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ASPECTOS FISIOLÓGICOS DO

TREINAMENTO CARDIORRESPIRATÓRIO

Prof. Dr. Aylton Figueira Junior

Laboratório de Fisiologia do Exercício


Universidade Municipal de São Caetano do Sul
&
UniFMU – Curso de Educação Física

aylton.figueira@imes.edu.br
LOCOMOVER

ANDAR CORRER

Transporte Necessidade
Prazer Prazer
Necessidade Deslocamento
Atividade Diária Prática Esportiva

SOBREVIVÊNCIA
CONCEITOS
Correr é definido como a forma mais rápida de se locomover
com os pés

É um fenômeno complexo, que envolve a coordenação de


todo o corpo.

Corrida é uma competição de velocidade. Os competidores


de uma corrida tentam completar uma determinada tarefa no
menor período de tempo.
DISTRIBUIÇÃO DE LESÕES ATENDIDAS
EM SETOR DE FISIOTERAPIA –
FCT/UNESP

Atletas atendidos FCT/UNESP


em
02-03 (224 lesões ( VB;
Hokama,R. et al,
AT;FT)
2004 XVII SICE, 307

Muscular Tendínea Ost.articular


TOTAL

Atletismo 28,4 8,0 20,5 39,28%

Futebol 8,6 11,4 17,1 15,26%

Voleibol 9,8 9,7 44,3 27,23%


FISIOTERAPIA NAS
LESÕES
ESPORTIVAS
Atletas de diferentes Oliveira,B. et al,
modalidades de ambos os 2004 XVII SICE, 327
gêneros (18,58 anos)
813 lesões e 7269 sessões de
Joelho Tornozelo Coxa Ombro
FT
Lombar

Atletismo 21,27 17,02 31,91 0 10,63


Basquetebol 28,44 23,85 12,44 4,58 11,92
Futebol 24,89 22,27 23,58 0,87 4,80
Futsal 28,57 20,77 19,48 2,59 2,59
Handebol 29,76 21,27 10,63 10,63 6,38
Judô 18,42 13,15 2,63 31,57 2,63
PREVALÊNCIA DE LESÕES EM
CORREDORES DE AMBOS OS GÊNEROS

CARACTERISTICA HOMENS
MULHERES
(%) (%)
Dor patelo-femural 24,3 29,6
Lesão tibial por estresse 7,2 11,4
Fascite plantar 5,2 4,0
Tendinite patelar 5,1
3,1
Tendinite calcâneo 4,7 Journal of Sports Medicine,
MacIntryre,JC. Clinical 2,7 2004
EFEITO DE CONTRACEPTIVOS ORAIS NA MASSA ÓSSEA E
FRATURA POR ESTRESSE EM MULHERES CORREDORAS
Cobb,K.L.; Bachrach,K.L.; Sowers,M.; et all.
Med. Science Sports Exercise, 39(9): 1464-1473, 2007

Determinar o efeito de contraceptivos orais (OC) na massa óssea e


fratura por estresse em mulheres corredoras

150 mulheres corredoras 18 – 26 anos acompanhadas por 24 meses

(OC) 30 µ g de etil-estradiol e 0,3 mg norgestrel


(CO) controle – sem efeito

Medidas

BMD – dual x ray absorptiometry (DEXA)


Fratura – Raio x e MRI
EFEITO DE CONTRACEPTIVOS ORAIS NA MASSA ÓSSEA E
FRATURA POR ESTRESSE EM MULHERES CORREDORAS
Cobb,K.L.; Bachrach,K.L.; Sowers,M.; et all.
Med. Science Sports Exercise, 39(9): 1464-1473, 2007
EFEITO DE CONTRACEPTIVOS ORAIS NA MASSA ÓSSEA E
FRATURA POR ESTRESSE EM MULHERES CORREDORAS
Cobb,K.L.; Bachrach,K.L.; Sowers,M.; et all.
Med. Science Sports Exercise, 39(9): 1464-1473, 2007

CONCLUSAO:

Em resumo foi encontrado que o uso de OC não trouxe prejuízo na BMD e BMC
em mulheres corredoras e causando efeito protetor contra fraturas por estresse

Mulheres com oligo/amenorréia com baixa BMD devem aumentar o peso,


incrementar a ingestão de cálcio e utilizar OC
para estabilizar o quadro menstrual.
BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO EM
DIFERENTES DISTÂNCIAS
100 m Enzimas mitocôndriais
Limiar anaeróbico
400 m Densidade Capilar
1 Km Coração; distribuição sanguínea
3 Km Limiar anaeróbico
10 Km
Controle fino (planejamento de limites)
20 Km
30 Km Mobilização de Ácidos Graxos Livres
40 Km Controle do fígado
glicogênio - Glicose
Repouso Recuperação de lesão tecidual
ESPECIFICIDADE DO ESPORTE
FADIGA - HISTÓRICO
stórico

Mosso, 1892 – Primeiro estudo de fadiga huma

- análise do número de repetições, com 55 g


- dedo indicador
- 3 vezes ao dia
- até exaustão
SÍNDROME DA FADIGA
 Sintomas da Síndrome da
Fadiga Crônica

Fadiga prolongada e debilitante


Dores no corpo
Princípios Infecciosos
Sensibilidade
Perda de Peso
Catabolismo
Disfunção Cognitiva
CAUSAS DE FADIGA
 Falência nos Sistemas Energéticos

 Acúmulo de Subprodutos Metabolismo

 Sistema Nervoso

 Falhas do Mecanismo Contrátil Muscula

AGUDA CRÔNICA
FADIGA - CONCEITOS
 Desequilíbrio entre a deterioração
fisiológica e performance (Green, 1995)
 Redução na capacidade mental e
fisiológica de produzir algum trabalho
(Comas, 1996)

 Decréscimo na geração de força de um


músculo como resultados de uma
ativação recente (Lee, 2001)

FADIGA CENTRAL FADIGA PERIFÉRI


FADIGA - CONCEITOS
• Sensação de cansaço e concomitante diminuição
do desempenho muscular, resultante da
homeostase e stress ambiental (Wilmore & Costill,
1999)

• Redução da força máxima em dada intensidade de


trabalho (Gandevia, 92)

• Queda da produção de trabalho mecânico frente a


intensidade progressiva ou constante de modo
repetitivo (Gordon, 93)
FADIGA - CONCEITOS

 Sinal de modificação da capacidade funcional e


estrutural muscular, devido a intensidade ou
duração do esforço (Figueira Júnior, 1999)

 Incapacidade de manter a produção de potência


ou força durante contrações musculares repetidas
(Powers e Howley,2000)

 Redução da força devido a interação de três


fatores: alta intensidade com rápida recuperação;
mudanças metabólicas; baixa intensidade e longa
duração (Lamb, 1999)
MAGNITUDE E MECANISMOS DA FADIGA

Mecanismos
Depende de:
• Ativação central
• Isométrico ou dinâmico • Perfusão muscular
• Voluntário ou isolado • Capacidade metabólica
• Contínuo ou intermitente • Função Contrátil
• Cíclico ou progressivo
• Grupos musculares ou todo o corpo
• Sujeitos

• Mulheres fadigam menos que homens


• Idosos fadigam menos que jovens
CADEIA DE COMANDO POSSIBILIDADE DE MECANISMOS
DE FADIGA

Psique / cérebro
Motivação: recrutamento UM

Medula Espinhal
Resposta reflexa
Sarcolema Muscular
Potencial de Ação Muscular
Túbulos transversos
Excitação
Liberação de cálcio
Ativação
Necessidade de Energia
Pontes cruzadas de actina-miosina

Contração Muscular

PRODUÇAO DE FORÇA / POTÊNCIA


FADIGA CENTRAL
 Modificação do Impulso
Cérebro
Nervoso
 Perfil do
Neurotransmissores Medula Espinhal
 Percepção do Esforço
(Motivação)
 Junção Neuromuscular Nervos Periféricos
Produção de Força
(Reflexo)
 Potencial de Ação
Sarcolema
Muscular
Actina-MiosinaSistema Tubular
CONCLUSÃO
• Fadiga tem causas múltiplas, de origem central e periférica

• As causas centrais se resumem no comando da contração


muscular, relacionado a ação dos sais minerais

• Há mudança na reposta contrátil em função da ativação da


placa motora

• Forte dependência com a percepção do esforço

• Ocorre em eventos de longa e curta duração


PERFORMANCE ÓTIMA
Performance

Overtraining
Sem Treinamento

Volume e Intensidade de Treino


TREINAMENTO x SUPERTREINAMENTO

Overload Overreaching Overtraining


30
20
10
0
-10
-20
-30
Overtraining
• Aumento no volume e/ou
intensidade treinamento
que resulta em decréscimo
Nível ótimo
de performance
Novo estágio
de performance
da performance em longo
prazo

Overreaching
Performance

Ganho
• Aumento no volume e/ou
Exaustão
intensidade que resulta
em decréscimo
Período de Tempo performance em curto
estudo
prazo

Fry, 1998
TRÍADE DA MULHER ATLETA
Position Stand American College of Sports Medicine
Nattiv,A. et all. Med. Science in Sports Exercise, 2007

Disponibilidade
ótima de energia
Redução da disponibilidade de
energia com ou sem
desordem alimentar

Eumenorréia Ótima Saúde Óssea


Baixa
Desordem
menstrual Baixa BMD

Amenorréia
funcional Osteoporose
hipotalâmica

O espectro da disponibilidade de energia, função menstrual e densidade mineral óssea


