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Negros no fundo do

porão Rugendas-1830
CONSTRUÇÃO E DESCONSTRUÇÃO.
Roteiro
CONSTRUÇÃO DESCONSTRUÇÃO

Iniciar a apresentação; Comparar o que foi retratado com a possível


realidade;
Descrever a pintura: O que retrata e como
retrata? Quais as intensões da obra?
Quem é o autor? Discutir a autoria da obra
Qual o contexto histórico que a pintura se Finalizar o trabalho.
insere?
Construção
Negros
no fundo
do porão
Johann
Moritz
Rugendas
Informações
sobre o autor
• Biografia;

• Suas influências;

• Seus mestres;

• Onde estão suas obras?


Pintura e ciência
Rugendas, com o tempo, passou a pintar obras para serem usadas em pesquisas científicas na
Europa;
Mas, no Brasil, isso é escasso.
O Voyage Pittoresque
dans le Brésil
• Livro em que Rugendas foi convidado para escrever na Europa;

• Pausa sua viagem nas Américas por um certo tempo para se dedicar nessa obra.
Alexander
Von
Humboldt
U M DOS G R A NDES
MESTRES DE R UG E NDAS
Outras obras de Rugendas no Brasil
CAPOIRA-1835 CASTIGOS DOMÉSTICOS-1835
Aspectos científicos?
FLORESTA VIRGEM BRASILEIRA-1830 FLORESTA TROPICAL BRASILEIRA
Contexto histórico
• Diáspora africana;

• Escravidão;

• Navios negreiros.
Desconstrução
Entre pinturas e realidades
O que foi gravado na imagem reproduziu um senso comum sobre o que teria sido a organização
do tráfico negreiro.
Problemas disso:
Ignoram a complexidade dos navios
Atribuem uma imagem totalizante sobre os quase 300 anos dos tumbeiros
Distanciamento entre realidade e o
retratado
Realidade dos navios
Incapacidade de sabermos com exatidão o que acontecia
Situação de carga e organização náutica
RUGENDAS ROBERT WALSH
Situação de carga e organização náutica
RUGENDAS BOUDRIOT
Navios e Navios

01 02 03
Ao longo dos quase 300 Isso aumenta a Isso é somado ao baixo
anos foram utilizados complexidade sobre número de pesquisas
inúmeros navios, foram essa situação de arqueológicas na área
adaptados, readaptados mercado e impossibilita de arqueologia náutica.
e, muitas vezes, a uma generalização
organização era própria; sobre o período;
Arqueologia ≠ Cassa
aos tesouros;

Lembraremos:

Sítios arqueológicos
não podem ter suas
peças violadas.
Condicionamentos
QUAIS? REAÇÃO

Condição de carga; Condição não aceita;


Estrutura de organização da sociedade colonial Resistência
baseada no tráfico e na escravização.
Problemas na condição de carga
Não aceitação do Negro como humano;
Coisificação;
Negócios mercadológicos e estruturas sociais criados(as) em cima dessa condição.
Problemas na identidade
Populações negras podem, até hoje, visitando tumbeiros proximidades identitárias com os
escravizados;
Mas não devemos pensar que isso é uma determinante;
Hall nos lembra que a identidade é historicamente construída, um processo artificial;
Mas que não deve ser confundido com fragilidades de laços políticos, e de revoltas, por exemplo.
Autoria e suas intenções
Rugendas não foi o grande autor da obra;
Tinha um emboço que foi, provavelmente, feito em Paris;
Com influências da “Society for the abolition of slave trade”
Acabado por outro autor
RUGENDAS-ESBOÇO VERSÃO ACABADA
Diferente
Perspectiva
• Rugendas geralmente pintava obras que
obedeciam o visual, coisa não observada
aqui.

• A obra foi realizada pensando em alertar o


perigo e a crueldade que ocorriam nos
navios.
Concluindo

01 02 03
Rugendas é conhecido Mas a obra que foi Os estudos sobre
por viajar e retratar a discutida aqui apenas realidades navais na
América em suas carrega seu nome, sua época do tráfico ainda
pinturas; autoria é feita por estão no começo, o que
outros e tinha interesses nos faz saber muito
claros; pouco sobre a realidade.
Referências
COSTA, Emilia Viotti da. Da senzala a colônia. São Paulo : Difel, 1966.
DIENER, Pablo. O catálogo fundamentado da obra de J.M Rugendas e algumas ideias para
interpretação de seus trabalhos no Brasil. Revista USP, n 30, São Paulo-SP, p.46-57, 1996.
RAMBELLI, GIlson. Arqueologia de naufrágios e a proposta de um navio negreiro. Revisa de
História da Arte e Arqueologia, n 6, Campinas-SP, p.97-106, 2006.
_______________. Tráfico e navios negreiros: contribuição da Arqueologia Náutica e
Subaquática. Navigator, v 2, n 4, Rio de Janeiro-RJ, p.59-72, 2006.
SILVA, Bruno Sanches Ranzani da; FRACCARO, Laura Candian. Drivers. In. Black. Arqueologia de
navios negreiros e identidade. Revista de História da Arte e Arqueologia, n 11, Campinas-SP,
p.127-141, 2009.

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