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Miriã S.

Veiga
 Uma era em que a quantidade de informação
disponível e acessível pegou a todos nós de
surpresa. Não estávamos preparados para
ela. Antes, as pessoas não sabiam que não
sabiam. Agora, sabem que não sabem, e isso,
num mundo competitivo e predatório, gera
uma sensação de frustração e incapacidade
que, aos poucos, vai se transformando em
uma ansiedade cada vez maior (B)
 Definição: Para Shanon, autor do livro “A teoria
matemática da comunicação”, informação é tudo
aquilo que reduz a incerteza. Partindo
 dessa premissa, o que vivemos hoje não poderia
ser definido como a Era da Informação, uma vez
que temos uma explosão de
 dados e fatos que, isoladamente, não têm
significado e não produzem compreensão. Sem
isso, não reduzem a incerteza e,
 portanto, passam a ser “não-informação”.
 Utilidade
 Se o indivíduo não consegue desenvolver
mecanismos de coletar e transformar dados e
fatos em informação, de nada vale ele
 ter acesso a miríades de fontes desses dados.
Ao contrário, é possível que essa enxurrada
de não-informação que ele tem
 acesso ou recebe diariamente, acabe
dificultando ainda mais sua tarefa de
transformar tudo isso, primeiro em
informação útil,
 e depois em conhecimento aplicado.
 Outra questão pertinente quanto à utilidade da informação é a
capacidade do indivíduo em dar aplicabilidade a ela. É muito
 comum encontrar pessoas matraqueando, de forma
tecnicamente correta, um repositório de informações sobre
como se faz
 para resolver determinada situação e, no instante seguinte,
mostrarem-se totalmente ineptas para aplicar suas soluções em
 um contexto mais elaborado. Em uma simples analogia com a
pedagogia convencional vemos que, mesmo nas escolas mais
 bem “sucedidas”, observa-se que a maioria dos bons estudantes
(freqüência assídua, notas altas e o reconhecimento dos
 professores) não demonstra uma compreensão adequada dos
conceitos que aprenderam na escola. Eles falham em resolver
 problemas que são formulados de maneira ligeiramente
diferente daquela em que foram formalmente instruídos e
testados.
 Quantidade
 Ninguém duvida dos benefícios que a tecnologia
da informação tem proporcionado a todos.
Acessar, em tempo real, informações sobre
quase tudo que existe no mundo e poder
estabelecer contato direto com as fontes de
informações, representa uma drástica mudança
de paradigma na sociedade humana. Por outro
lado, o maior acesso à informação tornou
 visível a parte “submersa do iceberg” – há
informação demais e tempo de menos.
 O excesso de informação pode ser percebido
através da grandiosidade dos números que os
fatos nos mostram:
 - Mais de 1.000 novos títulos de livros são
editados por dia em todo o mundo;
 - Uma só edição do jornal americano The
New York Times contém mais informações do
que uma pessoa comum recebia
 durante toda a sua vida há 300 anos (Revista
Veja de 05 de setembro de 2001);
 Atualmente existem mais de três bilhões de
páginas disponíveis na Internet;
 - Estão em circulação mais de 100 mil
revistas científicas no planeta;
 - Há 15 anos a Televisão brasileira tinha
menos de 10 canais. Hoje tem mais de 100 e,
daqui a 10 anos, estima-se, terá mais de 400
canais.
 Para que possamos entender melhor a questão do excesso de
informação vamos verificar um exemplo prático e real. Se um
 estudante universitário que sabe ler apenas em português e
inglês, resolve realizar uma pesquisa aprofundada sobre o tema
 crianças hiperativas, irá deparar-se com a seguinte quantidade
de informações:
 - 178.820 páginas na Internet (até 30 de julho de 2003);- 6.884
artigos científicos publicados nas revistas da área da saúde
 nos últimos 12 anos;- 4.748 artigos científicos publicados em
revistas da área de educação nos últimos 10 anos;
 - 1.387 artigos e matérias de jornais e revistas informativas (só
em português), publicados nos últimos cinco anos;
 - 557 livros (sendo 32 em português e o restante em inglês).
 Mediante estes números, não é preciso muito esforço para
perceber que, se o estudante não estiver preparado para o trato
 com a informação, tenderá a ficar extremamente ansioso, sem
saber por onde começar seu trabalho.
 O armazenamento da informação também contribui para o
problema da ansiedade. Para a editora da revista eletrônica
Mundo
 Digital, Maria Ercília, está acontecendo uma inversão de
paradigma no nosso relacionamento com a informação. “Nossa
 capacidade de produzi-la era contida e disciplinada pela
dificuldade e pelo custo de publicação, transmissão e
arquivamento.
 Hoje o que acontece é exatamente o contrário: esses custos
caem mais depressa do que podemos acompanhar.” Se não
 estamos gastando muito espaço nem dinheiro para guardar algo,
acabamos não jogando fora - e gerando uma pilha de dados,
 que se torna inútil pelo seu próprio volume absurdo. Muitas
pessoas têm informações armazenadas em CD, disquetes e no
HD
 do computador que, se impressas, não caberiam em suas casas.
 Dispersão
 O excesso de informações em forma de
textos técnicos, análises, críticas, opiniões,
interpretações superficiais, ao invés de
 embasar o conhecimento e auxiliar a tomada
de decisão, acaba causando uma dispersão
do conteúdo informacional que pode
 gerar conclusões mal fundamentadas e
decisões equivocadas.
