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Introdução
Este estudo apresenta uma reflexão para que
se possa compreender as estratégias que
determinados grupos sociais adotam, seja
individualmente ou articulando-se em redes
de solidariedade, na tentativa de descobrir e
desempenhar ações que ajudam na
descoberta de formas alternativas de geração
de ocupação e renda, numa perspectiva de
contribuir com o plasmar de uma nova
proposta de desenvolvimento.
ðbjetivo geral:
ß compreender o nível de avanço que a economia solidária
apresenta no Campo das Vertentes, a partir do olhar para
seus atores principais, ou seja, os empreendimentos, os
gestores públicos e as organizações de apoio.

ðbjetivos específicos:
ß entender o grau de compromisso que existe entre os
empreendimentos de economia solidária na Região das
Vertentes;
ß perceber o nível de contribuição que as entidades de apoio
e gestores públicos depositam para o desenvolvimento da
economia solidária na Região.
Revisão de literatura
ß Estudos sobre economia solidária
ß Movimentos sociais
ß Para Gohn (2003, p.14-15), os movimentos ͞[...] atuam segundo uma
agenda emancipatória, realizam diagnósticos sobre a realidade social e
constroem propostas. Atuando em redes, articulam ações coletivas que
agem como resistência à exclusão e lutam pela inclusão social. Eles
constituem e desenvolvem o chamado empowerment de atores da
sociedade civil organizada à medida que criam sujeitos sociais para essa
atuação em rede͟.
ß Fórum Social Mundial: edições de 2002 e 2003. Papel de destaque dos
temas do trabalho e emprego: a construção de um desenvolvimento
democrático e sustentável e a radicalização da democracia.
ß A economia solidária e seus empreendimentos tomam parte central como
um processo de lutas que tentam diminuir as desigualdades sociais e
educar seus participantes não somente para um modo de diferente de
tomar decisões gerenciais mas de criar poderes para sua própria
transformação e emancipação social.
Metodologia
ß A pesquisa foi realizada através de visitas e
acompanhamentos sistemáticos nas organizações
envolvidas com a economia solidária no Campo das
Vertentes e com os integrantes da coordenação
regional do Fórum de Economia Solidária do Campo
das Vertentes.
ß Foram utilizados como instrumentos de coleta de
dados: a entrevista, a observação e a análise
documental.
ß ðs atores investigados se deram a partir do universo
dos participantes do Fórum de Economia Solidária do
Campo das Vertentes.
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no início de 2009, a ITCP/UFSJ voltava às atividades de incubação e
muitos dos empreendimentos que recebiam os primeiros contatos
da ITCP não eram ligados ao Fórum Regional ou começavam, então,
seus primeiros contatos.

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Meu papel como pesquisador e minha aproximação do campo da
economia solidária.
Becker (1992, p.31-32) afirma que a acusação de (   

    
 
   

   

  
    

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ß ð Fórum Brasileiro de Economia Solidária ʹ FBES (2003)
ß Fóruns estaduais
ß ð Fórum Regional de Economia Solidária do Campo das Vertentes
(2007)

Alfredo Vasconcelos, Andrelândia, Antônio Carlos, Barbacena,


Barroso, Carandaí, Capela Nova, Caranaíba, Conceição da Barra
de Minas, Coronel Xavier Chaves, Desterro de Melo, Dores de
Campos, Ibertioga, Lagoa Dourada, Madre Deus de Minas,
Nazareno, ðliveira, Piedade do Rio Grande, Prados, Resende
Costa, Ressaquinha, Ritápolis, Santa Bárbara do Tugúrio, Santa
Cruz de Minas, Santana do Garambéu, São João del-Rei, São
Tiago, Senhora dos Remédios e Tiradentes.
ß ðrganização do Fórum:
ß Secretaria executiva: representantes de
empreendimentos solidários, gestores
públicos e entidades de apoio.

