de instrumentos do capital próprio, tenham um preço formado num mercado regulamentado e o sujeito passivo não
detenha, directa ou indirectamente, uma participação no capital superior a 5% do respectivo capital social; ou
b) Tal se encontre expressamente previsto neste Código.

Artigo 20.º - Rendimentos


1 — Consideram-se rendimentos os resultantes de operações de qualquer natureza, em consequência de uma acção
normal ou ocasional, básica ou meramente acessória, nomeadamente:
f) Rendimentos resultantes da aplicação do justo valor em instrumentos financeiros;
g) Rendimentos resultantes da aplicação do justo valor em activos biológicos consumíveis que não sejam
explorações silvícolas plurianuais;

Artigo 23.º - Gastos


1 — Consideram-se gastos os que comprovadamente sejam indispensáveis para a realização dos rendimentos
sujeitos a imposto ou para a manutenção da fonte produtora, nomeadamente:
i) Gastos resultantes da aplicação do justo valor em instrumentos financeiros;
j) Gastos resultantes da aplicação do justo valor em activos biológicos consumíveis que não sejam explorações
silvícolas plurianuais;

08/02/2019 59
Exame da OTOC – Junho de 2011
Grupo II

 Resposta: c)

 Justificação: Aceitação do justo valor


 Art.º 18.º n.º 9, art.º 20.º n.º 1 f) e g) e art. 23.º n.º 1 i) e j)
do CIRC

60
Exame de 26/02/2011

Em Junho de 2010, a Q&F SA efectivou a compra de uma loja por 600.000 € (atribuindo-se ao terreno o valor de
150.000€), para abertura de um novo estabelecimento. O contrato promessa de compra e venda do imóvel, que
fixava o preço da transacção, havia sido outorgado três anos antes, em Junho de 2007, quando o mercado imobiliário
ainda estava “em alta” e foi então paga a título de sinal e princípio de pagamento a quantia de 240.000 €. Aquando
da aquisição desta loja, a Q&F SA suportou as seguintes despesas: 39.000 € relativos a IMT e 8.000 € relativos a
escrituras e registos.
No final de 2010, e após ter sido registada a depreciação do exercício relativa a este imóvel, verificou-se existir uma
diferença entre o valor contabilístico e o valor de mercado do imóvel. Com efeito, em consequência da quebra
ocorrida nos preços mercado, este imóvel foi avaliado por um perito independente por um montante inferior em
60.000 € ao respectivo valor escriturado.
QUESTÃO 9.:
A quantia de 60.000 € relativa à diferença entre o valor contabilístico do imóvel no final do
exercício de 2010 e o respectivo valor de mercado e registada contabilisticamente como uma perda
por imparidade:

a) É sempre considerada como uma perda fiscal no exercício em que for registada.
b) Não pode ser considerada como uma perda fiscal no exercício em que for registada.
c) Nunca pode ser aceite como custo fiscal.
d) Nenhuma das anteriores.

08/02/2019 61
Exame de 26/02/2011

Artigo 35.º - Perdas por imparidade fiscalmente dedutíveis


1 — Podem ser deduzidas para efeitos fiscais as seguintes perdas por imparidade
contabilizadas no mesmo período de tributação ou em períodos de tributação anteriores:
a) As relacionadas com créditos resultantes da actividade normal que, no fim do período
de tributação, possam ser considerados de cobrança duvidosa e sejam evidenciados como
tal na contabilidade;
b) As relativas a recibos por cobrar reconhecidas pelas empresas de seguros;
c) As que consistam em desvalorizações excepcionais verificadas em activos fixos
tangíveis, activos intangíveis, activos biológicos não consumíveis e propriedades de
investimento.

Artigo 38.º - Desvalorizações excepcionais


1 — Podem ser aceites como perdas por imparidade as desvalorizações excepcionais
referidas na alínea c) do n.º 1 do artigo 35.º provenientes de causas anormais devidamente
comprovadas, designadamente, desastres, fenómenos naturais, inovações técnicas
excepcionalmente rápidas ou alterações significativas, com efeito adverso, no contexto
legal.

08/02/2019 62
Exame da OTOC – Fevereiro de 2011
Grupo II

 Resposta: b)

 Justificação: Perdas por imparidade


 Art.º 35.º e art.º 38.º do CIRC à contrário

63
Exame de 26/02/2011

Em Dezembro de 2010 foram vendidos a particulares equipamentos no montante global de 100.000 €


(acrescido do IVA à taxa legal), do qual a Q&F SA recebeu de imediato 25 por cento. Os restantes 75
por cento serão recebidos em três prestações trimestrais iguais, vencendo-se a primeira três meses
após a venda dos equipamentos. Na determinação do preço de venda destes equipamentos a Q&F SA
considerou uma taxa de juro anual de 6 por cento. Relativamente ao enquadramento fiscal em sede de
IRC das vendas destes equipamentos surgiram dúvidas sobre o momento em que devem ser
tributadas.

