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Acidentes

Ambientais:
Desastre de
Mariana -
MG
5 de novembro de
2015

Rompimento
No subdistrito
da barragem de Bento Rodrigues, a
em Mariana 35 km do centro do
município brasileiro de
Mariana
Rompimento
da barragem
em Mariana
A Localização
Rompimento
da barragem
em Mariana
A Localização – Antes e depois
56,6 milhões de m³
de rejeito
Os números 420 km percorridos da
barragem de Fundão
da maior (MG) até a foz do Rio
tragédia Doce (ES)
ambiental no 1,2 milhão de
Brasil pessoas atingidas em
39 municípios
19 mortos
Rompimento
da barragem
em Mariana
Desabrigados - Acordo de
indenização final para atingidos de
Mariana é fechado após quase 3
anos do desastre, diz MP-MG
Os números da
maior tragédia
ambiental no
Brasil
22 pessoas
respondem na
justiça

25 multas do
IBAMA
Impactos
Ambientais
Toda e qualquer
alteração do meio
ambiente causada por
qualquer objeto material
ou energia oriundo das
atividades humanas
trazendo consequências
ao bem estar da
população, a estética do
ambiente, aos recursos
naturais e ao
ecossistema de forma
geral.
Um dia após a catástrofe, o IBAMA
iniciou o acompanhamento in loco da
evolução do desastre.
Os impactos
socioambientais Laudo Técnico Preliminar: Impactos
ambientais decorrentes do desastre
e econômicos envolvendo o rompimento da
barragem de Fundão, em Mariana,
Minas Gerais.
“O nível de impacto foi tão profundo
Os impactos e perverso ao longo de diversos
socioambientais estratos ecológicos que é impossível
estimar um prazo de retorno da fauna
e econômicos ao local”.
207/251 600 663,2 km
Alguns Edificações destruídas
Famílias desabrigadas
Rios e córregos afetados
Números do em Bento Rodrigues pela lama

Impacto

2000 hec 3,5 toneladas 19 mortos


Vegetação destruída Peixes mortos
(Nota técnica Nº (Laudo preliminar)
001/2016 IBAMA)
Rejeitos de
Mineração
62 milhões de m³
Composição: Areia + sílica + altos teores de Fe (ferro) e Mn (manganês)

A mistura era tóxica?


A mineradora Samarco insiste que o material é inerte, não causando
danos ao ambiente ou à saúde.

Análises do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Baixo Guandu,


ES, mostraram a presença de diversos metais pesados na água do Rio Doce,
como arsênio, mercúrio e chumbo.
Lama tóxica?
“Comparado ao mercúrio, por exemplo, esse rejeito não é tóxico, já
que é formado basicamente por sílica. Ninguém vai desenvolver
câncer, nada disso. O risco não é para ao ser humano, mas para o
meio ambiente“, disse o professor de geologia da Universidade
Estadual de Londrina (UEL) Cleuber Moraes Brito, que é consultor na
área de meio ambiente e mineração.
Distrito de Bento Rodrigues, Mariana -MG

Distrito soterrado em um mar de lama;

Primeiros
207 das 251 edificações foram destruídas;
Impactos
Sobreviventes desabrigados;

11 minutos de avalanche
Distrito de Bento Rodrigues, Mariana -MG

Primeiros
Impactos
Destruição de 2000 hectares ao
longo de 77 km de cursos
d’água, incluindo Áreas de
Preservação Permanente.

Devastação de matas ciliares


A Flora e as remanescentes e matas de
galeria.
Áreas de
Material inerte sem matéria
Preservação orgânica, causando
Permanentes desestruturação química e
afetando o Ph do solo.

Completa remoção da
cobertura vegetal e o total
soterramento de seus bancos de
sementes
A lama que atingiu as regiões
próximas à barragem formou uma
espécie de cobertura no local.
Em virtude da quantidade de
A Flora e as rejeitos, especialistas acreditam
que a lama demorará anos para
Áreas de secar;

Preservação Quando secar, formará uma


espécie de cimento, que impedirá
Permanentes o desenvolvimento de muitas
espécies.
Todo o ecossistema local e sua
biodiversidade serão
drasticamente afetados.
A Flora e as
Áreas de
Preservação
Permanentes
O rompimento da barragem afetou o Rio Gualaxo, que é afluente do Rio
Carmo, o qual deságua no Rio Doce até a foz no Oceano Atlântico.

 663,2 km de corpos hídrico


diretamente impactados;

 Assoreamento do leito dos rios;

Rios e suas  Soterramento das lagoas e


ictofaunas nascentes adjacentes ao leito dos
rios;

 Alteração do fluxo hídrico;

 Elevação da turbidez nos rios


atingidos para mais de 100.000
NTU, sendo que o máximo seria 100
NTU.
• Elevado índice de mortandade de
peixes;

• Fragmentação e destruição de
habitats;

Rios e suas • Destruição de áreas de


reprodução e berçários de peixes;
ictofaunas • Alteração da cadeia alimentar
dos rios;

• Comprometimento do estoque
pesqueiro

•Comprometimento da estrutura e
função dos ecossistemas;
 Contaminação por lama de 170 Km
de praias, sendo 110 Km ao norte da
foz do rio Roce e 60 Km ao sul,
Foz do Rio incluindo a Reserva Biológica

Doce, Oceano (Rebio) Comboios, local de desova


de tartarugas.
Atlântico.
 500kg de peixes mortos
 Desalojamento de populações;

 Impossibilidade de uso da água


para abastecimento rural e
Impactos urbano;

Socioambientais  Destruição de moradias e de


estruturas urbanas;

 Sensação de perigo e desamparo


na população;

 Isolamento de comunidades;
 Mortandade de animais de
produção;

 Impacto em plantações nas


Impactos áreas rurais;

Socioambientais
 Restrições à pesca;

 Danos à saúde;

 Mortandade da fauna silvestre e


doméstica.
Em junho de 2016 a Polícia Federal concluiu o inquérito
da tragédia de Mariana, onde detalhou as causas do
rompimento da barragem e indiciou 8 pessoas e três
empresas pelos crimes ambientais.

