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SPDA - SISTEMA DE

PROTEÇÃO CONTRA
DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
O que é um raio?

Os raios são descargas elétricas que ocorrem quando as


nuvens se carregam eletricamente. São vistos através de
trajetórias irregulares e ramificadas com aproximadamente
2 a 5 cm. Para que tal descarga aconteça é necessário
que o solo tenha carga elétrica oposta à contida nas
nuvens, pois dessa forma ocorre a atração entre elas e
por fim a descarga é liberada pela nuvem. (Gabriela
Cabral)
Índices de Descarga Atmosféricos no Brasil

De acordo com pesquisadores do INEP - Instituto Nacional


de Pesquisas Espaciais, Manaus é a cidade com maior
numero de mortos por raio no Brasil entre 2000 e 2013
foram 13 mortes. O Rio Grande do Sul é o estado com
maior concentração de raios e tem os raios mais
destrutivos do país. Sergipe tem a menor concentração e
menor numero absoluto de raios do país. Porto Real, Rio
de Janeiro é a cidade com maior concentração de raios do
país, são quase 20 raios por km² por ano. A cidade de São
Paulo ocupa o primeiro lugar no sudeste, com 20 mil raios
por ano.
Importância de uma norma Regulamentadora
Brasileira

O Brasil é um país onde ocorre uma enorme quantidade


de descargas elétricas, que gera inúmeros danos a toda
população, o que torna fundamental a existência de
normas regulamentadoras para garantir á segurança da
população, determinando métodos e procedimentos para
a construção e execução de sistemas SPDA. Garantindo
que os profissionais responsáveis pelos sistemas tenham
normas técnicas especificas para garantir que quando
forem exigidos funcionaram perfeitamente de acordo com
a sua especialidade.
Imagens

Fonte: www.blog.hangar33.com.br (2018) Fonte: www.cacodarosa.com (2018)


Locais mais evidentes para descargas
atmosféricas
É importante ressaltar que nos grandes centros urbanos,
com maior complexidade na relação (alteração) com o
ambiente natural, geralmente encontram-se altos índices
de número/densidade de descargas elétricas, sendo
comumente acentuados quando comparados com as
regiões periféricas, ou áreas urbanas menores. Porém,
destaca-se que existem inúmeros fatores que influenciam
no desenvolvimento deste fenômeno, como algumas
atividades rurais, por exemplo, portanto nem sempre esta
relação se faz presente (CONCEIÇÃO, Rodrigo Pucci da
1, CONCEIÇÃO, Rodrigo Pucci da,2 (2013).
O fato de grandes centros urbanos terem superfícies
artificiais, grandes torres, diminuírem a vegetação e
poluição do ar causam o surgimento de grandes
tempestades, e consequentemente aumentando o numero
de descargas elétricas em grandes cidades.
SPDA - Cálculo da Função de risco da
Exposição
Densidade DAs para a terra
A densidade de descargas atmosféricas para a terra (Ng)
é o número de raios para a terra por km² por ano
Ng= 0,04 x Td 1,25 [raios por Km2 /ano]

Área de exposição equivalente


A área de exposição equivalente (Ae) é a área em m2 do
plano da estrutura prolongada em todas as direções, de
modo a levar em conta sua altura. Os limites da área de
exposição equivalente estão afastados do perímetro da
estrutura por uma distância correspondente à altura da
estrutura no ponto considerado.
Frequência Média Anual Prevista
A frequência média anual de descargas atmosféricas (Nd)
sobre a estrutura será:
Nd = Ng x Ae x 10-6

Índices de Ponderação
É determinado através da analises de fatores dos tópicos
seguintes, cada FATOR tem números e variáveis
diferentes:
• FATOR A - Tipo de ocupação
• FATOR B - Tipo de estrutura
• FATOR C - Conteúdo e efeitos
• FATOR D - Localização da estrutura
• FATOR E - Topografia da região
Avaliação Final Ndf

Os dados retirados nos índices anteriores são utilizados


nessa formula:

Nd= frequência média anual prevista [desc/ano]


Definição de Necessidade do SPDA
Proteger uma estrutura pode ser decisão do proprietário
ou seguradoras pra evitar grandes prejuízos, ou, através
de meios legais como código de obras.
O Método pode vir especificado pelo código de obras ou
ser um dos existentes na norma NBR5419.