TRÍADE DA MULHER ATLETA
Position Stand American College of Sports Medicine
Nattiv,A. et all. Med. Science in Sports Exercise, 2007
EFEITOS DO TREINAMENTO
A – Sistema de produção de energia e métodos de treinamento

B – Sistema de produção de energia, métodos de treinamento e


grupos musculares envolvidos

C – Biomecânica específica do movimento e métodos de


treinamento

D – Sistema de produção de energia, grupos musculares


envolvidos e biomecânica específica

E - Sistema de produção de energia, grupos musculares


envolvidos, biomecânica específica e métodos de treinamento
FATORES LIMITANTES DA PERFORMANCE

Volume minuto
Trabalho cardíaco
Limiar anaeróbico
Estoque de substratos
Mobilização de substratos
Massa muscular
Conservação de glicose célular
Taxa de remoção de metabólitos
Manutenção da temperatura corporal
Transporte de oxigênio para músculo
Taxa captação substrato pelo músculo
.
VO MÁX FATORES FISIOLÓGICOS LIMITANTES
2

Respiração Circulação Central


- difusão O2
- capacidade cardíaca
- ventilação - pressão arterial
-ventilação alveolar: taxa - [ Hb ]
perfusão
- afinidade Hb-O2
Metabolismo Muscula
Circulação Periférica
- potencial oxidativo
- fluxo sangüíneo regional enzimático
muscular - estoque energético
- densidade capilar muscular - mioglobina
- difusão O2 - nº e tamanho mitocôndria
- condutância vasc. muscular - fibra e massa muscular
- extração O2 - distribuição substrato
-Basset
afinidade Hb-O2 1997
& Howley,
ADAPTAÇÃO CARDÍACA AGUDA DURANTE
E APÓS O EXERCÍCIO
Imediato Pós - Esforço Estresse do Exercício Agudo

Parada brusca Atividade


Vasodilatação Desequilíbrio Catecolaminas
da atividade simpática de Na+ / K+

Retorno Venoso Estimulação vagal

Débito Cardíaco FC e PA

MVO2
Pressão Arterial

Perfusão Coronariana Isquemia Irritabilidade do


miocárdio
Despolarização/ Velocidade de condução
Repolarização alteradas alterada

Atividade Ectópica
Ventricular
RECRUTAMENTO DAS FIBRAS MUSCULARES
DURANTE EXERCÍCIO PROGRESSIVO MÁXIMO
Tipo de fibra muscular
% fibras musculares utilizadas

IIb
100
IIa
80

60
I
40

20

Força muscular ou intensidade do exercício


Leve Moderada Máxima
DEMANDA METABÓLICA NOS ESPORTES
ASPECTOS FISIOLÓGICOS E
METABÓLICOS NA CORRIDA
SUBSTRATO E TIPO DE FIBRA
FATORES LIMITANTES
BIOENERGÉTICOS

INTENSIDADE ATP-CP GLICOGÊNIO GLICOGÊNIO GORDURA pH


MUSCULAR HEPÁTICO

Leve (maratona) 1 5 4-5 2–3 1

Moderado (1.500 m) 1–2 3 2 1-2 2-3

Pesado (400 m) 3 3 1 1 4-5

Muito intenso (disco) 2–3 1 1 1 1

Muito intenso 4–5 4–5 1–2 1–2 4-5

Newsholme,E, et. Al. Corrida: Ciência do Treinamento e Desempenho, Ed. Phorte, 2006
COMPONENTES QUÍMICOS &
ANATÔMICOS CORPORAIS
EFEITO DA DIETA SOBRE A RESISTÊNCIA FÍSICA

Tempo de resistência

Dieta (GORD/PROT)
57 min

Dieta normal
114 min

Dieta rica em CHO


167 min
FATORES QUE INFLUENCIAM A UTILIZAÇÃO
DE SUBSTRATOS DURANTE O EXERCÍCIO

Disponibilidade do substrato
• Estoque de glicogênio e lipídio no músculo.
• Liberação de glicose do fígado para o sangue.
• Lipólise no tecido adiposo, liberando AGL para o sangue.
• Fluxo sangüíneo muscular.
• Aminoácidos no músculo.

Disponibilidade de oxigênio
• Para transporte de elétrons e fosforilação.
FATORES QUE INFLUENCIAM A UTILIZAÇÃO
DE SUBSTRATOS DURANTE O EXERCÍCIO

Limite de atividade de enzimas


• Concentração.
• Balanço entre inibidores e ativadores.
• Controle de feedback.
• Efeito do pH muscular.

Concentrações plasmáticas de hormônios


OUTROS FATORES QUE INFLUENCIAM
A UTILIZAÇÃO DE SUBSTRATOS
DURANTE O EXERCÍCIO

1. Exercícios realizados e dieta


2. Composição da fibra alimentar
3. Tipo, intensidade e duração do exercício
4. Estado de treinamento
5. Ambiente (temperatura, umidade, altitude)
6. Drogas (em geral, cafeína)
CONCEITOS & DEFINIÇÕES
Limiar de Lactato – intensidade relativa ao aumento
(LL) rápido do lactato sanguíneo e muscular
Limiar Aeróbico – intensidade que o metabolismo
aeróbico é predominante [La+] = 2.0 mM
Limiar Anaeróbico – intensidade que produção remoção
de lactato – 50 a 80% do VO2max
Limiar Ventilatório - intensidade metabólica relacionada ao
(LV) aumento do equivalente ventilatório de
O2 (Ve/VO2)
Consumo de O2 - capacidade de captação, absorção,
transporte e uso de O2
CONCEITOS & DEFINIÇÕES
Hipóxia - menor disponibilidade de O2 que
normal, induzida ou não pelo exercício
Excesso do Consumo – consumo de O2 que é
de O2 (EPOC) mantido imediatamente após o esforço
Tamponamento - capacidade de remover íons H +
Acidose – diminuição do pH - H+ livres
Déficit de O2 – diferença entre o consumo de O2 e demanda de O2
no esforço, mantendo a condição estável
Economia de Corrida – fator contribuinte em esforço de
endurance com baixo VO2submáximo
Capacidade – capacidade muscular de regenerar ATP por fontes
Anaeróbica glicolíticas
FATORES DETERMINANTES DO VO2

Nível de Aptidão Física Adaptação CV


Hereditariedade Tamanho coração
Treinamento Volume sanguíneo
Hidratação Fluxo sanguíneo
Ambiente Volume ejeção
Nutrição FC e PA
Idade DC
Gênero
ADAPTAÇÃO CV AO EXERCÍCIO DINÂMICO

Relação entre VO2 e Débito Cardíaco

VO2 = DCmáx x difa-VO2

influência de VSmáx - Fluxo sanguíneo


- Capilarização
periférica
- Capacidade
FCmáx oxidativa
muscular
DISTRIBUIÇAO DE SANGUE
Repouso x Esforço

Repouso Esforço
(DC= 5L/min) (25 L/min)

Tecido L/min % L/min %

Coração 0,2 4 1,0 4


Pele 0,3 6 0,6 2
Cérebro 0,7 14 0,9 4
Figado 1,3 27 0,5 2
Rins 1,1 22 1,1 3
Músculo 1,0 20 21,0 83
Outros 0,4 7 0,8 2

Human Cardiovascular Control, Rowell,


PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO

Baixo Moderado Alto

Mínimo 40% 60% 70%

Médio 60% 75% 80%

Máximo 75% 85% 90%

Heyward,V, 2004
RELAÇÃO ENTRE FC e %VO2 - ESFORÇO

%VO2 = (FC esforço – FC repouso)


(FC máxima – FC repouso)
Exemplo: FC max = 200 FC rep = 60 FC esforço = 170

% VO2 = 170 – 60
200 - 60 % VO2 = 110
% VO2 = 0,78
140

% VO2 = 78%
Relação de VO2máx e FCmáx
%VO2máx %FCmáx

50 66
55 70
60 74
65 77
70 81
75 85
80 88
85 92
90 96
CONSUMO DE OXIGÊNIO EM CORREDORES
DE DIFERENTES DISTÂNCIAS
RESPOSTA AERÓBICA
TAMANHO DA PASSADA & CONSUMO DE O2
CONCEITOS & DEFINIÇOES

Limiar Anaeróbico

Histórico : – proposto Wasserman e McIlroy (1964 )


- momento em que o lactato sanguíneo
aumenta rapidamente, indicando
menor suprimento de O2 muscular
- relacionado ao aumento do consumo de
glicose e glicogênio muscular
- ocorre um aumento direto com a
acidose muscular
- forte relação com os valores de VO2máx
CONCENTRAÇÃO DE LACTATO SÉRICO
EM FUNÇÃO
DO ESFORÇO
E REPOUSO
ESTRUTURA QUÍMICA
C 3H 60 3 C3H503Na+
H H
O O
H3 C – C – C H3 C – C – C
OH
OH O – Na+
OH
ácido-2-hidróxi-propanóico
lactato
ou

