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Procedimento:
• 1. Levantar todos os Salários de Contribuição do trabalhador, atualizando-os
até a data do requerimento do benefício (Período Básico de Cálculo);
• 2. Com todos os SC atualizados, descartar os 20% menores, ou seja, trabalhar
apenas com os 80% maiores SC;
• 3. Realizar a média aritmética desses 80% maiores SC do trabalhador;
• 4. No caso da Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuição, será
aplicado, EM REGRA, sobre o valor obtido no passo 3, o Fator Previdenciário
(FP), sendo o resultado desse produto o SB para esses dois tipos de benefício. 3
• Aposentadoria por idade fator previdenciário facultativo;
• Aposentadoria por tempo de contribuição fator previdenciário obrigatório.
• Atenção: conforme a Lei 13135/2015, o Salário de Benefício do Auxílio
Doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos 12
(doze) salários-de-contribuição, inclusive em caso de remuneração variável,
ou, se não alcançado o número de 12 (doze), a média aritmética simples
dos salários-de-contribuição existentes.
ou seja, no caso do Auxílio Doença, o salário de benefício é calculado
pela média simples dos 80% maiores salários de contribuição do segurado,
no entanto, esse valor não poderá exceder a média aritmética simples dos
últimos 12 salários de contribuição.
• Sistemática de Cálculo :
• 1. Segurado recolhe suas contribuições sociais, mensalmente, com
aplicação de uma alíquota sobre o seu salário de contribuição;
• 2. Ao requerer o benefício previdenciário, o salário de benefício será
definido pela média dos 80% maiores SC da vida laboral do segurado (a
exceção dos “salários” e dos benefícios para dependentes, e com aplicação
do FP nas aposentadorias por idade e tempo de contribuição);
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• 3. A RMB do benefício será obtida com a aplicação de um % sobre o SB.
Lembrando:
• Na aposentadoria por idade, há ainda aplicação facultativa do fator
previdenciário, ou seja, o fator somente será aplicado se superior a 1,0,
e, portanto, implicar aumento do salário de benefício;
• Na aposentadoria por tempo de contribuição, há aplicação obrigatória
do fator previdenciário, quer ele aumente quer ele reduza o valor do
salário de benefício;
• Na aposentadoria por Tempo de Contribuição para Pessoa com
Deficiência e na Aposentadoria por Idade para Pessoa com Deficiência,
é garantida a aplicação do Fator Previdenciário (FP) se resultar em renda
mensal de valor mais elevado.
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Período Contributivo
• 1. Para o Empregado (E), Empregado Doméstico (D) e Trabalhador
Avulso (A): o conjunto de meses em que houve ou deveria ter havido
contribuição em razão do exercício de atividade remunerada sujeita a
filiação obrigatória ao RGPS, ou;
• 2. Para os demais segurados (C e S), inclusive o Facultativo (F): o
conjunto de meses de efetiva contribuição ao RGPS.
• Ou seja:
• Para empregados, avulsos e domésticos, para efeito de período de
contribuição, o recolhimento da empresa é presumido.
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• Todos os Salários de Contribuição (SC) utilizados no cálculo do Salário de
Benefício (SB) serão corrigidos, mês a mês, de acordo com a variação do
INPC, a partir da primeira competência do período básico de cálculo até a
data do requerimento do benefício irredutibilidade do valor real.
Atividades concomitantes:
• O salário de benefício do segurado que contribui em razão de atividade
concomitante será calculado com base na soma dos salários de
contribuição das atividades exercidas até a data do requerimento ou do
óbito (para Pensão por Morte) ou no Período Básico de Cálculo,
observando-se:
• 1. Quando o segurado satisfizer, em relação a cada atividade, as
condições para obtenção do benefício requerido, o SB será calculado com
base na soma dos respectivos SC, respeitando o limite do RGPS.