QUESTÃO 11.:
No âmbito da tributação em IRC:
a) As vendas destes equipamentos são tributadas integralmente em 2010, pelo respectivo
valor nominal constante da factura.
b) A vendas destes equipamentos são tributadas integralmente em 2010, sendo o valor
tributável o resultante da soma do valor de 25.000€ recebidos inicialmente com o valor
descontado à taxa de 6% das três prestações trimestrais cujo recebimento apenas
ocorrerá em 2011.
c) As vendas serão tributadas de acordo com o reconhecimento do rédito registado
contabilisticamente de acordo com as NCRF.
d) Nenhuma das anteriores.

08/02/2019 64
Exame de 26/02/2011

Artigo 18.º - Periodização do lucro tributável

1 — Os rendimentos e os gastos, assim como as outras componentes positivas ou


negativas do lucro tributável, são imputáveis ao período de tributação em que sejam
obtidos ou suportados, independentemente do seu recebimento ou pagamento, de acordo
com o regime de periodização económica.

3 — Para efeitos de aplicação do disposto no n.º 1:


a) Os réditos relativos a vendas consideram-se em geral realizados, e os correspondentes
gastos suportados, na data da entrega ou expedição dos bens correspondentes ou, se
anterior, na data em que se opera a transferência de propriedade;

5 — Os réditos relativos a vendas e a prestações de serviços são imputáveis ao período de


tributação a que respeitam pela quantia nominal da contraprestação.

08/02/2019 65
Exame da OTOC – Fevereiro de 2011
Grupo II

 Resposta: a)

 Justificação: Periodização do lucro


 Art.º 18.º n.º 1, n.º 3 a) e n.º 5 do CIRC

66
Exame de 26/02/2011

No decurso do mês de Dezembro a Q&F SA efectuou operações de manutenção


gratuitas, a cinco clientes empresariais que tinham adquirido aparelhos de ar
condicionado no primeiro semestre desse ano. Em média, em cada uma das
operações, o gasto com pessoal ascendeu a cerca de 200 € e foram utilizados
consumíveis (gás, material isolante, etc.) no valor de 45€.

Também em sede de IRC surgiram algumas dúvidas relativas ao enquadramento


destas ofertas de serviços e consumíveis.

08/02/2019 67
Exame de 26/02/2011

QUESTÃO 14.:
No âmbito da tributação em IRC:

a) A Q&F SA deverá acrescer no Quadro 07 da Declaração Mod. 22 as quantias


suportadas de gastos com pessoal e com aquisições de consumíveis utilizados nestes
serviços, porque se tratam de gastos não aceites na determinação do lucro tributável.

b) A Q&F SA deverá suportar a tributação autónoma à taxa de 5% sobre os gastos


suportados com a prestação destes serviços.

c) Os gastos suportados com a prestação destes serviços são aceites como custo na
determinação do lucro tributável.

d) A Q&F SA deverá emitir uma factura no valor total de 245€ relativa a cada um destes
serviços e considerar esse valor como proveito na determinação do lucro tributável.

08/02/2019 68
Exame de 26/02/2011

Artigo 23.º - Gastos

1 — Consideram-se gastos os que comprovadamente sejam indispensáveis para a


realização dos rendimentos sujeitos a imposto ou para a manutenção da fonte produtora,
nomeadamente:
….

Artigo 45.º - Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais

1 — Não são dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável os seguintes


encargos, mesmo quando contabilizados como gastos do período de tributação:
……

08/02/2019 69
Exame da OTOC – Fevereiro de 2011
Grupo II

 Resposta: c)

 Justificação: Gastos aceites


 Art.ºs 23.º e 45.º do CIRC à contrário

70
Exame de 26/02/2011

Questão 27.:
Aquando da adopção do Sistema de Normalização Contabilística (SNC), a Sociedade
Jota, Lda. desreconheceu despesas de instalação que havia suportado em 2007 no
montante de 9.000,00 € e que vinha amortizando à taxa de 20%.

No Quadro 07 das declarações modelo 22 do IRC dos exercícios de 2009 e 2010


deve:

a) Acrescer 3.600,00 € em 2009 e deduzir 1.800,00 € em 2010.

b) Acrescer 3.600,00 € em 2009 e deduzir 720,00 € em 2010.

c) Nada fazer em 2009 e deduzir 720,00 € em 2010.

d) Nada fazer em 2009 e em 2010, por estarem em causa despesas de instalação que
em 2009 deviam estar já totalmente amortizadas.

08/02/2019 71
Exame de 26/02/2011

Artigo 5.º - Regime transitório

1 — Os efeitos nos capitais próprios decorrentes da adopção, pela primeira vez, das
normas internacionais de contabilidade adoptadas nos termos do artigo 3.º do
Regulamento n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, que
sejam considerados fiscalmente relevantes nos termos do Código do IRC e respectiva
legislação complementar, resultantes do reconhecimento ou do não reconhecimento de
activos ou passivos, ou de alterações na respectiva mensuração, concorrem, em partes
iguais, para a formação do lucro tributável do primeiro período de tributação em que se
apliquem aquelas normas e dos quatro períodos de tributação seguintes.

08/02/2019 72
Exame da OTOC – Fevereiro de 2011
Grupo II

 Resposta: c)

 Justificação: Norma transitória


 Art.º 5.º do Decreto-Lei n.º 159/2009
 Cálculos: 9.000€*20% = 1.800€*3=5.400€
9.000€-5.400€=3.600€/5=720€

73
Exame de 26/02/2011

Questão 28.:

A Sociedade Alfa, Lda. teve em 2010 um volume de negócios de 10.000.000 €. No


mesmo ano, pagou quotizações à associação empresarial do sector em que se insere no
montante de 15.000€.

