You are on page 1of 3

Repercussões da DRC

• O impacto causado na qualidade de vida do paciente pela incapacidade funcional consequência da


doença crônica é cerca quatro vezes superior à doença em si.

• Quadro de humor depressivo, sentimentos de ansiedade, frustração e raiva.

• Reestruturação vital:
Necessidade de adaptação à um nova rotina: um tratamento dialítico, medicamentoso e dietético

• A imagem corporal é drasticamente modificada:


1. cicatrizes geradas por fístulas, cateteres exames e cirurgias;
2. pele pálida e seca;
3. manchas hemorrágicas e múltiplas;
4. corpo edemaciado pelo acúmulo de líquidos

• Alterações na autoimagem possuem um impacto nas relações afetivas e sexuais do paciente,


podendo gerar sentimentos de fraqueza e inutilidade.
• Sentimentos conflitantes:
- Sentimento de culpa;
- Ganho secundário (a doença pode ser concebida como uma oportunidade de valorização,
sendo que, o paciente se sente apreciado ao ser cuidado pelo outro)

• Transtornos mentais podem ter um caráter transitório, leve ou culminar em um transtorno


depressivo maior, por exemplo;

• Depressão é caracterizada como uma dinâmica psíquica e cognitiva de negativismo quando a


própria vida e em relação a doença;

• Conteúdo do sofrimento está relacionado as perdas funcionais e limitações que a doença lhes
trouxe, além do impacto na dinâmica familiar e socioeconômica.

• Tal dinâmica psicológica possui um grande impacto na qualidade de vida (QV) do paciente renal
crônica, uma vez que a depressão tem uma influência negativa na forma como o indivíduo
avalia a si mesmo e as situações de vida podendo culminar em mecanismos de baixa volição,
prostração e sensação de incapacidade diante do tratamento, trazendo como consequência a
possível decisão de interromper o tratamento ou não realizá-lo de maneira adequada
• Pesquisas apontam para uma correlação entre a presença da depressão e
aumento do risco de morte, de internações hospitalares, da incidência de
peritonites e a queda da albuminemia

“a falência do corpo vem junto da falência afetiva e, algumas, da falência


financeira” (MACIEL, 2002, p. 154).

You might also like