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Considerações clássicas sobre

imagem e semelhança - Teologia


bíblica, sobre o conceito de
"imagem e semelhança". Mullins,
Edgar (escritor Norte Americano,
em sua obra A Religião Cristã em
sua Expressão Doutrinária) cita
oito explicações sobre o
significado da expressão. Ei-las:
I - O homem se assemelha a
Deus no fato de possuir uma
natureza racional. A
inteligência e a razão do
homem são expressões da
inteligência e razão de
Deus.
II - O homem se assemelha a
Deus no fato de possuir uma
natureza moral. Sabe o que é
certo e errado. Ele é o único,
de toda a criação, que se
pergunta: "devo?". A lei moral,
os ideais e a ética estão
baseados na natureza moral
de Deus.
III - O homem se assemelha
a Deus no fato de possuir
uma natureza emocional. É
capaz de sentimentos,
inclusive de sentimentos
santos. Isso deriva da mesma
qualidade encontrada em
Deus.
IV - O homem se assemelha a
Deus no fato de possuir
vontade. Ele quer, toma
decisões, racionaliza seus
instintos. Pode subordinar seus
instintos a princípios, o que não
acontece com um animal. Daí
nasce a vontade domada ou
direcionada.
V - O homem se assemelha a
Deus na sua capacidade de ser
livre. Liberdade significa
determinação própria. O homem
não é um ente cujas ações estão
pré-determinadas em código
genético, como a dos animais.
Ele não está debaixo de
compulsão e pode decidir sua
vida.
VI - O homem se assemelha a
Deus na sua liberdade original
do pecado e sua inclinação à
santidade. O primeiro Adão foi
feito sem pecado. O segundo
Adão é a expressão exata de
Deus.
VII - O homem se assemelha a
Deus na capacidade de
exercer domínio sobre ordens
inferiores. O progresso
humano nada mais é que esta
capacidade exercida e
ampliada, de domínio sobre as
ordens inferiores, inclusive
domínio sobre a natureza.
VIII - O homem se assemelha
a Deus na imortalidade. Ele
não é eterno, porque teve
início, mas é imortal, no
sentido de que sua alma vive
para sempre.
A imagem de Deus no
homem – “Pois somos feitura
dele, criados em Cristo Jesus
para boas obras, as quais
Deus antes preparou para
que andássemos nelas”.
(Ef. 2:10)
O homem foi criado à
semelhança de Deus, foi feito
como Deus em caráter e
personalidade. E em todas as
Escrituras o ideal e alvo
exposto diante do homem é o
de ser semelhante a Deus.
Fala a toda a congregação dos
filhos de Israel, e dize-lhes:
Sereis santos; pois eu Jeová
vosso Deus sou santo.
(Lv. 19:2)
E ser como Deus significa ser
como Cristo, que é a imagem do
Deus invisível.
Os únicos seres humanos
verdadeiros foram Adão e Eva
antes da queda e Jesus Cristo
verdadeiro homem. Todos os
outros são exemplares deformados,
distorcidos, corrompidos da
humanidade. Portanto é necessário
olhar para Cristo a fim de
avaliarmos corretamente o que
significa ser homem.
Na intenção de extrair o
significado contemporâneo
do conceito, iremos examinar
algumas interpretações
representativas do significado
da expressão imago dei
(imagem de Deus).
1. Passagens importantes. Várias
passagens bíblicas falam da
imagem de Deus no homem. É
provável que a mais conhecida seja
Gn. 1.26,27. No versículo 26 temos
uma declaração de intenção de
Deus, ele inclui os termos selem e
demuth, que são traduzidos,
respectivamente, por “imagem” e
“semelhança”. O primeiro termo é
repetido duas vezes no vs. 27.
Bíblia em Hebraico
Em Gn. 5.1 temos uma
recapitulação do que Deus fez:
“No dia em que Deus criou o
homem, à semelhança de Deus o
fez”. O autor acrescenta no vs. 2:
“homem e mulher os criou, e os
abençoou, e lhes chamou pelo
nome de Adão, no dia em que
foram criados”. O termo usado
aqui é demuth.
Em Gn 9.6 o homicídio é
proibido pelo fato de a raça
humana ter sido criada à
imagem de Deus: “Se alguém
derramar o sangue do homem,
pelo homem se derramará o
seu; porque Deus fez o homem
segundo a sua imagem”.
Essa declaração para
controlar nossa conduta em
relação aos outros foi feita
indubitavelmente após a
queda. Homens pecadores,
portanto, continuaram
carregando a imagem.
No Novo Testamento, duas
passagens referem-se à
imagem de Deus associada à
criação da humanidade. Em 1
Co. 11.7, Paulo afirma: “porque,
na verdade, o homem não deve
cobrir a cabeça, por ser ele
imagem e glória de Deus, mas a
mulher é a glória do homem”.
Em Tg. 3.9, baseando-se no
fato de que os homens são
feitos à semelhança de Deus, o
autor condena o uso da língua
para amaldiçoar outros. “Com
ela bendizemos a Deus e Pai, e
com ela amaldiçoamos os
homens, feitos à semelhança de
Deus”.
2. Concepções de imagem.
Existem três concepções
gerais de entender a
natureza da imagem:
a) Concepção substantiva;
b) Concepção relacional;
c) Concepção funcional.
3. Avaliação das concepções.
a) A concepção estrutural ou
substantiva. Essa morre por
falta de total comprovação
bíblica. Visto que Deus é
espírito e espírito não tem
carne nem ossos.
b) Como podemos afirmar
que aqueles que vivem
totalmente indiferentes a
Deus, em rebelião hostil
contra Ele, são imagem de
Deus?
c) A dificuldade da concepção
funcional é desfeita pela
explicidade do texto que diz
que Deus os criou segundo a
sua imagem e depois foi que
lhes deu a função de dominar
a terra.
4. Conclusões a respeito da
natureza da imagem.
a) A imagem de Deus no
homem é universal. Adão o
primeiro homem, o homem
universal, foi feito à imagem
de Deus.
b) Não há texto bíblico que
afirme que a imagem de
Deus no homem se perdeu
em consequência do pecado.
c) Não há indicação de que a
imagem esteja presente em
maior grau numa pessoa que
outra.
d) A imagem não está
relacionada com o
desenvolvimento de relações.
A Bíblia diz que Deus resolveu
fazer o homem conforme a sua
imagem e fez.
e) A imagem diz respeito ao que
Adão recebeu do sopro divino
e passou para nós.
f) Dois textos bíblicos são
indicativos para
entendermos o que está
no homem que traduz
ser a imagem e
semelhança de Deus:
- Marcos 12:16-17: “E eles lha
trouxeram. E disse-lhes: De
quem é esta imagem e
inscrição? E eles lhe disseram:
De César. E Jesus,
respondendo, disse-lhes: Dai
pois a César o que é de César, e
a Deus o que é de Deus. E
maravilharam-se dele.”
- Lucas 10:27: “E,
respondendo ele, disse:
Amarás ao Senhor teu Deus
de todo o teu coração, e de
toda a tua alma, e de todas as
tuas forças, e de todo o teu
entendimento, e ao teu
próximo como a ti mesmo.”
Vídeo 1
Vídeo 2
Implicações teológicas,
filosóficas e sociológicas da
criação do homem - Alguns
aspectos teológicos já foram
mostrados, porém precisamos
analisar alguns aspectos
filosóficos e sociológicos,
também.
a) O homem não é
independente –