• 2. Quando o segurado não satisfizer as condições em relação a uma das
atividades, o salário de benefício será obtido por meio de cálculos
específicos que levarão em conta o Tempo de Contribuição e Carência em
relação a essa atividade, também respeitados os limites do RGPS. 9
• Obs: esses cálculos não serão cobrados em concurso.
Fator Previdenciário
• Regulamento da Previdência:
• Fica garantido ao segurado com direito à Aposentadoria por Idade a
opção pela não aplicação do Fator Previdenciário (FP), devendo o INSS,
quando da concessão do benefício, proceder ao cálculo da renda mensal
inicial com e sem o fator previdenciário.
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Inclusão feita pela MP 676/2015:
Art. 29-C. O segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por
tempo de contribuição poderá optar pela não incidência do fator previdenciário,
no cálculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma de sua
idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de
requerimento da aposentadoria, for:
I - igual ou superior a noventa e cinco pontos, se homem, observando o tempo
mínimo de contribuição de trinta e cinco anos; ou
II - igual ou superior a oitenta e cinco pontos, se mulher, observando o tempo
mínimo de contribuição de trinta anos.
§ 1º As somas de idade e de tempo de contribuição previstas no caput serão
majoradas em um ponto em:
I - 1º de janeiro de 2017;
II - 1º de janeiro de 2019;
III - 1º de janeiro de 2020;
IV - 1º de janeiro de 2021; e
V - 1º de janeiro de 2022.
§ 2º Para efeito de aplicação do disposto no caput e no § 1º, serão acrescidos
cinco pontos à soma da idade com o tempo de contribuição do professor e da
professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício de 14
magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.
Renda Mensal do Benefício
• Relembrando a sistemática de cálculo:
• 1. Segurado recolhe, mensalmente, suas contribuições sobre um salário
de contribuição;
• 2. O salário de benefício será determinado pela média aritmética dos
80% maiores salários de contribuição da vida do segurado ((a exceção
dos “salários” e dos benefícios para dependentes);
• 3. A renda mensal do benefício será definida pela aplicação de um
percentual sobre o salário de benefício.
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• Para o cálculo da renda mensal serão computados:
• Para o segurado empregado, inclusive o doméstico, e o trabalhador
avulso, os salários de contribuição referentes aos meses de contribuições
devidas, ainda que não recolhidas pela empresa ou pelo empregador
doméstico, sem prejuízo da respectiva cobrança e da aplicação das
penalidades cabíveis.
• Os SC do Empregado, inclusive o doméstico, e do Avulso são considerados
para o cálculo da RMB, independentemente do recolhimento pelo
empregador ou OGMS Existe a presunção de recolhimento para essas
espécies de segurados.
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• Ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao trabalhador avulso
que tenham cumprido todas as condições para a concessão do benefício
pleiteado, mas não possam comprovar o valor de seus salários de
contribuição no período básico de cálculo, será concedido o benefício
de valor mínimo, devendo esta renda ser recalculada quando da
apresentação de prova dos salários de contribuição.
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• 1. Auxílio Doença: 91% x SB.
• Após a cessação do Auxílio Doença decorrente de acidente de qualquer
natureza ou causa (Auxílio Doença acidentário), tendo o segurado
retornado ou não ao trabalho, se houver agravamento ou sequela que
resulte na reabertura do benefício, a renda mensal será igual a 91% x SB
do Auxílio Doença cessado, corrigido até o mês anterior ao da
reabertura do benefício.
• 2. Aposentadoria por Invalidez: 100% x SB.
• A RMI da aposentadoria concedida por transformação de Auxílio Doença
será de 100% x SB que serviu de base para o cálculo da RMI do Auxílio
Doença.
• 3. Aposentadoria por Idade (inclusive da pessoa com deficiência): (70% x
SB) + 1% x SB, por grupo de 12 contribuições mensais, até o máximo de
30% x SB.
