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O PORTUGUÊS QUE FALAMOS NO BRASIL

Carina C. F. Puzzovio 4577724468


Celso S. Onça 4200055381
Daniele C Nicoletti 6785415031
Deise T. Sabino 3883868304
Estella P. Rodrigues 3836905971
Jéssica M. Silva 4200072960
Jussara A. Valadão 4364904594

Lívia Carneiro Lima da Hora


São Caetano do Sul
2013
INTRODUÇÃO:

Essa apresentação tem o intuito de transmitir, de tentar se fazer compreender,


entender e ter conhecimento das origens da nossa Língua Portuguesa em nosso país
com suas diversas características.
Como ela se desenvolveu ao longo dos anos e como foi se modificando com o
multilinguismo, com as suas diversas variações sofridas durante esse período e
também por influências de outras línguas , com isso temos que lidar com o preconceito
linguístico , e dessa forma com as suas consequências.

 Primeiramente a apresentação das origens da Língua Portuguesa, debatendo as


mudanças pelas quais ela passou ao longo da história. Demonstrar os pontos
específicos referentes às influências sofridas pela língua e à sua difusão.

 Prosseguindo com a reflexão da variação linguística existente no Brasil, analisando


esta variação de algumas regiões do pais, bem como a sua presença em letras de
autores da música popular brasileira.

 O próximo tópico segue com a abordagem do tema do preconceito linguístico


demonstrando as consequências, bem como a visão do assunto sob a ótica de alguns
autores e gramáticos.
No papel de professores desta língua tão rica e tão cheia de particularidades,
precisamos estar preparados para trabalhar esta realidade junto aos nossos educandos,
já que parece que estudamos uma língua diferente da que falamos.
MUDANÇAS AO LONGO DA HISTÓRIA
E INFLUÊNCIAS
 Derivada do Latim Vulgar, bem como o Espanhol.

Qual a origem
da Língua
 Desenvolvida na Península Ibérica Ocidental.
Portuguesa?

 Intensifica-se no século V, formando dialetos como: Castelhano,


Catalão e o Galego - Português

 Sofre influências dos Mouros (invasão) – Árabe (Moçárabe)

 Língua escrita = Latim

 Língua falada = Dialetos


 Galego – Português permaneceu

Qual a origem
da Língua
Portuguesa?
Portugal
e Galiza

 Século XV – Português torna-se uma língua mais elaborada.


Com tradição literária

 Galego e o Português se desvinculam tornando-se


línguas cada vez mais distintas.
 Séc. XVI – forma arcaica

 Intensa produção – Renacentismo


Camões Qual a origem
da Língua
Portuguesa?
 Trovadores 5000 vocábulos

 1536 – Primeira Gramática da Linguagem Portuguesa” – Fernão


de Oliveira.

 As navegações difundiram a Língua.


OFICIAIS

 Angola

 Brasil

Em que países
 Cabo Verde é falado o
português?
 Guiné-Bissau

 Guiné Equatorial

 Macau (China)

 Moçambique

 Portugal

 São Tomé e Príncipe

 Timor-Leste
MAPEAMENTO DA LÍNGUA PORTUGUESA NO MUNDO
ALTERAÇÕES

 Influências Indígenas – Tupi Guarani:


Ex: Mandioca, Peteca e Siri

O português
falado no Brasil
sofreu grandes
 Influências Africanas: alterações ao
Ex. Acarajé, Candoblé e Vatapá longo do
tempo?

