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Religiosa no Brasil e a
Previdência Social
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CONCEITUAÇÃO
• Conforme descrição do Ministério do Trabalho e Emprego, pela Classificação
Brasileira de Ocupações – CBO*, ministros de confissão religiosa são aqueles que
realizam liturgias, celebrações, cultos e ritos; dirigem e administram comunidade;
formam pessoas segundo preceitos religiosos das diferentes tradições; orientam
pessoas; realizam ação social junto à comunidade; pesquisam a doutrina religiosa;
transmitem ensinamentos religiosos; praticam vida contemplativa e meditativa;
preservam a tradição e, para isso, é essencial o exercício contínuo de
competências pessoais específicas.
• O vínculo do(a) ministro(a) de confissão religiosa com sua instituição religiosa é
considerado atípico, não estando presente o contrato de trabalho típico. A relação
jurídica entre instituição religiosa e ministros(as) de confissão religiosa não
constitui contrato de trabalho por ser esse trabalho destituído de avaliação
econômica e destinado à assistência espiritual e à divulgação da fé.
* A CBO classifica os ministros de confissão religiosa em três códigos: CBO nº 2631-05; CBO nº 2631-10; e CBO nº 2631-15. O código 2631 resume as
subdivisões: “Ministros de culto, missionários, teólogos e profissionais assemelhados”.
A Portaria MTE nº 397/2002 aprova a CBO/2002, para uso em todo território nacional e autoriza a sua publicação.
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VÍNCULO PREVIDENCIÁRIO
• Não havendo contrato de trabalho, a legislação equipara o(a) ministro(a) de confissão religiosa ao
profissional autônomo, para fins de contribuição previdenciária, ainda que ele(a) não seja
autônomo(a), de fato.
• A Lei nº 6.696/1979, equipara, no tocante à previdência social urbana, os ministros de confissão
religiosa e os membros de institutos de vida consagrada, congregação ou ordem religiosa aos
trabalhadores autônomos. Por ela, no Art. 4º, os(as) ministros(as) de confissão religiosa não
equiparados(as) a profissional autônomo por já possuírem 60 anos de idade poderiam fazer jus à
renda mensal vitalícia. Até então, a eles(as) era facultada a filiação à Previdência Social.
• A partir de então, a filiação à Previdência Social, que depende diretamente da atividade
econômica remunerada que o trabalhador exerce, tornou o(a) ministro(a) de confissão religiosa
um(a) segurado(a) obrigatório(a).
• Na Lei nº 8.212/1991, redação dada pela Lei nº 10.403/2002, reafirma-se que ministros(as) de
confissão religiosa (pessoa física), remunerados(as) por essa atividade, são segurados(as)
obrigatórios(as) da Previdência Social, na qualidade de Contribuinte Individual (Art. 12, inciso V,
“c”).
• Contudo, a parte de contribuição patronal de 20% sobre a remuneração do contribuinte individual
a seu serviço pela “empresa”, no caso, a instituição religiosa, não deve ser recolhida, pois os
valores despendidos pelas instituições religiosas (pessoa jurídica) com ministros(as) de confissão
religiosa não são considerados como remuneração (Lei nº 10.170/2000). 3
FORMAS DE CONTRIBUIÇÃO DO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
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PERFIL DOS MINISTROS DE
CONFISSÃO RELIGIOSA
PNAD/IBGE 2013
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MINISTROS DE CONFISSÃO RELIGIOSA - 2013
POR FAIXA DE IDADE E SEXO
7
MINISTROS DE CONFISSÃO RELIGIOSA - 2013
TRABALHADORES OCUPADOS DE 16 A 59 ANOS
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