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Vanguardas Europeias

Parte 1
TEORIA DA ARTE COMO IMITAÇÃO

TEORIA DA ARTE COMO EXPRESSÃO

TEORIA DA ARTE COMO FORMA SIGNIFICANTE


Daguerreotipo

Criada por Louis Jacques


Mandé Daguerre em 1837,
foi oficialmente apresentada
em 1839 e tornou-se a
primeira máquina fotográfica
comercializada da história.
Feita por Joseph Nicéphore
Niépce em 1826, foi obtida
expondo à luz solar durante
cerca de 8 horas uma placa
de estanho coberta com um
derivado do petróleo, o
betume.
Primeiro Daguerreotipo,
datado de 1837
Fotografia da Família Imperial,
no Palácio São Cristóvão,
Petrópolis-RJ
O fotógrafo é visto como
técnico e não como artista
e precisa dominar química
e física, para não se
intoxicar com os produtos
usados
Corpo preparado em estúdio. Mostra a utilização de
equipamento elétrico com a finalidade de provocar
reações musculares, para que a pessoa morta
apresentasse expressões sentimentais.
O Pictorialismo surgiu na segunda metade
do séc. XIX com a tentativa de elevar a
fotografia à categoria de arte. Os
fotógrafos pictorialistas tentavam através
de suas imagens fazer uma aproximação à
pintura, manipulando muitas vezes as
fotografias à mão, alterando a granulação,
os tons, modificando ou suprimindo
elementos de forma a semelhar as
fotografias a pinturas ou aquarelas. Se por
um lado a fotografia perdia sua relação
com o real, por outro, o fotógrafo
começava a ser visto como criador de uma
realidade. A fotografia era desse modo, a
realidade segundo o ponto de vista
do fotógrafo.
Henri Cartier-Bresson

As fotografias de Henri Cartier-Bresson são


consideradas obras primas, visto que
retratam os detalhes da vida, daqueles
despercebidos no cotidiano. Seu legado
para fotografia é imensurável.

Com a sua observação “incomum” sobre a fotografia,


eternizou-se em seu conceito do “instante decisivo”, o
momento exato na qual uma foto é tirada. Em suas
palavras: momento que “se alinha a cabeça, o olho e
o coração” para conseguir a fotografia.
Sebastião Salgado
Mesmo com uma grande qualidade estética em suas
fotos, elas são pesadas, difíceis de encarar e digerir, e
mostram a realidade na sua totalidade, sem esconder ou
maquiar seus objetos. Sua intenção é causar um choque
de realidade no espectador, como ele mesmo já disse,
“Espero que a pessoa que entre nas minhas exposições
não seja a mesma ao sair”. E é realmente muito difícil não
se comover após ter contato com suas fotografias.
Impressionismo
Pintura agradável

Representações de lagos, passeios


, momentos amigáveis

Monet desejava pintar o que le


imaginava que um cego veria se
recuperasse a visão

Pissaro: “ ... O melhor é não perder


a primeira impressão”

Hyde park (Londres) – Camille Pissarro


A impressão, nascer do sol – Monet, 1872
Principais características do Impressionismo:

Pinceladas curtas e cores puras

Figuras sem contorno bem definido

Valorização da luz

Temas do cotidiano

Impressão do momento
O termo impressionista surgiu
durante uma exposição realizada
em 1874, quando o quadro de
Claude Monet (1840-1926)
Monet, "Impressão, Nascer do
foi um pintor francês
Sol", foi criticado por retratar a
considerado um dos mais
“impressão” de uma cena e não
importantes pintores da
a realidade
Escola Impressionista.
Oscar-Claude Monet nasceu em Paris, França, no dia 14
de novembro de 1840. Filho de um modesto comerciante
com cinco anos mudou-se com a família para Saint-
Adresse, próximo ao porto de Le Havre, na Normandia.
Desejava ser pintor e recebeu o incentivo da tia Marie-
Jeanne Lacadre, uma amante da pintura. Com 15 anos
ficou conhecido em sua cidade por fazer e vender
caricaturas. Duas influências marcantes despertaram-lhe
o interesse pela luz e pela cor: descobriu as gravuras do
japonês Hokusai e a pintura de Eugène Boudin, que o
incentivou a praticar a pintura ao ar livre e se tornar um
pintor paisagista, pouco comum na época.

