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Clássica
Lógica proposicional
G. Frege
B. Russell
2
Formas proposicionais
P e Q.
P Q
Logo, P e Q.
O argumento é inválido.
[P1] P ou Q.
A premissa é V.
[C] Logo, P. A conclusão é F.
L
F
Ó [P1] Se P, então Q.
O
G
R Conectiva proposicional
I [P2] Não-Q. Se… então
M
C [C] Logo, não-P.
A
A
5
Conectivas verofuncionais
6
Nem todas as conectivas são verofuncionais.
Deus existe, uma vez que ou Ele existe ou a Bíblia está errada e sabemos que está correta.
Dicionário Ou P ou Q.
P – Deus existe. Não Q.
Q – A Bíblia está errada. Logo, P.
Dicionário Se P, então Q.
P – A virtude é o centro da ética. Não P.
Q – Aristóteles está correto. Logo, não Q.
8
Conectivas proposicionais verofuncionais
Conectiva com maior âmbito é a conectiva que se aplica e abrange toda a fórmula lógica.
9
Negação
Formalização ~ [~P]
Expressão canónica Inverte o valor de verdade
“O conhecimento não é sensação”
Expressões alternativas de uma proposição.
“Não é verdade que o conhecimento seja sensação.”
“É falso que o conhecimento seja sensação.”
Dicionário:
O Asdrúbal não é inteligente. P – O Asdrúbal é inteligente. Não P ~P
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Conjunção
Proposição formada por Formalização ^ [P ^ Q]
Expressão canónica “A vida tem sentido e Deus existe.”
proposições elementares
colocadas antes e depois de Expressões alternativas “A vida tem sentido, mas Deus também existe.”
Dicionário:
O Asdrúbal é inteligente e simpático. P – O Asdrúbal é inteligente. PeQ P^Q
Q – O Asdrúbal é simpático.
11
Disjunção [inclusiva]
Formalização V [P V Q]
É inclusiva quando
Expressão canónica “O José ganhou o Euromilhões ou a Vera ganhou o Euromilhões.”
pode acontecer que
Expressões alternativas “O José ou a Vera ganharam o Euromihões”.
as disjuntas sejam
“O José ganhou o Euromilhões a menos que a Vera o tenha ganho.”
ambas verdadeiras.
“Platão refletiu sobre ética a não ser que Aristóteles o tenha feito.”
Dicionário:
O Asdrúbal é inteligente ou P – O Asdrúbal é inteligente. P ou Q PvQ
simpático. Q – O Asdrúbal é simpático.
Dicionário: Ou P
O Asdrúbal ou é inteligente
P – O Asdrúbal é inteligente. PvQ
ou simpático. Q – O Asdrúbal é simpático. ou Q
Para ser exclusiva, uma das proposições tem que ser verdadeira e a
outra tem que ser falsa [não podem ambas ser verdadeiras ou falsas].
13
Condicional
Formalização [P Q]
Expressão canónica “Se há pensamento, então há matéria.”
Expressões alternativas “Se há pensamento, há matéria.”
“Há matéria somente se houver pensamento.”
“A matéria é uma condição necessária do pensamento.”
“Não há pensamento, a não ser que haja matéria.”
14
Bicondicional
Formalização [P Q]
Expressão canónica “Uma coisa é ouro se, e só se, tem número atómico 79 .”
Expressões alternativas “Uma coisa é ouro se, e somente se, tem número atómico 79.”
“Se uma coisa é ouro, então tem o número atómico 79 e vice-versa.”
“Uma condição necessária e suficiente para alguma coisa ser ouro é
ter o número atómico 79.”
15
Exercícios
Complete o quadro:
16
Complete o quadro: Exercícios
Proposição Dicionário Formalização
P: Platão era grego. P^Q
Tanto Platão como Aristóteles eram gregos Q: Aristóteles era grego.
P: Deus existe. PVQ
Deus existe ou a Bíblia está errada.
Q: A bíblia está errada.
Ou o Pedro está na praia ou no cinema. P: O Pedro está na praia. PvQ
Q: O Pedro está no cinema.
A arte não é imitação. P: A arte é imitação. ~P
O conhecimento e a fé são estudados pela P: O conhecimento é estudado pela Filosofia. P^Q
Filosofia. Q: A fé é estudada pela Filosofia.