No Quadro 07 da Declaração Modelo 22 respeitante a 2010 poderá deduzir:

a) 5.000,00 €.

b) 7.500,00 €.

c) 15.000,00 €.

d) 22.500,00 €.

08/02/2019 74
Exame de 26/02/2011

Artigo 44.º - Quotizações a favor de associações empresariais

1 — É considerado gasto do período de tributação, para efeitos da determinação do lucro


tributável, o valor correspondente a 150% do total das quotizações pagas pelos associados
a favor das associações empresariais em conformidade com os estatutos.

2 — O montante referido no número anterior não pode, contudo, exceder o equivalente a


2‰ do volume de negócios respectivo.

08/02/2019 75
Exame da OTOC – Fevereiro de 2011
Grupo II

 Resposta: a)

 Justificação: Quotizações
 Art.º 44.º do CIRC
 Cálculos: VN=10.000.000€*2%o = 20.000€ (limite)
Majoração=15.000€*150%=22.500€
20.000€-15.000€=5.000€

76
Exame de 26/02/2011

Questão 29.:

Constitui uma variação patrimonial não relevante para efeitos de determinação do lucro
tributável em IRC:

a) Um subsídio destinado à aquisição de um bem do activo fixo tangível.

b) Um perdão de dívidas concedido pelos credores.

c) Um aumento de capital em dinheiro com prémio de emissão.

d) Um subsídio destinado à exploração.

08/02/2019 77
Exame de 26/02/2011

Artigo 21.º - Variações patrimoniais positivas

1 — Concorrem ainda para a formação do lucro tributável as variações patrimoniais


positivas não reflectidas no resultado líquido do período de tributação, excepto:
a) As entradas de capital, incluindo os prémios de emissão de acções, as coberturas de
prejuízos, a qualquer título, feitas pelos titulares do capital, bem como outras variações
patrimoniais positivas que decorram de operações sobre instrumentos de capital próprio da
entidade emitente, incluindo as que resultem da atribuição de instrumentos financeiros
derivados que devam ser reconhecidos como instrumentos de capital próprio;

08/02/2019 78
Exame da OTOC – Fevereiro de 2011
Grupo II

 Resposta: c)

 Justificação: Variações patrimoniais


 Art.º 21.º n.º 1 a) do CIRC

79
Exame de 26/02/2011

Questão 31.:
A Sociedade Beta, S.A. reconheceu em 2009 uma perda por imparidade relativamente
ao cliente J. Silva, com referência a uma factura cuja data de vencimento havia ocorrido
em Fevereiro desse ano. O crédito relativo a essa factura era de 20.000,00 € e a perda
por imparidade foi reconhecida nesse montante. Em 2010, por iniciativa de uma
instituição bancária, foi instaurado a J. Silva um processo de insolvência.

No Quadro 07 da declaração modelo 22 do IRC de 2010 a Sociedade Beta, S.A.


deverá:
a) Deduzir 20.000 €.

b) Deduzir 5.000 €.

c) Deduzir 15.000 €.

d) Não deduzir qualquer importância.

08/02/2019 80
Exame de 26/02/2011

Artigo 36.º - Perdas por imparidade em créditos

1 — Para efeitos da determinação das perdas por imparidade previstas na alínea a) do n.º 1
do artigo anterior, consideram-se créditos de cobrança duvidosa aqueles em que o risco de
incobrabilidade esteja devidamente justificado, o que se verifica nos seguintes casos:

a) O devedor tenha pendente processo de insolvência e de recuperação de empresas ou


processo de execução;

2 — O montante anual acumulado da perda por imparidade de créditos referidos na alínea


c) do número anterior não pode ser superior às seguintes percentagens dos créditos em
mora:
25% para créditos em mora há mais de 6 meses e até 12 meses;

08/02/2019 81
Exame da OTOC – Fevereiro de 2011
Grupo II

 Resposta: c)

 Justificação: Imparidades
 Art.ºs 36.º n.º 1 a) e n.º 2 a) do CIRC
 Cálculos: 20.000€*25%=5.000€ foi custo em 2009 e
acresceu 15.000€ não aceite

82
Exame de 30/10/2010

QUESTÃO 29.:

A sociedade Alfa, Lda., cujo resultado é tributado em IRC ao abrigo do regime


geral, suportou quotizações para uma associação empresarial no valor de 5.000€,
sendo o seu volume de negócios de 2.600.000€. O montante considerado dedutível
para efeitos fiscais em sede de IRC (compreendendo as quotizações e eventual
majoração) ascende a:

a) 5.000€.

b) 5.200€.

c) 6.400€.

d) 7.500€.

08/02/2019 83
Exame de 30/10/2010

Artigo 44.º - Quotizações a favor de associações empresariais

1 — É considerado gasto do período de tributação, para efeitos da determinação do lucro


tributável, o valor correspondente a 150% do total das quotizações pagas pelos associados
a favor das associações empresariais em conformidade com os estatutos.