Apesar do sucesso de algumas obras, Monet vivia em dificuldade financeira e


levava uma vida de nômade. Entre 1874 voltou para Argenteuil recebendo
ajuda de Manet e Pissarro. Na casa alugada, ele pintava flores plantadas por
ele, retratos de Camille e dos amigos. Recebia visita de vários pintores e essa
época foi o período mais fértil do Impressionismo.
Norberto Stori
Esta série é de paisagens reais,
caracterizada pela união do grafismo
(herança das fases anteriores) e pela
pictorialidade. As folhas de papel
recebem as linhas e as camadas
líquidas de aquarela como registros
atentos de uma observador cuidadoso
ocupado tanto em captar a imagem do
real quanto em traduzir o sentimento de
imensidão característico da paisagem
pampeana. É um momento privilegiado
na carreira do artista, momento no qual
as questões técnicas e temáticas de
sua obra passada encontram um eixo e
possibilitarão o enorme
desenvolvimento posterior de sua arte.
Uma trajetória notável a deste desenhista, aquarelista
e professor mas, antes de tudo, deste paisagista.
Alguém para quem o mundo exterior existe, mas
existe para ser reconstruído em valores, em grafismos
e em cores. O paisagista olha, observa e registra, tudo
o que todos podem ver mas, principalmente, o que só
ele pode ver: a profundidade e a intensidade dos
estados de alma. Retratos da natureza e retratos do
homem, este fisicamente ausente de sua obra, mas
intensamente presente em emoção.
Norberto Stori usou para produzir sua série "Crepúsculos", que
poderá ser visto em espaços da Unicamp nos meses de julho e
agosto.
Auguste Rodin
1840 - 1917
Em 1864, teve sua primeira obra “O homem de nariz quebrado” rejeitada pelo
Salão de Paris. Os especialistas em arte do salão justificaram a rejeição
afirmando que se tratava de uma obra inacabada.

Em 1875, viajou para a Itália e teve contato direto com as obras,


principalmente esculturas, dos artistas renascentistas Michelangelo e
Donattello.

Em 1876 terminou sua polêmica obra “A Idade do Bronze”. A obra causou


polêmica, pois sua perfeição gerou comentários e críticas no meio artístico.
Muitos afirmaram que Rodin teria usado um modelo vivo como molde.
Em 1878, obteve seu tão merecido reconhecimento artístico com a obra “São João Batista pregando”.

Este sucesso rendeu-lhe um importante trabalho: a encomenda para a criação de uma grande porta de bronze
para o Museu de Artes decorativas de Paris. Conhecida como a “Porta do Inferno”, esta obra teve como tema
passagens da obra “Divina Comédia” de Dante Alighieri. Porém, ao viajar para Londres em 1881, mudou o foco
da obra, voltando-se para a temática das paixões humanas e a morte. Infelizmente, após trabalhar vários anos
nesta obra, Rodin morreu deixando-a inacabada.

Na década de 1880, Rodin criou outras quatro grandes esculturas: “O pensador” (1880), ”O beijo” (1889), “Os
cidadãos de Calais” (1889) e “O filho pródigo” (1889). A década seguinte também foi muito criativa e produtiva.
Nela, Rodin criou as seguintes obras: "Figura de Voo" (1891), "Balzac nu com os braços cruzados" (1892) e
"Madame Fenaille" (1898).