 Segundo o jornalista André Azevedo, o
excesso de informação na mídia pode estar
causando um relativismo absoluto nas
 concepções humanas ou um “sentimento de
impotência, que costuma levar o indivíduo à
apatia, ao conformismo, ao cinismo
 ou mesmo niilismo - pois a constelação de
informações inviabiliza a hierarquia de
valores do receptor, impossibilitando-o de
 avaliar o que é de fato fundamental e o que é
supérfluo”.
 Para Azevedo, “as futilidades circulam ao lado de grandes
questões da humanidade com idênticos formatos, espaços
editoriais
 e repercussão. A notícia importante desaparece, encolhida
sob a multiplicação infinita de fofocas sobre celebridades,
 rusguinhas teatrais entre políticos, declarações oficiais,
etc. O viciado em informação precisa saber tanto sobre a
nova
 tecnologia de aparelhos de mp3 quanto o resultado do
campeonato mundial de ping-pong, tanto sobre as
oscilações da bolsa
 em Kuala Lumpur quanto à nova safra de desenhos
animados do Cartoon Network, independente da
necessidade real de saber
 tais coisas”.
 Revistas
 Diante deste cenário, as revistas segmentadas
que souberem realizar o papel de coletar,
selecionar e contextualizar a
 informação, dentro das necessidades de seu
público-alvo, deverão ser as mais bem
sucedidas nesta era do excesso de
 informação.
 Segundo Richard Wurman, autor do livro “Ansiedade de Informação”, este é o resultado da distância cada vez maior entre o
 que compreendemos e o que achamos que deveríamos compreender.
 Com medo de ficar desatualizado e na busca de acompanhar as miríades de teorias preconizadas pelos “gurus” do
 conhecimento, muitas pessoas começam a desenvolver sentimentos de ansiedade e frustração, em conseqüência da
 incapacidade de absorverem toda a quantidade de informações que julgam necessárias.
 Para a psiquiatria, a ansiedade surge em conseqüência da superestimulação que não pode ser descarregada por meio da ação.
 No caso da ansiedade de informação, ela pode resultar tanto do excesso como da carência de informação. O que conta para a
 gênese da ansiedade é como nos sentimos perante a informação ou a falta dela.
 Há um círculo vicioso comum para todos aqueles que ficam ansiosos na busca de informações. Quanto mais informações
 obtêm, mais ficam sabendo da existência de novas fontes da mesma informação, gerando ainda mais ansiedade.
 É comum as pessoas se sentirem intimidadas e impotentes frente à quantidade enorme de informações existente à sua volta,
 e buscarem, portanto, mais e mais informações na vã tentativa de suprir suas inseguranças.
 O problema é que tais sentimentos de impotência agravam os sintomas de ansiedade que, por sua vez, reduzem a capacidade
 de aprender, gerando mais ansiedade e fechando o círculo vicioso.
 O mal-estar começa com a sensação de que tudo está acontecendo mais rápido do que se consegue assimilar. Executivos
 costumam ficar angustiados pensando que os outros estão obtendo mais informações, lendo mais livros, lendo os livros e
 revistas certos, utilizando softwares melhores, enquanto eles estão ficando para trás em suas carreiras.
 Segundo Wurman, são várias as situações que costumam provocar ansiedade de informação: não compreender a informação;
 sentir-se assoberbado por seu volume; não saber se uma certa informação existe e; não saber onde encontrá-la.
 Manter a capacidade de se concentrar e fixar a atenção, selecionando os estímulos
e informações que interessam, tornaramse
 os grandes desafios desta era do conhecimento.
 A tentativa de apreender muitas informações ao mesmo tempo prejudica a
capacidade de fixação mnemônica dessas
 informações e, conseqüentemente, a consolidação do aprendizado.
 A nossa capacidade de reter e consolidar estímulos e informações é limitada, mas
nossa percepção não. Isso possibilita que a
 pessoa se ocupe com várias coisas ao mesmo tempo, mas com perda da
capacidade de processar adequadamente o que está
 fazendo.
 Nossa percepção do mundo é simultânea, mas nossa ação é seqüencial; se a
pessoa não estabelecer prioridades não
 conseguirá ter um bom desempenho.
 Não são apenas as informações provenientes de livros, revistas, jornais e dos
websites que estão causando ansiedade e
 problemas. Os e-mails e os telefones celulares começam a entrar no rol dos
elementos potencialmente nocivos ao bom
 desempenho cognitivo dos profissionais ansiosos.
 Os e-mails, que representam um marco sem precedentes
na facilitação da comunicação humana à distância, estão
se
 tornando um elemento que rouba muito tempo e gera
ansiedade nos profissionais mais suscetíveis.
 Recentes pesquisas mostraram que um executivo norte-
americano recebe, em média, de 35 a 120 e-mails diários,
 dependendo da função e tipo de atividade que exerce.
Tomando como base 50 e-mails diários, pelos menos 35
deles são de
 informações inúteis, repetitivas ou não solicitadas
(spams). Estima-se que o executivo gaste de 45 a 60
minutos de seu tempo
 diário com esse tipo de e-mail
 Já o telefone celular, importante elemento de facilitação da
comunicação just-in-time, também tem se mostrado, nas mãos
 dos mais ansiosos, um causador de dissociação cognitiva.