2 — O montante referido no número anterior não pode, contudo, exceder o


equivalente a 2‰ do volume de negócios respectivo.

08/02/2019 84
Exame da OTOC – Outubro de 2010
Grupo II

 Resposta: b)

 Justificação: Limite de quotização


 Art.º 44.º n.º 2 do CIRC
 Cálculos: 5.000€*150%=7.500€
 Limite: Vnegócios:2.600.000€*2%0= 5.200€

85
Exame de 30/10/2010

QUESTÃO 30.:

A sociedade industrial Chapa, S.A. alienou à sua sociedade-mãe uma participação


correspondente a 10% da sociedade Cima, Lda., tendo apurado uma menos-valia
fiscal, a qual:

a) Deverá ser considerada dedutível em IRC na esfera da sociedade Chapa, S.A.


na totalidade.

b) Deverá ser considerada dedutível em IRC na esfera da sociedade Chapa, S.A.


em somente 50%.

c) Não deverá ser considerada dedutível em IRC na esfera da sociedade Chapa,


S.A..

d) Poderá ser reinvestida em exercícios posteriores.

08/02/2019 86
Exame de 30/10/2010

Artigo 23.º - Gastos

1 — Consideram-se gastos os que comprovadamente sejam indispensáveis para a


realização dos rendimentos sujeitos a imposto ou para a manutenção da fonte produtora,
nomeadamente: ………..

5 — Não são, igualmente, aceites como gastos do período de tributação, os suportados


com a transmissão onerosa de partes de capital, qualquer que seja o título por que se
opere, a entidades com as quais existam relações especiais, nos termos do n.º 4 do
artigo 63.º, ou a entidades residentes em território português sujeitas a um regime especial
de tributação, bem como as menos-valias resultantes de mudanças no modelo de
valorização relevantes para efeitos fiscais, nos termos do n.º 9 do artigo 18.º, que
decorram, designadamente, de reclassificação contabilística ou de alterações nos
pressupostos referidos na alínea a) do n.º 9 deste artigo.

08/02/2019 87
Exame da OTOC – Outubro de 2010
Grupo II

 Resposta: c)

 Justificação: Gastos não aceites fiscalmente


 Art.º 23.º n.º 5 do CIRC

88
Exame de 30/10/2010

QUESTÃO 31.:

Qual dos seguintes gastos ou encargos não é aceite para efeitos da determinação do
lucro tributável em sede IRC?

a) O Imposto do selo suportado no âmbito de um financiamento contraído pela


empresa.

b) Uma multa paga a um cliente pelo atraso na entrega de mercadorias.

c) A despesa suportada com a reparação de uma viatura da própria empresa, por


danos sofridos num acidente, por não existir seguro contra todos os riscos.

d) A derrama incidente sobre o lucro tributável.

08/02/2019 89
Exame de 30/10/2010

Artigo 45.º - Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais

1 — Não são dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável os seguintes


encargos, mesmo quando contabilizados como gastos do período de tributação:

a) O IRC e quaisquer outros impostos que directa ou indirectamente incidam sobre os


lucros;

08/02/2019 90
Exame da OTOC – Outubro de 2010
Grupo II

 Resposta: d)

 Justificação: Gastos não aceites fiscalmente


 Art.º 45.º n.º 1 a) do CIRC (A derrama é uma taxa que
incide sobre o lucro das empresas)

91
Exame de 26/06/2010

A SEMPRE A ANDAR AUTO PORTUGAL tem tido resultados contabilísticos e


lucros tributáveis sempre positivos, não sentindo a crise que o sector e o país
atravessam. A participação de 20% que subscreveu no capital da franchisada foi
contabilizada pelo método da equivalência patrimonial. Em 31.12.2009, o activo
estava reconhecido no balanço por 46.250€ e esta valorização justifica-se apenas pelo
efeito associado ao valor de aquisição e ao resultado apurado no ano.

QUESTÃO 4.:

No âmbito da tributação em IRC, a parte da SEMPRE A ANDAR AUTO


PORTUGAL em 2009 nos resultados da SEMPRE A ANDAR AVEIRO é:

a) Deduzida à colecta de IRC de 2009.


b) Deduzida ao lucro tributável em IRC de 2009.
c) Um ganho totalmente tributável em IRC de 2009.
d) Nenhuma das anteriores.

08/02/2019 92
Exame de 26/06/2010

Artigo 51.º - Eliminação da dupla tributação económica de lucros distribuídos

1 — Na determinação do lucro tributável das sociedades comerciais ou civis sob forma


comercial, cooperativas e empresas públicas, com sede ou direcção efectiva em território
português, são deduzidos os rendimentos, incluídos na base tributável, correspondentes a
lucros distribuídos, desde que sejam verificados os seguintes requisitos:
a) A sociedade que distribui os lucros tenha a sede ou direcção efectiva no mesmo
território e esteja sujeita e não isenta de IRC ou esteja sujeita ao imposto referido no artigo
7.º;
b) A entidade beneficiária não seja abrangida pelo regime da transparência fiscal previsto
no artigo 6.º;
c) A entidade beneficiária detenha directamente uma participação no capital da sociedade
que distribui os lucros não inferior a 10% ou com um custo de aquisição não inferior a €
20.000.000 e esta tenha permanecido na sua titularidade, de modo ininterrupto, durante o
ano anterior à data da colocação à disposição dos lucros ou, se detida há menos tempo,
desde que a participação seja mantida durante o tempo necessário para completar aquele
período.