ácido lático
CO2
ácido + base = sal + H20

C3H603 + NaHCO3 = C3H503Na+ + H2O


VO2máx Economia
de Corrida

LIMIAR DE LACTATO

% VO2máx

Newsholme,E, et. Al. Corrida: Ciência do Treinamento e Desempenho, Ed. Phorte, 2006
ERRO PADRÃO EM TESTES
AERÓBICOS
HIGHLIGTHS
1 – morte em testes é raro – 1/10.000 testes
2 – morte e morbidade – 4/10.000 testes
ERRO PADRÃO
– 10,0% (H) e 14,0% (M) – teste aeróbico Astrand
-12,0% a 15,0% em testes de corrida

TESTES DIRETO VO2max Estimativa Erro Estimativa


Erro Estimativa
máximo sub-máximo médio

2 a 3% 5,0% 7,5% 10 - 12,5%


CONTROLE DA INTENSIDADE DE EXERCÍCIO

Precisão Praticidade
Consumo de oxigênio (VO2) + -

Carga - +

Freqüência cardíaca (FC) + +

Percepção subjetiva de - -

esforço (Escala de Borg)


DETERMINAÇÃO DA ZONA ALVO
DE FREQÜÊNCIA CARDÍACA

Teste ergoespirométrico ↑ Praticidade


↓ Custo
Teste ergométrico

Cálculo ↓ Precisão da
208 - ( 0,7 x idade ) prescrição
220 - idade ↓ Segurança
LIMIAR VENTILATÓRIO & LACTATO?
EXPLICAÇÕES PARA O LIMIAR DE LACTATO
1- da remoção de lactato
2- recrutamento fibras II
3- desequilíbrio respiração celular e glicólise
4- aumento do NADH x NAD+
5- Hipóxia muscular
6- Isquemia
EXPLICAÇÕES PARA O LIMIAR VENTILATÓRIO
1- relacionado a ventilação minuto (VE)
2- relacionado ao equivalente ventilatório
(VE/VO2 e VE/VCO2)
3- ocorre na ventilação em função da PCO2
LIMIAR VENTILATÓRIO & LACTATO?

- são variáveis equivalentes fisiologicamente, mas que


apresentam conceitos diferença

FATORES QUE PODEM DIFERENCIAR O LV e LL


1- Nutrição inadequada
2- Protocolo de testes
3- Atividade enzimática
4- Estimulação simpática
5- Erro na determinação cada limiar
6- Hipóxia
VENTILAÇÃO PULMONAR

Aumento pela acidose


Ácido Lático e ácido carbônico
TESTE ERGOESPIROMÉTRICO
FREQÜÊNCIA CARDÍACA NOS LIMIARES VENTILATÓRIOS

175

140

LA PCR
Tempo Velocidade km/h FC Ventilação Borg
00:30 3 107 29,2 9
01:00 4 110 33,9
01:30 4 120 34,7
02:00 5 121 36,7
02:30 5 127 38,6
03:00 6 120 37,6
03:30 6 134 45,6
04:00 7 142 50,1 11
04:30 7 148 54,4
05:00 7,9 151 59,2
05:30 7,9 157 66,7
06:00 9 157 64
06:30 9 167 72,9
07:00 10 169 74,1
07:30 10 181 91,1
08:00 11 184 94,4
08:30 11 192 98,5 13
09:00 12 191 104,1
09:30 12 194 101,1
10:00 13 198 110,2
Recuperação
Tempo Velocidade Vent. PAD PAS Borg
01:00 154
02:00 136
03:00 123 100 60 9
RAZÃO DE TROCA RESPIRATÓRIA
(RER – Respiratory exchange ratio)
Relação das trocas gasosas do metabolismo.

Indica diferenças químicas na catabolização de carboidratos


lipídios e proteínas.

Decorrente de necessidades de quantidades diferentes de


oxigênio para oxidar completamente os átomos de carbono e
hidrogênio em CO2 e H2O.

Por ser medido pela respiração, é uma medição indireta do


quociente respiratório (QR).

RER= CO2 produzido


O2 consumido
QUOCIENTE RESPIRATÓRIO (QR)

Quociente real entre a produção de dióxido de


carbono e o consumo de oxigênio, em nível celular.

QR= CO2 produzido


O2 consumido
QUOCIENTE RESPIRATÓRIO DOS CARBOIDRATOS

C6H12 O6 + 6 O2 → 6 CO2 + 6 H2O

6 CO2
QR = =1
6 O2

QUOCIENTE RESPIRATÓRIO DOS LIPÍDIOS

C16 H32 O2 + 23 O2 → 16 CO2 + 16 H2O

16 CO2
QR = = 0,696 ≅ 0,7
23 O2
RAZÃO DE TROCA RESPIRATÓRIA ACIMA DE 1,0

Resultante de maior utilização do sistema de tamponamento


do ácido lático.

Aumento da quantidade de CO2 eliminado por aumento na


ventilação pulmonar, sem aumento proporcional no consumo
de O2.

Ocorre na fase mais intensa do exercício progressivo máximo.

C3H6O3 + NaHCO3 NaC3H5O3 + H2CO3 H2O + CO2


ácido bicarbonato lactato ácido
lático de sódio de sódio carbônico
ACÚMULO DE ÁCIDO LÁTICO NO SANGUE,
DURANTE EXERCÍCIO PROGRESSIVO MÁXIMO
QUOCIENTE RESPIRATÓRIO

1,4
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
Repouso Máximo
Intensidade
CONSUMO DE OXIGÊNIO
Consumo máximo de oxigênio (VO2max): Maior quantidade
de oxigênio que o indivíduo consegue captar, transportar e
utilizar. Ponto onde o aumento do consumo de oxigênio
alcança um platô e não mostra nenhum aumento adicional,
apesar do aumento da intensidade/carga de exercício.

Consumo de oxigênio de pico (VO2pico): Consumo de


oxigênio atingido na exaustão, sem formação de platô.
VO2 MÁXIMO VO2 PICO
VO2 VO2

Intensidade Intensidade
AR AMBIENTE CONCENTRAÇÕES
INSPIRADO DE O2 E CO2

CO2 = 0,03%
O2 = 20,93%
N2 = 79,04%
VOLUME DE AR EXPIRADO
(VENTILAÇÃO PULMONAR)

TEMPERATURA:
↑ T ⇒ ↑ velocidade das moléculas ⇒ mistura se expande ⇒ ↑ volume
PRESSÃO:
↑ P ⇒ ↑ aproximação das moléculas ⇒ ↓ volume
CONTEÚDO DE VAPOR DE ÁGUA:
↑ U ⇒ ↑ conteúdo de vapor de água ⇒ ↑ volume
VARIÁVEIS VENTILATÓRIAS DURANTE O EXERCÍCIO
VCO2

VO2 1º limiar:
↑ PetO2
VE
↑ VE/VO2
↑ VE
↑ RER

1º limiar 2º limiar 2º limiar:


Fibras Fibras Fibras
↓ PetCO2
musculares musculares musculares
Tipo I Tipo I Tipo I ↑ VE/VCO2
Tipo IIa Tipo IIa
Tipo IIb ↑ VE
Metabolismo Metabolismo Metabolismo
aeróbio anaeróbio anaeróbio
compensado descompensado
COMPORTAMENTO METABÓLICO DURANTE O EXERCÍCIO
VCO2
Tipos de fibras

VO2

VE

1º limiar 2º limiar
Lactato

RER
DETERMINAÇÃO DO 1º LIMIAR

O recrutamento de fibras tipo IIa


aumenta a produção de ácido
VE lático, que é tamponado pelo
bicarbonato, produzindo CO2. O
aumento na concentração de CO2
estimula o aumento na VE, para
eliminá-lo na expiração.
PetO2
Com o aumento da VE, há maior
entrada de O2 para os alvéolos.

VE/VO2 Como a VE passa a aumentar em


ritmo maior que o do aumento do
VO2, há um aumento na razão
entre estas variáveis.
DETERMINAÇÃO DO 2º LIMIAR

O recrutamento de fibras tipo IIb


aumenta ainda mais a produção de
VE ácido lático. O tamponamento pelo
bicarbonato não consegue impedir
o acúmulo de H+, diminuindo o pH
e estimulando novo aumento na
VE.
PetCO2
Com o aumento da VE, há maior
saída de CO2 dos alvéolos.