• Por exemplo: um segurado que apenas tenha cumprido a carência e
requeira a Aposentadoria por Idade, terá 180 contribuições, ou seja, 15
grupos de 12 contribuições, o que dará um acréscimo de 15% do salário
de benefício, resultando em uma RMI de 85% do SB. 19
• Para que o segurado tenha RMI = 100% do SB, deve contar 30
contribuições (70% + 30% do SB).
• 4. Aposentadoria por Tempo de Contribuição:
• 4.1. Para a Mulher: 100% x SB, aos 30 anos de contribuição.
• 4.2. Para o Homem: 100% x SB, aos 35 anos de contribuição.
• 4.3. Para a Professora: 100% x SB, aos 25 anos de contribuição E de
efetivo exercício em função de magistério na educação infantil, no ensino
fundamental e no ensino médio.
• 4.3. Para o Professor: 100% x SB, aos 30 anos de contribuição E de efetivo
exercício em função de magistério na educação infantil, no ensino
fundamental e no ensino médio.
• 4.4. Para a Mulher Deficiente: 100% x SB, aos 20 anos de contribuição
(deficiência grave), aos 24 anos de contribuição (deficiência moderada)
ou aos 28 anos de contribuição (deficiência leve).
• 4.5. Para o Homem Deficiente: 100% x SB, aos 25 anos de contribuição
(deficiência grave), aos 29 anos de contribuição (deficiência moderada)
ou aos 33 anos de contribuição (deficiência leve).
• 5. Aposentadoria Especial: 100% x SB.
• 6. Auxílio Acidente: 50% x SB 20
• 7. Pensão por Morte: O valor mensal da pensão por morte será de cem
por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a
que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu
falecimento.
• Se na data do óbito o segurado estiver recebendo Aposentadoria (de qualquer
espécie) concomitantemente Auxílio Acidente, o valor desse auxílio, de
natureza indenizatória, não será incorporado à Pensão por Morte.
• atualmente, o Auxílio Acidente não pode ser acumulado à aposentadoria,
ou seja, no momento da concessão da aposentadoria cessa o benefício do
Auxílio Acidente.
• Essa regra de acumulação (Aposentadoria com Auxílio Acidente) é válida
somente para os casos de direito adquirido, ou seja, aqueles ocorridos até
11/11/1997, data em que foi publicada a Medida Provisória que deu origem a
Lei n.º 9.528, que alterou a legislação previdenciária.
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• Para os segurados especiais fica garantida a concessão:
• I - de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-doença, de
auxílio-reclusão ou de pensão por morte, no valor de 1 (um) salário
mínimo, e de auxílio-acidente, desde que comprove o exercício de
atividade por período igual ao número de meses correspondentes à
carência do benefício requerido; ou
• II - dos benefícios especificados na Lei 8.213/1991, desde que
contribuam facultativamente para a Previdência Social (20% sobre
salário de contribuição declarado).
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Reajustamento do Valor dos Benefícios
• Emenda Constitucional nº 41/2003: É assegurado o reajustamento dos
benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real,
conforme critérios estabelecidos em lei.
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Decadência e Prescrição
• Decadência: é a perda do direito material, por não ter sido exercido
por quem de direito num período de tempo razoável.
• Prescrição: é a perda do direito da ação, ou seja, de reivindicar um
direito por meio de ação judicial cabível.
• Na decadência, perde-se o direito propriamente dito. Na prescrição,
perde-se o direito de exercer um direito, por meio de ação judicial.
• Ex: João aluga uma casa a Márcio, que não paga o aluguel de março
de 2015. Em março de 2018 (Código Civil, art. 206, §3º, I), João não
poderá mais cobrar Márcio. Embora ele tenha o direito de receber o
aluguel, ocorreu prescrição. Assim, ele não pode mais ajuizar ação
judicial para forçar Márcio a pagar. No entanto, como João conserva o
direito (não ocorreu decadência), se Márcio pagar, voluntariamente, o
pagamento será válido e extinguirá a dívida.
