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SEMINÁRIO “LEGISLAÇÃO

DO SUS”
A LEI 8080 EM DEBATE
MATÉRIA: OPS PROFESSOR: LUIZ LEITÃO
GRUPO: ERIKA FERNANDES DE M VALLE, LUCICARLA ALVES SILVEIRA,
LUIZA GODOY, STEPHANIE GOMES, DAYANA
BIOMEDICINA – UNESA/BW 2019/1
Determinantes sociais em saúde

Vigilância em saúde

UM RESUMO DA Princípios e diretrizes do SUS

LEI 8080 E SEUS Políticas para populações específicas

PRINCIPAIS Responsabilidades das 3 esferas de governo


TEMAS
Estrutura de governança do SUS

Política de recursos humanos

Participação complementar do privado


ALTERAÇÕES E DECRETOS COMPLEMENTARES
• Decreto nº 1.651, de 28 de setembro de 1995
Regulamenta o Sistema Nacional de Auditoria no âmbito do SUS.
• Lei nº 9.836, de 23 de setembro de 1999
Acrescenta dispositivos à Lei 8.080, que “dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras
providências”, instituindo o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena.
• Lei nº 10.424, de 15 de abril de 2002
Acrescenta capítulo e artigo à Lei 8.080, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento de serviços correspondentes e dá outras
providências, regulamentando a assistência domiciliar no Sistema Único de Saúde.
• Lei nº 11.108, de 7 de abril de 2005
Altera a Lei 8.080, para garantir às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho
de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde.
• Lei nº 12.401, de 2011
Altera a Lei 8.080, para dispor sobre a assistência terapêutica e a incorporação de tecnologia em saúde no
âmbito do SUS.
• Lei nº 12.466, de 24 de agosto de 2011
Acrescenta arts. 14-A e 14-B à Lei 8.080, que “dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras
providências”, para dispor sobre as comissões intergestores do Sistema Único de Saúde (SUS), o Conselho
Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde
(Conasems) e suas respectivas composições, e dar outras providências
• Lei nº 12.864, de 24 de setembro de 2013
Altera a Lei 8.080, incluindo a atividade física como fator determinante e condicionante da saúde.
• Lei nº 12.895, de 18 de dezembro de 2013
Altera a Lei 8.080, obrigando os hospitais de todo o País a manter, em local visível de suas dependências,
aviso informando sobre o direito da parturiente a acompanhante.
• Lei nº 13.097, de 19 de janeiro de 2015
Altera o arts. 23 e 53 da Lei 8.080, permitindo a participação de empresas ou de capital estrangeiro na
assistência à saúde.
RESUMO – LEI 8.080

TÍTULO I :DISPOSIÇÕES GERAIS


• Reafirma a saúde como direito e dever do Estado, concretizando-se pela formulação e execução de
políticas que garantam um acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde. Descreve o que
são determinantes de saúde.
TÍTULO II :DO SUS
• O SUS é formado por órgãos das 3 esferas de poder – municipal, estadual e federal, por meio de
instituições de administração direta e indireta.
• Poderá contar com a participação da iniciativa privada em caráter complementar
Capítulo I
Objetivos e Atribuições
Artigos 5º e 6º
• Objetivos do SUS: identificação de determinantes, formulação de políticas, assistência integral e
prevenção.
• Atuação do SUS: vigilâncias (inclusive nutricional); assistência integral; participação no saneamento
básico; ordenamento na formação de RH; colaboração na proteção ambiental; formulação de políticas
de medicamentos, equipamento e materiais; fiscalização de serviços, produtos, substâncias e alimentos;
desenvolvimento tecnológico; política de sangue.
• Definição das vigilâncias: epidemiológica, sanitária e saúde do trabalhador.

