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“Ou seja, a LBI mostra que a deficiência está no meio, não nas pessoas”
Mara Gabrilli – Deputada Federal
Relatora do texto da LBI na Câmara dos Deputados
TÍTULO I
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
e IV - a restrição de participação.
Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, consideram-se:
I – acessibilidade: está relacionado àquilo que tem facilidade de aproximação, no trato e na aquisição.
II – desenho universal: instrumentos para a acessibilidade;
III – tecnologia assistiva ou ajuda técnica: Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou
ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover Vida
Independente e Inclusão.
IV – barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a
participação social da pessoa.
V – comunicação
VI – adaptações razoáveis
VII – elemento de urbanização
VIII – mobiliário urbano
IX – pessoa com mobilidade reduzida
CAPÍTULO II
Da Igualdade e da Não Discriminação
• Art. 4º Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as
demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.
Art. 10. Compete ao poder público garantir a dignidade da pessoa com deficiência ao
longo de toda a vida.
* Medida extraordinária de
Art. 12. O consentimento prévio, livre e esclarecido da proteção, quando necessária,
pessoa com deficiência é indispensável para a pelo menor tempo possível.
realização de tratamento, procedimento, hospitalização
e pesquisa científica. Direito de natureza
patrimonial e negocial
§ 1o Em caso de pessoa com deficiência em situação
de curatela*, deve ser assegurada sua participação, no A pessoa com deficiência
maior grau possível, para a obtenção de pode optar pela TOMADA DE
consentimento. DECISÃO APOIADA
Tomada de Decisão Apoiada
Nomeação de pelo menos 2 pessoas com as quais mantenha vínculos e que gozem
de sua confiança para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da vida
civil
O juiz, antes de decidir, deverá ouvir não apenas o requerente, como também os
apoiadores, o Ministério Público e equipe multidisciplinar (artigo 1783-A, §3°).
Possuirá apoiadores não porque lhe foram designados, mas porque assim o quis.
AUTONOMIA
CAPÍTULO III
DO DIREITO À SAÚDE
Art. 20. As operadoras de planos e seguros privados de saúde são obrigadas a garantir à
pessoa com deficiência, no mínimo, todos os serviços e produtos ofertados aos demais
clientes.
Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema
educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma
a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas,
sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades
de aprendizagem.
Art. 42. A pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer
em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, sendo-lhe garantido o acesso:
Art. 45. Os hotéis, pousadas e similares devem ser
§ 1º É vedada a recusa de construídos observando-se os princípios do desenho
oferta de obra intelectual em universal, além de adotar todos os meios de acessibilidade,
formato acessível à pessoa conforme legislação em vigor.
com deficiência, sob qualquer
argumento, inclusive sob a § 1º Os estabelecimentos já existentes deverão
alegação de proteção dos disponibilizar, pelo menos, 10% (dez por cento) de seus
direitos de propriedade dormitórios acessíveis, garantida, no mínimo, 1 (uma)
intelectual. unidade acessível.
§ 2º Os dormitórios mencionados no § 1º deste artigo
deverão ser localizados em rotas acessíveis.
CAPÍTULO II
Do Reconhecimento Igual Perante a Lei
Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua
capacidade legal em igualdade de condições com as demais pessoas.
Art. 85. A curatela afetará tão somente os atos relacionados aos direitos de natureza
patrimonial e negocial.
§ 1º A definição da curatela não alcança o direito ao próprio corpo, à sexualidade, ao
matrimônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao voto.
§ 2º A curatela constitui medida extraordinária, devendo constar da sentença as razões e
motivações de sua definição, preservados os interesses do curatelado.
§ 3º No caso de pessoa em situação de institucionalização, ao nomear curador, o juiz
deve dar preferência a pessoa que tenha vínculo de natureza familiar, afetiva ou
comunitária com o curatelado.
Conclusão