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• A perda da qualidade de segurado importa em caducidade dos direitos
inerentes a essa qualidade.
• Não será concedida pensão por morte aos dependentes do segurado que
falecer após a perda desta qualidade, salvo se preenchidos os requisitos
para obtenção da aposentadoria na forma do parágrafo anterior.
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Decadência e Prescrição na Parte do Custeio
• Prazo Decadencial: é o prazo o qual a Receita Federal do Brasil (RFB) tem
para constituir (fazer nascer) o crédito tributário (dívida tributária do
contribuinte) referente tributo (contribuição social, por exemplo), por
meio do Lançamento Tributário.
• Prazo Prescricional: é o prazo o qual a RFB tem para cobrar esse crédito
do contribuinte, por meio de execução fiscal.
CONSTITUIÇÃO COBRANÇA
FATO
5 ANOS DO CRÉDITO 5 ANOS DO CRÉDITO
GERADOR
TRIBUTÁRIO TRIBUTÁRIO
PRAZO PRAZO
DECADENCIAL PRESCRICIONAL
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Acumulação de Benefícios Previdenciários
• Salvo no caso de direito adquirido, NÃO será permitido o recebimento
conjunto dos seguintes benefícios, inclusive quando decorrente de acidente
do trabalho (Art. 124, Lei 8.213, c/c art. 102, RPS, c/c IN nº 77/2015).
• 1. Aposentadoria com Auxílio Doença.
• 2. Mais de uma Aposentadoria.
• 3. Salário Maternidade com Benefício por Incapacidade (RPS, Art. 102);
• 5. Mais de um Auxílio Acidente ou mais de um Auxílio Doença (ainda que em
atividades concomitantes – SC somados).
• 6. Auxílio Acidente com qualquer Aposentadoria.
• 7. Auxílio Acidente com Auxílio Doença, com origem na mesma doença ou
acidente.
• 8. Mais de uma Pensão por Morte deixada por cônjuge ou companheiro (a). É
facultado ao dependente optar pela Pensão mais vantajosa.
• 9. Mais de um Auxílio Reclusão deixado por cônjuge, companheiro (a) ou
equiparado. É facultado ao dependente optar pelo Auxílio mais vantajoso. (IN
INSS n.º 77/2015).
• 10. Auxílio Reclusão pago aos dependentes, com Auxílio Doença ou
Aposentadoria do segurado recluso.
• 11. Seguro Desemprego com qualquer benefício previdenciário, com exceção 32
de 03 benefícios: Pensão por Morte, Auxílio Reclusão e Auxílio Acidente.
Lei 8.213/1991, Art. 124, parágrafo único. É vedado o recebimento conjunto
do seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da
Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente.
Poderia ser acrescentado também o Auxílio Reclusão.
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Acidente de Trabalho
• Art. 19, Lei 8.213: Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do
trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo
exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal
ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução,
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
• Ocorre: exercício do trabalho a serviço da empresa, de empregador
doméstico ou exercício do trabalho dos segurados especiais;
• Provoca: lesão corporal ou perturbação funcional;
• A lesão e a perturbação causam: morte, perda ou redução da capacidade
para o trabalho;
• A perda e a redução: podem ser permanente ou temporária.
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Equiparam-se a acidente de trabalho:
• I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa
única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para
redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão
que exija atenção médica para a sua recuperação;
• II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho,
em consequência de:
• a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou
companheiro de trabalho;
• b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa
relacionada ao trabalho;
• c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de
companheiro de trabalho;
• d) ato de pessoa privada do uso da razão;
• e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou
decorrentes de força maior;
• III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no
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exercício de sua atividade;
• IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de
trabalho:
• a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da
empresa;
• b) na prestação espontânea (sem ordem ou autoridade) de qualquer
serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
• c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando
financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da
mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado,
inclusive veículo de propriedade do segurado;
• d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de
propriedade do segurado.