Planilhas e Softwares para Cálculo do SPDA

Softwares utilizados:
D´Royal Eletric
QISPDA de SPDA Estrutural
CADDPROJ Elétrica o SPDA
Níveis de proteção e Eficiência
A NBR5419 relaciona 4 níveis de proteção relacionados com as
estruturas como relacionado abaixo:
• Nível I – Destinado às estruturas nas quais uma falha do
sistema de proteção pode causar danos às estruturas vizinhas
ou ao meio ambiente. Ex.: depósitos de fogos de artificio.
Eficiência – 98%
• Nível II – Destinados às estruturas cujos danos em caso de
falha serão elevados ou haverá destruição de bens
insubstituíveis e/ou de valor histórico, mas em qualquer caso
se restringirão à estrutura e seu conteúdo, EX.: Museus.
Eficiência – 95%
• Nível III – Destinada às estruturas de uso comum, como
residências, escritórios, fábricas sem risco de explosão ou de
risco,... Etc. Eficiência – 90%
• Nível IV – Destinadas às estruturas construídas de material
não inflamável, com pouco acesso de pessoas, e com
conteúdo não inflamável. EX.: depósitos em concreto, e com
conteúdo não inflamável, estoque de produtos agrícolas... Etc.
Eficiência – 80%
Captores Naturais
- Qualquer elemento condutor exposto, que possa ser
atingido por um raio;
- Coberturas metálicas sobre o volume a ser protegido.
Descidas
- Resistir as esforços dinâmicos, resistir termicamente e
mecanicamente as correste;
- Que não ocorram descargas laterais;
- Não ofereça riscos às pessoas próximas;
- Ser anticorrosiva e ter resistência às intempéries do
tempo.
Indutância dos Condutores
- Tem a função de armazenar energia em um campo
magnético.
- Aumentar seção do condutor e utilizar barras chatas ou
fitas.
Obs: A indutância será menor quanto maior for a relação
entre a largura e a espessura.
Condutores de descida
- Todos Condutores de descida e as instalações metálicas
não devem ser menores que 2m;
- Condutores de descida não naturais tem que ser ligado
através de condutores horizontais, com formatos
circulares (Anéis);
- No ato da sua instalação devem ser respeitados a
distancia menina de 0,5 m de portas, janelas ou quaisquer
aberturas;
- Tem que estar fixado a cada metro de instalação;
- As paredes que forem construídas com material
inflamável d=10cm;
- Extremamente proibida emendas;
- Ter proteção mecânica de 2,5m acima do nível do solo;
- Em construções com concreto protendido os cabos não
podem ser utilizados no SPDA, porém pode ser utilizados
como descidas as barras em construções de concreto
armado, desde que apresentem valores inferiores a 1Ω.
Eletrodos naturais
- As armaduras de aço com 50% de seus cruzamentos
amarrados com arame recozido ou soldados;
- Construções em alvenaria barras de aço com diâmetro
mínimo de 8mm;
- As armaduras das fundações devem ser interligadas com
as armaduras dos pilares das estruturas.
Conexões
- Utilizar o mínimo possível;
- Utilizar sempre soldas exotérmicas ou elétricas,
conectores de pressão ou parafusos;
- Tem se suportar esforços térmicos e mecânicos;
- E necessário às caixas de inspeção para as conexões
que ficarem em contato com o solo
Materiais utilizados
Equalização de Potencial
Medida necessária para a redução de riscos de incêndios,
explosões e choques elétricos, dentro do volume a ser
protegido.
Inspeção
Verificar todos esses itens:
O SPDA está de acordo com o projeto;
O SPDA foi realizado de forma correta com seus comentes
perfeitos, a montagem esta segura e se não a ferrugem;
O arranjo do sistema esta totalmente combatível com a
resistência e a resistividade do solo;
Todas as alterações feitas devem estar interligadas ao local a
ser protegido;
Período para a Inspeção do SPDA estruturas;
-Residenciais 5 anos;
-Estruturas com grandes concentrações públicas 3 anos;
-Estruturas contendo munição ou explosivos 1 ano;
-Locais expostos à corrosão atmosférica 1 ano.
Métodos de Proteção
Modelo Eletrogeométrico
É baseado em métodos científicos de observação e medição
dos parâmetros dos raios e ensaios de laboratórios de alta
tensão, e atualmente considerado o modelo mais completo de
proteção de estruturas.
Este modelo eletromagnético é o líder descendente que caminha
na direção vertical em direção a terra em degraus dentro de uma
esfera cujo raio depende da carga da nuvem ou da corrente do
raio e será desviado da trajetória original por algum objeto
aterrado.
A descarga se dará no ponto onde a esfera tocar este objeto ou
na terra aquele que for primeiro alcançado pela esfera; O raio da
esfera é considerado o raio de atração.
Distância de atração: Ra = 10 x I(corrente) elevada à 0,66.
Considerando um captor como uma haste vertical de altura H
sua zona de proteção será definida pela equação de uma esfera
que define a superfície de proteção.
(X-x)²+(Y-y)²= R²
onde x e y são coordenadas de um ponto genérico da superfície,
X e Y são as coordenadas do centro da esfera e R é o raio da
esfera(distancia de atração) conforme figura a seguir.
Franklin