 Conforme explica Renato Sabattini, neurocientista da Unicamp,
quando toca o celular e a pessoa interrompe repetidamente
 uma tarefa que estava realizando, isso automaticamente inibe os
circuitos cerebrais que estavam sendo formados para que a
 informação fosse decodificada. Ao iniciar outra atividade, como
falar ao celular, o cérebro vai ter que formar um novo circuito.
 Esse vai-e-vem, que é muito desgastante, pode causar lapsos de
memória e dificultar a absorção e o processamento das
 informações que estavam em curso.
 Deixar-se levar pela avalanche de informações é uma das fontes
de danos ao cérebro. Mas não a única. Não concluir as
 tarefas começadas pode ser muito pior. Atualmente, o telefone
celular passou a ser um dos principais elementos geradores de
 permanentes interrupções nas atividades dos executivos.
 Síndrome do Excesso de Informação ainda não é uma doença. Considerada
isoladamente, ela faz parte dos componentes do
 stress associado ao trabalho. Mesmo assim, ela já começa a apresentar
características próprias.
 Na medida em que a ansiedade no trato com a informação vai crescendo, o nível
de stress vai subindo, com conseqüências
 mais graves para o nosso organismo. Começa com desordens do humor, com o
aumento da irritabilidade e continua com a
 dificuldade para adormecer, distúrbios da memória até chegar a níveis elevados
de stress e desenvolvimento de um
 comportamento neurótico.
 É importante ressaltar que a origem do problema está na incapacidade das
pessoas em lidar com o excesso de informação e
 não, obrigatoriamente, na quantidade de informações.
 Profissionais, pressionados por chefes, gurus, consultores e outros mais, vivem
tendo a sensação de que não se sentem
 capazes de assimilar todas as novidades em sua área, nem de lidar com todas as
informações que recebem. O sentimento de
 obsolescência profissional é o que predomina.
 Não satisfeitos em curtir sozinhos suas angústias, muitos profissionais acabam passando essa ansiedade para
seus filhos. Já
 estão se tornando comuns depoimentos como o do jovem Ricardo Zalem, de 15 anos, que freqüenta um colégio
de ensino
 médio, estuda inglês e espanhol, pratica voleibol, faz academia e tem aulas semanais de informática e violão.
“Eu só queria
 ter tempo para fazer mais coisas, queria que a semana tivesse 10 dias e que o dia tivesse 36 horas”, diz Ricardo,
já candidato
 aos efeitos da síndrome.
 Processos de degeneração precoce da memória, que antes só apareciam em pessoas com mais de 50 anos,
agora, passam a
 ser encontrados em pessoas com idade entre 20 a 40 anos. Especialistas do Grupo de Estudos em Linguagem da
USP
 acreditam que tal fato se deva ao excesso de informações e estímulos que bombardeiam nosso cérebro
diariamente. São
 informações cada vez mais rápidas, provenientes dos meios de comunicação, do telefone celular e,
principalmente, da
 Internet. O problema acomete principalmente executivos e profissionais workaholics, que precisam estar sempre
bem
 informados.
 Um dos principais sinais de início da síndrome é quando você começa a demorar muito para se "desligar" das
atividades
 diárias mesmo quando está fora delas. Exemplo: em casa, no final de semana, na companhia da família ou
diante da TV, você
 não consegue tirar da cabeça o relatório que faltou fazer, o livro que gostaria de ter lido no fim de semana e não
leu ou
 aquele dado do gráfico da companhia que não ficou bem compreendido.
 Outra seqüela do excesso de informação é a
dificuldade na tomada de decisão. A imensa
quantidade de informações
 disponíveis para tomar como base cada vez que
precisa decidir sobre algo, faz com que o indivíduo
sinta-se, cada vez mais
 inseguro na hora de tomar decisões. Ele fica com a
sensação de que ainda poderia obter mais algumas
informações que lhe
 dariam mais embasamento. Além de tudo, o tempo
para reflexão vai ficando cada vez mais escasso,
cedendo lugar para o
 tempo gasto na absorção de mais e mais
informações.
 Cybercondríacos
 É a versão digital dos hipocondríacos. São pessoas que pesquisam os sinais e sintomas de determinadas
doenças na Internet
 e passam a acreditar que a possuem. O pior é quando pesquisam sobre o tratamento e passam a se
automedicar.
 Dataholics
 Termo criado pelo professor Sabbatini da Unicamp, que serve para designar as pessoas que são “viciadas em
informação”.
 São pessoas que só se sentem seguras após lerem a mesma informação em quatro ou cinco fontes, para checar
a veracidade
 da mesma.
 Bulimia Informacional
 Termo que caracteriza a necessidade compulsiva pela coleta de informações, cada vez em maior quantidade,
geralmente de
 forma pouco criteriosa. O bulímico informacional não se preocupa com a qualidade da informação da qual “se
alimenta”, mas
 sente uma imperiosa necessidade de ficar sabendo de tudo o que se passa nas áreas em que atua.
 Obesidade Informacional
 Resultado da bulimia informacional, nesse caso, a obesidade refere-se ao excesso de informação desnecessária
ou pouco
 relevante, que ao se acumular, prejudica a efetivação do aprendizado relativo às informações que realmente
seriam úteis ao
 indivíduo.