O conhecimento é estudado pela Filosofia e a fé P^Q
P: O conhecimento é estudado pela Filosofia.
também. Q: A fé é estudada pela Filosofia.
Tanto o conhecimento como a fé são estudados P: O conhecimento é estudado pela Filosofia. P^Q
pela Filosofia. Q: A fé é estudada pela Filosofia.
Sócrates é um filósofo se, e só se, for mortal. P: Sócrates é um filósofo. P Q
Q: Sócrates é mortal.
Se há pensamento, há matéria. P: Há pensamento. P Q
Q: Há matéria.
Platão era grego e Kant alemão. P^Q
P: Platão era grego.
Se Platão era grego, então Kant era alemão. Q: Kant era alemão. P Q 17
Formalize as seguintes proposições: Exercícios
(~Q ~P) Se Deus não existe, então a vida não tem sentido.
19
Formalização de fórmulas proposicionais
Formalizações complexas com mais de duas variáveis proposicionais.
20
Dicionário
O Asdrúbal aterrorizou Lisboa e o Porto ou Guimarães.
P – O Asdrúbal aterrorizou Lisboa.
Q – O Asdrúbal aterrorizou o Porto.
R – O Asdrúbal aterrorizou Guimarães.
Para superar ambiguidades, precisamos de recorrer a
parêntesis.
22
Âmbito das conectivas
1. Se não é verdade que a vida tem sentido, então Deus existe.
23
Âmbito das conectivas
1. Deus existe, e se a vida tem sentido, então há entrega ativa a projetos de valor.
Dicionário
P – Deus existe.
P ^ (Q R) A conjunção é a conectiva de maior
Q – A vida tem sentido.
âmbito. R - Há entrega ativa a
projetos de valor.
2. Se Deus existe e a vida tem sentido, então há entrega ativa a projetos de valor.
Dicionário
P – Deus existe.
(P ^ Q) R A condicional é a conectiva de
Q – A vida tem sentido.
maior âmbito. R - Há entrega ativa a
projetos de valor.
24
1. Formalize as seguintes proposições: Exercício
Recorremos a tabelas de verdade para determinar se a forma lógica dos argumentos é válida.
27
(P Q), ~Q ~P
Dicionário
P: O conhecimento é sensação.
Cada uma das proposições pode ser V ou F
Q: Os porcos têm conhecimento.
Valores de verdade de toda
e qualquer proposição.
P Q
V V Ambas são verdadeiras
V F Só P é verdadeira
F V Só Q é verdadeira
F F Ambas são falsas
28
Tabelas de verdade
São diagramas lógicos que listam todas as combinações possíveis de valores
de verdade para cada variável proposicional de uma fórmula proposicional.
29
Tabelas de verdade
Dicionário
Negação ~P: Sócrates não é mortal.
P – Sócrates é mortal.
30
Tabelas de verdade
Dicionário
P – Sócrates é mortal. Sócrates e Platão são mortais.
Q – Platão é mortal.
31
Tabelas de verdade
Dicionário
P – Sócrates é mortal. Sócrates ou Platão são mortais.
Q – Platão é mortal.
32
Tabelas de verdade
Dicionário
P – Sócrates é mortal. Ou Sócrates ou Platão são mortais.
Q – Platão é mortal.
33
Tabelas de verdade
Dicionário
P – Sócrates é mortal. Se Sócrates é mortal, então
34
Tabelas de verdade
Dicionário
Sócrates é mortal se e só se
P – Sócrates é mortal.
Platão também for.
Q – Platão é mortal.
35
Exercício
36
Admitindo que a vida tem sentido [P é verdadeira] e que o livre-arbítrio é uma ilusão [Q é verdadeira], completa a tabela:
38
~ (P v ~Q) Tautologia, contradição ou contingência?
Por fim, calculamos a negação Segue-se o cálculo do valor da Começamos por calcular o valor
P Q
~ (P v ~ Q)
V V F V V F
V F
F V V V É uma fórmula
F V V F F contingente
F
F F F F V V
39
(P v ~P)
Tautologia, contradição ou contingência?
