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Outra classificação para os neurônios → de

acordo com suas funções

* neurônios motores: controlam órgãos efetores (músculos e


glândulas);

* neurônios sensoriais: recebem estímulos externos e do próprio


organismo, transmitindo-os ao sistema nervoso central;

* neurônios intermediários: são os responsáveis pela comunicação


entre os outros tipos de neurônios, formando circuitos.
O impulso nervoso que se propaga através do
neurônio é de origem elétrica e resulta de
alterações nas cargas elétricas das superfícies
externa e interna da membrana celular.
A membrana das células nervosas é polarizada,
isto é, existe uma diferença entre as cargas
elétricas da superfície interna e da superfície
externa, sendo o interior negativo em relação ao
exterior.
POTENCIAL DE AÇÃO

A estimulação de um neurônio faz com que uma


pequena região de sua membrana se despolarize,
isto é, inverta momentaneamente a polaridade,
ficando o exterior negativo em relação ao interior.

A despolarização no local do estímulos dura


apenas 1,5 a 2 ms e provoca a despolarização na
região imediatamente adjacente, em direção à
terminação do axônio.
SINAPSE NERVOSA

Revisando → Os dendritos possuem, por sua vez,


a capacidade de receber e transmitir os impulsos
para o corpo celular. Os axônios são as estruturas
responsáveis pela transmissão dos impulsos
nervosos do corpo celular para outros neurônios
ou ainda para os órgãos efetores.
A transmissão de um impulso de um axônio para
um dendrito ou para o corpo celular depende de
uma estrutura denominada sinapse, que é
formada pela porção terminal do axônio
(telodendro) e pelo dendrito ou corpo celular, ou
ainda pelo órgão efetor, como as glândulas por
exemplo.
No caso especial de tecido muscular, a sinapse
recebe o nome de placa motora. Entre a
membrana do telodendro e do dendrito ocorre um
espaço virtual denominada fenda sináptica. Na
porção terminal dos telodendros, encontram-se
numerosas vesículas, que variam de tamanho e
quantidade, em cujo interior encontra-se
substâncias que foram denominadas mediadores
químicos.
Apesar de um só axônio poder estar envolvido em
milhares de conexões sinápticas, a transmissão
do impulso só ocorre em uma direção, ou seja, do
lado pré-sináptico (axônio) para o lado pós-
sináptico (célula vizinha).
Dessa forma, quando um potencial de ação se
propaga sobre um terminal pré-sináptico, a
despolarização da membrana produz o
esvaziamento de um pequeno número de
vesículas na fenda sináptica.

O transmissor liberado por sua vez, leva a uma


alteração imediata nas características de
permeabilidade da membrana neuronal pós-
sináptica, o que conduz à excitação ou inibição,
dependendo do tipo de substância transmissora
liberada.
As mitocôndrias fornecem ATP, que é necessário
para a síntese de nova substância transmissora.

Esse transmissor deve ser sintetizado com


extraordinária rapidez, pois a quantidade
armazenada nas vesículas é suficiente apenas
para alguns segundos e uns poucos minutos de
atividade máxima. Não fosse essa capacidade, a
transmissão sináptica se tornaria completamente
ineficaz em poucos minutos.
As sinapses são altamente modificáveis quanto à
sua eficiência: elas transferem melhor a excitação
quando são usadas com frequência do que
quando são pouco ou nada usadas.

Têm também a função de memorização e


aprendizagem e são também pontos onde atuam
muitos medicamentos.
Quando o estímulo nervoso chega à porção final
do telodendro, as vesículas abrem-se na fenda
sináptica lançando seu conteúdo, ou seja, os
mediadores químicos ou neurotransmissores.
Esses possuem a capacidade de transmitir o
estímulo até o dendrito ou corpo celular ou ainda
às células efetoras, provocando alterações
elétricas na membrana da célula seguinte e,
gerando um novo impulso nervoso.

Os principais mediadores químicos são os


colinérgicos e adrenérgicos.
O neurotransmissor mais comum é a acetilcolina.
Imediatamente após sua liberação na sinapse, essa
substância é destruída pela enzima colinesterase aí
existente, impedindo a passagem contínua do
impulso. A sinapse funciona, então, como uma espécie
de relé ou "válvula", que se fecha uma vez transmitido
o impulso nervoso. Constatou-se que, embora esse
acontecimento seja muito rápido, a sinapse retarda a
condução do impulso em mínimas frações de
segundo. As placas motoras (junções
neuromusculares) são também sinapses que tornam
possível a efetivação da contração da fibra muscular.
Muitas drogas podem bloquear a passagem do
impulso no nível das sinapses, como é o caso dos
anestésicos.
Os neurônios e, portanto, suas sinapses podem diferir quanto ao tipo
de neurotransmissor. Fala-se em sinapses colinérgicas ou adrenérgicas
quando os neurotransmissores são, respectivamente, a acetilcolina e a
noradrenalina.
De um modo geral, a noradrenalina prepara o
organismo para qualquer reação de alarme,
combate ou fuga e para uma resposta
principalmente ao stress.
Outras células do tecido nervoso
Sob a denominação geral neuróglia ou glia,
incluem-se vários tipos celulares presentes no
sistema nervoso central ao lado dos neurônios.
Calcula-se que haja no sistema nervoso central
10 células da glia para cada neurônio.
Células da glia

Dão suporte ao funcionamento do sistema


nervoso, tendo as seguintes funções: nutrição,
sustentação e respiração da células nervosas.