Como a VE passa a aumentar em


VE/VCO2
ritmo maior que o do aumento do
VCO2, há um aumento na razão
entre estas variáveis.
CÁLCULO PARA ESTIMATIVA DA
FREQÜÊNCIA CARDÍACA MÁXIMA

220 - idade
208 - (0,7 X idade)

JACC, 37; 153-6, 2001


TESTE ERGOMÉTRICO

FCtreino = (FCmax - FCrep) x % + FCrep

50 a 80% da freqüência cardíaca (FC) de reserva


(50 a 70% - sedentários / 60 a 80% - condicionados)

MIN FC PAS PAD


Repouso 70 120 80
1 110 130 70
2 120 130 70
3 130 140 70
4 140 140 70
... 150 150 70
Máximo 160 150 70
EXEMPLO 1
Mulher Lim. Inf. Lim. Sup.
65 anos 162,5 162,5
Sedentária - 60 - 60
FC rep = 60 102,5 102,5
FC max = ? x 0,5 x 0,7
51,3 71,8
0,7 x 65 = 45,5 + 60 + 60
111,3 131,8
208 111 132
- 45,5
162,5
EXEMPLO 2
Homem Lim. Inf. Lim. Sup.
60 anos 152 152
Treinado - 70 - 70
FC rep = 70 82 82
FC max = ? x 0,6 x 0,8
49,2 65,6
0,7 x 60 = 56 + 70 + 70
119,2 135,6
208 119 135
- 56
152
EPOC – EXCESS POSTEXERCISE
OXYGEN CONSUMPTION

%VO2
máx

Steady -
State
EPOC

Início Fim do exercício Tempo de exercício


FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O EPOC

Ressíntese de ATP e Atividade hormonal


Pcr elevada -
catecolaminas

Ciclo de Cori
lactato/glicogên
io EPO Aumento FC e
ventilação

C Aumento da
temperatura corporal
Oxidação de
lactato
Restauração dos
estoques de O2 nos
Fukubay,músculos
Y. e col. Clinical Physiology, 20:165, 2000.
EPOC – Excess Postexercise
Oxygen Consumpition

• DIVIDIDO – Rápido ( = 60 minutos)


Prolongado ( horas)

EPOC – depende da intensidade e duração


da atividade aeróbica
EPOC – EXCESS POSTEXERCISE
OXYGEN CONSUMPTION
Recuperação de 3 horas
EPOC
após 20, 40 e 60
20 min/caminhada esteira
rolante 70% VO2 máx.
15

10

v
0
20 40 60 Duração do exercício (min)
De Quinn, T.J. et al., Medicine Science Sports and Exercise, 26:908,
1994
EPOC – Excess Postexercise
Oxygen Consumption
INTENSIDADE DURAÇAO AF EPOC (min)

50 – 80% VO2máx20 min > 35

80 – 90% VO2máx30 min > 40

Treinamento força SETS/REPS 30’ – 38h


3 x 8-12
70-80% 1 RM Contribui favorável
4 – 8 exercícios na comp. corporal

AERÓBICO x FORÇA variável 25 min além AER


FATORES QUE AUMENTAM O EPOC

Ressíntese nos estoques de ATP-CP


Ressíntese do glicogênio pela neutralização do lactato – 20%
Restauração do O2 no plasma sanguíneo

Restauração do O2 no sangue venoso


Restauração do O2 no fluxo sanguíneo muscular
Restauração do O2 na mioglobina
Redistribuição de íons nos vários componentes corporais
Recuperação de tecidos lesionados
Trabalho cardiorrespiratório adicional
Efeito residual no acúmulo e liberação hormonal
Aumento da temperatura corporal
ELAÇÃO ENTRE ATIVIDADE FÍSICA & EPO

20 min 50 min 80 min


dif O2
1,0 L 1,4 L 1,0 L 0,83 L
30% VO2max
3,7 % 2,0 % 1,0 %
EPOC
3,1 L 5,2 L 6,1 L 1,89 L
50% VO2max
7% 4,7 % 3,4%
EPOC
5,7 L 10,0 L 14,6 L 3,09 L
70% VO2max
8,9 % 6,4 % 5,9 %
EPOC
ASPECTOS FISIOLÓGICOS E TIPO DE FIBRA
MUSCULAR EM ESPORTES

ESPORTE TIPO I TIPO II

Corrida 100 m Baixo Auto

Corrida 800 m Auto Auto

Maratona Auto Baixo

Levantamento Olímpico Baixo Auto

Agachamento Barra Auto Auto

Futebol Auto Auto


Basquetebol Baixo Auto
Ciclismo Auto Baixo
DETERMINAÇÃO INDIRETA DO LL

1- tempo de corrida em 50 metros


2- maior distância percorrida em 40 segundos
3- maior distância percorrida em 5 minutos de corrida

Teste de LL – intensidade de corrida correspondente ao acúmulo de lactato

LL = 124 – 0,83 x 40s (m) + 0,202 x 5 min

Ex: LL= 124 – 0,83 x 225 + 0,202 x 1100


LL= 124 – 211,65 + 222,22
LL= 134,5 m/min 8,13 Km/h

conversão 1 km/h = 16,7 m/min


DETERMINAÇÃO INDIRETA DO LL

1- Velocidade para 2,0 mMol


2- Velocidade para 2,5 mMol
3- Velocidade para 4,0 mMol

Vmédia LL = - 2,58 x [3200 m corrida (min)] + 165,5

Vmédia 2,0 mM = - 3,80 x [3200 m corrida (min)] + 214,5


Vmédia 2,5 mM = - 4,12 x [3200 m corrida (min)] + 228,2
Vmédia 4,0 mM = - 4,66 x [3200 m corrida (min)] + 255,4
ASPECTOS FISIOLÓGICOS DE TREINAMENTO
PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO

1- Orientação geral para atividade física


2- Determinar intensidade absoluta
3- Percepção subjetiva de esforço
4- Frequência cardíaca
5- % FC reserva ou FCmáx
6- % VO2máx
7- % Lactato ou limiar
ventilatório
TABELA DE PERCEPÇAO DO ESFORÇO
Escala de Borg – 15 pontos Escala Categorizada
PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO FÍSICO
 Princípio da conscientização

 Princípio da individualidade biológica

 Princípio da adaptação

 Princípio da sobrecarga

 Princípio da especificidade

 Princípio da manutenção

 Princípio da continuidade ou reversibilidade

 Princípio da Transferência

 Princípio da treinabilidade
CLASSIFICAÇÃO DO MÉTODO CONTÍNUO
DE ACORDO COM A FC

Método contínuo constante

Método contínuo crescente

Método contínuo decrescente

Método contínuo crescente/decrescente

Método contínuo decrescente/crescente

Método contínuo variativo I e II Gomes, 1999


MÉTODO CONTÍNUO CONSTANTE

Manutenção da intensidade durante o exercício

(I)

Monteiro, 2006 (V)


MÉTODO CONTÍNUO CRESCENTE

Aumento progressivo na intensidade

(I)

Monteiro, 2006 (V)


MÉTODO CONTÍNUO DECRESCENTE

Regressão na intensidade

(I)

(V)
MÉTODO CONTÍNUO
CRESCENTE/DECRESCENTE

Aumento e redução na intensidade

(I)

Monteiro, 2006
(V)
MÉTODO CONTÍNUO
DECRESCENTE/CRESCENTE

Redução e aumento na intensidade

(I)

Monteiro, 2006
(V)
MÉTODO CONTÍNUO VARIATIVO I

Carga varia constantemente

(I)

Monteiro, 2006 (V)


MÉTODO CONTÍNUO VARIATIVO II

Carga varia constantemente

(I)

Monteiro, 2006 (V)


VARIÁVEIS FISIOLÓGICAS NO
TREINAMENTO ENDURANCE
TIPOS DE TREINAMENTO AERÓBICO DE ENDURANCE

TIPO DE TREINAMENTO FREQUENCIA SEMANA DURAÇAO INTENSIDADE

Longa distância e lento 1-2 distância de corrida 70% VO2máx


(30 – 120 min)

Trote 1-2 20 – 30 min Limiar lactato


ou pouco acima

Intervalado 1–2 2 – 3 min Próximo VO2máx


(intervalo 1:1)

Repetição 1 30 – 90 s Maior VO2máx


(intervalo 1:5)

Fartlek 1 20 – 60 min Várias


Intensidades
DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS
HOMENS & MULHERES
Massa Muscular
Produção de Força
Produção de Potência de Pico
Composição Corporal
Consumo de Oxigênio na Corrida
Tamanho do Coração
Potência Máxima Aeróbica e Anaeróbica
Concentração de Hemoglobina
Atividade Enzimática Muscular
Uso Relativo de carboidrato e de gordura
Diferenças Biomecânicas
Economia de Corrida*
DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS
HOMENS & MULHERES

Débito Cardíaco
Volume sanguíneo
Maior porcentagem de gordura
Mudança do tamanho da pelvis
Força / potência Tendão de Aquilis
Ciclo menstrual e gravidez
Menor oxidação de AGL
Estatura
INDEPENDÊNCIA TEMPORAL DAS RESPOSTAS DO
ESFORÇO PERCEBIDO E DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM
RELAÇAO A VELOCIDADE DE CORRIDA NA SIMULAÇAO DE
UMA PROVA DE 10 Km
Pedutti, et all. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 12(4): julho/agosto,2006

09 adultos – simularam corrida de 10 Km em esteira


Determinação de parâmetros metabólicos e percepção de esforço
ASPECTOS PSICO-FISIOLÓGICOS DA CORRIDA

• Treinamento Mental
• Traços Psicológicos
• Modelo Mental da Performance
• Estado de Humor
• Estado Pré-competitivo
• Tolerância a Fadiga *
• Estratégia Competitiva

O’ Connor. Psychological Aspects of Endurance Performance, IOC, 2005


MODELO U INVERTIDO ENTRE DESEMPENHO E
NÍVEL DE INTERESSE

Máximo Desinteresse Super


Completo Excitação
DESEMPENHO

Mínimo
Baixo Ótimo Excessivo
Newsholme,E, et. Al. Corrida: Ciência do Treinamento e Desempenho, Ed. Phorte, 2006
Nível de Interesse
MODELO DA CATÁSTROFE DA PERFORMANCE

Máximo
Baixo Ótimo Excessivo

Ponto
Catastrófico

^
DESEMPENHO

Mínimo
Nível de Interesse
Newsholme,E, et. Al. Corrida: Ciência do Treinamento e Desempenho, Ed. Phorte, 2006
CONCLUSÃO