O método baseia-se no uso de captores pontiagudos


colocados em mastros verticais para se aproveitar os
efeitos das pontas, quanto maior a altura maior o volume
protegido, volume este que tem a forma de um cone
formado pelo triangulo retângulo girado em torno do
mastro.
Em caso de condutores horizontais suportados por hastes
verticais, será obtido pelo deslocamento horizontal do
cone de proteção desde a posição de uma haste até a
posição da outra haste.
Gaiola de Faraday
Neste método consiste em instalar um sistema de captores
formado por condutores horizontais interligados em forma de
malha, quanto menor for a distancia entre os condutores da
malha melhor será a proteção obtida.
Dimensões fixadas pela norma NBR5419.
Utiliza-se ainda pequenos captores Verticais, com 30 a 50 cm de
altura, separados por uma distancia de 5 a 8 mts ao longo dos
condutores da malha, que teve origem na norma inglesa BS
6651.
Vale ressaltar que não se deve colocar condutores elétricos
paralelos aos condutores da malha na parte interior da estrutura
e próximo aos mesmos.

Fonte: http://www.teleco.com.br (2018)


Estruturas Especiais
Chaminés
As Chaminés são consideradas de grande porte quando a seção
transversal de seu topo for maior que 0,30 m2 e/ou sua altura exceder 20
m.
A proteção contra corrosão nesta instalação somente deverão ser utilizados
materiais nobres, como o cobre, bronze aço inox ou metal. Este requisito se
aplica aos captores, condutores de descida e seus suportes, conectores e
derivações. As Chaminés que ultrapassem o teto de uma estrutura em
menos de 5 m requerem esta proteção somente na parte externa à
estrutura.
Os captores devem ser sólidos utilizando cobre, aço inoxidável ou metal.
Tem que ser dispostos uniformemente no topo de chaminés cilíndricas, em
intervalos máximos de 2,5 m ao longo do perímetro. Em chaminés de seção
quadrada ou retangular, os captores não devem estar a mais de 0,6 m dos
cantos, e espaçados no máximo em 2,5 m ao longo do perímetro.
Os captores devem estar acima do topo da chaminé deve ser de no mínimo
0,5 m e no máximo 0,8 m. O diâmetro mínimo dos captores deve ser de 15
mm.
Os captores devem ser interligados na sua extremidade inferior por um
condutor formando um anel fechado em torno da chaminé.
Todas as Chaminés que possuam no topo uma cobertura de chapa de aço,
eletricamente contínua e com espessura mínima de 4 mm, dispensam a
instalação de captores. A cobertura de chapa de aço deve ser firmemente
aparafusada com porcas ou soldada aos condutores de descida.
Antenas Externas
Elas devem estar conectadas ao SPDA por meio de solda exotérmica.
Deve ser instalada com condutor exclusivo para a antena min. 16mm 2
– cobre , é permitido utilizar condutores de descida naturais.
Ensaios
Continuidade de Armadura
Deverá ser feita através de injeção de corrente, utilizar máquina de
solda – 100ª, te u numero de exigências menor quanto a limpeza e a
distância entre os 2 pontos dezenas de metros.
Efeito Pelicular