08/02/2019 93
Exame da OTOC – Junho de 2010
Grupo I

 Resposta: b)

 Justificação: dupla tributação económica


 Art.º 51.º n.º 1 do CIRC, este art.º sofreu alterações

94
Exame de 26/06/2010

A SEMPRE A ANDAR AVEIRO está a equacionar a compra de um sistema de


lavagens automáticas. A decisão de aceitação depende necessariamente do custo do
sistema, da quantidade de lavagens mensais estimadas e do preço a praticar.

QUESTÃO 17.:

Em sede de IRC, os gastos suportados pela SEMPRE A ANDAR AVEIRO nas


lavagens oferecidas aos clientes:

a) São aceites como gastos na determinação do lucro tributável.


b) Não são aceites como gastos na determinação do lucro tributável, pois o serviço
não é facturado ao cliente.
c) Apenas são aceites como gastos na determinação do lucro tributável caso a
empresa apresente lucro tributável no exercício.
d) Apenas são aceites como gastos na determinação do lucro tributável desde que o
valor anual não ultrapasse 5‰ do volume de negócios.

08/02/2019 95
Exame de 26/06/2010

Artigo 23.º - Gastos

1 — Consideram-se gastos os que comprovadamente sejam indispensáveis para a


realização dos rendimentos sujeitos a imposto ou para a manutenção da fonte produtora,
nomeadamente:

…….

Artigo 45.º - Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais

1 — Não são dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável os seguintes


encargos, mesmo quando contabilizados como gastos do período de tributação:
………

08/02/2019 96
Exame da OTOC – Junho de 2010
Grupo I

 Resposta: a)

 Justificação: Gastos aceites fiscalmente


 Art.º 23.º e art.º 45.º do CIRC, à contrário

97
Exame de 26/06/2010
As viaturas do Hospital D. Sebastião E.P.E. sito em Aveiro têm sido assistidas pela SEMPRE A
ANDAR AVEIRO, no que respeita a mudanças de óleo e filtro, travões, mudanças e
equilibragens de pneus e alinhamentos de direcção. Pontualmente são também efectuadas
reparações de bate-chapa e pintura, relativas a pequenos acidentes. Em Julho de 2010 e
atendendo a que o Hospital D. Sebastião E.P.E. tinha dívidas em mora no total de 18.360€,
algumas das quais vencidas há mais de 540 dias, a Administração da SEMPRE A ANDAR
AVEIRO suspendeu a prestação de serviços aquela entidade, mas não tem intenção de accionar
judicialmente aquele hospital.

QUESTÃO 22.:
Em sede de IRC, as dívidas do Hospital D. Sebastião E.P.E. já vencidas mas não
liquidadas:
a) São consideráveis como créditos incobráveis e, consequentemente, aceites como
gastos ou perdas.
b) Não podem dar origem a perdas por imparidade fiscalmente dedutíveis.
c) Apenas a parte respeitante ao IVA suportado pela SEMPRE A ANDAR, SA é gasto
aceite fiscalmente.
d) A aceitabilidade depende da circunstância de ter sido anteriormente constituído
ajustamento para cobranças duvidosas.
08/02/2019 98
Exame de 26/06/2010

Artigo 35.º - Perdas por imparidade fiscalmente dedutíveis

1 — Podem ser deduzidas para efeitos fiscais as seguintes perdas por imparidade
contabilizadas no mesmo período de tributação ou em períodos de tributação anteriores:
a) As relacionadas com créditos resultantes da actividade normal que, no fim do período
de tributação, possam ser considerados de cobrança duvidosa e sejam evidenciados como
tal na contabilidade;

Artigo 36.º - Perdas por imparidade em créditos

1 — Para efeitos da determinação das perdas por imparidade previstas na alínea a) do n.º 1
do artigo anterior, consideram-se créditos de cobrança duvidosa aqueles em que o risco de
incobrabilidade esteja devidamente justificado, o que se verifica nos seguintes casos:
3 — Não são considerados de cobrança duvidosa:

a) Os créditos sobre o Estado, Regiões Autónomas e autarquias locais ou aqueles em que


estas entidades tenham prestado aval;

08/02/2019 99
Exame da OTOC – Junho de 2010
Grupo I

 Resposta: b)

 Justificação: Perdas por imparidade


 Art.º 35.º n.º 1 a) e art.º 36.º n.º 3 a) do CIRC, por estarem
excluidas

100
Exame de 26/06/2010

Questão 27.:

Não estão sujeitas a tributação autónoma em IRC:

a) Despesas não documentadas.

b) Encargos não devidamente documentados.

c) Despesas de representação.

d) Despesas com viaturas parcialmente movidas a energia eléctrica.