Utilizar os valores de FC e VO2máx como referência

Utilizar os valores de QR para a prescrição

Associar com a velocidade, carga, ou outro critério de

intensidade

Limiar anaeróbico tem relação com atletas/ ativos e

não iniciantes
MUITO OBRIGADO
ASPECTOS FISIOLÓGICOS DO
TREINAMENTO CARDIORRESPIRATÓRIO

Aylton Figueira Junior

Laboratório de Fisiologia do Exercício


Universidade Municipal de São Caetano do Sul
&
UniFMU – Curso de Educação Física

aylton.figueira@imes.edu.br
EFEITOS DO TREINAMENTO
A – Sistema de produção de energia e métodos de treinamento

B – Sistema de produção de energia, métodos de treinamento e


grupos musculares envolvidos

C – Biomecânica específica do movimento e métodos de


treinamento

D – Sistema de produção de energia, grupos musculares


envolvidos e biomecânica específica

E - Sistema de produção de energia, grupos musculares


envolvidos, biomecânica específica e métodos de treinamento
CARACTERIZAÇÃO DA SOBRECARGA

– Volume (quantitativa)
• Quilometragem Percorrida
• Número de Repetições
• Duração do Treino
• Número de Séries
• Número de exercícios

– Intensidade (qualitativa)
• Quilagem utilizada
• Velocidade
• Ritmo
• Amplitude dos Movimentos
• Redução dos Intervalos
• Freqüência Cardíaca
PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO

1- Orientação geral para atividade física


2- Determinar intensidade absoluta
3- Percepção subjetiva de esforço
4- Frequência cardíaca
5- % FC reserva ou FCmáx
6- % VO2máx
7- % Lactato ou limiar
ventilatório
Recomendação da Atividade Física e Orientações Nutricionais
Envolva-se em atividade física regular para promover a
saúde, bem estar psicológico e peso corporal saudável
Para reduzir doenças crônicas em adultos: Faça pelo menos
30 minutos de atividade em intensidade moderada acima dos
níveis já realizados em casa e no trabalho na maioria dos dias
da semana
Para a maioria das pessoas: os maiores benefícios para a
saúde são encontrados nas atividades físicas vigorosas ou
Recomendação da Atividade Física e Orientações Nutricionais
Para auxiliar o controle do peso e prevenir o gradual aumento
pouco saudável na adultez: Faça pelo menos 60 minutos de
atividade física moderado-vigorosa na maioria dos dias da
semana sem exceder os valores recomendados para a
ingestão
Para manter a perda do peso na adultez: Faça de 60-90
minutos de atividade física em intensidade vigorosa sem
exceder a recomendação nutricional. Consulta a profissionais
pode ser sugerido;
FATORES DETERMINANTES DO VO2

Nível de Aptidão Física Adaptação CV


Hereditariedade Tamanho coração
Treinamento Volume sanguíneo
Hidratação Fluxo sanguíneo
Ambiente Volume ejeção
Nutrição FC e PA
Idade DC
Gênero
ADAPTAÇÃO CV AO EXERCÍCIO DINÂMICO

Relação entre VO2 e Débito Cardíaco

VO2 = DCmáx x difa-VO2

influência de VSmáx - Fluxo sanguíneo


- Capilarização
periférica
- Capacidade
FCmáx oxidativa
muscular
RELAÇÃO ENTRE FC e %VO2 - ESFORÇO

%VO2 = (FC esforço – FC repouso)


(FC máxima – FC repouso)
Exemplo: FC max = 200 FC rep = 60 FC esforço = 170

% VO2 = 170 – 60
200 - 60 % VO2 = 110
% VO2 = 0,78
140

% VO2 = 78%
CONTROLE DA INTENSIDADE DE EXERCÍCIO

Precisão Praticidade
Consumo de oxigênio (VO2) + -

Carga - +

Freqüência cardíaca (FC) + +

Percepção subjetiva de - -

esforço (Escala de Borg)


CÁLCULO PARA ESTIMATIVA DA
FREQÜÊNCIA CARDÍACA MÁXIMA

220 - idade
208 - (0,7 X idade)

JACC, 37; 153-6, 2001


TESTE ERGOMÉTRICO

FCtreino = (FCmax - FCrep) x % + FCrep

50 a 80% da freqüência cardíaca (FC) de reserva


(50 a 70% - sedentários / 60 a 80% - condicionados)

MIN FC PAS PAD


Repouso 70 120 80
1 110 130 70
2 120 130 70
3 130 140 70
4 140 140 70
... 150 150 70
Máximo 160 150 70
EXEMPLO 1
Mulher Lim. Inf. Lim. Sup.
65 anos 162,5 162,5
Sedentária - 60 - 60
FC rep = 60 102,5 102,5
FC max = ? x 0,5 x 0,7
51,3 71,8
0,7 x 65 = 45,5 + 60 + 60
111,3 131,8
208 111 132
- 45,5
162,5
EXEMPLO 2
Homem Lim. Inf. Lim. Sup.
60 anos 152 152
Treinado - 70 - 70
FC rep = 70 82 82
FC max = ? x 0,6 x 0,8
49,2 65,6
0,7 x 60 = 56 + 70 + 70
119,2 135,6
208 119 135
- 56
152
VO2máx Economia
de Corrida

LIMIAR DE LACTATO

% VO2máx

Newsholme,E, et. Al. Corrida: Ciência do Treinamento e Desempenho, Ed. Phorte, 2006
ERRO PADRÃO EM TESTES
AERÓBICOS
HIGHLIGTHS
1 – morte em testes é raro – 1/10.000 testes
2 – morte e morbidade – 4/10.000 testes
ERRO PADRÃO
– 10,0% (H) e 14,0% (M) – teste aeróbico Astrand
-12,0% a 15,0% em testes de corrida

TESTES DIRETO VO2max Estimativa Erro Estimativa


Erro Estimativa
máximo sub-máximo médio

2 a 3% 5,0% 7,5% 10 - 12,5%


CONTROLE DA INTENSIDADE DE EXERCÍCIO

Precisão Praticidade
Consumo de oxigênio (VO2) + -

Carga - +

Freqüência cardíaca (FC) + +

Percepção subjetiva de - -

esforço (Escala de Borg)


DETERMINAÇÃO DA ZONA ALVO
DE FREQÜÊNCIA CARDÍACA

Teste ergoespirométrico ↑ Praticidade


↓ Custo
Teste ergométrico

Cálculo ↓ Precisão da
208 - ( 0,7 x idade ) prescrição
220 - idade ↓ Segurança
LIMIAR VENTILATÓRIO & LACTATO?
EXPLICAÇÕES PARA O LIMIAR DE LACTATO
1- da remoção de lactato
2- recrutamento fibras II
3- desequilíbrio respiração celular e glicólise
4- aumento do NADH x NAD+
5- Hipóxia muscular
6- Isquemia
EXPLICAÇÕES PARA O LIMIAR VENTILATÓRIO
1- relacionado a ventilação minuto (VE)
2- relacionado ao equivalente ventilatório
(VE/VO2 e VE/VCO2)
3- ocorre na ventilação em função da PCO2
LIMIAR VENTILATÓRIO & LACTATO?

- são variáveis equivalentes fisiologicamente, mas que


apresentam conceitos diferença

FATORES QUE PODEM DIFERENCIAR O LV e LL


1- Nutrição inadequada
2- Protocolo de testes
3- Atividade enzimática
4- Estimulação simpática
5- Erro na determinação cada limiar
6- Hipóxia
VENTILAÇÃO PULMONAR

Aumento pela acidose


Ácido Lático e ácido carbônico
Tempo Velocidade km/h FC Ventilação Borg
00:30 3 107 29,2 9
01:00 4 110 33,9
01:30 4 120 34,7
02:00 5 121 36,7
02:30 5 127 38,6
03:00 6 120 37,6
03:30 6 134 45,6
04:00 7 142 50,1 11
04:30 7 148 54,4
05:00 7,9 151 59,2
05:30 7,9 157 66,7
06:00 9 157 64
06:30 9 167 72,9
07:00 10 169 74,1
07:30 10 181 91,1
08:00 11 184 94,4
08:30 11 192 98,5 13
09:00 12 191 104,1
09:30 12 194 101,1
10:00 13 198 110,2
Recuperação
Tempo Velocidade Vent. PAD PAS Borg
01:00 154
02:00 136
03:00 123 100 60 9
TABELA DE PERCEPÇAO DO ESFORÇO
Escala de Borg – 15 pontos Escala Categorizada
PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO

1- Orientação geral para atividade física


2- Determinar intensidade absoluta
3- Percepção subjetiva de esforço
4- Frequência cardíaca
5- % FC reserva ou FCmáx
6- % VO2máx
7- % Lactato ou limiar
ventilatório
CLASSIFICAÇÃO DO MÉTODO CONTÍNUO
DE ACORDO COM A FC

Método contínuo constante

Método contínuo crescente

Método contínuo decrescente

Método contínuo crescente/decrescente

Método contínuo decrescente/crescente

Método contínuo variativo I e II Gomes, 1999


MÉTODO CONTÍNUO CONSTANTE

Manutenção da intensidade durante o exercício

(I)

Monteiro, 2006 (V)


MÉTODO CONTÍNUO CRESCENTE

Aumento progressivo na intensidade

(I)

Monteiro, 2006 (V)


MÉTODO CONTÍNUO DECRESCENTE

Regressão na intensidade

(I)

(V)
MÉTODO CONTÍNUO
CRESCENTE/DECRESCENTE

Aumento e redução na intensidade

(I)