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Crimes Previdenciários
• Dois principais crimes previdenciários exigidos em concursos: Apropriação
Indébita Previdenciária e Sonegação de Contribuição Previdenciária: artigos
168-A e 337-A do Código Penal (incluídos pela Lei nº 9.983/2000).
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Jurisprudência: nos crimes de omissão no recolhimento de contribuições
previdenciárias, a prova de dificuldades financeiras, como causa supralegal
de inexigibilidade de conduta diversa, que exclui a culpabilidade, pode ser
feita por meio de documentos, sendo desnecessária a realização de perícia,
conforme entendimento jurisprudencial.
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Recurso das Decisões Administrativas
• Das decisões do INSS nos processos de interesse dos beneficiários caberá
recurso para o Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS).
• É de 30 dias o prazo para interposição de recursos e para o oferecimento
de contrarrazões, contados da ciência da decisão e da interposição do
recurso, respectivamente.
• O INSS pode reformar suas decisões, deixando, no caso de reforma
favorável ao interessado, de encaminhar o recurso à instância
competente.
• Se o reconhecimento do direito do interessado ocorrer na fase de
instrução do recurso por ele interposto contra decisão de Junta de
Recursos ou de Câmara de Julgamento, o processo, acompanhado das
razões do novo entendimento, será encaminhado:
• 1. À Junta de Recursos, no caso de decisão dela emanada, para fins de
reexame da questão, ou;
• 2. À Câmara de Julgamento, se por ela proferida a decisão, para revisão 48
do acórdão.
• A propositura pelo beneficiário de ação judicial que tenha por objeto
idêntico pedido sobre o qual versa o processo administrativo importa
renúncia ao direito de recorrer na esfera administrativa e desistência do
recurso interposto.
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• Havendo controvérsia na aplicação de lei ou de ato normativo, entre
órgãos do Ministério da Previdência Social (MPS) ou entidades
vinculadas, ou ocorrência de questão previdenciária de relevante
interesse público ou social, poderá o órgão interessado, por intermédio
de seu dirigente, solicitar ao Ministro de Estado da Previdência Social
solução para a controvérsia ou questão.
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• Art. 303. O Conselho de Recursos da Previdência Social - CRPS,
colegiado integrante da estrutura do Ministério da Previdência Social, é
órgão de controle jurisdicional das decisões do INSS, nos processos
referentes a benefícios a cargo desta Autarquia.
• § 1º O Conselho de Recursos da Previdência Social compreende os
seguintes órgãos:
• I - vinte e nove Juntas de Recursos, com a competência para julgar, em
primeira instância, os recursos interpostos contra as decisões prolatadas
pelos órgãos regionais do INSS, em matéria de interesse de seus
beneficiários;
• II - quatro Câmaras de Julgamento, com sede em Brasília, com a
competência para julgar, em segunda instância, os recursos interpostos
contra as decisões proferidas pelas Juntas de Recursos que infringirem
lei, regulamento, enunciado ou ato normativo ministerial;
• IV - Conselho Pleno, com a competência para uniformizar a
jurisprudência previdenciária mediante enunciados, podendo ter outras
competências definidas no Regimento Interno do Conselho de Recursos
da Previdência Social 51
• (TRF4 – Juiz Federal – 2014). Assinale a alternativa correta.
• a) A ação para haver prestação vencida devida pelo INSS a segurado
prescreve no prazo de cinco anos, contado do dia primeiro do mês seguinte
ao do recebimento da respectiva parcela.
• b) O prazo decadencial, diferentemente do prescricional, não pode ser
suspenso, não correndo, entrementes, contra os menores de dezoito anos,
os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário
discernimento para a prática dos atos da vida civil e os que, mesmo por
causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
• c) De acordo com a orientação do Superior Tribunal de Justiça expressa em
recurso especial representativo da controvérsia, a norma extraída
do caput do artigo 103 da Lei nº 8.213/91 aplica-se às causas que buscam o
reconhecimento do direito de renúncia à aposentadoria, pois estabelece
prazo decadencial para o segurado ou seu beneficiário postular a revisão do
ato de concessão de benefício, o qual se modificado, importará em
pagamento retroativo, como ocorre no caso da desaposentação.