08/02/2019 101
Exame de 26/06/2010
Artigo 45.º - Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais

1 — Não são dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável os seguintes


encargos, mesmo quando contabilizados como gastos do período de tributação:
g) Os encargos não devidamente documentados;

Artigo 88.º - Taxas de tributação autónoma

1 — As despesas não documentadas são tributadas autonomamente, à taxa de 50%, sem


prejuízo da sua não consideração como gastos nos termos do artigo 23.º
3 — São tributados autonomamente, excluindo os veículos movidos exclusivamente a
energia eléctrica…
a) À taxa de 10%, os encargos dedutíveis relativos a despesas de representação e os
relacionados com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, motos ou motociclos,
efectuados ou suportados por sujeitos passivos não isentos subjectivamente e que
exerçam, a título principal, actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola;

08/02/2019 102
Exame da OTOC – Junho de 2010
Grupo II

 Resposta: b)

 Justificação: Gastos não aceites


 Art.º 45.º n.º 1 g) do CIRC e art.º 88.º n.º 1 e n.º 3
 O art.º 88.º sofreu alterações

103
Exame de 26/06/2010

Questão 28.:
Um aumento de capital de uma sociedade realizado por um sócio através da entrega
de um imóvel:

a) Constitui para a sociedade uma variação patrimonial tributada em IRC.

b) É tributada em imposto do selo, por se tratar de uma transmissão gratuita.

c) Embora sujeita a tributação em imposto do selo, está isenta de tributação por se


tratar da transmissão de um bem entre o sócio e a sociedade de que faz parte.

d) Constitui para a sociedade uma variação patrimonial não tributada em IRC.

08/02/2019 104
Exame de 26/06/2010

Artigo 21.º - Variações patrimoniais positivas

1 — Concorrem ainda para a formação do lucro tributável as variações patrimoniais


positivas não reflectidas no resultado líquido do período de tributação, excepto:

a) As entradas de capital, incluindo os prémios de emissão de acções, as coberturas de


prejuízos, a qualquer título, feitas pelos titulares do capital, bem como outras variações
patrimoniais positivas que decorram de operações sobre instrumentos de capital
próprio da entidade emitente, incluindo as que resultem da atribuição de instrumentos
financeiros derivados que devam ser reconhecidos como instrumentos de capital
próprio;

08/02/2019 105
Exame da OTOC – Junho de 2010
Grupo II

 Resposta: d)

 Justificação: Variações patrimoniais


 Art.º 21.º n.º 1 a) do CIRC, está excepcionado

106
Exame de 26/06/2010

Questão 29.:

O Sr. António Abreu doou um imóvel a uma sociedade de que é sócio maioritário um
seu filho. Essa doação é tributada:

a) Em imposto do selo, embora fique isenta.

b) Em imposto do selo, não beneficiando de qualquer isenção.

c) Em IMT.

d) Em IRC.

08/02/2019 107
Exame de 26/06/2010

Artigo 21.º - Variações patrimoniais positivas

1 — Concorrem ainda para a formação do lucro tributável as variações patrimoniais


positivas não reflectidas no resultado líquido do período de tributação, excepto:
……..

2 — Para efeitos da determinação do lucro tributável, considera-se como valor de


aquisição dos incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito o seu valor de mercado,
não podendo ser inferior ao que resultar da aplicação das regras de determinação do valor
tributável previstas no Código do Imposto do Selo.

Imposto de Selo – Art.º 1.º


5 - Para efeitos da verba 1.2 da tabela geral, não são sujeitas a imposto do selo as
seguintes transmissões gratuitas:

e) Transmissões a favor de sujeitos passivos de imposto sobre o rendimento das pessoas


colectivas, ainda que dele isentas;
08/02/2019 108
Exame da OTOC – Junho de 2010
Grupo II

 Resposta: d)

 Justificação: Variações patrimoniais


 Art.º 21.º n.º 2 do CIRC e art.º 1.º n.º 5 e) do CISELO

109
Exame de 13/03/2010
Em Fevereiro de 2010 um cliente sedeado em Madrid – Muebles SR - entrou em processo de insolvência e foi
imediatamente declarado falido pelo tribunal, dado não existir património que permita ressarcir os credores.
Este cliente não tinha liquidado no prazo acordado (Fevereiro de 2010) duas facturas cujo montante global
ascendia a 23.000 euros. E deve ainda à XCRITOR uma outra factura no valor de 40.000 euros, a qual se iria
vencer no corrente mês de Março. As três facturas respeitam todas a vendas efectuadas já em 2010.
Sabe-se ainda que a XCRITOR não participa no capital da referida empresa espanhola, nem é por ela
participada. Por outro lado, não existe qualquer seguro de crédito em relação às vendas efectuadas para
aquele cliente.

QUESTÃO 7.:

No âmbito do IRC relativo a 2010 da XCRITOR, os créditos incobráveis da Muebles SR:

a) Não serão aceites como gastos, dado que o cliente se encontra sedeado em Espanha.

b) São aceites como gastos na totalidade.

c) São aceites como gastos excepto na parte respeitante ao IVA, dado que este imposto é recuperável pela
XCRITOR.

d) Não serão aceites como gastos por não ter sido anteriormente constituído ajustamento para cobranças
duvidosas

08/02/2019 110
Exame de 13/03/2010

Artigo 41.º - Créditos incobráveis

Os créditos incobráveis podem ser directamente considerados gastos ou perdas do período


de tributação na medida em que tal resulte de processo de insolvência e de recuperação
de empresas, de processo de execução ou de procedimento extrajudicial de conciliação
para viabilização de empresas em situação de insolvência ou em situação económica
difícil mediado pelo IAPMEI — Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao
Investimento, quando relativamente aos mesmos não tenha sido admitida perda por
imparidade ou, sendo-o, esta se mostre insuficiente.