Monteiro, 2006
(V)
MÉTODO CONTÍNUO
DECRESCENTE/CRESCENTE

Redução e aumento na intensidade

(I)

Monteiro, 2006
(V)
MÉTODO CONTÍNUO VARIATIVO I

Carga varia constantemente

(I)

Monteiro, 2006 (V)


MÉTODO CONTÍNUO VARIATIVO II

Carga varia constantemente

(I)

Monteiro, 2006 (V)


Quatro semanas de mesociclo:
organização no aumento da intensidade e decréscimo no volume dos microciclos
seguido com microciclos com menor sobrecarga
Quatro semanas de mesociclo com dois microciclos com alta intensidade seguido
com período de recuperação
Quatro semanas de mesociclo com variação que pode ser utilizada em período
de alta força como em pré-temporada
Variações possiveis no volume e intensidade durante um mesociclo idealizado para
o “ taper” para a competição.
Variação de microciclo comum de alta, média e baixa intensidade em dias de treino e
Com o volume médio
Variação do microciclo para ser utilizado em período de treinamento muito pesado.
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O EPOC

Ressíntese de ATP e Atividade hormonal


Pcr elevada -
catecolaminas

Ciclo de Cori
lactato/glicogên
io EPO Aumento FC e
ventilação

C Aumento da
temperatura corporal
Oxidação de
lactato
Restauração dos
estoques de O2 nos
Fukubay,músculos
Y. e col. Clinical Physiology, 20:165, 2000.
EPOC – EXCESS POSTEXERCISE
OXYGEN CONSUMPTION

%VO2
máx

Steady -
State
EPOC

Início Fim do exercício Tempo de exercício


EPOC – Excess Postexercise
Oxygen Consumpition

• DIVIDIDO – Rápido ( = 60 minutos)


Prolongado ( horas)

EPOC – depende da intensidade e duração


da atividade aeróbica
EPOC – EXCESS POSTEXERCISE
OXYGEN CONSUMPTION
Recuperação de 3 horas
EPOC
após 20, 40 e 60
20 min/caminhada esteira
rolante 70% VO2 máx.
15

10

v
0
20 40 60 Duração do exercício (min)
De Quinn, T.J. et al., Medicine Science Sports and Exercise, 26:908,
1994
EPOC – Excess Postexercise
Oxygen Consumption
INTENSIDADE DURAÇAO AF EPOC (min)

50 – 80% VO2máx20 min > 35

80 – 90% VO2máx30 min > 40

Treinamento força SETS/REPS 30’ – 38h


3 x 8-12
70-80% 1 RM Contribui favorável
4 – 8 exercícios na comp. corporal

AERÓBICO x FORÇA variável 25 min além AER


FATORES QUE AUMENTAM O EPOC

Ressíntese nos estoques de ATP-CP


Ressíntese do glicogênio pela neutralização do lactato – 20%
Restauração do O2 no plasma sanguíneo

Restauração do O2 no sangue venoso


Restauração do O2 no fluxo sanguíneo muscular
Restauração do O2 na mioglobina
Redistribuição de íons nos vários componentes corporais
Recuperação de tecidos lesionados
Trabalho cardiorrespiratório adicional
Efeito residual no acúmulo e liberação hormonal
Aumento da temperatura corporal
ELAÇÃO ENTRE ATIVIDADE FÍSICA & EPO

20 min 50 min 80 min


dif O2
1,0 L 1,4 L 1,0 L 0,83 L
30% VO2max
3,7 % 2,0 % 1,0 %
EPOC
3,1 L 5,2 L 6,1 L 1,89 L
50% VO2max
7% 4,7 % 3,4%
EPOC
5,7 L 10,0 L 14,6 L 3,09 L
70% VO2max
8,9 % 6,4 % 5,9 %
EPOC
ASPECTOS FISIOLÓGICOS DE TREINAMENTO
VARIÁVEIS FISIOLÓGICAS NO
TREINAMENTO ENDURANCE
TIPOS DE TREINAMENTO AERÓBICO DE ENDURANCE

TIPO DE TREINAMENTO FREQUENCIA SEMANA DURAÇAO INTENSIDADE

Longa distância e lento 1-2 distância de corrida 70% VO2máx


(30 – 120 min)

Trote 1-2 20 – 30 min Limiar lactato


ou pouco acima

Intervalado 1–2 2 – 3 min Próximo VO2máx


(intervalo 1:1)

Repetição 1 30 – 90 s Maior VO2máx


(intervalo 1:5)

Fartlek 1 20 – 60 min Várias


Intensidades
DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS
HOMENS & MULHERES
Massa Muscular
Produção de Força
Produção de Potência de Pico
Composição Corporal
Consumo de Oxigênio na Corrida
Tamanho do Coração
Potência Máxima Aeróbica e Anaeróbica
Concentração de Hemoglobina
Atividade Enzimática Muscular
Uso Relativo de carboidrato e de gordura
Diferenças Biomecânicas
Economia de Corrida*
DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS
HOMENS & MULHERES

Débito Cardíaco
Volume sanguíneo
Maior porcentagem de gordura
Mudança do tamanho da pelvis
Força / potência Tendão de Aquilis
Ciclo menstrual e gravidez
Menor oxidação de AGL
Estatura
MODELO U INVERTIDO ENTRE DESEMPENHO E
NÍVEL DE INTERESSE

Máximo Desinteresse Super


Completo Excitação
DESEMPENHO

Mínimo
Baixo Ótimo Excessivo
Newsholme,E, et. Al. Corrida: Ciência do Treinamento e Desempenho, Ed. Phorte, 2006
Nível de Interesse
MODELO DA CATÁSTROFE DA PERFORMANCE

Máximo
Baixo Ótimo Excessivo

Ponto
Catastrófico

^
DESEMPENHO

Mínimo
Nível de Interesse
Newsholme,E, et. Al. Corrida: Ciência do Treinamento e Desempenho, Ed. Phorte, 2006
Effects os Resistance, Endurance, and
Concurrent Exercise on Training
Outcomes in Men
Glowacki SP, Martin SE, Maurer A, Baek W, Green JS and Crouse SF
Med. Sci. Sports Exerc. 36(12): 2119-2127, 2004.
Protocolo de Treinamento
Intervenção: 13 semanas – 7° semana avaliação das variáveis
Treinamento de Força (N-13):
Idade: 23±3 anos
Semana ímpar: 2X por semana, 3 sets, 6-10 repetições, 70%-85% de 1RM, 8 exercícios para
grandes grupos musculares.
Semana par: 3X por semana, 3 sets, 6-10 repetições, 70%-85% de 1RM, 8 exercícios para
grandes grupos musculares.

Treinamento Endurance (N-12):


Idade: 25±5 anos
Semana ímpar: 2X por semana, corrida, 20 à 40 minutos, 65%-80% FCmáx.
Semana par: 3X por semana, corrida, 20 à 40 minutos, 65%-80% FCmáx.

Treinamento Combinado (N-16):

Idade: 22±2 anos


Semana ímpar: Treinamento de força 3X semana – treinamento aeróbico 2X semana
Semana par: Treinamento aeróbico 3X semana – treinamento de força 2X semana
Treinamento &
Idade: 18-40 anos
Modificações
Intervenção: 13 semanas – 7° semana avaliação
Peso corporal (Kg)
%
Treinamento de Força (N-13): 4

Semana ímpar: 2X por semana, 3 sets, 6-10 3,5 3,3
repetições, 70%-85% de 1RM, 8 exercícios para
grandes grupos musculares. 3
2,5
Semana par: 3X por semana, 3 sets, 6-10 repetições,
70%-85% de 1RM, 8 exercícios para grandes grupos 2 †
1,5
musculares. 1,5
1
Treinamento Endurance (N-12): 0,5
0
Semana ímpar: 2X por semana, corrida, 20 à 40 †
minutos, 65%-80% FCmáx. -0,5 *
Semana par: 3X por semana, corrida, 20 à 40 -1
minutos, 65%-80% FCmáx. -1,5 -1,2

Treinamento Combinado (N-16):


Semana ímpar: Treinamento de força 3X semana –
Endurance Força Combinado
treinamento aeróbico 2X semana
Semana par: Treinamento aeróbico 3X semana – * p<0,05 em relação aos outros grupos
treinamento de força 2X semana
† p<0,05 em relação ao pré-teste
Treinamento &
%
Modificações
1RM Bench Press% 1RM Leg Press

† †
35 † 45 40,8
30,5 39,4
30 40
35
25 †
21,2 30
20 25 *†
20,4
15 20
15
10 †7,5
* 10
5 5
0 0

Endurance Força Combinado Endurance Força Combinado


* p<0,05 em relação aos outros grupos
† p<0,05 em relação ao pré-teste
Treinamento &
%
Modificações
% de Gordura % Massa Magra (Kg)

0 5
-1
* 4,5

4
4 †
-2 3,4
3,5
-3 3
-4 2,5
-3,8
2
-5
1,5 1,2
-6 *
1
-7 †
-6,8 0,5
†-7,1
-8 0

Endurance Força Combinado Endurance Força Combinado


* p<0,05 em relação aos outros grupos
† p<0,05 em relação ao pré-teste
Treinamento &
%
Modificações
%
VO2pico (L-min-1 ) VO2 pico (mL-Kg -1 -min-1 )

10 10
† †
9 8,2 9 *
8,5
8 8
7 7
6 6
5 5
3,7
4 4
2,8
3 3
2 2 1,4
1 1 0,4
0 0

Endurance Força Combinado Endurance Força Combinado


* p<0,05 em relação aos outros grupos
† p<0,05 em relação ao pré-teste
Treinamento &
%
Modificações
Jump Power (W) % Pico de Torque Flexão 180 deg/sec

7 13 †
† 11,1
11
6 5,6
9
5 7

4 5
3
3 1
2 1,6 -1
-3 -1,3
1
*0,4 -5
0 -7 -5,3
sg.

