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DIREITO
PRIVADO Prof. Sandra de
Mello Carneiro
Miranda
Módulo III: Direitos da
população indígena
e afrodescendente
Escravidão no Brasil:
Escravos não eram cidadãos pois não tinham
direitos, eram considerados propriedade dos
senhores
A miscigenação de escravas africanas se deu pelo
estupro
As pequenas propriedades tinham 3 ou 4 escravos
Nas cidades, mesmo os pobres tinham escravos
que alugavam como fonte de renda
A interpretação tradicional dos católicos era de que
a bíblia admitia a escravidão. As ordens religiosas
tinham escravos e alguns padres possuíam
sexualmente suas escravas.
LEI 12711/2012
Art. 6º O Ministério da Educação e a Secretaria Especial
de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, da
Presidência da República, serão responsáveis pelo
acompanhamento e avaliação do programa de que
trata esta Lei, ouvida a Fundação Nacional do Índio
(Funai).
Art. 7º O Poder Executivo promoverá, no prazo de 10
(dez) anos, a contar da publicação desta Lei, a revisão
do programa especial para o acesso de estudantes
pretos, pardos e indígenas, bem como daqueles que
tenham cursado integralmente o ensino médio em
escolas públicas, às instituições de educação superior.
3ª condição para implantação de uma ação
afirmativa
Deve ter duração limitada no tempo,
vencendo sua validade quando atingidas
suas metas.
Lei 12990/2014
Art. 6o Esta Lei entra em vigor na data de
sua publicação e terá vigência pelo prazo
de 10 (dez) anos.
4ª condição para implantação de uma
ação afirmativa
Não pode haver tratamento
diferenciado sem justo e racional
motivo.
Autodeclaração: as reservas se
justificam para os que são alvo dos
processos de exclusão.
Negros e pardos são alvos de processo
de exclusão e preconceito?
O Infopen é um sistema
de informações
estatísticas do sistema
penitenciário brasileiro.
o perfil das pessoas
presas é
majoritariamente de
jovens negros, de baixa
escolaridade e de baixa
renda.
Fonte: Pesquisa Ipea/CNJ, 2013
Quando se analisam os dados referentes a raça e cor dos apenados,
podemos observar uma diferença no que diz respeito à proporção
de pretos e pardos comparativamente à de brancos. Entre os não
reincidentes, a população parda é maioria (53,6%). Entre os
reincidentes a maioria é branca (53,7%).
Segundo dados do último Censo Demográfico do IBGE, pretos e
pardos representam 55% da população brasileira, o que significa que
sua proporção na amostra analisada é superior àquela encontrada
na população em geral. Este fato tem sido objeto de muitos estudos,
que têm demonstrado a existência de um filtro racial nas abordagens
e prisões efetuadas pelas polícias brasileiras, que de forma seletiva e
racista colocam como “clientes” preferenciais jovens, negros e
moradores da periferia sob custódia.
Expressões populares:
“Cabelo ruim”
Fios “rebeldes”, “cabelo duro”, “carapinha”, “mafuá”, “piaçava” e
outros tantos derivados depreciam o cabelo afro. Por vários séculos,
causaram a negação do próprio corpo e a baixa autoestima entre as
mulheres negras sem o “desejado” cabelo liso. Nem é preciso dizer o
quanto as indústrias de cosméticos, muitas originárias de países
europeus, se beneficiaram do padrão de beleza que excluía os negros.
“Serviço de preto”
Mais uma vez a palavra preto aparece como algo ruim. Desta vez,
representa uma tarefa malfeita, realizada de forma errada, em uma
associação racista ao trabalho que seria realizado pelo negro.
“Inveja branca”
A ideia do branco como algo positivo é impregnada na expressão
que reforça, ao mesmo tempo, a associação entre preto e
comportamentos negativos.
“A coisa tá preta”
A fala se reflete na
associação entre “preto” e
uma situação
desconfortável,
desagradável, difícil,
perigosa.
ATIVIDADE
(ENEM 2015) A população negra teve que enfrentar sozinha o desafio da ascensão
social, e frequentemente procurou fazê-lo por rotas originais, como o esporte, a
música e a dança. Esporte, sobretudo o futebol, música, sobretudo o samba, e
dança, sobretudo o carnaval, foram os principais canais de ascensão social dos
negros até recentemente. A libertação dos escravos não trouxe consigo a igualdade
efetiva. Essa igualdade era afirmada nas leis, mas negada na prática. Ainda hoje,
apesar das leis, aos privilégios e arrogâncias de poucos correspondem o
desfavorecimento e a humilhação de muitos. CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o
longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006 (adaptado).
letra d
Vídeos trabalhados:
Entrevista Djamila Ribeiro: "o que é lugar de fala?“1:31:00 ok
https://www.youtube.com/watch?v=evE4GjXVYlQ
Chacinas nas periferias 13:56 ok
https://www.youtube.com/watch?v=53rQggrAouI
Raça Humana 40:42
https://www.youtube.com/watch?v=y_dbLLBPXLo
Racismo Camuflado no Brasil 8:00
https://www.youtube.com/watch?v=zJVPM18bjFY
O que é racismo estrutural? // Silvio Almeida 10:28
https://www.youtube.com/watch?v=PD4Ew5DIGrU
Encarceramento em Massa, do Império aos dias de hoje - Juliana Borges
6:24
https://www.youtube.com/watch?v=wkjtAAUmjPY