A descarga atmosférica de alta frequência periferia do condutor barra
pode se soltar do concreto, a grande parte das normas exigem apenas
continuidade elétrica, possibilidade de danos pequena, a norma
Italiana CEI exige 0,1Ω entre 2 pontos da estrutura, IEC recomenda
acompanhamento das amarrações responsáveis pela continuidade
elétrica e as dificuldade para garantir continuidade elétrica e suprida
com a utilização de ferragens para o SPDA.
Concreto Protendido
É proibida a utilização como parte integrante do SPDA a ruptura do aço
tensionado pode trazer grandes consequências ao conjunto estrutural,
quando o aço é tensionado, ele é percorrido pela corrente podendo
causar danos no concreto ou rompimentos de cabos, gerando
prejuízos enormes.
Sistema de Aterramento no SPDA
Esse sistema gera discursões entre engenheiros e projetistas, pois é
bastante complexo e cada projeto tem sua especialidade, dependendo
de inúmeros fatores como localização, concentração de pessoas tipo
de estruturas, é indispensável a sua utilização em SPDA e alguns
outros sistemas como linhas de transmissão.
O sistema tem a função de proteção, realizando a canalização das
cagas elétricas recebidas pelo SPDA e transmiti-las para o solo
dissipando-as. A descarga atmosférica acarreta um impulso de
corrente da ordem de dezenas a centenas de kA (KiloAmpères), por
milionésimos de segundos, podendo causar sérios danos caso não seja
conduzida de forma segura para o solo, além das tensões de passo e
toque. Um dimensionamento bem elaborado deve conter a malha de
aterramento (classes I e II), é imprescindível a execução prévia de uma
prospecção da resistividade de solo por meio de aparelhos tipo
Terrômetros. Esta prospecção é utilizada para as classes I e II ​tem
como objetivo estratificar o solo em camadas e permitir o correto
dimensionamento do eletrodo de aterramento.
Para que o aterramento cumpra sua função sem que se causem
danos, seu dimensionamento tem que ser preciso e necessário
ter para garantir a segurança tem de observar esses fatores em
relação ao projeto, execução e fiscalização que destacaram
algumas orientações a seguir:
• Projeto – Precisa ser realizado por com uma empresa idônea,
especializada e que possui o devido conhecimento da norma
da ABNT NBR 5419/2015 para projetar a melhor solução de
proteção e aterramento em função da disponibilidade física e
dos recursos disponíveis, otimizando assim os custos de
implantação.
• Execução – Deve ser realizada por empresa especializada,
utilizando sempre os materiais indicados no projeto em
conformidade com ​as ​norma​s​, extinguindo de suas instalações
cabos comerciais, hastes de baixa camada, conexões mal
feitas e etc.
• Fiscalização – Esta é a parte em que será possível avaliar ​a
compatibilidade do projeto com a instalação, garantir que os
materiais usados são normalizados e se estão de acordo com
a especificação do projeto, garantindo assim o sucesso da
instalação.

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