 Lemos
 busca, seleção e leitura de informações deve ser precedida pelo estabelecimento de objetivos
bem definidos. Ou seja, antes
 de ler qualquer coisa você deve responder as seguintes perguntas:
 - Por que eu estou lendo este texto?
 - Para que servirão estas informações?
 - Qual o significado dessas informações no meu contexto de vida ou profissional?
 - Como e com o que posso associar estas informações de forma a compreendê-las com mais
profundidade?
 - Como posso dar aplicabilidade prática a estas informações?
 No mínimo, as respostas a essas perguntas nos ajudariam a organizar nosso tempo e nosso
processo de aprendizagem. Mas
 também poderá ajudar a dar a noção de sentido e prioridade ao que fazemos, de forma que,
certamente, passaremos a rever
 a quantidade e a qualidade das informações que processamos.
 A leitura de qualquer tipo de informação deve ser sucedida por um período de reflexão quanto
ao significado do material lido.
 O processo de reflexão exige análise, associação, contextualização e síntese, de forma que ele
pode proporcionar não só a
 criação de conhecimento original, como também auxilia o processo de fixação mnemônica do
conteúdo.
 Sem isso, teremos a sensação de estarmos “absorvendo” muito, mas na verdade, estaremos
aprendendo pouco.
 - Admita para você mesmo que você será um eterno aprendiz. Nunca
poderá nem precisará saber de tudo;
 - Lembre-se sempre que você não precisa saber tudo, mas somente
como encontrar o que precisa. O mais importante, então,
 não é acumular informações, mas aprender a localizá-las e inseri-las em
um contexto que faça sentido prático (aplicabilidade).
 Vale mais saber como localizar e selecionar as informações sobre
determinado assunto do que tentar saber tudo sobre ele.
 Quando você realmente precisar deste conhecimento, você pode
construí-lo com rapidez;
 - Aprenda profundamente como funcionam os princípios e métodos de
organização das informações, para poder extrair delas
 valor e significado. Descubra como a estrutura da informação está
organizada (num livro, numa revista, num jornal ou na
 Internet), isto é a chave para a correta busca e seleção da informação;
 - Compreenda que grande parte dos textos e sites na Internet dizem a
mesma coisa com outras palavras;
 - Sempre estabeleça limites na busca de
informaçõ
 - Sempre estabeleça limites na busca de
informações (cronológico e quantitativo);
 - Procure aprender os melhores critérios de
seletividade. Não leia as informações
provenientes de boas fontes. Leia apenas as
 de fontes excelentes. Priorização é a chave;es
(cronológico e quantitativo);
 - Procure associar sempre idéias e conceitos com
fatos. Desta forma, a recuperação da informação será
sempre mais fácil;
 - Ao invés de ler sempre todas as notícias e fatos que
lhe interessam, recorte-os e guarde em uma pasta,
separando-os por
 assunto. Quando uma pasta, sobre determinado
assunto, tiver mais do que 50 recortes, leia-os todos
de uma vez. Com isso
 você aprenderá a ter mais visão de conjunto, associar
informações com mais facilidade, e então, você
descobrirá o tempo que
 você perdia lendo a mesma coisa em vários lugares
diferentes ou com outras palavras;
 - Também é importante saber quem são as
pessoas-chave que poderão ajudá-lo a integrar e
contextualizar as informações
 quando você precisar;
 - Procure concluir as tarefas que começou. Cada
vez que você abandona uma atividade para fazer
outra (pára de ler um email
 para atender ao telefone, por exemplo), o seu
cérebro interrompe a construção de circuitos
neuroniais necessários àquela
 atividade para iniciar outra. Isso promove o
esquecimento da primeira tarefa e exige mais
energia do cérebro.
 “É na adolescência que o sujeito se dá conta
do mundo onde ele vive. Como a infância é
cada vez mais protegida, é uma grande
bolha, existe um degrau muito alto entre a
saída da infância e a chegada no mundo
adulto, que acontece na adolescência. ”
 A gente fica tomado nessa ideia do suicida
como herói romântico. Mas viver é que é
difícil. Heroísmo é sobreviver, é ficar no
mundo e ajudar os outros, não ir embora.”
 Precisamos aprender e também ensinar às pessoas em
 desespero que a rigor nunca e jamais importa o que nós ainda temos a esperar da
 vida, mas sim exclusivamente o que a vida espera de nós. Falando em termos
 filosóficos, se poderia dizer que se trata de fazer uma revolução copernicana. Não
 perguntamos mais pelo sentido da vida, mas nos experimentamos a nós mesmos
 como os indagados, como aqueles aos quais a vida dirige perguntas diariamente e
a
 cada hora - perguntas que precisamos responder, dando a resposta adequada não
 através de elucubrações ou discursos, mas apenas através da ação, através da
 conduta correta.
 Em última análise, viver não significa outra coisa que arcar com a
 responsabilidade de responder adequadamente às perguntas da vida, pelo
 cumprimento das tarefas colocadas pela vida a cada indivíduo, pelo cumprimento
daexigência do momento. (FRANKL, p.48)
 Essa exigência, e com ela o sentido da
existência, altera-se de pessoa para pessoa
 e de um momento para o outro. Jamais,
portanto, o sentido da vida humana pode
 ser definido em termos genéricos, nunca se
poderá responder com validade geral a
 pergunta por este sentido. A vida como a
entendemos aqui não é nada vago, mas
 sempre algo concreto, de modo que também
as exigências que a vida nos faz
 sempre são bem concretas.