 Influências de demais imigrantes:

Italianos Espanhóis
Japoneses Ingleses
ÍNDIO
 Utilizaram as línguas indígenas para catequizá-los:

 Políticas de língua Geral - única / artificial (Nheengatu)


 Variedade
 Troco Tupi (uniformidade)

AFRICANO

 Utilizaram no tráfico de Escravos – língua

 Regiões:
 Golfo da Guiné: Cua
 Togo, Benin e Gana: Eve / Jeje
 Nigéria e Benin: Fon / Mai
 Angola: Banto
 República do Congo, Congo e Angola: Quicongo / Quimbundo
 Togo, Benin e Nigéria: Iorubá
VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS
VARIAÇÃO LINGUISTICA

A variação de uma língua é o modo pelo qual ela se


diferencia, sistemática e coerentemente, de acordo com o contexto
histórico, geográfico e sociocultural no qual os falantes dessa língua
se manifestam verbalmente.
As variações diafásicas representam as variações que se
estabelecem em função do contexto comunicativo, ou seja, a
ocasião é que determina a maneira como nos dirigimos ao nosso
interlocutor, se deve ser formal ou informal.

Além das:

o Variações diatópicas

o Variações diastráticas

o Variações diacrônicas
VARIAÇÕES DIATÓPICAS

São as variações ocorridas em razão das diferenças


regionais, como, por exemplo, a palavra “abóbora”, que pode
adquirir acepções semânticas (relacionadas ao significado) em
algumas regiões que se divergem umas das outras, como é o
caso de “jerimum”, macaxeira, mandioca, feira (reunião de
vendedores ou sacola?)

Exemplos:
Tirinha:
Chico Bento em BOM PORTUGUÊS.
Vídeos:
João Bala e as “istora” de Lampião.
Pé na Rua. Porto Alegre.
Musicas:
Paratodos – Música de Chico Buarque
Assum preto – Música de Luiz Gonzaga.

* Possuem diferenças Lexical, pronúncia (sotaque) e


semântica.
VARIAÇÕES DIASTRÁTICAS

São aquelas variações que ocorrem em virtude da convivência entre os grupos sociais.

Como exemplo podemos citar a linguagem dos advogados, dos surfistas, da classe
médica, entre outras. Por exemplo: tamo x estamos, pro x para, nóis x nós.

*Possuem diferenças lexical, semântica (gírias).

Exemplo:
Música: Jovens (part. Planta e Raiz) Happin Hood.

Planta e raiz e Rappin Hood


estilo e atitude
Tamo junto vagabundo
Pro que der e vier
Essa vai pra todos os jovens da casa é nois
Por ser jovem eu não tenho credibilidade
Olhando agora pra sua cara
Que eu estou me ligando em toda verdade
Você aí tiozão, monopolizou a cidade
Com sua caranga bacana já não mais engana a sociedade
Mercedes Benz, BMW
Enquanto o coitado do jovem luta...
VARIAÇÕES DIACRÔNICAS

A variação linguística diacrônica é a variação que se estabelece de acordo com o


passar do tempo.

Por exemplo: Vossa Mercê, Você, Cê.

Menina, Mina
Exemplo:
Tirinha: Mentirinhas (Fabio Coala)

*Possuem diferenças lexical, semântica, pronúncia e sintático.


PRECONCEITO LINGUÍSTICO
PRECONCEITO LINGUÍSTICO

“Preconceito é qualquer opinião ou sentimento, quer favorável, concebido sem exame crítico;
ideia, opinião ou sentimento desfavorável formado a priori, sem maior conhecimento, ponderação
ou razão”.

(HOUAISS)

Entende-se como preconceito linguístico o julgamento depreciativo contra determinadas


variedades linguísticas.

Segundo a linguista Marta Scherre, o "julgamento depreciativo, desrespeitoso, jocoso e,


consequentemente, humilhante da fala do outro ou da própria fala, geralmente atinge as variedades
associadas a grupos de menor prestígio social”.
“PRECONCEITO LINGUÍSTICO: O QUE É, COMO SE FAZ”.

 Em seu sexto livro "Preconceito lingüístico - o que é, como se faz", Marcos Bagno
explora a forma preconceituosa com que a língua é tratada tanto na escola quanto na sociedade.

 O preconceito linguístico é um pré-julgamento contra variedades linguísticas encontradas


na língua portuguesa. O modo peculiar de falar de pessoas de diferentes regiões, em diversos
estados brasileiros. São consideradas até mesmo as gírias e as expressões utilizadas por estas
pessoas.