P
(P v ~ p)
V V V F É uma fórmula
F F V V tautológica
40
Tabelas de Verdade Complexas
P – 2 linhas
Fórmula 2n
P Q – 2x2 – 4 linhas
n variáveis proposicionais dá 2n linhas
P Q R – 2x2x2 – 8 linhas
[combinações de valores de verdade]
P Q R S – 2x2x2x2 – 16 linhas
41
P P Q P Q R P Q R S Normas de preenchimento:
V V V V V V V V V V
Começamos com a última variável proposicional,
F V F V V F V V V F
F V V F V V V F V alternando V e F.
F F V F F V V F F
F V V V F V V A penúltima é preenchida em grupos de dois [V, V, F, F]
F V F V F V F
F F V V F F V A antepenúltima é preenchida em grupos de quatro [V,
F F F V F F F V, V, V, F, F, F, F]
F V V V
…
F V V F
F V F V
Ordem para determinar os cálculos dos valores de
F V F F
F F V V
verdade:
F F V F Começar sempre na conetiva de menor âmbito e
F F F V progredir para a de maior.
F F F F
42
Avaliar fórmulas complexas
P (~ Q ^ P) Tabela de verdade
3 1 2
P Q P (~ Q ^ P)
A fórmula é V V V F F F V
contingente.
V F V V V V V
F V F V F F F
F F F V V F F
44
Avaliação de argumentos
45
Inspetor de circunstâncias
[tabela de verdade aplicada a argumentos]
É um dispositivo gráfico com uma sequência de tabelas de verdade que mostra o valor
de verdade de cada premissa e da conclusão em todas as circunstâncias possíveis.
(P Q), ~ Q ~P
Será válido?
46
P Q (P Q), ~Q ~P
V V V F F
V F F V F
F V V F V
F F V V V
47
P Q (P Q), Q P
V V V V V
V F F F V
F V V VV F
F F V F F
1. Expressão canónica
2. Dicionário
3. Formalização
49
Se Sócrates fugir da prisão, então opta por obedecer ao Estado apenas quando isso lhe é conveniente.
Ora, se opta por obedecer ao Estado apenas quando isso é conveniente, então não acredita realmente
no que diz. Portanto, se acredita realmente no que diz, então não foge da prisão.
É um argumento válido?
1º passo P1 – Se Sócrates fugir da prisão, então opta por obedecer ao Estado apenas
Expressão canónica quando isso lhe é conveniente.
P2 – Se opta por obedecer ao Estado apenas quando isso lhe é conveniente,
então não acredita realmente no que diz.
C – Logo, se Sócrates acredita realmente no que diz, então ele não fugirá
da prisão.
50
P1 – Se Sócrates fugir da prisão, então opta por obedecer ao Estado apenas quando isso lhe é conveniente.
P2 – Se opta por obedecer ao Estado apenas quando isso lhe é conveniente, então não acredita realmente no que diz.
C – Logo, se Sócrates acredita realmente no que diz, então ele não fugirá da prisão.
É um argumento válido?
2º passo
Construir o dicionário
51
P1 – Se Sócrates fugir da prisão, então opta por obedecer ao Estado apenas quando isso lhe é conveniente.
P2 – Se opta por obedecer ao Estado apenas quando isso lhe é conveniente, então não acredita realmente no que diz.
C – Logo, se Sócrates acredita realmente no que diz, então ele não fugirá da prisão.
É um argumento válido?
3º passo
(P Q), (Q ~R) (R ~P)
Formalizar o argumento
52
(P Q), (Q ~R) (R ~P)
É um argumento válido?
P Q R (P Q) (Q ~R) (R ~P)
V V V V F F
V V F V V V
V F V F V F
4º passo V F F F V V
Inspetor de circunstâncias F V V V F V
F V F V V V
F F V V V V
F F F V V V
53
P Q R (P Q) (Q ~R) (R ~P)
V V V V F F
V V F V V V
5º passo V F V F V F
Análise V F F F V V
F V V V F V
F V F V V V
F F V V V V
F F F V V V
É um argumento válido?
54
Exercício
Aplica as várias etapas de avaliação da validade aos seguintes argumentos:
Deus não quer evitar o mal ou ele não o pode fazer. Se Deus não quer evitar o mal,
então ele não é totalmente bom. Se Deus não pode evitar o mal, então ele não é
omnipotente. Portanto, Deus não é totalmente bom ou não é omnipotente.
1º Forma canónica P1 – Deus não quer evitar o mal ou Deus não pode evitar o mal.