Elas diferem em forma e função, cada uma


desempenhando um papel diferente na estrutura
e no funcionamento do tecido nervoso.
Células da glia - Astrócitos
Os astrócitos dão suporte mecânico e fornecem
alimentos à complexa e delicada rede de circuitos
nervosos.

São as células de maiores dimensões


encontradas na glia, possuindo numerosos
prolongamentos. Estes por sua vez se
diferenciam por possuírem uma dilatação terminal
que envolve os capilares sanguíneos, formando
os chamados pés vasculares de neuroglia.
Células da glia - Astrócitos

Os astrócitos ligam os neurônios aos capilares


sanguíneos e à pia-máter (uma delgada camada
de tecido conjuntivo que reveste o sistema
nervoso central).
Células da glia - Astrócitos

Os astrócitos apresetam pés vasculares em volta do capilar sanguíneo.


Células da glia - Oligodendrócitos

Os oligodendrócitos desempenham função


equivalente às células de Schwann, formando
bainhas protetoras sobre os axônios dos
neurônios que ficam no encéfalo e na medula
espinhal.
Células da glia - Oligodendrócitos

Os oligodendrócitos são células de dimensões


menores que os astrócitos e se caracterizam por
possuírem poucos prolongamentos. São
encontradas na substância branca e cinzenta do
SNC; na substância cinzenta, devido à relação
íntima que mantém com os corpos celulares dos
neurônios, são denominadas células-satélites.
Células da glia - Micróglias

As micróglias são um tipo especializado de


macrófago cuja função é fagocitar dendritos e
restos celulares presentes no tecido nervoso;
funcionando como representantes do sistema
histiocitário do tecido nervoso.
Células da glia - Micróglias

Elas participam da inflamação e da reparação do


sistema nervoso central. Quando ativadas, as
células da micróglia retraem seus
prolongamentos, assumem a forma de
macrófagos e tornam-se fagocitárias.
Células da glia - Células de
Schwann
Certos tipos de neurônios são envolvidos por
células especiais, as células de Schwann. Essas
células se enrolam dezenas de vezes em torno do
axônio e formam uma capa membranosa,
chamada bainha de mielina.

As células de Schwann se localizam em volta dos


axônios do sistema nervoso periférico.
Células da glia - Células de
Schwann

A bainha de mielina atua como um isolante


elétrico e aumenta a velocidade de propagação
do impulso nervoso ao longo do axônio. Na
doença degenerativa conhecida como esclerose
múltipla, por exemplo, ocorre uma deterioração
gradual da bainha de mielina, resultando na perda
progressiva da coordenação nervosa.
Células da glia - Células de
Schwann

Cada célula de Schwann forma mielina em torno


de um segmento de um único axônio.

Enquanto que os oligodendrócitos têm


prolongamentos por intermédio dos quais
envolvem diversos axônios.
Características morfofuncionais das
fibras nervosas

Em todos os axônios dos neurônios do sistema


nervoso, encontramos uma célula envoltória,
formando uma camada única ou camadas
múltiplas que as envolvem. A esse cojunto do
axônio e célula envoltória dá-se o nome de fibra
nervosa.
Características morfofuncionais das
fibras nervosas

As células envoltórias das fibras pertencentes ao


Sistema Nervoso Central são oligodendrócitos, e
as que envolvem as fibras do sistema nervoso
periférico são as células de Schwann.
Características morfofuncionais das
fibras nervosas

Nos axônios de pequeno calibre, as células


envoltórias formam uma única camada,
constiutindo as fibras amielínicas.
Em contrapartida, os axônios mais callibrosos são
envolvidos por camadas concêntricas de célula
envoltória formando uma verdadeira bainha
protetora, que recebe o nome de bainha de
mielina.
Características morfofuncionais das
fibras nervosas

A bainha de mielina não é contínua,


interrompendo-se em intervalos regulares, ao
longo da fibra, chamados nódulos de Ranvier.
Cada intervalo entre dois nódulos de Ranvier
recebe a denominação de internódulo, e é
formado por uma só célula de Schwann.
Aplicação Médica

