arquitetura mundial, tornando-se o segundo arquiteto francês a levar o prêmio.
Nascido em Fumel, uma cidade no
sudoeste da França, em 1945, de pais professores de escola média, ele tornou- se famoso profissionalmente já em 1981, com somente 35 anos de idade.
Nouvel, hoje com 62 anos, foi
homenageado pelo conjunto da carreira, marcada por “sua valente busca de novas idéias e o questionamento das normas aceitas, para superar os limites em seu campo de atividade”. Torre Agbar Jean Nouvel Barcelona,Espanha Execução:2001-2005 Inauguração 2 de setembro de 2005 Altura 142 m Andares:38 (sendo 4 subterrâneos) Superfície:50.693 m² Estrutura:Concreto armado recoberto por uma fachada de vidro Possui 4000 dispositivos luminosos que permitem a geração de imagens luminosas em sua fachada.Também possui sensores de temperatura no exterior da torre que regulam as aberturas das persianas de vidro da fachada do edifício,reduzindo o consumo de energia necessária para a climatização. Situada na Praça Glória dos Catalães, como o próprio nome sugere, conquista e vitória, a torre chama a atenção de visitantes e moradores, ao longo do ano, seja pelo formato inusitado para uma edificação ou pela iluminação. Construída em forma de bala, para alguns, ou insinuação erótica, para outros, a torre tem em seu nome uma homenagem ao grupo-proprietário, Companhia de Águas de Barcelona, Grupo Agbar. Em sua estrutura, mais de 50 mil metros quadrados de superfície, dos quais mais de 30 mil destinados a escritórios e espaços comerciais. De acordo com dados da arquitetura contemporânea, um dos diferenciais recai na utilização de materiais distintos, já que até o 26º andar, em forma de cilindro, foi usado concreto e vidro. A partir do 27º andar até a cúpula, aço e vidro. Toda a superfície é constituída por placas de alumínio coloridas, de forma que, durante o dia, a iluminação natural gera tonalidades diferentes. À noite, o espetáculo fica por conta da iluminação artificial, com mais de 4 mil dispositivos luminosos, que permitem geração de imagens luminosas em sua fachada. A Torre Agbar se constitui de dois cilindros ovais não concêntricos coroados por uma cúpula de cristal e aço. No cilindro interior há o núcleo de circulação vertical e as instalações. Entre esta linha central e o exterior, 31 plantas sem pilares internos. Sua primeira camada, a que cobre o muro de concreto, é uma chapa de alumínio laçada com tons azuis, verdes e cinzas que se decompõem a medida que ganham altura. A segunda é formada por 59.619 laminas de cristal transparente e translúcida. O projeto da Torre Agbar previa a implementação de soluções de arquitetura sustentável. Assim, se verifica na torre a arquitetura bioclimática, isto é, uma arquitetura adaptada ao meio ambiente, sensível ao impacto que provoca na natureza e que minimiza a contaminação ambiental. Ela aproveita o clima e as condições em torno a fim de conseguir uma importante redução do consumo energético e melhorar a qualidade de vida dos usuários do edifício, o que exige uma regulação da circulação de ar, um aproveitamento da insolação e da posição do edifício, uma utilização de materiais recicláveis e não contaminantes, uma opção por equipamentos energéticos mais eficientes e uma incorporação do uso de energias renováveis ao projeto. Finalmente, vê-se a torre com 45mil janelas para o maior aproveitamento de ventilação e recepção de luz solar (resultando numa economia de 25% de energia), uma cúpula duplamente cristalizada que permite uma circulação natural de ar, um sistema de aproveitamento de águas pluviais para atividades secundarias (limpeza de pavimentos e ornamentação).