 Segundo Cerqueira, Bagno não acredita que o uso da língua portuguesa seja separado
como "certo" ou "errado" e debate sobre a norma culta, que é dedicada a poucas pessoas no
Brasil (por questões de ordem política, econômicas, sociais e culturais), criticando o ensino da
gramática tradicional.

 É preciso, portanto, que a escola e todas as demais instituições voltadas para a educação
e a cultura abandonem esse mito da “unidade” do português no Brasil e passem a reconhecer a
verdadeira diversidade lingüística de nosso país para melhor planejarem suas políticas de ação
junto à população amplamente marginalizada dos falantes das variedades não-padrão. (BAGNO,
1999, p. 18).
“O DIREITO À FALA: A QUESTÃO DO PRECONCEITO
LINGUÍSTICO.”
 Este livro apresenta dez reflexões sobre a abordagem do preconceito linguístico.
Trata-se de um trabalho de pesquisa ampla da linguagem enfatizando o direito à expressão e
o respeito à fala construída pelos grupos ao longo da história.

 As alusões dos autores dos textos convergem para a compreensão de forma aberta
sobre o uso de alguns “modos” e expressões da Língua Portuguesa, sendo estes vistos de
forma preconceituosa por grupos sociais, pelo sistema normativo, mídia, entre outros, que a
tratam de forma rígida o uso correto da mesma.

 Segundo Cláudio Cruz, os autores Machado de Assis, Cruz e Souza e Lima Barreto
respeitavam e uso do “modo de falar” dos grupos da época, sendo “esses modos” utilizados
em suas obras.

 Na seguinte citação, Cruz (p. 27) ressalta: “A língua como resultado de um processo
histórico é o pano de fundo para a caracterização do preconceito linguístico como fruto da
intolerância em relação à variação e à mudança”. Ou seja, a língua passou por alterações ao
longo do tempo e sofreu preconceito de grupos que não aceitam tais mudanças.
CONSEQUÊNCIAS DO PRECONCEITO LINGUÍSTICO

 O preconceito linguístico gera muitas consequências no aprendizado e na formação


social de uma pessoa, pois o que ela conhece passa a ser considerado incorreto do ponto de
vista daquele que a julga. Rejeitar, não aceitar e excluir alguém por ela falar de forma diferente
são exemplos de consequências do preconceito linguístico.

 A diferença ou variação na fala é algo rápido de ser notado e ao mesmo tempo


julgado. Um sotaque diferente, uma expressão antiga, podem ser motivos para piadas de
cunho discriminatório, que diminuem o falante, tornando-o inseguro e fazendo-o desvalorizar a
própria fala.

 É necessário educar e criar uma consciência nos falantes que praticam este tipo de
preconceito, ensinando que a língua varia de acordo com uma série de fatores, como a região
em que é falada, a classe social, etc. Desta forma não existirá “o certo e o errado” na fala.

 Portanto alertar sobre os efeitos negativos que este ato discriminatório pode causar é
de suma importância para a existência de harmonia e respeito no meio social.
MITOS DA LÍNGUA PORTUGUESA

 Mito 01- “A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”

 Mito-02- “ Brasileiro não sabe português / Só em Portugal se fala bem o português”

 Mito 03- “ Português é muito difícil”

 Mito 04- “ As pessoas sem instrução falam tudo errado”

 Mito 05- “ O lugar onde melhor se fala o português no Brasil é no Maranhão”

 Mito 06- “O certo é falar assim porque se escreve assim”

 Mito 07- “ É preciso saber gramática para falar e escrever bem”

 Mito 08- “O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social”


CONCLUSÃO:
Como diz Pinker:

“As invenções culturais variam imenso na sua sofisticação de sociedade para


sociedade (…) Alguns grupos contam pelos nos dos ossos, e cozinham em fogos
acendidos com paus afiados, enquanto outros usam computadores e fornos de
micro-ondas. A linguagem, no entanto, destrói esta correlação. Ha sociedades que
estão na idade da pedra, mas não existe uma língua que esteja na idade da pedra”
(PINKER, 1995: 27).

