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FLEXIBILIZAÇÃO / ADAPTAÇÃO

CURRICULAR PARA ALUNOS COM


NECESSIDADES EDUCACIONAIS
ESPECIAIS (NEE)

Profª Msc. Juciene Bertoldo da Silva


MEDIADORA DA INCLUSÃO
CRECE - QUIRINÓPOLIS
Pauta e combinados...

 Aspectos legais da Inclusão;


 Aprendizagem: Zona de desenvolvimento proximal;
 Adaptação / Flexibilização Curricular
 Atividade: Estudo de Caso
 Roteiro e Relatório Pedagógico
CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DA PESSOA COM
DEFICIÊNCIA
- ONU -

 Reconhecendo que a deficiência é um conceito em evolução e


que a deficiência resulta da interação entre pessoas com
deficiência e as barreiras devidas às atitudes e ao ambiente que
impedem a plena e efetiva participação dessas pessoas na
sociedade em igualdade de oportunidades com as demais
pessoas
Convenção sobre os direitos
das pessoas com deficiência

Artigo 1: Propósito

 “O propósito da presente Convenção é promover, proteger e


assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os direitos humanos
e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência e
promover o respeito pela sua inerente dignidade.”

 “Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de


longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial
permanentes, os quais, em interação com diversas barreiras, podem
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade, em bases
iguais com as demais pessoas.”
Convenção sobre os direitos das pessoas com
deficiência

Artigo 3 Princípios Gerais

Os princípios da presente Convenção são:


 O respeito pela dignidade inerente, a autonomia individual,
inclusive a liberdade de fazer as próprias escolhas, e a
independência das pessoas.
 A não-discriminação;
 A plena e efetiva participação e inclusão na sociedade;
 O respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas com
deficiência como parte da diversidade humana e da humanidade;
 A igualdade de oportunidades;
 A acessibilidade;
 A igualdade entre o homem e a mulher; e
 O respeito pelo desenvolvimento das capacidades das crianças
com deficiência e pelo direito das crianças com deficiência de
preservar sua identidade.
OS DIREITOS NA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL

 São fundamentos que orientam os objetivos de nossa República, tais


como:
 “construir uma sociedade livre, justa e solidária”
 “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades
sociais e regionais”
 “promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação”
 A expressão “o bem de todos” indica que os direitos e deveres da
cidadania pressupõem que todos são iguais perante a lei, com a
garantia de que são invioláveis o direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade (Artigo 5°)
E a aprendizagem?
APRENDIZAGEM
Para Vygotsky não é preciso esperar
determinadas estruturas mentais se
formarem para que a aprendizagem de um
conceito seja possível.
É o ensino que desencadeia a formação de
estruturas mentais necessárias à
aprendizagem.
É preciso, no entanto, não ultrapassar a
capacidade cognitiva do aprendiz quando se
busca criar novas estruturas mentais. Ou
seja, respeitar a ZDP.
ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL (ZDP)
A ZDP reflete o caráter bidirecional das relações entre
desenvolvimento e aprendizagem.
Pode ser definida como a diferença entre o nível do que a
pessoa é capaz de fazer com a ajuda de outros (parceiro
mais capaz, pai, mãe, professor, etc) e o nível das tarefas que
pode fazer por si só.
- nível de desenvolvimento real
- nível de desenvolvimento potencial
ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL
Zona de desenvolvimento proximal (ZDP)
A ZDP tem um caráter dinâmico e complexo. Seus
limites variam de indivíduo para indivíduo em
relação a diferentes âmbitos de desenvolvimento,
tarefas e conteúdos.
IMPLICAÇÕES PARA O
ENSINO
Vygotsky caracteriza a aprendizagem
como um processo que lida com dois
tipos de conceitos:
- conceitos espontâneos adquiridos no
contexto cotidiano a partir de
referentes concretos.
- conceitos científicos adquiridos, por
meio do ensino, pela atribuição de
significados em uma estrutura
conceitual.
IMPLICAÇÕES PARA
O ENSINO
O professor reage às
tentativas do aprendiz,
incentivando, corrigindo,
fazendo novas perguntas e
exigências, em função de sua
percepção do que ele pode ou
não fazer.
O aluno evolui porque
sempre está recebendo novas
informações e desafios, que
exigem que ela vá um pouco
além do que já sabe.
A ZDP deve ser respeitada.
Desenvolvimento da estratégia
Adaptação Curricular

Existem cinco perguntas chaves que a equipe pedagógica e professores


devem fazer na hora de realizar uma adaptação curricular:
FLEXIBILIZAÇÃO
/ADAPTAÇÃO CURRICULAR
Flexibilidade curricular, “que surge como
nova proposta ao longo dos anos 1990,
passa a ser relacionada ao significado
prático e instrumental dos conteúdos
básicos, favorecendo uma interpretação
de hierarquização do acesso aos
conhecimentos a partir das diferenças
individuais”
FLEXIBILIZAÇÃO / ADAPTAÇÃO
CURRICULAR
LEI Nº 9394/96 - LDBEN

Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos


educandos com necessidades especiais:

I – Currículos, métodos, técnicas, recursos


educativos e organização específicos, para atender às
suas necessidades.
Resolução CNE/CEB 2/2001

Art. 8º. As escolas da rede regular de ensino devem


prever e prover na organização de suas classes
comuns:
III – flexibilizações e adaptações curriculares, que
considerem o significado prático e instrumental dos
conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos
didáticos diferenciados e processos de avaliação
adequados ao desenvolvimento dos alunos que
apresentam necessidades educacionais especiais, em
consonância com o projeto pedagógico da escola,
respeitada a frequência obrigatória.
Flexibilização / Adaptação Curricular

O termo “adaptações curriculares”, modificações


que são necessárias realizar em diversos elementos
do currículo básico para adequar as diferentes
situações, grupos e pessoas para as quais se aplica.
Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, há uma
clara orientação político-pedagógica para a
implementação de adaptações curriculares de
grande porte e de pequeno porte como respostas
educativas do sistema que favoreceriam a inclusão
todos os alunos e, entre eles, os que apresentam
necessidades educacionais especiais.
Conceito:
• São respostas educativas que devem ser dadas pelo sistema
educacional, de forma a favorecer a todos os alunos e, dentre eles,
os que apresentam necessidades educacionais especiais.