 Ficamos conhecendo o ser humano como
talvez nenhuma geração humana antes
 de nós. O que é, então, um ser humano? É o
ser que sempre decide o que ele é. É o
 ser que inventou as câmaras de gás; mas é
também aquele ser que entrou nas
 câmaras de gás, ereto, com uma oração nos
lábios. (Frankl, 54p.)
 O que o ser humano realmente
 precisa não é um estado livre de tensões, mas antes a
busca e a luta por um
 objetivo que valha a pena, uma tarefa escolhida
livremente. O que ela necessita não
 é descarga de tensão a qualquer custo, mas antes o
desafio de um sentido em
 potencial à espera de seu cumprimento. O que o ser
humano precisa não é de
 homeostase, mas daquilo que chamo de "noodinâmica",
isto é, da dinâmica
 existencial num campo polarizado de tensão, onde um
pólo está representado por
 um sentido a ser cumprido e o outro pólo, pela pessoa
que deve cumprir.
 O vácuo existencial se manifesta principalmente num
estado de tédio. Agora podemos entender por que
Schopenhauer disse que, aparentemente, a
humanidade estava fadada a oscilar eternamente
entre os dois extremos de angústia e tédio. É
concreto que atualmente o tédio está causando e
certamente trazendo aos psiquiatras mais problemas
de que o faz a angústia. E estes problemas estão se
tornando cada vez mais agudos, uma vez que o
crescente processo de automação provavelmente
conduzirá a um aumento enorme nas horas de lazer
do trabalhador médio. Lastimável é que muitos deles
não saberão o que fazer com seu tempo livre.
 (Frankl, 62p.)
 Pensemos, por exemplo, na "neurose dominical", aquela espécie
de depressão que
 acomete pessoas que se dão conta da falta de conteúdo de suas
vidas quando
 passa o corre-corre da semana atarefada e o vazio dentro delas
se torna manifesto.
 Não são poucos os casos de suicídio que podem ser atribuídos a
este vazio
 existencial. Fenômenos tão difundidos como depressão,
agressão e vício não
 podem ser entendidos se não reconhecermos o vazio existencial
subjacente a eles.
 O mesmo é válido também para crises de aposentados e idosos.
 Existem ainda diversas máscaras e disfarces sob os quais
transparece
 Existem ainda diversas máscaras e disfarces sob
os quais transparece o vazio
 existencial. Às vezes a vontade de sentido
frustrada é vicariamente compensada por
 uma vontade de poder, incluindo a sua mais
primitiva forma, que é a vontade de
 dinheiro. Em outros casos, o lugar da vontade de
sentido frustrada é tomado pela
 vontade de prazer. É por isso que muitas vezes a
frustração existencial acaba em
 compensação sexual. Podemos observar nestes
casos que a libido sexual assume
 proporções descabidas no vácuo existencial.
 "Diga-me, mestre, qual o melhor lance do mundo?"
Simplesmente não existe algo
 como o melhor lance ou um bom lance à parte de uma
situação específica num jogo
 e da personalidade peculiar do adversário. O mesmo é
válido para a existência
 humana. Não se deveria procurar um sentido abstrato da
vida. Cada qual tem sua
 própria vocação ou missão específica na vida; cada um
precisa executar uma tarefa
 concreta, que está a exigir cumprimento. Nisto a pessoa
não pode ser substituída,
 nem pode sua vida ser repetida. Assim, a tarefa de cada
um é tão singular como a
 sua oportunidade específica de levá-la a cabo.
 Uma vez que cada situação na vida representa um desafio
para a pessoa e lhe
 apresenta um problema para resolver, pode-se, a rigor,
inventar a questão pelo
 sentido da vida. Em última análise, a pessoa não deveria
perguntar qual o sentido da
 sua vida, mas antes deve reconhecer que é ela que está
sendo indagada. Em suma,
 cada pessoa é questionada pela vida; e ela somente pode
responder à vida
 respondendo por sua própria vida; à vida ela somente
pode responder sendo
 responsável. Assim sendo, a logoterapia vê na
responsabilidade (responsibleness) a
 essência propriamente dita da existência humana.
 Edith Weisskopf-Joelson, que em vida foi
professora de Psicologia na Universidade
 da Georgia, afirmou em seu artigo sobre
logoterapia que "nossa atual filosofia de
 higiene mental acentua a idéia de que as
pessoas deveriam ser felizes, que
 infelicidade é sintoma de desajuste. Esse
sistema de valores poderia ser
 responsável pela circunstância de o fardo da
infelicidade inevitável ser acrescido da
 infelicidade pelo fato de a pessoa ser infeliz."
 Cada época tem sua própria neurose coletiva,
e cada época necessita de sua
 própria psicoterapia para enfrentá-la. O
vácuo existencial, que é a neurose em
 massa da atualidade, pode ser descrito como
forma privada e pessoal de nulismo;
 porque o nulismo pode ser definido como a
posição que diz não ter sentido o ser.
 Antes de mais nada há um perigo inerente na doutrina do
"nada mais que" aplicado
 à pessoa humana; a teoria de que o ser humano é "nada
mais que" o resultado de
 condicionantes biológicos, psicológicos e sociológicos, ou
produto da
 hereditariedade e do meio ambiente. Semelhante visão do
ser humano faz o
 neurótico acreditar no que ele já tende a pensar de
qualquer forma, a saber, que é
 um peão passivo e vítima de influências externas ou
circunstâncias internas. Este
 fatalismo neurótico é fomentado e reforçado por uma
psicoterapia que nega
 liberdade à pessoa humana.