Capítulo II
Princípios e Diretrizes
Artigo 7º
• Princípios do SUS: universalidade, equidade, integralidade, controle social, preservação da autonomia,
direito a informação, priorização epidemiológica, participação da comunidade, descentralização,
intersetorialidade, conjugação de recursos, resolutividade, evitar duplicidade
Sobre os Princípios do SUS
A Universalidade
•Atendimento: Acesso aos serviços de saúde públicos e privados conveniados; assegurado por uma rede
hierarquizada de serviços e com tecnologia apropriada para cada nível
•Deixa de existir diferenças entre as populações urbanas e rurais; entre contribuintes da previdência e não
contribuintes; deixa de existir os “indigentes” (não incluídos no mercado formal de trabalho
A Equidade
O SUS deve tratar desigualmente os desiguais
•Os serviços de saúde devem identificar as diferenças da população e trabalhar para cada necessidade,
oferecendo mais a quem mais precisa
•Reduzir disparidades regionais e sociais
A Integralidade
•“...entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos,
individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.” (lei 8.080,
7°,II)
•A visão do indivíduo como um todo
•As ações de promoção, de prevenção e de recuperação
•Necessidade da hierarquização do sistema de saúde
Os serviços de saúde devem funcionar atendendo o indivíduo como um ser humano integral submetido às
mais diferentes situações de vida e trabalho, que o leva a adoecer e a morrer
•As ações de promoção, proteção e de recuperação formam um todo indivisível que não podem ser
compartimentalizadas. As unidades prestadoras de serviço com seus diversos graus de complexidade,
formam também um todo indivisível, configurando um sistema capaz de prestar assistência integral

A Regionalização e Hierarquização
•Este principio está ligado aos gestores municipais e estaduais.
•Hierarquização em níveis crescentes de complexidade.
•Regulação adequada entre os níveis do sistema (fluxo de referências e contra-referencias )

A Resolubilidade
•É a exigência de que quando indivíduo buscar o atendimento ou quando surgir um problema de impacto
coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível
de sua complexidade.
A Descentralização
• Redistribuição das responsabilidades quanto as ações e os serviços de saúde entre os vários níveis de
governo
• Municipalização
• A Lei 8.080 e as NOBs (Norma Operacional Básica do Ministério da Saúde) que se seguiram definem
precisamente o que é obrigação de cada esfera de governo
• É a garantia constitucional de que a população através de suas entidades representativas, poderá
participar do processo de formulação das políticas de saúde e do controle de sua execução, em todos os
níveis desde o federal até o local.
• •Conselhos de saúde, com representação paritária de usuários, governo, profissionais de saúde e
prestadores de serviços, com poder deliberativo (50%)
Capítulo III
Organização, Direção, Gestão
Artigos 8º - 14
• Organização regionalizada e hierarquizada;
• Direção única a ser exercida pelo Ministério e Secretarias (municipais e estaduais);
• Municípios podem formar consórcios;
• Criação de comissões intersetoriais para assuntos que extrapolam a esfera do SUS; criação de comissões
permanentes de integração saúde e ensino;
• CIB e CIT como foros de pactuação; CONASS e CONASEMS como entidades representativas
das Secretarias de Saúde; COSEMS como representantes das Secretarias Municipais no âmbito dos Estados
Capítulo IV
Competência, Atribuições
Artigos 15 - 19
• Atribuições “comuns” da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
• Competências “específicas” da direção nacional,estadual e municipal. O Distrito Federal acumula
competências de Estado e Município.
Cometários:
FUNDAMENTOS DO CONTROLE SOCIAL NO SUS
• O desenvolvimento da Cidadania;
• A construção de espaços democráticos;
• O reconhecimento de interesses diferentes e contraditórios na sociedade;
• A construção de políticas e o desenvolvimento de programas e ações que beneficiem o conjunto da população;
• A ação permanente;
• A Vigilância, pelo cidadão, da ação do Estado objetivando o Bem Comum e contra a prevalência dos Interesses
Privados.
Capitulo V
Saúde Indígena
Artigos 19: A - H
• Instituição do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena com base nos Distritos Sanitários Especiais
Indígenas (DSEI).
• Financiamento federal. Estado e Municípios poderão complementar.
• Articulação do Subsistema com os órgãos responsáveis pela Política Indígena.
• Levar em consideração a realidade local e as especificidades da cultura dos povos indígenas.
• O Subsistema deverá ser descentralizado, hierarquizado e regionalizado.
• SUS servirá de retaguarda e referência.
• Direito a participar dos Conselhos de Saúde.
Capítulo VI
Internação Domiciliar
Artigos 19 – I
• Estabelecimento do atendimento e internação domiciliar no SUS, realizados por equipes multidisciplinares
que
atuarão na prevenção, terapêutica e reabilitação.
• Este atendimento só poderá ocorrer com expressa concordância do paciente.
Capítulo VII
Parto e Pós parto
Artigos 19: J e L
• Permissão da presença de 1 acompanhante durante o período de trabalho de parto, parto e pós-parto,
indicado
pela própria parturiente.
• Os hospitais devem manter, em local visível, aviso informando sobre esse direito.
Capítulo VII
Incorporação de Tecnologia
Artigos 19: M-U
• Define o que compõe a assistência terapêutica integral: dispensação de medicamentos e produtos; oferta de
procedimentos terapêuticos, em regime domiciliar, ambulatorial e hospitalar;
• Detalha procedimentos da política de medicamentos;
• Descreve a composição da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS e algumas de suas
atribuições e procedimentos;
TÍTULO III – SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA

Capítulo II
Capítulo I
Participação Complementar
Funcionamento
Artigos 24 - 26
Artigos 20 - 23
• O SUS poderá recorrer à iniciativa privada para
• Define e caracteriza as possibilidades de atuação da complementar seus serviços.
iniciativa privada no sistema de saúde, respeitando as
• Essa participação deve ser por meio de contrato ou
regras expedidas pelos órgãos gestores do SUS.
convênio.
• Permite participação direta ou indireta de empresas ou
capital estrangeiro na assistência, em alguns casos • Entidades Filantrópicas e sem fins lucrativos tem
preferência.
• Os critérios, valores e parâmetros assistenciais serão
estabelecidos pela direção nacional do SUS e aprovados
no Conselho Nacional de Saúde (CNS).
• Aos proprietários e dirigentes de entidades contratadas é
vedado exercer cargo de confiança no SUS.
TÍTULO IV – RECURSOS HUMANOS

Artigos 27 - 30
• Objetivos da política de recursos humanos: organização de um sistema de formação de recursos
humanos em todos os níveis de ensino; valorização da dedicação exclusiva aos serviços do SUS.
• Os serviços públicos constituem campo de prática para ensino e pesquisa.
• Os cargos e funções de chefia, direção e assessoramento só poderão ser exercidos em regime de
tempo integral.
• Servidores que acumulam 2 cargos poderão exercer suas atividades em mais de 1 estabelecimento.
• As especializações na forma de treinamento em serviço sob supervisão (Programas de Residência) serão
regulamentadas por Comissão Nacional
Capítulo II
TÍTULO V – FINANCIAMENTO
Gestão Financeira
Artigos 33 -35

Capítulo I • Recursos financeiros movimentados ficam sob fiscalização dos


respectivos Conselhos de Saúde.
Recursos • Na esfera federal, os recursos financeiros serão administrados pelo
Fundo Nacional de Saúde (FNS).
Artigos 31 - 32
• Auditoria do MS acompanha a aplicação dos recursos
• O orçamento da seguridade social destinará
repassados conforme programação.
ao SUS os recursos necessários, de acordo
com a LDO. • Critérios para o estabelecimento de valores a serem
transferidos para Estados e Municípios.
• Define outras fontes de recursos.
• Atividades de pesquisa e desenvolvimento Capítulo III
científico e tecnológico serão cofinanciadas Planejamento Orçamento
pelo SUS, pelas universidades e com recursos Artigos 36-38
de instituições de fomento
• Planejamento e orçamento devem ser ascendentes.
• Vedado o financiamento de ações não previstas nos
planos de saúde, exceto em situações emergenciais.
• Não é permitido auxílio financeiro a instituições
prestadoras de serviços com finalidade lucrativa
O acesso aos sistemas de informação dos
ministérios da seguridade social será
assegurado às Secretarias de Saúde, e o
MS deve organizar um sistema nacional.

DISPOSIÇÕES
Hospitais universitários e de ensino
FINAIS integram-se ao SUS, mediante convênio.

Em tempos de paz, serviços das Forças


Armadas poderão integrar-se ao SUS.
REFERÊNCIAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Núcleo
de Apoio à Saúde da Família / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de
Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. (Cadernos de Atenção Básica, n. 39) Disponível
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/nucleo_apoio_saude_familia_cab39.pdf
• PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica,
estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia
Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Pesquisado em:
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnab.pdf
• BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoio Saúde da Família. Brasília: Ministério
da Saúde, 2010. (Cadernos de Atenção Básica, n. 27) (Série A. Normas e Manuais Técnicos) Disponível
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_do_nasf_nucleo.pdf
• BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.
Departamento de Gestão da Educação em Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde.
Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 64 p.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_educacao_permanente_saude.pdf

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