AVALIAÇÃO
Para a PF a Samarco assumiu o risco e privilegiou o lucro
TÉCNICA DA em detrimento da segurança.
TRAGÉDIA
Durante a investigação a PF conseguiu apreender
documentos que comprovam conversas entre área
técnica e a direção da mineradora, comunicando sobre
problemas.
RICARDO VESCOVI DE ARAGÃO
figurou como Diretor de
Operações e Sustentabilidade da
SAMARCO entre os anos de 2006
até o final do ano de 2011,
quando se tornou Diretor-
AVALIAÇÃO Presidente, tendo participado de
TÉCNICA DA todas as discussões
deliberações do Conselho de
e

TRAGÉDIA Administração desde 2007 (47ª


reunião até a 121ª)

KLEBER LUIZ DE MENDONÇA


TERRA figurou como Diretor de
Operações e Infraestrutura da
SAMARCO desde o ano de 2012
até o rompimento da barragem.
Apurou-se que
GERMANO SILVA LOPES
figurou como Gerente
Geral de Geotecnia
AVALIAÇÃO desde março de 2011 até
outubro de 2014, quando
TÉCNICA DA foi transferido para a
TRAGÉDIA Gerência Geral de
Projetos Estruturantes,
permanecendo nessa
posição até o
rompimento da
barragem de Fundão.
Em todas as ocasiões acima narradas, podendo e
devendo agir para evitar o rompimento da barragem de
Fundão, uma vez que detinha obrigações de cuidado,
proteção e vigilância, omitiram-se, de forma consciente
AVALIAÇÃO e voluntária, de exercer seus deveres.
TÉCNICA DA
TRAGÉDIA Ou seja, a empresa estava ciente das diversas falhas que
a estrutura apresentava, que a barragem de Fundão
estava sendo utilizada de uma forma inadequada, acima
da sua capacidade.
A barragem apresentava problemas desde sua
construção, com utilização de material de baixa
qualidade. Depois, modificações sem projeto, problemas
de drenagem, problemas com recuo da ombreira
esquerda do eixo da barragem, em que se invadiu uma
Irregularidades área que não era firme o suficiente.
Encontradas Verificou-se também a falta de carta de risco e manual
de operação da barragem atualizados. Também houve
alteamento “muito acima do recomendado”, chegando a
mais de 15 metros por ano, enquanto o máximo
recomendado pela norma técnica é 10 metros e pelo
manual da empresa, 6 metros.
Estrutura da
barragem
Outro fator apresentado é a inoperância de
instrumentos de monitoramento. Conforme a PF,
Fundão estava sem responsável técnico desde 2012.
Irregularidades Houve ainda redução do orçamento na área de
geotécnica -- que seria responsável pelo controle da
Encontradas barragem. De 2012 a 2015, a queda foi de 29% e que a
previsão para 2016 era de redução de 38%. Por outro
lado, foi constatado aumento de investimento na
produção.
O lançamento de lama por parte da Vale contribuiu para
o desastre ambiental. Em um primeiro momento, a
empresa negou o despejo de rejeito, mas acabou
Irregularidades assumindo, apesar de informar um valor menor do que o
apurado.
Encontradas
Com a aproximação do rejeito de lama do rejeito
arenoso, ocorreu a liquefação, o que fez portanto, com
que a barragem rompesse.
Pós Acidente

Barragens próximas a cidades


Sistema de sirenes
Plano de evacuação
As próprias empresas se
fiscalizam

Licença ambiental
Pós Acidente 'express’

Técnica de barragem a
montante
Para evitar acidentes como o de Mariana, é muito
importante que sejam feitas análises detalhadas dos
impactos ambientais que um empreendimento pode
causar. É importante avaliar todos os fatores ambientais
antes, durante e após a construção de uma obra.

Conclusão
E analisar quais medidas podem ser tomadas por uma
empresa caso um dano ambiental dessa proporção
ocorra. Além disso, a fiscalização deve ser feita de
maneira cautelosa e todas as irregularidades devem ser
corrigidas de maneira rápida e efetiva.
 BRASIL. Laudo Técnico Preliminar: Impactos ambientais decorrentes do desastre
envolvendo o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais. In:
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –
IBAMA. Minas Gerais, 2015. Disponível em:
http://www.ibama.gov.br/phocadownload/noticias_ambientais/laudo_tecnico_prel
iminar.pdf.
 CRISTINI, Flávia. Acordo de indenização final para atingidos de Mariana é
Referências fechado após quase 3 anos do desastre, diz MP-MG. Disponível em:
<https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2018/10/02/acordo-de-
indenizacao-final-para-atingidos-de-mariana-e-fechado-apos-quase-3-anos-do-
desastre-diz-mp-mg.ghtml>
 ROSSI, Amanda. As 5 lições ignoradas após tragédia de Mariana. 2019.
Disponível em: <https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/as-5-
li%C3%A7%C3%B5es-ignoradas-ap%C3%B3s-trag%C3%A9dia-de-mariana/ar-
BBT2cZE?li=AAggXC1&ocid=mailsignout>. Acesso em: 01 fev. 2019.

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