• d) A Lei nº 9.784/99 estabelece prazo decadencial de cinco anos para a
Administração desconstituir atos administrativos de efeitos favoráveis aos
respectivos destinatários, mas, segundo a Lei nº 8.213/91, o direito da
Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram
efeitos favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, contados da
data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
• e) Os artigos 103 e 103-A da Lei nº 8.213/91 dispõem sobre três prazos
extintivos de direito, submetidos a lustro, a saber: prescrição, decadência 52
para o segurado revisar o ato de concessão e decadência para a
Administração desfazer atos favoráveis aos segurados.
A) Prescreve em 5 anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas,
toda e qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer
restituições ou diferenças devidas pela previdência social, salvo o direito
dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código Civil de 2002;
B) A decadência não corre contra os absolutamente incapazes, ou seja,
aplica-se para os maiores de 16 anos;
C) STJ: o prazo decadencial de 10 anos não se aplica aos casos de
desaposentação;
D) gabarito.
E) Os prazos de decadência da lei 8.213 são de 10 anos e os prescricionais
são de 05 anos. Além disso, não há extinção do direito subjetivo quando se
fala em prescrição, mas apenas extinção da pretensão.
53
• (CESPE – AGU – 2013). O termo inicial para a contagem do prazo
decadencial para a previdência social anular o ato administrativo do
qual decorram efeitos favoráveis para o beneficiário é de dez anos a
partir da data em que for praticado o ato, ainda que se comprove má-fé
do beneficiário.
• Certo Errado
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• (CESPE – 2013 – Procurador Federal). Caso um segurado do RGPS, no
local e no horário do trabalho, seja vítima de acidente em
consequência de ato de terrorismo praticado por terceiro, tal fato não
se equiparará a acidente do trabalho.
• Certo Errado
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• (CESPE – Procurador Federal – 2013). Sobrevindo acidente do trabalho,
nos casos em que seja identificada negligência quanto às normas padrão
de segurança e higiene do trabalho relacionadas à proteção individual e
coletiva, a previdência social proporá ação regressiva contra os
responsáveis.
• Certo Errado
Art. 120. Nos casos de negligência quanto às
normas padrão de segurança e higiene do
trabalho indicados para a proteção individual
e coletiva, a Previdência Social proporá ação
regressiva contra os responsáveis.
56
(TRF3 - 2013 – Juiz Federal). Dentre as proposições que se seguem, assinale a correta,
levando-se em consideração os dispositivos pertinentes da Constituição da República e da
Lei de Benefícios do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, em sua redação atual:
I - A incapacidade total e temporária para o trabalho que o segurado habitualmente
exercia, decorrente de acidente de qualquer natureza, é um dos requisitos para a
concessão do benefício de auxílio-acidente.
II - A consolidação de lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, que resultem
seqüelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que o segurado
habitualmente exercia, é um dos requisitos para a concessão do benefício de auxílio-
acidente, ainda que o segurado estivesse desempregado à época do acidente.
III - Por expressa previsão constitucional, compete sempre à Justiça Estadual processar e
julgar feitos que tenham por objeto a concessão do benefício de auxílio- acidente,
decorrente de acidente de qualquer natureza.
IV - O benefício de auxílio-acidente, de caráter indenizatório, pode ser cumulado com
salário, bem como com qualquer outro benefício previdenciário que venha a ser
concedido ao segurado, exceto o de aposentadoria de qualquer espécie, ressalvado o
direito adquirido.