Endurance Força Combinado Endurance Força Combinado


* p<0,05 em relação aos outros grupos
† p<0,05 em relação ao pré-teste
Effects os Resistance, Endurance, and
Concurrent Exercise on Training
Outcomes in Men
Glowacki SP, Martin SE, Maurer A, Baek W, Green JS and Crouse SF
Med. Sci. Sports Exerc. 36(12): 2119-2127, 2004.

Conclusão:
- Aumentos na força muscular foram significativamente maiores nos
grupos de força e combinado quando comparados ao grupo de endurance
sem diferença entre o grupo de força e combinado.

- Aumentos no VO2pico foram significat. maiores no grupo de endurance.

- Alteração na massa magra foi significativamente maior nos grupos de


força e combinado, sem diferença entre eles.

- Redução significativa do % de gordura ocorreu nos grupos endurance e


combinado, sem diferença entre eles.
The Effect of Combined Aerobic and Resistance Exercise
Training on Abdominal Fat in Obese Middle-aged Women.
Park SK, Park JH, Kwon YC, Kim HS, Yoon MS and Park HT.
Journal Physiol Anthropol. 22(3): 129-135, 2003..

OBJETIVO:
Verificar a influência do treinamento combinado (aeróbico e força) na gordura
abdominal e marcadores bioquímicos em mulheres obesas.

METODOLOGIA:
30 mulheres (40 – 45 anos) com IMC > 25,00
1) Grupo Controle (N: 10)
10 - sem exercício
2) Grupo Aeróbico (N: 10) – 6X semana, 60 min/dia, 60-70% da FC máxima.
3) Grupo Combinado (N: 10) – Treinamento aeróbico + força
Força: 3X semana, 60 min/sem 60% de 1 RM (semana 1-12) – 70% de 1RM (semana 13-24)
Aeróbico: 3X semana, 60 min/dia, 60-70% da FC máxima.
Intervenção: 24 semanas
CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO
& TREINAMENTO

VO2máx (ml/min) VO2máx (ml/Kg/min)



3000
*
2547,3
*2604,7
50
45 *43,1 *

42,3
2500 2134,1 2226,2 2239,4 40
1979,9 34,2
2000 35 30,9
30,3
32,1
30
1500 25
20
1000 15
500 10
5
0 0
Controle Aeróbico Combinado Controle Aeróbico Combinado

Início 24 semanas Início 24 semanas

*p<0,01, † maior impacto


CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO
& TREINAMENTO

VO2/LBM (ml/Kg/min)

70
60,9
63,6 * 62,4
60 52,2
56,6
50,1
50
40
30
20
10
0
Controle Aeróbico Combinado

Início 24 semanas

*p<0,05
COMPOSIÇÃO CORPORAL &
TREINAMENTO

Peso corporal (Kg) % de Gordura


70 50
68
67,5 40,3 *
42,6 42,2 41,4
65,8 40
66
64
65,2
63,7
*33
* 31,1
30
62 *† 61,1

60
58
* 59 20

10
56
54 0
Controle Aeróbico Combinado Controle Aeróbico Combinado

Início 24 semanas Início 24 semanas

*p<0,01, † maior impacto


COMPOSIÇÃO CORPORAL &
TREINAMENTO

Massa Magra (Kg) Gordura Abdominal Subcutânea (cm3)

46 700

44 * 43 595,1 598,4 602 *


646

* †
584,2
600 578,9
42

40 500
38,1 38,4
37,7 37,5 37,4
38
400
36

34 300
Controle Aeróbico Combinado Controle Aeróbico Combinado

Início 24 semanas Início 24 semanas

*p<0,01, † maior impacto


COMPOSIÇÃO CORPORAL &
TREINAMENTO

Gordura Abdominal Visceral (cm3) Relação Gordura Subcutânea/Visceral

240 0,4
201,6
195 0,32 0,33
200 182,9 190,4 0,31 0,31
0,3
160

120 *
112,4
* †
108,6 0,2 * 0,2
* 0,19

80
0,1
40

0 0
Controle Aeróbico Combinado Controle Aeróbico Combinado

Início 24 semanas Início 24 semanas

*p<0,01, † maior impacto


BIOQUÍMICA & TREINAMENTO

Colesterol Total (mg/dl) LDL Colesterol (mg/dl)


175,4
280 247,5
180 160,6
235,6 240,3 157,7
240 232,4 160 149,7

200 * 187 * 184,5
140
120 *
112,9 * †
114,6

160 100
120 80
60
80
40
40 20
0 0
Controle Aeróbico Combinado Controle Aeróbico Combinado

Início 24 semanas Início 24 semanas

*p<0,01, † maior impacto


BIOQUÍMICA & TREINAMENTO

HDL Colesterol (mg/dl) Triglicerídio (mg/dl)

70 200
60 * 55,4 * 52,2
180
160
173,1 181,8

148,8
145,7
50 45,2 46,2
44,1 42,4 140
40 120 * †
*
101
100 85,8
30 80
20 60
40
10
20
0 0
Controle Aeróbico Combinado Controle Aeróbico Combinado

Início 24 semanas Início 24 semanas

*p<0,01, † maior impacto


The Effect of Combined Aerobic and Resistance Exercise
Training on Abdominal Fat in Obese Middle-aged Women.
Park SK, Park JH, Kwon YC, Kim HS, Yoon MS and Park HT.
Journal Physiol Anthropol. 22(3): 129-135, 2003..

CONCLUSÃO:

- O treinamento combinado (aeróbico + força) foi mais efetivo nas


alterações em relação à composição corporal e aos marcadores
bioquímicos.

- Após 24 semanas de intervenção foi observado maior impacto do


treinamento combinado no volume de gordura abdominal subcutânea
e visceral do que o treinamento aeróbico.
Effect of Resistance Training on Insulin Sensitivity
in Overweight Latino Adolescent Males.
Shaibi GQ, Cruz ML, Ball GDC et alli.
Medicine and Science in Sports Exercise, 38(7): 1208-1215, 2006.

OBJETIVO:
Verificar a influência do treinamento com peso na sensibilidade da insulina em
adolescentes obesos.

METODOLOGIA:
22 meninos, IMC > percentil 85, ≥ Estágio 3 de Tanner
1) Grupo Controle (N: 11)
11 - sem exercício
2) Treinamento de Força (N: 11) – treinamento periodizado progressivo 2X semana
Semana 1 – 1X10-15 RM, 1-2 minutos de descanso, 62-71% 1RM
Semana 2 – 2X3-15 RM, 1-2 minutos de descanso entre séries e exercícios, 74-88% 1RM
Semana 3 – 3X8-12 RM 1-2 minutos de descanso entre séries e exercícios, 92-97% 1RM
Intervenção: 16 semanas
Effect of Resistance Training on Insulin Sensitivity in
Overweight Latino Adolescent Males.
Shaibi GQ, Cruz ML, Ball GDC et alli.
Medicine and Science in Sports Exercise, 38(7): 1208-1215, 2006.
Effect of Resistance Training on Insulin Sensitivity
in Overweight Latino Adolescent Males.
Shaibi GQ, Cruz ML, Ball GDC et alli.
Medicine and Science in Sports Exercise, 38(7): 1208-1215, 2006.

% de alteração na sensibilidade da insulina

48 *45,1
CONCLUSÃO:
38
16 semanas de treinamento com
28 peso melhorou em 45% a
18
sensibilidade da insulina em
adolescentes com sobrepeso,
8 independentemente de mudanças
-2
na composição corporal e no VO2
-0,9
Controle Força
Relationship of physical activity to eating behaviors
and weight loss in women.
Jakicic JM, Wing RR and Winters-Hart C.
Medicine and Science in Sports Exercise, 34(10): 1653-1659, 2002.

OBJETIVO:
Verificar o impacto da mudança na prática de AF e no consumo
alimentar sobre a perda de peso em mulheres.

Dieta:
METODOLOGIA:
- redução da ingestão de gordura (20-30% QDR)
104 mulheres obesas
- ingestão de 1200 a 1500 Kcal/dia
Idade: 37,4 ± 5,3 anos Atividade Física:
IMC: 32,4 ± 3,8 anos - exercício progressivo
Intervenção: 18 meses - exercício já realizados pelas mulheres antes do
) estudo (100-200 min/semana)
Relationship of physical activity to eating behaviors
and weight loss in women.
Jakicic JM, Wing RR and Winters-Hart C.
Medicine and Science in Sports Exercise, 34(10): 1653-1659, 2002.

)
Relationship of physical activity to eating behaviors
and weight loss in women.
Jakicic JM, Wing RR and Winters-Hart C.
Medicine and Science in Sports Exercise, 34(10): 1653-1659, 2002.

)
Relationship of physical activity to eating behaviors
and weight loss in women.
Jakicic JM, Wing RR and Winters-Hart C.
Medicine and Science in Sports Exercise, 34(10): 1653-1659, 2002.