 Sem dúvida, o ser humano é um ser finito e sua liberdade é
restrita. Não se trata de
 estar livre de fatores condicionantes, mas sim da liberdade de
tomar uma posição
 frente aos condicionantes. Como eu disse certa vez: "Sendo
professor em dois
 campos, neurologia e psiquiatria, sou plenamente consciente de
até que ponto o ser
 humano está sujeito às condições biológicas, psicológicas e
sociológicas. Mas além
 de ser professor nestas duas áreas sou um sobrevivente de
quatro campos -
 campos de concentração - e como tal também sou testemunha
da surpreendente
 capacidade humana de desafiar e vencer até mesmo as piores
condições
 concebíveis."
 A base para qualquer
 previsão estaria constituída pelas condições
biológicas, psicológicas ou sociológicas.
 No entanto, uma das principais características
da existência humana está na
 capacidade de se elevar acima dessas
condições, de crescer para além delas. O ser
 humano é capaz de mudar o mundo para
melhor se possível, e de mudar a si
 mesmo para melhor se necessário.
 O ser humano não é uma coisa entre outras; coisas se determinam mutuamente,
 mas o ser humano, em última análise, se determina a si mesmo. Aquilo que ele se
 torna - dentro dos limites dos seus dons e do meio ambiente - é ele que faz de si
 mesmo. No campo de concentração, por exemplo, nesse laboratório vivo e campo
 de testes que ele foi, observamos e testemunhamos alguns dos nossos
 companheiros se portarem como porcos, ao passo que outros agiram como se
 fossem santos. A pessoa humana tem dentro de si ambas as potencialidades; qual
 ser concretizada, depende de decisões e não de condições.
 Nossa geração é realista porque chegamos a conhecer o ser humano como ele de
 fato é. Afinal, ele é aquele ser que inventou as câmaras de gás de Auschwitz; mas
 ele é também aquele ser que entrou naquelas câmaras de gás de cabeça erguida,
 tendo nos lábios o Pai-nosso ou o Shem Yisraet.
 1. transformar o sofrimento numa conquista
e numa realização humana;
 2. retirar da culpa a oportunidade de mudar a
si mesmo para melhor;
 3. fazer da transitoriedade da vida um
incentivo para realizar ações responsáveis.
 No que tange ao sentimento de falta de sentido, no entanto, não devemos
 esquecer que, em si, ele não é uma questão de patologia: mais do que ser sinal e
 sintoma de uma neurose, eu diria que é a prova da humanidade da pessoa. Mas,
 embora não seja causado por nada patológico, este sentimento bem pode causar
 uma reação patológica; em outras palavras, é potencialmente patogênico.
 Pensamos na síndrome neurótica de massa tão presente na jovem geração: há
 ampla evidência empírica de que as três facetas desta síndrome - depressão,
 agressão, dependência de drogas - são devidas ao que se chama em logoterapia
(frankel 77)"o
 vazio existencial", um sentimento de vacuidade e de falta de sentido.
 EU NÃO TENHOS ENTIDO EU NÃO SOU FELIZ? OS OUTROS SÃO AMADOS E FELIZES
E EU NÃO SOU?
 PQ NÃO SOU RICO, BONITO?
 Não é necessário dizer que nem todo caso de
depressão pode ser atribuído a um
 sentimento de falta de sentido. Tampouco o
suicídio - a que a depressão às vezes
 leva a pessoa - sempre é resultado de um vazio
existencial. Contudo, mesmo que
 todo e qualquer caso de suicídio não tenha sido
levado a cabo por causa de um
 sentimento de falta de sentido, é bem possível
que o impulso de tirar a vida tivesse
 sido superado se a pessoa tivesse estado
consciente de algum sentido e propósito
 pelos quais valesse a pena viver.
 Mais concretamente; esta utilidade é normalmente definida em termos de
 funcionamento para o benefício da sociedade. Mas a sociedade de hoje se
 caracteriza pela orientação do sucesso pessoal e, consequentemente, adora as
 pessoas exitosas e felizes. Em particular, adora os jovens. Praticamente ignora o
 valor de todos os que são diferentes e, ao fazê-lo, apaga a decisiva diferença
entre
 ter valor no sentido de dignidade e ter valor no sentido de utilidade. Se não se
está
 consciente desta diferença, mas se considera que o valor de um indivíduo nasce
 apenas da sua utilidade atual - neste caso, acreditem-me, é apenas por
incoerência
 pessoal que não se advogasse a eutanásia na linha do programa de Hitler. Isto é,
 matar por "piedade" a todos aqueles que perderam sua utilidade social, seja
devido
 à idade avançada, doença incurável, deterioração mental ou outra deficiência
 qualquer. (Frankl, 81)
 As redes sociais vem fazendo isso colocando a nível de histeria oe xibicionismo
de pessoas existosas e felizes???
 A linguagem se apresenta como qualquer
sistema de signos, não 32 somente os vocais
ou escritos, como também os visuais,
fisionômicos, sonoros e gestuais, capaz de
servir à comunidade entre indivíduos.