V - Todo segurado da previdência social, que não tenha perdido essa qualidade, faz jus ao
benefício de auxílio-acidente, no valor de 50% do salário-de-benefício, sem a incidência
do fator previdenciário, ao ter reduzida sua capacidade de trabalho em decorrência de
seqüelas resultantes de acidente de qualquer natureza.
a) os enunciados I, III e IV estão corretos; I- Redução da capacidade funcoional;
b) os enunciados II, IV e V estão corretos; II- Desnecessário tratar-se de acidente de
c) os enunciados II e IV estão corretos; trabalho para concessão de a. acidente;
d) os enunciados II e III estão corretos;
III – apenas os decorrentes de acidente de 57
e) os enunciados IV e V estão corretos.
trabalho;
IV – OK;
V – apenas empregado, especial e avulso.
• (FCC – 2012 – INSS – Técnico do Seguro Social). O salário de benefício serve
de base de cálculo da renda mensal do benefício. Para os segurados inscritos
na Previdência Social, até 28/11/1999, calcula-se
59
• (FCC – 2012 – INSS – Técnico do Seguro Social). Para fins de cálculo do
salário de benefício, é correto afirmar que
• a) Câmara de Julgamento.
• b) Ministério da Previdência Social.
• c) Junta de Recursos da Previdência Social.
• d) Gerência Executiva.
• e) Juizado Especial Federal.
64
(TRF4 – 2010 – Juiz Federal). Dadas as assertivas abaixo sobre cálculo da renda mensal
inicial e manutenção e reajustamento da renda mensal dos benefícios previdenciários do
Regime Geral de Previdência Social, assinale a alternativa correta.
I. O valor do benefício de prestação continuada, inclusive o regido por norma especial e o
decorrente de acidente do trabalho, exceto o salário-família e o salário-maternidade, será
sempre calculado com base no salário de benefício consistente na média aritmética
simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a oitenta por cento de
todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário.
II. O salário de benefício do segurado que contribuir em razão de atividades
concomitantes será calculado com base na média dos salários de contribuição da
atividade principal, assim considerada a de maior renda, acrescida de 75% (setenta e
cinco por cento) da média da atividade secundária.
III. Em nenhuma hipótese a renda mensal do benefício de prestação continuada que
substituir o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor
inferior ao do salário mínimo nem superior ao do limite máximo do salário de
contribuição.
IV. Nas hipóteses estabelecidas atualmente na Lei 8.213/91 em que é possível a
cumulação de auxílio-acidente e aposentadoria por tempo de contribuição, a renda
mensal daquele não integra o salário de contribuição desta para fins de cálculo do salário
de benefício.
V. O valor dos benefícios em manutenção será reajustado, anualmente, na mesma data
do reajuste do salário mínimo, aplicada a todos os benefícios a variação integral do Índice
Nacional de Preços ao Consumidor – INPC/IBGE acumulada a partir da data do reajuste
anterior.
a) Está correta apenas a assertiva II.
b) Estão corretas apenas as assertivas I e V.
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c) Estão corretas apenas as assertivas II, III e IV.
d) Estão corretas todas as assertivas.
e) Nenhuma das assertivas está correta.
• I – Fator Previdenciário somente incide na aposentadoria por tempo de
contribuição e na por idade, nesse caso, se vantajoso;
• II - O salário-de-benefício do segurado que contribuir em razão de
atividades concomitantes será calculado com base na soma dos salários-
de-contribuição das atividades exercidas na data do requerimento ou do
óbito, ou no período básico de cálculo.
• Quando o segurado satisfizer, em relação a cada atividade, as condições do
benefício requerido, o salário-de-beneficio será calculado com base na soma
dos respectivos salários-de-contribuição;
• Quando não se verificar a hipótese do inciso anterior, o salário-de-benefício
será calculado de outro modo;
• Essa regra não se aplica ao segurado que, em obediência ao limite máximo do
salário-de-contribuição, contribuiu apenas por uma das atividades
concomitantes.
