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AULÃO DE REVISÃO

AVALIAÇÃO 1
Índice

• ERROS
• SISTEMAS LINEARES
• ISOLAMENTO DE RAÍZES (MÉTODO GRÁFICO)
• MÉTODO DA BISSEÇÃO
• MÉTODO DE NEWTON
• MÉTODO DA ITERAÇÃO LINEAR
ERROS

Deforma geral, o processo de solução de um problema físico por meio da aplicação de


métodos numéricos envolve duas fases, conforme o seguinte diagrama:

Duas fases podem ser identificadas no diagrama anterior:

a) MODELAGEM – é a fase de obtenção de um modelo matemático que descreve o


comportamento do sistema físico em questão.
b) RESOLUÇÃO – é a fase de obtenção da solução do modelo matemático através da
aplicação de métodos numéricos.
ERROS NA FASE DE MODELAGEM

• Ao se tentar representar um fenômeno do mundo físico por meio de um modelo matemático,


raramente se tem uma descrição correta deste fenômeno.
• Normalmente, são necessárias várias simplificações do mundo físico para que se tenha um
modelo matemático com o qual se possa trabalhar.
• Pode-se observar estas simplificações nas Leis de Mecânica que são ensinadas no Ensino
Médio.
ERROS NA FASE DE RESOLUÇÃO
• Para a resolução de modelos matemáticos, muitas vezes torna-se necessária a utilização de
instrumentos de cálculo que necessitam, para seu funcionamento, que sejam feitas certas
aproximações.
• Tais aproximações podem gerar os seguintes problemas:
• a) Erros de arredondamento;
• b) Erros de truncamento;
• c) Propagação de erros.
SISTEMAS LINEARES
Denominam-se transformações elementares às seguintes operações sobre as
equações de um sistema linear:

a) Trocar a ordem de duas equações do sistema.


b) Multiplicar uma equação do sistema por uma constante não nula.
c) Adicionar duas equações do sistema.

Definição: Dois sistemas 𝑆1 e 𝑆2 serão equivalentes se 𝑆2 puder ser obtido de 𝑆1 através


de transformações elementares.

Observação: Dois sistemas equivalentes 𝑆1 e 𝑆2 ou são incompatíveis ou têm as


mesmas soluções.
MÉTODOS DIRETOS (Método de
Gauss)
A resolução numérica de um sistema linear é feita, em geral, por dois caminhos: os
métodos diretos e os métodos iterativos.

Os métodos diretos determinam a solução de um sistema linear com um número finito


de operações. Por sua vez, os métodos iterativos consistem em calcular uma sequência
𝑋 (1) , 𝑋 (2) , … , 𝑋 𝑘 , … de aproximação de 𝑋 (solução), sendo dada uma aproximação
inicial 𝑋 (0) .

No Método de Gauss, com (n-1) passos, o sistema linear 𝐴𝑋 = 𝑏 é transformado num


sistema triangular equivalente:
𝑈𝑋 = 𝑐
o qual se resolve facilmente por substituição.
EQUAÇÕES ALGÉBRICAS E
TRANSCENDENTES
Em muitos problemas de Ciência e Engenharia há necessidade de se determinar um
número 𝜆 para o qual uma função 𝑓(𝑥) seja zero, ou seja, 𝑓 𝜆 = 0. Este número é
chamado raiz da equação 𝑓 𝑥 = 0 ou zero da função 𝑓(𝑥).
As equações algébricas de 1º e 2º graus, certas classes de 3º e 4º graus e algumas
equações transcendentes podem ter suas raízes computadas exatamente através de
métodos analíticos, mas para polinômios de grau superior a quatro e para a grande
maioria das equações transcendentes o problema só pode ser resolvido por métodos
que aproximam as soluções.
Embora estes métodos não forneçam raízes exatas, elas podem ser calculadas com a
exatidão que o problema requeira, desde que certas condições sobre 𝑓 sejam satisfeitas.
Para se calcular uma raiz duas etapas devem ser seguidas:
a) Isolar a raiz, ou seja, achar um intervalo [𝑎, 𝑏], o menor possível, que contenha uma e
somente uma raiz da equação 𝑓 𝑥 = 0.
b) Melhorar o valor da raiz aproximada, isto é, refiná-la até o grau de exatidão requerido.
MÉTODO GRÁFICO
Uma raiz real de uma equação 𝑓 𝑥 = 0 é um ponto onde a função 𝑓(𝑥) toca o eixo 𝑥.

Portanto, para encontrar uma raiz, “basta” que se faça um esboço da função 𝑓(𝑥) e que
se verifique em que ponto do eixo 𝑥 a função se anula.
MÉTODO GRÁFICO
Uma outra maneira de se resolver o problema é substituir 𝑓 𝑥 = 0 por uma equação
𝑔 𝑥 − ℎ 𝑥 = 0 equivalente, ou seja, uma equação que tem as mesmas raízes de
𝑓 𝑥 = 0.

Neste cenário, f x = 𝑔 𝑥 − ℎ 𝑥 . Fazendo os gráficos de 𝑦1 = 𝑔(𝑥) e 𝑦2 = ℎ(𝑥), eles


se interceptam em um ponto de abscissa 𝑥 = 𝑥0 ; neste ponto,
𝑔 𝑥0 = ℎ(𝑥0 )
e, portanto,
f 𝑥0 = 𝑔 𝑥0 − ℎ 𝑥0 = 0
Por isto, pode-se concluir que 𝜆 = 𝑥0 .
MÉTODO DA BISSEÇÃO
Seja 𝑓(𝑥) uma função contínua no intervalo [𝑎, 𝑏] e 𝑓 𝑎 ∙ 𝑓 𝑏 < 0. Dividindo o intervalo
[𝑎, 𝑏] ao meio, obtém-se 𝑥0 , havendo, pois, dois subintervalos, [𝑎, 𝑥0 ] e [𝑥0 , 𝑏], a serem
considerados.