08/02/2019 111
Exame da OTOC – Março de 2010
Grupo I

 Resposta: b)

 Justificação: São créditos incobráveis


 Art.º 41.º do CIRC
 Nota: Não incluía IVA porque tratava-se de uma TICB

112
Exame de 13/03/2010

Houve um incêndio e a empresa recebeu uma indemnização da seguradora


inferior ao prejuízo que teve.
A Gerência da XCRITOR questionou o TOC sobre o enquadramento fiscal
desta operação, ou seja, sobre a aceitabilidade como gasto do valor não coberto
pela seguradora.

QUESTÃO 11.:
No apuramento do IRC de 2010 da XCRITOR, a diferença entre o custo da
madeira danificada e o valor recebido da seguradora:
a) É um gasto aceite fiscalmente.
b) É um gasto não aceite fiscalmente porque o risco estava seguro, mas não foi
coberto.
c) É um gasto aceite fiscalmente, mas dependente de autorização prévia da
DGCI.
d) Nenhuma das anteriores.
08/02/2019 113
Exame de 13/03/2010

Artigo 23.º - Gastos

1 — Consideram-se gastos os que comprovadamente sejam indispensáveis para a


realização dos rendimentos sujeitos a imposto ou para a manutenção da fonte produtora.

08/02/2019 114
Exame da CTOC – Março de 2010
Grupo I

 Resposta: a)

 Justificação: Gastos aceites


 Não está excepcionado nem no art.º 23.º
nem no art.º 45.º

115
Exame de 13/03/2010

Em Fevereiro de 2009 a XCRITOR alienou, por 115.000 euros, uma loja


localizada no centro da cidade que deixou de ser utilizada pela empresa, quando
abriu o “Show Room” nas novas instalações. Aquela loja tinha sido adquirida
no início de 1999 por 85.000 euros, a que acresceram despesas de aquisição
(sisa, escritura, registos, etc.) no montante de 15.000 euros. Este imóvel foi
sempre amortizado desde o ano de aquisição em quotas constantes anuais e às
taxas máximas previstas no Decreto Regulamentar n.º 2/90. Sabe-se ainda que
o valor de alienação é superior ao valor patrimonial tributável (VPT) do imóvel.

QUESTÃO 23.:
Em sede de IRC, a XCRITOR obteve em 2009 na alienação deste imóvel:
a) Uma mais valia fiscal de 3.650€.
b) Uma menos valia fiscal de 19.650€.
c) Uma mais valia fiscal de 15.000€.
d) Uma menos valia fiscal de 3.650€.

08/02/2019 116
Exame de 13/03/2010

Artigo 34.º - Gastos não dedutíveis para efeitos fiscais

1 — Não são aceites como gastos:


b) As depreciações de imóveis na parte correspondente ao valor dos terrenos ou na não
sujeita a deperecimento;

Artigo 46.º - Conceito de mais-valias e de menos-valias

1 — Consideram-se mais-valias ou menos-valias realizadas os ganhos obtidos ou as


perdas sofridas mediante transmissão onerosa, qualquer que seja o título por que se opere
e, bem assim, os decorrentes de sinistros ou os resultantes da afectação permanente a fins
alheios à actividade exercida, respeitantes a:

a) Activos fixos tangíveis, activos intangíveis, activos biológicos que não sejam
consumíveis e propriedades de investimento, ainda que qualquer destes activos tenha
sido reclassificado como activo não corrente detido para venda;

08/02/2019 117
Exame da OTOC – Março de 2010
Grupo I

 Resposta: a)
Justificação: Mais valia fiscal
 Art.º 34.º n.º 1 b) ; art.º 46.º n.º 1 a) do CIRC e DR 2/90,
actual DR.25/2009
 Fórmula: +/-valia=Vr-(Va-Aac)coef
 Cálculos: 115.000-(100.000-15.000)*1,31 = 3.650€
 Notas: Vtotal=85.000+15.000=100.000; Vamort.=75%
 taxa amortização 2% Código 2015 DR2/90; cof. Tabela
anual
 O terreno não amortiza, e os anos de amortização foram 10
118
Exame de 13/03/2010

Questão 25.:

A Sociedade Beta, Lda. adquiriu em 2009 uma viatura ligeira de passageiros


(cujo nível homologado de emissão de CO2 é superior a 120g/km) por €
39.927,87, tendo-a amortizado nesse ano à taxa de 20%. A tributação autónoma
apurada em IRC do exercício de 2009 relativa à amortização dessa viatura foi
de:

a) € 598,56.
b) € 748,20.
c) € 798,56.
d) € 1.000,00.

