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MENINGITE BACTERIANA ACOMPANHADA DE CRISE

CONVULSIVA EM UMA CRIANÇA DE 2 MESES – RELATO DE CASO

Andressa Dallago, Marília Prochnow, Sabrina Biazús


INTRODUÇÃO

• As infecções agudas do sistema nervoso estão entre os problemas mais


importantes em medicina, porque o reconhecimento precoce e a rápida
instituição do tratamento podem salvar vidas.
• Entre elas se inclui a meningite bacteriana, que é uma infecção purulenta aguda
no interior do espaço subaracnóideo associada a uma reação inflamatória do
SNC, que pode resultar em diminuição da consciência, crises convulsivas,
aumento da pressão intracraniana (PIC) e acidente vascular encefálico (AVE).
CASO CLÍNICO

• PM, masculino, 2 meses


• Pré-natal iniciado aos 8 meses de gestação, parto vaginal, alta com a mãe
• Vacinas: BCG e Hep B
• Não fez vacina dos 2 meses
CASO CLÍNICO

• PM foi internado em hospital de Uruguaiana por crise convulsiva e febre, mãe


referiu corisa e “chiado” no peito
• Iniciou-se o uso de ceftriaxona.
• Houve piora clínica em 23/4, foi iniciado oxigenoterapia e feita coleta de líquor,
compatível com meningite.
• Associou-se penicilina g cristalina.
• Iniciou crises convulsivas persistentes, foi feito diazepam e iniciado fenobarbital.
• Recebeu CHAD.
• TC de crânio com dilatação do sistema ventricular e redução do cerebelo.
CASO CLÍNICO

• Nova PL mostrou melhora, mas mantendo crises convulsivas.


• Iniciou fenitoína.
• Em 25/4 foi colocado em ventilação mecânica por apneias.
• Suspenso fenobarbital e penicilina.
• Transferido 26/4 para UTI pediátrica do HU Canoas.
• Reduzida fenitoína, apresentou várias crises convulsivas
• feito midazolan, diazepan e ataque de fenobarbital.
• Crises cessaram em 20min.
• Em 27/4 iniciou furosemida por edema.
• Em 29/4 foi trocado ceftriaxona por cefepime.
CASO CLÍNICO

• Extubado em 30/4, fez uso de dexametasona (28/4-01/5).


• Iniciados metadona e diazepam para abstinência.
• Após redução da sedação percebeu-se hemiparesia à esquerda.
• Dia 01/5 voltaram picos febris.
• Coletados novos exames – hemocultura Staphylococcus coagulase negativo.
• Em 03/5 suspenso oxigenoterapia, diazepam e metadona.
• Dia 05/5 voltou a apresentar crises convulsivas, olhar desviado para a direita e
nistagmo, melhorando com diazepam e antecipação da fenitoína, recebeu ataque
de fenobarbital.
• TC de urgência em 06/5 com aparente edema cerebral, aumento de ventrículos,
área de hiperdensidade em lobo parietal direito.
CASO CLÍNICO

• Apresentou melhora clínica


• iniciado topiramato e diminuído fenitoína; mantido fenobarbital
• Em 13/5 passado fenobarbital e fenitoína para SNG.
• Em 14/5 sem novas crises, melhora global, movimentação espontânea.
• Transferência para enfermaria com avaliação de meningoencefalite bacteriana e
crises convulsivas controladas, hemiparesia à esquerda por AVCi à direita, com
possível transformação hemorrágica
• orientações de manter fenobarbital e diminuir fenitoína até suspender, manter
topiramato, repetir TC de crânio até o final da semana. Liberado para dieta VO.
Em uso também de cefepime, ampicilina e nistatina tópica e oral.
• No momento aguarda estabilização do quadro e alta da enfermaria.
CONCLUSÃO

• A literatura recente revela que a meningite bacteriana aguda em crianças está


associada a um grande risco de complicações e sequelas neurológicas, com um
percentual de aproximadamente 40%, além de uma considerável taxa de
mortalidade, que pode alcançar índices de 4% a 10%.
• O relato apresenta um caso clássico de meningite bacteriana aguda, com
afecções neurológicas, como crise convulsiva e AVCi.
• Cabe salientar a importância de reunir esforços para identificar crianças com
maior suscetibilidade em desenvolver complicações neurológicas agudas e
sequelas neurológicas, para que toda uma equipe multidisciplinar possa atuar a
fim de planejar um seguimento a longo prazo e assegurar uma adequada
reabilitação desses pacientes.
OBRIGADA! .

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