(Messias, 31-32)
 Viu-se que o homem é um ser social
comunicativo e informacional. Atua no
espaço, de forma a ajustá-lo as suas
necessidades físicas, emocionais, sociais e
culturais. A linguagem, faculdade de
expressão auxiliar no processo de interação e
adaptação do homem ao meio ambiente,
permite a ele manifestar suas idéias,
pensamentos e sentimentos, e assim, efetivar
os processos informacionais. (MESSIAS, p.42)
 A linguagem é formada por um conjunto de
signos reconhecíveis, que ordenados mediante
uma convenção preestabelecida, conduz à
delimitação de uma mensagem, que pode ser
objetivada em algo fisicamente palpável se
incorporada a um suporte. Os suportes
constituem-se elementos de sustentação dos
signos e podem ser classificados em visuais,
sonoros, audiovisuais e objetos. Graças ao
suporte, a informação se consolida,
transformando-se em um documento, ou seja,
um objeto informativo. (MESSIAS, p.42)
 O documento constitui-se fonte de investigação
para diversas áreas do conhecimento humano,
sendo de especial interesse para a Arquivologia,
Biblioteconomia, Direito, Documentação e
Diplomática, assumindo em cada uma delas um
propósito de análise diferenciado. É de extrema
relevância para a 43 constituição e evolução das
ciências, das técnicas e da sociedade, pois
materializa o pensamento humano servindo de
apoio às descobertas científicas que movimenta
todas as esferas da sociedade. MESSIAS, P.43
 Pode-se notar essa evolução e abrangência, nas
palavras de Bellotto (1991, p. 14), cujo
documento se configura como sendo: [...]
qualquer elemento gráfico, iconográfico, plástico
ou fônico pelo qual o homem se expressa. É o
livro, o artigo de revista ou o jornal, o relatório, o
processo, o dossiê, a correspondência, a
legislação, a estampa, a tela, a escultura, a
fotografia, o filme, o disco, a fita magnética, o
objeto utilitário, etc., enfim, tudo o que seja
produzido por razões funcionais, jurídicas,
científicas, técnicas, culturais ou artísticas pela
atividade humana. (MESSIAS, p.44)
 Na sociedade
 contemporânea, o peso da informação e do
conhecimento na dinâmica capitalista,
 tem ampliado sua valorização no mercado. Assim
sendo, a riqueza de uma nação
 não mais se restringe a tonelagem anual de
matéria-prima ou de manufaturados
 que possam eventualmente produzir, mas
engloba principalmente a quantidade
 de informação e conhecimento que as
universidades e os centros de pesquisas
 forem capazes de produzir, estocar e fazer
circular como mercadoria.
 A informação também está diretamente
relacionada com a produção e o acúmulo do
conhecimento. Em seus estudos, Le Coadic
(1996) constatou que todos têm seus estados de
conhecimento sobre determinado assunto,
relacionado com o conceito que se tem do
mundo, entretanto quando constata-se alguma
deficiência desses estados de conhecimento,
encontra-se em um estado anômalo de
conhecimento, então para reverter essa situação,
tenta-se obter informação, a fim de corrigir essa
anomalia. Todo esse processo resulta em um
novo estado de conhecimento. (MESSIAS, p.58)
 Mas independente da abordagem adotada para explicar o fenômeno
 informação, é possível observar que ela comporta duas dimensões
intrinsecamente
 relacionadas: uma dimensão física e objetiva e outra imaterial e
subjetiva.
 De acordo com Buckland (1991) é possível identificar três grupos
distintos
 acerca do conceito de informação para a Ciência da Informação:
 a) Informação como coisa: compreende registros, dados e objetos com
 algum valor informativo
 b) Informação como conhecimento: entidade subjetiva, percepção,
 assimilação e apreensão particular de fatos e eventos. Processo que
ocorre
 na mente do indivíduo.
 c) Informação com processo: faz referência ao processo mediante o qual
o
 sujeito se informa. O ato de informar de comunicar fatos e a partir daí
 estabelecer operações entre o mundo material e o imaterial.
 Nessa perspectiva, o objeto de estudo da Ciência
da Informação em primeira instância poderia ser
representado pelo conteúdo de um documento,
na forma de registros físicos. Mas transcenderia
esse conceito, ao designar também os processos
mentais de atribuição de sentido que o sujeito
estabelece ao interagir com os estímulos
externos. Podendo corresponder também ao
processo mediante o qual o sujeito se informa,
através de dados acumulados com a própria
experiência, observação ou dados extraídos de
fontes documentais. MESSIAS p.96
 O objeto de estudo da Ciência da Informação
seria então uma construção humana e social,
consolidada nos processos comunicacionais,
tendo como diferencial a possibilidade de
gerar conhecimento a nível individual e
coletivo.
 A definição que Kobashi e Tálamo (2003, p.
19) elabora para a informação é muito similar
aos conceitos apresentados até o momento.