P2 – Se Deus não quer evitar o mal, então não é totalmente bom.
P3 – Se Deus não pode evitar o mal, então não é omnipotente.
C – Logo, Deus não é totalmente bom ou não é omnipotente.
Exercícios de revisão
Selecione a alínea correta:
58
2. As conetivas verofuncionais:
a) Levam a que as proposições complexas por elas conectadas se tornem inevitavelmente verdadeiras.
b) São letras usadas em lógica proposicional para designar proposições simples.
c) São representações gráficas onde se exibem os valores de verdade possíveis para as proposições.
d) Permitem determinar o valor de verdade da frase complexa resultante partindo dos valores de verdade das
frases concatenadas.
59
1. O Asdrúbal é estudioso e não gosta da Floriana.
(P ^ ~Q)
7. Se o Asdrúbal convidar a Floriana ou a Tertuliana para o baile, então será espancado pelo Ricardino.
((P v Q) R)
8. O Asdrúbal convida a Tertuliana se e só se nem o Floriano nem o Afonsino a convidarem.
(P (~ Q ^ ~ R)) 60
1. Verdadeira quando as duas proposições que a constituem têm o mesmo
valor de verdade.
A. Conjunção
C. Condicional
3. Só é falsa quando ambas as disjuntas são falsas.
D. Disjunção inclusiva
4. O seu valor de verdade é o oposto da proposição original.
E. Bicondicional
5. Verdadeira se as duas proposições conectadas forem verdadeiras.
F. Disjunção exclusiva
6. Só é falsa quando o antecedente é verdadeiro e o consequente é falso.
61
Formalize e decida sobre a validade:
Chove muito, o que é uma chatice face aos nossos planos! Já sei que não vamos sair de casa. Tinha pensado em
sairmos para jantar… Poderemos sair de casa se este temporal horripilante e incomodativo acalmar e os
bombeiros limparem, com a nova e brilhante máquina, a neve… Mas se este temporal de uma figa não acalmar,
de certeza que os bombeiros não vão arriscar sair do quartel para limpar a neve… Olha, o temporal não
acalmou!
Dicionário: P1 - Se o temporal acalmar e os bombeiros limparem a neve, então podemos sair de casa.
P – Podemos sair de casa. P2 - Se o temporal não acalmar, então os bombeiros não limpam a neve.
Q – O temporal acalma.
R – Os bombeiros limpam a neve P3 – O temporal não acalmou.
C - Logo, não podemos sair de casa.
62
Formalize e determine a validade:
Não podemos concluir senão que o Asdrúbal não fará um bom trabalho. Seja como for, está lixado. Ele faz um bom
trabalho, se vencer com maioria. Se calha de não ganhar com maioria, vamos ter o Floriano eleito para a assembleia e
o Asdrúbal não vai fazer um bom trabalho. E o pior é que a Maya já confirmou que o Asdrúbal não terá a maioria!
O Asdrúbal é um intelectual português contemporâneo, a menos que não tenha lido Eduardo Lourenço e José Gil. Todos
sabem que é mentira que ele tenha lido o escritor almadense e o moçambicano. Logo, é um intelectual português
contemporâneo.
Dicionário:
P – O Asdrúbal é um intelectual português contemporâneo. P v (~ Q ^ ~R) , ~(Q ^ R) P
Q – O Asdrúbal leu Eduardo Lourenço.
R –O Asdrúbal leu José Gil
Dicionário: Se tanto como salsichas como bebo sumos do MacoDonalts, então a vida é
P – Como salsichas. um absurdo. Se a vida é um absurdo, então faço o pino e como salsichas. É
Q – Bebo sumos do MacoDonalts. mentira que faço o pino ou coma salsichas, e é mentira que coma salsichas
R – A vida é um absurdo. ou que beba sumos do MacoDonalts. Assim sendo, este argumento não faz
S – Faço o pino. sentido.
T – Este argumento faz sentido. 64
Formas de
Inferência
válidas
65
Inferência
• Processo de concluir uma afirmação a partir de outras afirmações.
P1 - (P→Q) P1 - (P→Q)
P2 - P P2 - ~ Q
C - Q C - ~P
67
Se não espancar o Floriano, então passo fome e
(~ P → (Q ^ R))
perco o cartão da biblioteca.
Modus ponens ~P
Não espanco o Floriano.