• Essa regra não se aplica ao segurado que tenha sofrido redução do salário-de-
contribuição das atividades concomitantes em respeito ao teto desse salário.
• III – o benefício pode superar o teto do RGPS;
• IV – auxílio acidente e aposentadoria são inacumuláveis, e o auxílio
integra sim o salário de contribuição para fins de aposentadoria;
• V – Benefícios no valor de um salário mínimo serão reajustados com base
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no reajuste desse salário, e somente serão corrigidos pelo INPC caso essa
correção supere a do salário mínimo.
• (CESPE – 2009 – TRF2 – Juiz Federal). Com base nas regras informativas
do cálculo dos benefícios, assinale a opção correta.
• a) Nos casos de aposentadoria por invalidez em que o segurado necessite
de assistência permanente de outra pessoa, o valor do benefício
previdenciário não pode ser superior ao limite máximo do salário-de-
contribuição na data inicial do benefício.
• b) O valor mensal dos benefícios de prestação continuada, incluindo o
regido por norma especial e o decorrente de acidente do trabalho, é
calculado com base no salário-de-benefício.
• c) Para cálculo do valor do salário-de-benefício do segurado empregado,
são considerados todos os ganhos habituais deste, incluídas as utilidades
concedidas pelo empregador, sobre os quais tenha havido contribuições
previdenciárias, aí inserida a gratificação natalina.
• d) O fator previdenciário consiste em uma fórmula aritmética que
considera os fatores idade e expectativa de sobrevida do segurado,
exclusivamente por ocasião do pedido de aposentadoria, e se destina a
fixar o tempo de contribuição remanescente para o segurado poder
aposentar-se por tempo de serviço.
• e) O salário-de-benefício da aposentadoria por idade é apurado pela
média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição 67
correspondentes a 80% de todo o período contributivo, multiplicada pelo
fator previdenciário.
• (CESPE – 2008 – INSS – Técnico do Seguro Social). Pedro recebe auxílio-
acidente decorrente da consolidação de lesões que o deixaram com
sequelas definitivas. Nessa condição, Pedro não poderá cumular o
benefício que atualmente recebe com o de aposentadoria por invalidez
que eventualmente venha a receber.
• Certo Errado.
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• (CESPE – 2007 – AGU – Procurador Federal). Os valores do salário-de-
contribuição serão reajustados na mesma época e com os mesmos
índices que os do reajustamento dos benefícios de prestação
continuada da previdência social.
• Certo Errado
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• (CESPE – 2007 – AGU – Procurador Federal). Considera-se estabelecido o
nexo entre o trabalho e o agravo quando se verifica nexo técnico
epidemiológico entre a atividade da empresa e a entidade mórbida
motivadora da incapacidade, elencada na Classificação Internacional de
Doenças (CID).
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• (CESPE – 2007 – AGU – Procurador Federal). Cabe ao empregado
comunicar o acidente do trabalho à previdência social até o primeiro dia
útil seguinte ao da ocorrência do acidente; em caso de morte, a empresa
deverá comunicar o acidente de imediato, à autoridade competente, sob
pena de multa variável, sucessivamente aumentada nas reincidências,
aplicada e cobrada pela previdência social.
• Certo Errado
A empresa deverá comunicar o acidente do
trabalho à Previdência Social até o 1º
(primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e,
em caso de morte, de imediato, à autoridade
competente, sob pena de multa variável entre
o limite mínimo e o limite máximo do salário-
de-contribuição, sucessivamente aumentada
nas reincidências, aplicada e cobrada pela
Previdência Social.
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• (CESPE – 2004 – AGU – Advogado da União). Para fins previdenciários,
não é considerado acidente de trabalho aquele que deixa o empregado
incapacitado para o trabalho e tenha sido sofrido na condução de veículo
particular no caminho da residência para o trabalho, quando o
acidentado incorrer em culpa.
• Certo Errado
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Obrigado!
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