Rodin é considerado pelos especialistas em artes plásticas um dos mais importantes escultores em bronze de
todos os tempos. Grande parte de suas obras estão expostas no Museu Rodin em Paris.
Os burgueses de Calai
Porta para o inferno
As esculturas de Rodin causaram rejeição do
público em praticamente todas as primeiras
exposições. O reconhecimento só começou a se
tornar palpável a partir de 1 900, ou seja, 36 depois
que ele exibiu pela primeira vez uma obra no Salon
de Paris.
A primeira versão da obra O Pensador – sem dúvida, a
mais famosa do gênio francês – não era propriamente
uma escultura, mas parte de um pórtico intitulado As
Portas do Inferno. A grande inspiração para essa obra
foi o livro A Divina Comédia, de Dante Alighieri. Embora
tenha tomado 40 anos de trabalho de Rodin, o pórtico
As Portas do Inferno nunca ficou pronto. Em
compensação, ele serviu de inspiração para diversas
obras, entre as quais O Pensador.
O Pensador foi inicialmente chamado de O Poeta. A
grande inspiração de Rodin para criar essa escultura foi
o poeta italiano Dante Alighieri.
O primeiro molde da obra ficou pronto em 1 880, mas a
escultura propriamente dita, feita em bronze, só foi
finalizada em 1 904.
Quem batizou a obra não foi o escultor, mas o
fundidores do bronze, que viram nela uma semelhança
com Il Pensiero, uma escultura de Michelângelo.
Para Rodin, “o corpo é um molde em que se
expressam as paixões”. E essas paixões valem por si
só, sem necessidade de estabelecer referências
literárias ou históricas que justifiquem a obra. O
corpo humano, entendia o artista, tem uma
dimensão universal e se expressa. Esse raciocínio
marca sua deriva em direção ao expressionismo.
O Beijo - Rodin Maturidade – Camille Claudel
Rodin teve uma relação duradouro com a escultora
Camille Claudel. O romance durou 15 anos, só
terminando quando ele resolveu unir-se a um antigo
amor: Rose Beuret, uma mulher mais velha do que
ele. Sentindo abandonada e sobretudo usada,
Camille se voltou contra Rodin. O antigo amos
transformou-se em inimigo. Camille se fechou para
os amigos e viveu reclusa em seu ateliê. Num
acesso de loucura, destruiu quase tudo o que
lembrava o antigo parceiro. Camille foi internada
numa instituição psiquiátrica, onde permaneceu até
o final da vida.
René-François-Auguste Rodin foi um importante escultor
francês. Sua obra teve grande influência do
impressionismo e do simbolismo. Nasceu em Paris em 12
de novembro de 1840 e faleceu na comuna francesa de
Meudon em 17 de novembro de 1917.
Paul Cézanne Paul Cézanne foi um pintor francês do movimento
pós-impressionista.
Dono de um espírito inovador, mente brilhante e um
temperamento difícil, ele destacou-se na pintura e
ainda, influenciou grandes artistas como Matisse e
Pablo Picasso.
Principais Obras e Características O Negro Cipião (1867)

As obras de Cézanne transitam entre o


impressionismo e o cubismo. Assim, podemos
encontrar elementos bem próximos das duas
vertentes como a busca pela luz e cores
característica típica dos impressionistas, que
pintavam suas obras ao ar livre. E, ainda, o
uso de formar geométricas, característica
mais marcante do movimento cubista.

Cezánne produziu paisagens, retratos e


natureza morta. Suas obras destacam-se,
pois, o pintor foi inovador nas técnicas desde
a mudança da perspectiva, ressaltando a
forma, o volume e o peso dos objetos.
O Monte Saint-Victoire (1904)

Na capital, Cézanne se candidatou para


a Académie Suisse onde conheceu
diversos artistas do movimento
impressionista: Renoir, Manet e Pisarro.

Participou de algumas exposições com


os impressionistas, embora tenha lutado
muito tempo para ser aceito no Salão de
Paris.

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