A informação, que se apresenta como objeto
de estudo da Ciência da Informação, é uma
estrutura significante que sintetiza os
conteúdos dos documentos, sob formas
diversas, segundo políticas e segmentos de
usuários.[...] o valor da informação consiste,
conforme já afirmado, em gerar
conhecimento
 Mattos (1982, p. 108) ressalta a importância
da informação no processo de acumulação do
conhecimento. “Informação é uma mensagem
que permite aumentar nosso conhecimento
das coisas que nos cercam. A idéia de
informação está ligada à do aumento de
conhecimento, e está ligada a melhoria de
nosso comportamento, em nosso dia-a-dia”.
 pode-se afirmar que a informação se
constitui uma prática social, envolvendo um
sujeito cognitivo que atribui e comunica
sentidos, gerando conhecimento para si e seu
grupo social.
abordagem da informação A abordagem da informação centrada na mensagem ou
teoria matemática da informação privilegia a teoria de
centrada na mensagem ou teoria Shannon & Weaver, que descreve o funcionamento de um
sistema mecânico, onde as mensagens emitidas pela fonte
matemática da informação são transmitidas por um canal a fim de serem recebidas
com o mínimo de deformação por um usuário. Nesse
contexto a importância está centrada no canal e na sua
capacidade de veicular mensagem a um custo baixo

A abordagem pragmática A abordagem pragmática pressupõe que a informação é


um elemento que auxilia na tomada de decisão de um
sujeito. Assim sendo a mensagem funciona com um
redutor de incertezas.

A abordagem estruturalista Na abordagem 99 estruturalista, a informação é vista


como estruturas semióticas, caracterizada por uma
estruturação deliberada da mensagem pelo emissor, com
o objetivo de atingir a estrutura da imagem do receptor.
Sendo a informação modificadora de estruturas
cognitivas.

abordagem centrada no A abordagem centrada no significado é oriunda da


lingüística e centra-se na organização da mensagem
significado em três níveis: predominâncias sintáticas,
semânticas ou pragmáticas.

abordagem centrada no processo A abordagem centrada no processo considera a informação como um


processo que ocorre na mente humana quando um problema e dado
útil para sua solução encontram-se numa união produtiva.

abordagem cognitivista E finalmente a abordagem cognitivista apresenta a


informação e o conhecimento como elementos
diferentes, sendo o conhecimento avaliável somente
em nível mental e a informação sendo o substituto
físico usado para a comunicação.
 De acordo com Smit e Barreto (2002, p. 17) O objeto de
estudo da Ciência da Informação como campo que se
ocupa e se preocupa com os princípios e práticas da
criação, organização e distribuição da informação, bem
como o estudo dos fluxos da informação desde sua
criação até a sua utilização, e sua transmissão ao receptor
em uma variedade de formas, por meio de uma variedade
de canais.
 Informação – estruturas simbolicamente significantes,
codificadas de forma socialmente decodificável e
registradas (para garantir permanência no tempo e
portabilidade no espaço) e que apresentam a competência
de gerar conhecimento para o indivíduo e para o seu meio.
Estas estruturas significantes são estocadas em função de
um uso futuro, causando a institucionalização da
informação (MESSIAS, p.100 )
 Araújo (2002) nos atesta que a Ciência da
Informação tem ampliado o seu objeto de
estudo, e referencia Ingwersen (1991), que
justifica que a Ciência da Informação tem
incorporado um forte enfoque social às suas
investigações, apresentando as seguintes
características:
 • Foco central na esfera humana da transferência
da informação;
 • Ênfase nos processos de comunicação entre o
homem e a tecnologia da informação com o
propósito de uso da informação armazenada.
(INGWERSEN apud ARAÚJO, 2002) (MESSIAS. P.
1001)
 O mesmo autor ressalta que as atuais tendências de
pesquisas para a Ciência da Informação são:
 Profunda mudança no que diz respeito aos objetos de
pesquisa e desenvolvimento de documentos/textos em
direção a informação transformada em conhecimento; 102
 • Uma dramática mudança na abordagem - antes voltada
para questões tecnológicas apenas para incluir atualmente
a abordagem da dimensão humana;
 • Uma troca do entendimento da informação como
puramente científica para "informação num sentido
amplo";
 • Nenhuma separação entre “acessibilidade” e “uso” – mas
vendo esses processos em conjunção. (INGWERSEN apud
ARAÚJO, 2002) (MESSIAS APUD Araújo, 2002. P. 101)
 A percepção de informação para quase a
totalidade de pesquisadores e profissionais da
área relaciona-se a uma representação contida
no mundo físico, algo que é externo ao homem.
O foco de informação como sendo
representações codificadas continua soberana
em relação à compreensão de informação
enquanto conhecimento, contido apenas no
plano cognitivo, ou a compreensão de
informação enquanto ação, prática ou processos
que interligam o mundo tangível ao mundo
intangível. (MESSIAS, P.168)
 Obviamente a informação encontra espaço no
inacabado, no que é passível de construção e
reestruturação, dependente das atividades
interpretativas do homem, mas sempre
pressupõe a existência de uma
representação, uma forma capaz de acionar
os processos cognitivos.
 E apesar de incorporar outras percepções,
mantém uma visão coerente com as
pesquisas e práticas de trabalho dos
profissionais desta área, que são
dependentes das manifestações físicas da
informação, visto a impossibilidade de se
trabalhar objetivamente com manifestações
intangíveis e estritamente cognitivas.
(MESSIAS, p.171)
 O conhecimento por sua vez é puramente
subjetivo, resultante de experiências
pessoais, impossíveis de serem transferidas.
Assim sendo informação e conhecimento
apresentam-se como entidades
interdependentes, da mesma forma que a
informação pode ser fruto de 175 um
conhecimento acumulado, o conhecimento
pode ser fruto da informação assimilada.
()MESSIAS, P.174

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