Se 𝑓 𝑥0 = 0, então 𝜆 = 𝑥0 ; caso contrário, a raiz estará no subintervalo onde a função


tem sinais opostos nos pontos extremos, ou seja, se 𝑓 𝑎 ∙ 𝑓 𝑥0 < 0, então 𝜆 ∈ (𝑎, 𝑥0 );
senão 𝑓 𝑎 ∙ 𝑓 𝑥0 > 0 e 𝜆 ∈ (𝑥0 , 𝑏).

O novo intervalo [𝑎1 , 𝑏1 ] que contém 𝜆 é dividido ao meio e obtém-se o ponto 𝑥1 . O


processo se repete até que se obtenha uma aproximação para a raiz exata 𝜆, com a
tolerância 𝜖 desejada.

Em cada aproximação 𝑥𝑛 da raiz exata 𝜆 usa-se o critério |𝑥𝑛 − 𝑥𝑛−1 | ≤ 𝜖 (pg. 106) e
compara-se o resultado com a tolerância 𝜖 prefixada.
MÉTODO DA BISSEÇÃO (Interpretação
Geométrica)
MÉTODO DE NEWTON
Seja 𝑓 𝑥 uma função contínua no intervalo [𝑎, 𝑏] e 𝜆 o seu único zero neste intervalo;
as derivadas 𝑓 ′ 𝑥 (𝑓′(𝑥) ≠ 0) e 𝑓′′(𝑥) devem também ser contínuas. Encontra-se uma
aproximação 𝑥𝑛 para a raiz 𝜆 e é feita uma expansão em série de Taylor para 𝑓 𝑥 = 0.

Portanto,
𝑓(𝑥𝑛 )
𝑥𝑛+1 = 𝑥𝑛 −
𝑓′(𝑥𝑛 )
𝑛 = 0, 1, 2, …
em que 𝑥𝑛+1 é uma aproximação de 𝜆.
ESCOLHA DE 𝒙𝟎
Pela Figura 3.23 vê-se que traçando a tangente a partir do ponto A (𝑥0 , 𝑓(𝑥0 )) pode-se
encontrar um ponto 𝑥1′ ∉ [𝑎, 𝑏] e o método de Newton pode não convergir. Por outro lado,
escolhendo-se 𝑏 = 𝑥0 o processo convergirá.

É condição suficiente para a convergência do método de Newton que:


𝑓 ′ 𝑥 e 𝑓 ′′ 𝑥 sejam não nulas e preservem o sinal em (𝑎, 𝑏) e 𝑥0 seja tal que 𝑓(𝑥0 ) ∙ 𝑓′′(𝑥0 ) > 0.
MÉTODO DA ITERAÇÃO LINEAR
Sejam 𝑓 𝑥 uma função contínua no intervalo [𝑎, 𝑏] e 𝜆 um número pertencente a este
intervalo tal que 𝑓 𝜆 = 0. Por um artifício algébrico pode-se transformar 𝑓 𝑥 = 0 em
𝑥 = 𝐹(𝑥), em que 𝐹(𝑥) é chamada a função de iteração.

Sendo 𝑥0 uma primeira aproximação da raiz 𝜆, calcula-se 𝐹(𝑥0 ). Faz-se, então, 𝑥1 =


𝐹(𝑥0 ); 𝑥2 = 𝐹(𝑥1 ); 𝑥3 = 𝐹(𝑥2 ) e assim sucessivamente, ou seja:

𝑥𝑛+1 = 𝐹 𝑥𝑛 (3.14)
𝑛 = 0, 1, 2, …
ESCOLHA DA FUNÇÃO DE ITERAÇÃO
A partir de uma função 𝑓(𝑥) podem-se obter várias funções de iteração 𝐹(𝑥), porém nem
todas poderão ser utilizadas para avaliar 𝜆.

TEOREMA 3.7: Seja 𝜆 ∈ 𝐼 uma raiz da equação 𝑓 𝑥 = 0 e 𝐹(𝑥) contínua e diferenciável em 𝐼.


Se 𝐹 ′ 𝑥 ≤ 𝑘 < 1 para todos os pontos em 𝐼 e 𝑥0 ∈ 𝐼, então os valores dados pela equação
(3.14) convergem para 𝜆.

𝑥𝑛+1 = 𝐹 𝑥𝑛 (3.14)
𝑛 = 0, 1, 2, …
EXEMPLO
Exemplo 3.28. Achar a raiz de 𝑓 𝑥 = 2𝑥 3 + ln 𝑥 − 5, com 𝜖 ≤ 10−7 .
Exemplo 3.28. Achar a raiz de 𝑓 𝑥 = 2𝑥 3 + ln 𝑥 − 5, com 𝜖 ≤ 10−7 .
Exemplo 3.28. Achar a raiz de 𝑓 𝑥 = 2𝑥 3 + ln 𝑥 − 5, com 𝜖 ≤ 10−7 .
Professor: Ronald Ramos Alves
ronald.alves@unifacs.br

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