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1) Coletivas (organizações suprafamiliares, singulares e complexas, tais como associações,
cooperativas, empresas autogestionárias, clubes de trocas, redes, grupos produtivos, etc.);
2) Seus participantes ou sócias/os são trabalhadoras/es dos meios urbano e/ou rural que
exercem coletivamente a gestão das atividades, assim como a alocação dos resultados;
3) São organizações permanentes, incluindo os empreendimentos que estão em funcionamento e
as que estão em processo de implantação, com o grupo de participantes constituído e as
atividades econômicas definidas;
4) Podem ter ou não um registro legal, prevalecendo a existência real;
5) Realizam atividades econômicas que podem ser de produção de bens, prestação de serviços,
de crédito (ou seja, de finanças solidárias), de comercialização e de consumo solidário;

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capacitação, assessoria, incubação, pesquisa, acompanhamento, fomento à crédito,
assistência técnica e organizativa;

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Dados recolhidos no site: www.fbes.org.br


     
 

  
͞Infelizmente, a gente é o elo mais fraco nessa corrente, quando se trata
de conseguir políticas públicas, financiamento, questão econômica etc. ð
pessoal que trabalha na prefeitura, por mais que tente ajudar, não está no
nosso lugar. ðs órgãos de apoio, às vezes, para eles, a gente não é
prioridade. Então, a gente tem é que ficar unido porque somos poucos e
fracos, mas junto a gente consegue mais força. Nisso, o Fórum ajuda
bastante͟. (dados da entrevista, agosto a novembro de 2009).

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forte capacidade liderança, possibilidades de formação, trabalhos com
reciclagem e preocupação ambiental, solidariedade, constante busca de
conhecimentos, qualidade dos produtos, realização de feiras regionais,
geração de renda, aumento da autoestima dos participantes, parcerias
com as prefeituras e a presença de jovens.
Percepções da relação entre os empreendimentos e a
ITCP:
ß foi mencionada em todas as entrevistas realizadas
ß muitos empreendimentos ainda apresentam
resistência em relação à ITCP-UFSJ, devido a um
possível mal entendido quanto às propostas da
incubadora. Esse receio dos empreendimentos,
contudo, parece ter razão enquanto à dependência das
ações da ITCP em relação a financiamentos e
programas que podem fazer com esta detenha suas
atividades em momentos em que não há
financiamento.
ðportunidades e propostas dos empreendimentos:
ß mais comunicação entre as regionais e as cidades (questão que
pode vir a ser solucionada com a criação de mais fóruns municipais)
ß maior troca de informação em relação às compras e
comercialização,
ß fortalecimento do fórum,
ß criação de um fundo (municipal ou regional) destinado a programas
de financiamento aos empreendimentos,
ß planejamento estratégico e maior difusão dos princípios da
economia solidária.

ð Fórum Regional de Economia Solidária do Campo das Vertentes


como possível ponto de articulação entre os movimentos e outros
setores da sociedade.
Conclusões
Alguns pontos fracos constatados:
ß Necessidade de um incremento de políticas públicas de fomento à
economia solidária especialmente no tocante a financiamento,
ß o baixo grau do consumo consciente,
ß o pequeno número de reuniões que diminui a convivência entre os
participantes e seus possíveis resultados,
ß entrosamento frágil entre as regionais,
ß falta de comunicação entre os trabalhadores e representantes do
Fórum.

Iniciativas como a criação de Fóruns Municipais nas cidades região


parecem ser uma primeira etapa para a solução destes problemas.
Possibilidades e estímulos a novas pesquisas:
Qual a visão dos gestores públicos em relação aos
empreendimentos solidários?
Quais as dificuldades encontradas pelas entidades de
apoio para realizarem ações junto aos
empreendimentos?
Como as ações do Fórum podem repercutir na criação
de leis municipais de fomento à economia solidária?
A pesquisa pretendeu iniciar esforços de avaliação e
estudos acerca da constituição do Fórum Regional e
compõe

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