Os espaços deixados pelos neurônios do sistema


nervoso central mortos por doenças ou acidentes
são preenchidos pela proliferação (hiperplasia) e
pela hipertrofia (aumento de volume) dos
astrócitos, um processo denominado gliose.
Aplicação Médica

Na doença esclerose múltipla as bainhas de


mielina são destruídas por mecanismos ainda não
completamente esclarecidos, causando diversos
distúrbios neurológicos. Nessa doença, os restos
de mielina são removidos pela microglia, cujas
células se tornam morfologicamente semelhantes
aos macrófagos. Os restos de mielina fagocitados
por essas células são digeridos pelas enzimas
dos lisossomos.
O SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Encéfalo - cérebro

É o órgão que contém os centros nervosos


relacionados com os sentidos, a memória, o
pensmanto e a inteligência. O cérebro coordena
também as ações voluntárias desenvolvidas pelo
indivíduo, além de comandar atos inconscientes.
Encéfalo - cerebelo

Localiza-se abaixo do cérebro e possui as


seguintes funções:

* coordena os movimentos comandados pelo cérebro, garantindo


uma perfeita harmonia entre eles;

* dá o tônus muscular, isto é, regula o grau de contração do


músculo em repouso;

* mantém o equilíbrio do corpo, graças às suas ligações com os


canais semicirculares do ouvido interno.
Encéfalo - ponte

Localiza-se abaixo do cérebro, diante do cerebelo


e acima do bulbo.

A ponte serve de passagem de impulsos


nervosos, que vão ao cérebro. A ponte está
também relacionada com reflexos associados às
emoções, como o riso e as lágrimas
Encéfalo - bulbo

Localiza-se abaixo da ponte.

Controla importantes funções do nosso


organismo, entre elas: a respiração, o ritmo dos
batimentos cardíacos e certos atos reflexos (como
a deglutição, o vômito, a tosse e o piscar dos
olhos).
Medula espinhal

Ocupa o canal vertebral desde a região do atlas –


primeira vértebra – até o nível da segunda
vértebra lombar.

A medula funciona como centro nervoso de atos


involuntários e, também, como veículo condutor
de impulsos nervosos.
As meniges
Sabemos que o encéfalo e a medula espnhal
estão protegidos por estruturas ósseas: o crânio
(para o encéfalo) e as vértebras (para a medula).

No entanto, nem o encéfalo entra em contato com


os ossos do crânio, nem a medula toca
diretamente as vértebras.

Envolvendo estes órgãos, existem três


membranas – as meniges.
As meninges
Divide-se em três mebranas:

* dura-máter → é a membrana externa que fica


em contato com os ossos;

* pia-máter → é a membrana interna que envolve


diretamente os órgãos;

* aracnóide → é a membrana intermediária entre


as outras duas.
As meninges

Entre a pia-máter e a aracnóide existe um líquido,


chamado líquido cefalorraquidiano.

Ele protege os órgãos do sistema nervoso central


contra choques mecânicos.
As meniges
* Dura-máter → constituída por tecido conjuntivo
denso;

* Aracnóide → constituída por tecido conjuntivo


sem vasos sanguíneos;

* Pia-máter → é muito vascularizada e aderente


ao tecido nervoso, embora não fique em contato
direto com células ou fibras nervosas.
Líquido Cefalorraquidiano

A obstrução do seu fluxo causa uma situação


patológica denominada hidrocefalia.

A hidrocefalia é iniciada antes do nascimento ou


na criança muito pequena causando afastamento
das suturas dos ossos cranianos e aumento
progressivo da cabeça, podendo ocorrer
convulsões, retardo mental e fraqueza muscular.
Os atos reflexos

Constituem o caminho percorrido pelo estímulo


(doloroso) até a medula mais o caminho
percorrido pela ordem motora – da medula até o
músculo.

Exemplos: atos involuntários.


AS DROGAS E O SISTEMA NERVOSO
Drogas depressoras do SNC
Diminuem a atividade das células nervosas.
Alteram os reflexos e a coordenação motora.

Exemplos:
álcool,
ansiolíticos (sedativos ou calmantes),
medicamentos à base de codeína (substância
derivada do ópio),
solventes ou inalantes (cola de sapateiro),
barbitúricos.
Drogas estimulantes do SNC

Aumentam a atividade do sistema nervoso.

Exemplos:
nicotina (presente no tabaco),
cocaína,
anfetaminas.
Drogas perturbadoras ou
alucinógenas do SNC
O usuário percebe as coisas em cores e formas
distorcidas, causando também alucianções.

Exemplos:
maconha,
LSD.
Vamos responder?
1. Cite um componente do encéfalo com sua
respectiva função.

2. Quais as três membranas das meninges?

3. Defina ato reflexo.

4. Que relações pode ter uma droga no sistema


nervoso?

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