Dessa forma concluímos que a linguagem, concretizada nas línguas, é a


“maravilhosa invenção” de que nos falam Galileu, Descartes, Chomsky e a Língua Portuguesa
é uma das suas concretizações. Ela reflete, também, a excepcionalidade dessa maravilhosa
invenção.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Textos:
 FARACO, Carlos A. Língua portuguesa: um breve olhar sobre sua história. In:BRASIL. MEC. Português: um nome, muitas
línguas. Ano XVIII, boletim 08, maio de2008. Disponível em:
<http://www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/164032Port_ling.pdf>. Acesso em: 6 junho de 2013

 RENATO, Silvio. Uma língua, muitas gentes. In: BRASIL. MEC. Português: um nome, muitas línguas. Ano XVIII, boletim
08, maio de 2008. Disponível em: <http://www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/164032Port_ling.pdf>. Acesso em: 6 junho
de 2013

 HOLANDA, Chico Buarque. Paratodos. Disponível em: <http://letras.terra.com.br/chico-buarque/45158/>. Acesso em:


07 junho de 2013

 GONZAGA, Luiz. Assum Preto. Disponível em: <http://letras.terra.com.br/luizgonzaga/47082/>. Acesso em: 07 junho de
2013

 HOOD, Rappin. Jovens. Disponível em: <http://letras.terra.com.br/rappinhood/1196272/>. Acesso em: 07 junho de 2013

 CERQUEIRA, C. H. F. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. DELTA:Documentação de Estudos em Linguística


Teórica e Aplicada, São Paulo, v. 19, nº 2, 2003. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0102-44502003000200017>.
Acesso em: 10 junho de 2013

 GORSKI, E. M. O Direito à Fala: A Questão do Preconceito Linguístico. DELTA:Documentação de Estudos em Linguística


Teórica e Aplicada, São Paulo, v. 18, nº 1, 2002. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0102-44502002000100007>.
Acesso em: 10 junho de 2013

 O PRECONCEITO LINGUÍSTICO DEVERIA SER CRIME. Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com /Revista/


Common/0,,EMI110515-17774,00-O+PRECONCEITO+LINGUISTICO+DEVERIA+SER+CRIME.html>. Acesso em :10
junho de 2013

 MARCOS BAGNO. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Marcos_Bagno>. Acesso em: 11 junho de 2013


IMAGENS

o Tirinha BOM PORTUGUÊS. Disponível em: <www.monica.com.br>. Acesso em: 11 de junho de 2013

o Evolução da língua portuguesa. Disponível em: <http://pitstopnerd.blogspot.com/2010/05/evolucao-da-lingua-


portuguesa.html>. Acesso em: 11 de junho de 2013

o Aspectos da língua portuguesa. Disponível em: <https://www.google.com.br/search?q=aspectos+da+lingua+portuguesa&


&ved=%2Fdia-internacional da-lingua-portuguesa.html%3B400%3B310 >. Acesso em: 11 de junho de 2013

o Variação linguística. Disponível em: <http://mergulhaonativo.blogspot.com.br/2010/12/variacao-linguistica_16.html>. Acesso


em: 12 de junho de 2013

o Preconceito linguístico 1. Disponível em: <www.opreconceitolinguistico2.blogspot.com>. Acesso em: 12de junho de 2013

o Preconceito linguístico 2. Disponível em: <www.radamesm.wordpress.com>. Acesso em: 12 de junho de 2013

VÍDEOS

o JOÃO BALA E AS “ISTORA” DE LAMPIÃO. Disponível em: <http://youtu.be/KJXaiqd1by8>. Acesso em: 08 de junho de
2013

o Pé na rua. Porto Alegre. Disponível em: <http://youtu.be/Cg3vv2jawa4>. Acesso em: 08 de junho de 2013

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