Logo, não tenho lanche. (Q ^ R)
Dicionário
P – Espanco o Floriano.
Q – Passo fome.
R – Perdi o cartão da biblioteca
Silogismos são raciocínios dedutivos constituídos por três proposições [duas premissas e uma conclusão].
69
Identifica as formas de inferência dos seguintes argumentos:
~ (P ^ Q) v (R ^ S)
~ (R ^ S) Silogismo disjuntivo
~ (P ^ Q)
(P ^ Q) → (R v ~S)
~ (R v ~ S) Modus tollens
~(P ^ Q)
(P ^ Q) → (R v ~S)
(P ^ Q) Modus ponens
(R v ~S)
~ (P ^ Q) → (R v ~S)
(R v ~S) → (T → ~U) Silogismo condicional
~ (P ^ Q) → (T → ~U)
70
Formas de inferência válidas
• Duas fórmulas com os mesmos valores de verdade [em qualquer circunstância] são fórmulas
equivalentes.
• De uma forma equivalente podemos inferir a outra fórmula [sem alterar os valores de verdade].
Leis de De Morgan
Contraposição
(P→Q)
(~ Q → ~P)
(~ Q → ~P)
(P → Q)
72
Formas de Inferência inválidas
▪ Falácias formais
73
Falácias formais
Um argumento mau que parece bom. Os argumentos podem ser falaciosos 1) por serem inválidos e parecerem válidos, por
2) terem premissas falsas que parecem verdadeiras, ou por 3) não serem cogentes mas o parecerem. Por exemplo, o
argumento seguinte é inválido mas parece válido: «Todas as coisas têm uma causa; logo, há uma causa para todas as
coisas». O argumento seguinte tem uma premissa falsa, mas não parece: «Ou gostas de Picasso ou odeias Picasso; dado
que não gostas, odeias.» O argumento seguinte pode parecer cogente, mas não é: «Se os céticos tivessem razão, nada se
poderia saber; mas como é óbvio que se pode saber várias coisas, os céticos não têm razão».
A distinção entre argumentos maus que são enganadores porque parecem bons e argumentos maus que não são
enganadores porque não parecem bons não é formal mas sim informal. Esta distinção é crucial, uma vez que são as falácias
que são particularmente perigosas. Os argumentos obviamente maus não são enganadores e, se todos os argumentos
maus fossem assim, não seria necessário estudar lógica para saber evitar erros de argumentação.
Prova-se que um argumento é falacioso mostrando que é possível, ou muito provável, que as suas premissas sejam
verdadeiras mas a sua conclusão falsa; ou que tem premissas subtilmente falsas; o que as premissas não são mais
plausíveis do que a conclusão.
Quando se diz que uma definição, por exemplo, é falaciosa, quer-se dizer que é enganadora ou que pode ser usada num
argumento que, por causa disso, será falacioso. 74
Quando as premissas podem ser V e a
Falácia formal
conclusão F…
75
Formas de inferência inválidas
(P→Q) Mesmo que as premissas sejam (P→Q) Mesmo que as premissas sejam
76
Identifica as formas de inferência dos seguintes argumentos:
Exercício
(P ^ Q) → (R v ~S)
(R v ~ S) Falácia da afirmação do consequente
(P ^ Q)
(P ^ Q) → (R v ~S)
~ (R v ~ S) Modus tollens
~(P ^ Q)
(P ^ Q) → (R v ~S)
~ (P ^ Q) Falácia da negação do antecedente
~ (R v ~S)
(P ^ Q) → (R v ~S)
(P ^ Q) Modus ponens
(R v ~S)
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Formaliza os seguintes argumentos e indica o tipo de inferência:
Dicionário
O Asdrúbal ganha cárie nos dentes e suicida-se, ou compra P – O Asdrúbal compra rebuçados.
rebuçados e perde o emprego . Verifica-se, no entanto, que Q – Ganha cárie nos dentes.
é falso que tenha comprado rebuçados e que tenha sido R – O Asdrúbal perde o emprego.
despedido. Assim, façam as malas para irmos ao funeral de S – A vida é absurda.
um homem cariado… T – O Asdrúbal suicida-se.
U – O mundo torna-se melancólico.
Dicionário
P – O Asdrúbal compra rebuçados.
Q – O Asdrúbal perde o emprego.
82