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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde

• Turma: 4°ano do curso de Psicologia

• Disciplina: Saúde Coletiva

• Docente: Bruna Rafaele Milhorini Greinert

• Tema: O movimento sanitário

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• Rearticulação paulatina dos movimentos sociais
denúncias sobre a situação caótica da saúde pública e dos serviços
previdenciários de atenção médica;

• Reivindicações de solução imediata para os problemas criados pelo


modelo de saúde existente;

• Diversos sindicatos (médicos, acadêmicos e cientistas) debatiam em


seminários e congressos as epidemias e a degradação da qualidade de
vida do povo;

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• Um movimento pela transformação do setor saúde fundiu-se com outros
movimentos sociais que lutavam pelos direitos civis e sociais;

• A Lei da Reforma Universitário de 1968 incorporou a medicina preventiva


nos currículos das faculdades;

• Tornou obrigatórios os DMPs – Departamentos de Medicina Preventiva;

• Esse novo campo da especialidade médica foi o lócus que se iniciou a


organização do movimento sanitário.
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O movimento sanitário buscava:
 Conciliar a produção de conhecimento e a prática política;
Ampliar seu campo de ação, envolvendo-se com organizações da
sociedade civil nas suas demandas pela democracia do país;

• Surgem as ideias da medicina social: abordagem médico-social


fundada na percepção do caráter político da área da saúde.

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Conferência internacional sobre a Atenção Primária a Saúde (1978)
realizada em Alma-Ata, permitiu discussões sobre:

• A elitização da pratica médica;


• Inacessibilidade dos serviços médicos as massas populacionais;
• Saúde como direitos fundamentais do homem e responsabilidade
do governo;

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• As novas formulações em torno da prática médica geraram uma
revisão crítica da teoria preventivista;

• Delimitou-se o campo da saúde coletiva: foco não era mais o


indivíduo, mas coletividade (as classes sociais e suas frações) e a
distribuição geográfica da saúde e da doença;

• Movimento sanitário - movimento ideológico desenvolvido com


base nas teorias marxistas e estruturais;

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• 1974 - críticas ao regime militar;

• Controlava os espaços de manifestações políticas;

• concessões econômicas restritas e uma política social ao mesmo


tempo repressiva e paternalista;

• Desenvolveu-se o II Plano Nacional de Desenvolvimento (IIPND) -


voltado para o desenvolvimento econômico e social - visão do
"Brasil Grande Potência";

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• O regime precisava de lançar mão de políticas sociais para ligitimar-se;

• Criou-se o Conselho de Desenvolvimento Social;

• Mas não tinha quadros para ocupar todos os espaços abertos;

• Estratégia de distensão política pelo governo do general Geisel (1974),


possibilitou ao movimento sanitário apresentar propostas
transformadoras no sentido de melhorar e democratizar o atendimento à
saúde da população mais carente;

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A política de saúde adotada até então pelos governos militares
tinha ênfase:
• em uma medicina de cunho individual e assistencialista;
• Privilegiava a prática médica curativa;

A política de saúde pública levou os setores privados a um


superfaturamento;

multiplicavam e desdobravam os atos médicos, internações mais


caras, procedimentos cirúrgicos desnecessários, utilizavam poucos
técnicos e equipamentos antigos.
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• O movimento sanitário caracterizou-se como uma força política
construída a partir da articulação de uma série de propostas
contestatórias ao regime militar;

• Surgem movimento sociais devido à pressão populacional -


criação de projetos para reordenar o setor da saúde;

• 1980 - Criação do Projeto Pró-saúde, mais tarde Prev-saúde;

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• O movimento Prev-Saúde – atenção primária;

• Não tocava a rede hospitalar privada;

• Ao incorporar o ideário movimento sanitário, o Prev-Saúde


permaneceu como paradigma das reformas sanitárias desejadas,
jamais atendidas pelo governo;

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• Ações Integradas de Saúde (AIS)

• Avanços no fortalecimento da rede básica ambulatorial;

• Na contratação de recursos humanos;

• Na articulação com os serviços municipais,

• Na revisão do papel dos serviços privados;

• Participação da população na gestão dos serviços.


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• EM 1985 – Regime Militar chega ao fim;

• Lideranças do movimento Sanitário assumem posições chaves;

• 8° Conferência Nacional de Saúde 17 e 21 de março 1986 em


Brasília, que se lançaram os princípios da Reforma Sanitária;

• Foi nessa conferência que se aprovou a criação de um Sistema


Único em Saúde;

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Criação do Sistema Único de Saúde:
Reconhece a saúde como um direito a ser assegurado pelo Estado;

É pautado pelos princípios:


Universalidade
Equidade
Integralidade
Organizado de maneira descentralizada
Hierarquizada
Participação da população;

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O sistema Único de Saúde
• Responsabilidade das três esferas de governo:
A lei 8.080 determina que a direção do SUS deve ser única, sendo
exercida, em cada esfera de governo, pelos seguintes órgãos:

I – No âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;


II – No âmbito dos estados e do Distrito Federal, pela respectiva
Secretaria de Saúde;
III – No âmbito dos municípios, pela respectiva Secretaria de
Saúde;

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Arcabouço do SUS
• Constituição federal de 1988 (constituição cidadã) define conceito
de saúde:
Para ter saúde é preciso tem acesso a um conjunto de fatores,
como alimentação, moradia, emprego, lazer, educação, etc.

O SUS faz parte das ações definidas na Constituição como sendo


de relevância pública, sendo atribuído ao poder público a sua
regulamentação, a fiscalização e o controle das ações e dos
serviços de saúde.

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Sus e a constituição brasileira
• Baseado na formulação de um modelo de saúde voltado para as
necessidades da população;

• Resgatar o compromisso do Estado para com o bem-estar social;

• Consolidar um dos direitos da cidadania – o acesso à saúde;

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Lei n. 8.080 – Lei Orgânica da Saúde
• Vigente em 19 de setembro de 1990;

• Regula em todo o território nacional as ações e os serviços de


saúde;

• Institui o Sistema Único de Saúde (conjunto de ações e serviços


em saúde);

• A inciativa privada poderá participar do SUS em caráter


complementar.

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A lei 8.080 trata:
• A) da organização, da direção e da gestão do SUS;

• B) da definição das competências e das atribuições das três esferas de


governo;

• C) do funcionamento e da participação complementar dos serviços


privados de Assistência à Saúde;

• D) da política de recursos humanos;

• E) dos recursos financeiros, da gestão financeira, do planejamento e do


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Lei 8.142
• Criada em 28 de dezembro de 1990

• Participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde


(SUS);

• Transferências intergovenamentais de recursos financeiros na área


da saúde;

• Alocação dos recursos do Fundo Nacional de Saúde e repasse


regular e automático para os municípios, estados e Distrito Federal;

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Livro - Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Sistema Único de Saúde.
• Movimento Sanitário

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