• Tipos:
• De grande porte (significativas): ações que são da competência e
atribuição das instâncias político-administrativas superiores
(adequação do espaço físico).

• De pequeno porte (não-significativas): são aquelas realizadas pelo


professor na prática pedagógica (organização do espaço da sala,
flexibilização do tempo para as atividades, uso de materiais
diversificados).
Flexibilização curricular, “que surge como nova
proposta ao longo dos anos 1990, passa a ser
relacionada ao significado prático e
instrumental dos conteúdos básicos,
favorecendo uma interpretação de
hierarquização do acesso aos conhecimentos a
partir das diferenças individuais”
Flexibilizar...
• Adequar os objetivos, conteúdos e critérios de
avaliação, o que implica modificar os objetivos,
considerando as condições do aluno em relação
aos colegas da turma;
• Mudar a temporalidade dos objetivos, conteúdos e
critérios de avaliação;
• Mudar a temporalidade das disciplinas do curso,
série ou ciclo ou seja, cursar menos disciplina no
ano letivo estendendo o período de duração do
curso, série ou ciclo que frequenta;
• A supressão dos conteúdos e objetivos da
programação não devem causar prejuízos para a
escolarização e promoção acadêmica.
• À alteração nos métodos definidos para o ensino
dos conteúdos curriculares;
• À seleção de um método mais acessível para o
aluno;
• À introdução de atividades complementares que
requeiram habilidades diferentes ou a fixação e
consolidação de conhecimentos já ministrados;
• À introdução de atividades prévias que
preparam o aluno para novas aprendizagens;
• À introdução de atividades alternativas;
• À alternação do nível de abstração, oferecendo
recursos de apoio;
• À alternação do nível de complexidade –
simplificação da atividade.
• Utilizar recursos diversificados:
https://www.youtube.com/watch?v=iQtC3xQGzXc
Sugestão de medidas de intervenção para o
trabalho pedagógico com o aluno com NEE
Dicas para trabalhar em sala de aula:
• Evitar comparações com os demais alunos;
• Cobrar do aluno a execução das tarefas que lhe
forem atribuídas;
• Evitar a repetição constante de produções
errôneas ou incompletas e sim dar-lhe
condições para a autocorreção;
• Encorajá-lo a aprender de forma independente;
Sugestão de medidas de intervenção para o trabalho
pedagógico com o aluno com NEE

• Oferecer atenção individualizada ao aluno;


• Dar ao aluno, ordens claras e sequenciais, com
explicações objetivas e linguagem de fácil entendimento;
• Propor tarefas breves e de curta duração;
• Adotar uma sequência gradativa dos conteúdos;
• Introduzir atividades alternativas às previstas, bem como
outras complementares ao planejamento inicial;
Sugestão de medidas de intervenção para o trabalho
pedagógico com o aluno com NEE

• Retomar os conteúdos trabalhados anteriormente, através


de atividades complementares ou revisão dos conteúdos
ministrados;
• Propor nas atividades pedagógicas pistas visuais,
vivências e recursos de memória que oportunizem a
realização da tarefa e a fixação da aprendizagem;
• Adotar a metodologia de ajuda entre colegas (escolher um
ou mais colega para ajudar o aluno com dificuldade);
• Incentivar o trabalho de colaboração de alunos, isto é,
atividades que envolvam toda a turma, como trabalhos em
grupos, que possibilite a ajuda mútua entre os colegas;
Sugestão de medidas de intervenção para o trabalho
pedagógico do aluno com NEE

• Flexibilizar o tempo de realização das tarefas;


• Trabalhar em sala de aula com
materiais diversificados;
• Reorganizar o espaço físico, alterando posição das
carteiras para facilitar a interação de todos os alunos
entre si;
• Estar em contato com o professor da sala de recursos
multifuncional, com vistas a elaboração de um plano de
intervenção voltado ao atendimento das necessidades do
aluno.
ATIVIDADE: ESTUDO DE CASO
RELATÓRIO PEDAGÓGICO...

 E... QUANDO A APRENDIZAGEM NÃO VAI BEM...

Como Agir?
* Roteiro...
* Relatório...

SUGESTÕES DE PALAVRAS E
EXPRESSÕES PARA USO EM RELATÓRIOS
WWW.JUCIENEBERTOLDO.COM
BIBLIOGRAFIA

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de, et al. Ciencias no


ensino fundamental: o conhecimento físico. São Paulo:
Scipione, 1998. Introdução Exemplar na consulta.
GASPAR, Alberto. Experiências de ciências: para o
ensino fundamental. São Paulo: Atica, 2003. Introdução
Exemplar na consulta.
MOREIRA, Marco Antônio. Teorias de aprendizagem
São Paulo: EPU, 1999. capítulo 7.
SALVADOR, César Coll et all. Psicologia do ensino.
Porto Alegre: Artes Médicas, 2000, capítulo 14.

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