Ele é criatura, posto na terra


com um propósito. Não surge
aleatoriamente e não é o
centro do universo.
b) A solitariedade da raça -
Só existe uma raça na
face da terra. At. 17:26
defende a monogenia ao
dizer que "de um só fez
todas as raças dos
homens".
c) O homem tem um valor
especial - A Bioética Cristã,
deve trabalhar a partir daqui:
a singularidade e a
excelência do homem. Ele
vale mais que animais e
outros seres, mais que
árvores e bichos. É a coroa
da criação.
d) A igualdade entre homem e
mulher - Evidentemente não
se trata de igualdade
anatômica, fisiológica ou
mesmo emocional. Trata-se
de igualdade de direitos, de
responsabilidades e de
possibilidades. São
parceiros, administradores.
e) A necessidade de uma ecologia
sadia - O homem veio da
matéria da natureza. Nasceu
dela e depende dela para viver.
O fim dela será o seu fim. O
homem, a natureza e o Criador
não são a mesma coisa. Mas
deve-se lembrar que o homem é
guardião e não destruidor da
natureza.
f) A necessidade de um projeto de
evangelização - A evangelização
bíblica é mais que pedir às
pessoas para aceitarem a Jesus.
É chamar as pessoas a se
enquadrarem no projeto original
de Deus, é apregoar a segunda
criação que ele está fazendo em
Jesus, é lutar para restaurar o
plano original de Deus para o
homem.
g) A luta pela justiça social - De
acordo com o monogenismo,
somos todos irmãos porque
todos viemos de um mesmo
originador. Toda a raça humana
remonta a um pai comum,
Adão. Neste sentido, todos os
homens são irmãos porque
todos têm um mesmo pai, na
origem remota.
Enquanto houver um só
homem explorado ou
injustiçado, por qualquer
motivo, aí estará um parente
nosso sofrendo. Lutar por
justiça social não é ser um
agitador político, mas
simplesmente reconhecer que
somos todos irmãos.
Cada homem é uma
parte do outro. As
distinções raciais não
são apenas pecado. São
estupidez. É uma
arrogante manifestação
de ignorância.
Antiguidade do Homem
A crença comum é que a
idade do homem é de 6.000
anos. Esta ideia é devida a
cronologia de Usher, que se
acha na margem de muitas
bíblias.
A cronologia baseada na versão dos
LXX daria a raça humana a
idade de cerca de 7.500 anos. Há
também alguma dificuldade em
compreender as declarações
hebraicas acerca de números.
Geologistas conservadores
declaram que 10.000 anos são
suficientes para todos os problemas
científicos envolvidos.

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