08/02/2019 119
Exame de 13/03/2010

Artigo 34.º - Gastos não dedutíveis para efeitos fiscais


1 — Não são aceites como gastos:
e) As depreciações das viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, incluindo os veículos eléctricos,
na parte correspondente ao custo de aquisição ou ao valor de reavaliação excedente ao
montante a definir por portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças, bem
como dos barcos de recreio e aviões de turismo e todos os gastos com estes relacionados, desde que
tais bens não estejam afectos à exploração do serviço público de transportes ou não se destinem a ser
alugados no exercício da actividade normal do sujeito passivo.
Artigo 88.º - Taxas de tributação autónoma
3 — São tributados autonomamente, excluindo os veículos movidos exclusivamente a energia
eléctrica:
a) À taxa de 10%, os encargos dedutíveis relativos a despesas de representação e os relacionados
com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, motos ou motociclos, efectuados ou suportados por
sujeitos passivos não isentos subjectivamente e que exerçam, a título principal, actividade de natureza
comercial, industrial ou agrícola;
b) À taxa de 5%, os encargos dedutíveis, suportados pelos sujeitos passivos mencionados no número
anterior, respeitantes a viaturas ligeiras de passageiros ou mistas cujos níveis homologados de
emissão de CO2 sejam inferiores a 120 g/Km, no caso de serem movidos a gasolina, e inferiores a
90 g/Km, no caso de serem movidos a gasóleo, desde que, em ambos os casos, tenha sido emitido
certificado de conformidade.
08/02/2019 120
Exame da OTOC – Março de 2010
Grupo II

 Resposta: a)
Justificação: Tributação autónoma
 Art.º 34.º n.º 1 e) ; art.º 88.º n.º 3 a) do CIRC
 Cálculo da amortização: 29.927,87*20%=5.985,57
 Tributação autónoma: 5.985,57*10%= 598,56€
 Notas: O limite do valor de aquisição aceite para as viaturas
até 2009 era de 29.927,87 e houve alteração nas taxas de
tributação autónoma

121
Exame de 13/03/2010

Questão 26.:

Em 2010, no âmbito da tributação em IRC, a constituição de provisões:

a) Dá origem a gastos obrigatoriamente aceites para efeitos fiscais, respeitando


o princípio contabilístico da prudência.

b) Dá origem a gastos fiscalmente aceites sempre que os riscos venham a ser


confirmados no futuro.

c) Só dá origem a gastos fiscalmente aceites se a Direcção-Geral dos Impostos


aceitar a existência de riscos.

d) Nenhuma das respostas anteriores é verdadeira

08/02/2019 122
Exame de 13/03/2010

Artigo 39.º - Provisões fiscalmente dedutíveis

1 — Podem ser deduzidas para efeitos fiscais as seguintes provisões:


a) As que se destinem a fazer face a obrigações e encargos derivados de processos judiciais em
curso por factos que determinariam a inclusão daqueles entre os gastos do período de tributação;
b) As que se destinem a fazer face a encargos com garantias a clientes previstas em contratos de
venda e de prestação de serviços;
c) As que, constituídas pelas empresas pertencentes ao sector das indústrias extractivas ou de
tratamento e eliminação de resíduos, se destinem a fazer face aos encargos com a reparação dos
danos de carácter ambiental dos locais afectos à exploração, sempre que tal seja obrigatório e após a
cessação desta, nos termos da legislação aplicável.

Artigo 40.º - Provisão para a reparação de danos de carácter ambiental


1 — A dotação anual da provisão a que se refere a alínea d) do n.º 1 do artigo 39.º corresponde ao
valor que resulta da divisão dos encargos estimados com a reparação de danos de carácter ambiental
dos locais afectos à exploração, nos termos da alínea a) do n.º 3, pelo número de anos de exploração
previsto em relação aos mesmos.

08/02/2019 123
Exame da OTOC – Março de 2010
Grupo II

 Resposta: d)

Justificação: Provisões aceites fiscalmente apenas para


processos judiciais em curso, garantias a clientes e
reparação de danos a ambientais
 Art.º 39.º n.º 1 art.º 40.º n.º 1 do CIRC

124
Exame de 13/03/2010

Questão 27.:

Qual das seguintes variações patrimoniais é relevante para efeitos de


determinação do lucro tributável das sociedades em Portugal?

a) Reavaliação do imobilizado não prevista em diploma legal de carácter fiscal.

b) Reavaliação do imobilizado prevista em diploma legal de carácter fiscal.

c) Aumento de capital de uma sociedade anónima não reservado a accionistas.

d) Doação de um imóvel recebida pela sociedade.

08/02/2019 125
Exame de 13/03/2010

Artigo 21.º - Variações patrimoniais positivas

1 — Concorrem ainda para a formação do lucro tributável as variações patrimoniais positivas não
reflectidas no resultado líquido do período de tributação…..

2 — Para efeitos da determinação do lucro tributável, considera-se como valor de aquisição dos
incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito o seu valor de mercado, não podendo ser
inferior ao que resultar da aplicação das regras de determinação do valor tributável previstas no
Código do Imposto do Selo.

08/02/2019 126
Exame da OTOC – Março de 2010
Grupo II

 Resposta: d)

Justificação: Variação patrimonial positiva - Doacção


 Art.º 21.º n.º 2 do CIRC e art.º 1.º n.º 5 e) do ISelo

127

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