)
MUDANÇAS NA ATIVIDADE
FÍSICA & COMPORTAMENTO
ALIMENTAR
5 Perda de Peso - após 18 meses (Kg)

0 Modificação

-3,1 AF e CA alto
-5
Baixa AF e alta CA
-7

-10 -9,8
Alta AF e baixa CA

*
-11,5 AF e CA baixa
-15

AF – Atividade Física

) CA – Comportamento alimentar
*p<0,001
MUDANÇAS NA ATIVIDADE
FÍSICA & COMPORTAMENTO
ALIMENTAR
5 Perda de Peso - após 18 meses (%)

0 Modificação

-3,5 AF e CA alta
-5
Baixa AF e alta CA
-8,6 Alta AF e baixa CA
-10
-10,5
AF e CA baixa
-15 *
-13,2

AF – Atividade Física

) CA – Comportamento alimentar
*p<0,001
MUDANÇAS NA ATIVIDADE
FÍSICA & INGESTÃO
ALIMENTAR (kcal/dia)
5 Perda de Peso - após 18 meses (Kg)

0 Modificação

AF e IA alta
-5 -4,4
Baixa AF e alta IA
-7,7 -7,6
-10 Alta AF e baixa IA

*
-11,3 AF e IA baixa
-15

AF – Atividade Física

) IA– Ingestão Alimentar (Kcal/dia)


*p<0,003
MUDANÇAS NA ATIVIDADE
FÍSICA & INGESTÃO
ALIMENTAR (kcal/dia)
5 Perda de Peso - após 18 meses (%)

0 Modificação

AF e IA alta
-5 -4,7
Baixa AF e alta IA
-8,4
-10 -8,8 Alta AF e baixa IA

AF e IA baixa
-15 *
-13,2

AF – Atividade Física

) IA– Ingestão Alimentar (Kcal/dia)


*p<0,001
Relationship of physical activity to eating
behaviors and weight loss in women.
Jakicic JM, Wing RR and Winters-Hart C.
Medicine and Science in Sports Exercise, 34(10): 1653-1659, 2002.

Conclusão:

- a combinação entre mudanças no comportamento alimentar


e prática diária de atividade física teve maior impacto na
perda de peso em mulheres obesas.

- alterações somente na dieta ou na atividade física teve


menor impacto na perda de peso corporal.
)
OBJETIVO:
Verificar o efeito do treinamento com peso sobre o perfil
lipídico de mulheres.
AMOSTRA:
- 24 mulheres (27± 7 anos) sedentárias
- Sem alteração de ciclo menstrual
- Não fumantes
Grupo Experimental (N:12):
Tipo: exercício com peso progressivo

Tempo: 14 semanas

Duração: 45-50 minutos/dia

Freqüência: 3X na semana -
9%
Intensidade: 85% de 1RM - progressivo

Séries: 2X8 repts e 1 até a exaustão

Intervalo: 30s à 1 minutos

Exercícios: 8 (5 máq. 3 pesos livres)

Aquecimento: 60% 1RM


-
Grandes grupos musculares 14%

Grupo Controle (N:12):


-
- sem exercício com peso 14,3%

- atividades normais da vida diária


Mudanças com o Programa

Triglicérides (mmol/l)
%
% HDL (mmol/l)
13
7
8 5,9
6
2 4,7
3 5
4
-2
3
-7
2
-12 1
-14 0
-17
Controle Aeróbico

Controle Peso

*p<0,05 Prabhakaran et al. Effect of 14 weeks of resistance training on lipid profile and
body fat percentage in premenopausal women.Sports Medicine. 1999, 33:190-195.
Mudanças Após o Programa
(%)
Relação LDL-HDL % de Gordura
%
%
13 1
0,03
8 0
3 -1
-2 -2
-1,4
-7 -3
-12 -4
-17 -15,7 -5
-5
-22 -6

*
Controle Peso
*
*p<0,05 Prabhakaran et al. Effect of 14 weeks of resistance training on lipid profile and
body fat percentage in premenopausal women.Sports Medicine. 1999, 33:190-195.
CONCLUSÃO:

Os resultados demonstraram que o treinamento com peso de


14 semanas teve impacto positivo na redução do perfil lipidico
e no percentual de gordura em mulheres sedentárias.
OBJETIVO:
Verificar o efeito de uma dieta de baixa ingestão calórica associada ou
não ao treinamento com peso nos lipídeos sanguíneos de crianças
obesas.

AMOSTRA:
- 82 crianças obesas entre 8 e 11 anos
- 54 meninos e 28 meninas
- estágio maturacional pré-púbere (Tanner)
- composição corporal (DEXA)
EXERCÍCIO:
DIETA:
- treinamento com peso
- recordatório alimentar de 3 dias
- exercício: 8 grandes grupos musculares
- ingestão entre 900-1.200 Kcal/dia
- intensidade: 75-100% para 10RM
- ingestão de gordura: 20-25%
- treinamento em circuito com 20 estações
- ingestão de proteína: 25-30%
- 9 treinamento de força
- 11 exercício aeróbico (dança/caminhada)
Grupo 1 Dieta - intensidade aeróbico: 60-70% Fcmáx

Grupo 2 Dieta+exercício - duração: 75 minutos


-Aquecimento: 10 minutos
- peso: 20 minutos
- aeróbico+agilidade: 10 minutos
2,3% 0,9%
CONCLUSÃO:
- o grupo que realizou treinamento com peso associado à dieta
apresentou mais benéficos em relação a alteração nos lipídeos
sanguíneos do que somente o grupo que fez a dieta, mesmo sem
ter sido observada alterações no IMC.
Aerobic High-Intensity Intervals Improve
VO2máx More Than Moderate Training
Gerud JH, Hoydal K, Wang E, et alli.
Medicine and Science in Sports Exercise, 39(4): 665-671, 2007

OBJETIVO:
Comparar o efeito de diferentes intensidades do treinamento da
endurance aeróbica sobre o VO2máx.

AMOSTRA:
- 40 universitários não fumantes e com experiência em AF de lazer
Idade: 24,6 anos
Peso: 82 Kg
Aerobic High-Intensity Intervals Improve
VO2máx More Than Moderate Training
Gerud JH, Hoydal K, Wang E, et alli.
Medicine and Science in Sports Exercise, 39(4): 665-671, 2007
GRUPOS DE EXERCÍCIO:
1) Treinamento Contínuo de Longa Distância (LSD)
Corrida contínua 70% Fcmáx (137±7 bpm) durante 45 minutos
2) Treinamento no Limiar de Lactato (LT)
Corrida contínua 85% Fcmáx (171±10 bpm) durante 24 minutos
3) Treinamento Intervalado 15/15
47 repts de 15 seg. de corrida intervalada (95% Fcmáx [180/90±6 bpm]) com 15
seg/descanso/ativo [70% Fcmáx (140±6 bpm)]
4) Treinamento Intervalado 4X3 minutos
4 repts de 4 min. de corrida intervalada (90-95% Fcmáx (190±5 bpm) com 3
min/descanso/ativo [70% Fcmáx (140±6 bpm)]
Corrida na esteira com 5,3% de
inclinação 3X por semana durante 8 semanas
Aerobic High-Intensity Intervals Improve
VO2máx More Than Moderate Training
Gerud JH, Hoydal K, Wang E, et alli.
Medicine and Science in Sports Exercise, 39(4): 665-671, 2007

Resposta da FC vs Grupos

LSD: contínuo 70% FCmáx

LT: contínuo Limiar de


lactato 85% FCmáx

Intervalado 15/15 90-95% Intervalado 4/3 90-95% Fcmáx


Fcmáx
VO2máx X Intensidade de Corrida

Gerud et al., 2007


Aerobic High-Intensity Intervals Improve
VO2máx More Than Moderate Training
Gerud JH, Hoydal K, Wang E, et alli.
Medicine and Science in Sports Exercise, 39(4): 665-671, 2007
Aerobic High-Intensity Intervals Improve
VO2máx More Than Moderate Training
Gerud JH, Hoydal K, Wang E, et alli.
Medicine and Science in Sports Exercise, 39(4): 665-671, 2007

CONCLUSÃO:
A melhora do VO2, tanto absoluto como no relativo, foi
significativamente maior nos grupos de treinamento intervalado.
Esses resultados indicam que o treinamento intervalado seria uma
metodologia interessante para incrementos no VO2, em pessoas
que já praticam atividades físicas no tempo de lazer.
OBJETIVO:
Verificar o impacto de 7 sessões de treinamento intervalado de alta
intensidade durante apenas 2 semanas no metabolismo oxidativo de
gordura durante um treinamento contínuo moderado em mulheres.

METODOLOGIA:
- 8 mulheres que praticavam AF recreativa durante 2-3X na semana
- Idade: 22 anos
- Peso:65 Kg
- VO2pico 2,36 l/min
Protocolo de
exercício

1) Aeróbico: 60 min/bicicleta – 60% VO2pico – por 3 dias antes e depois do


treinamento intervalado.
2) Intervalado: 7 sessões realizadas em 13 dias com 1 dia de descanso
Sessões 10X4 min/bicicleta 90% VO – 2 min/descanso - progressivo
ENZIMAS MITOCONDRIAIS
CONCLUSÃO:
- A oxidação de gordura foi significativamente maior após 7 sessões
de treinamento intervalado.
- VO2pico aumentou 13% após treinamento intervalado (7sessões).
- A utilização de glicogênio diminuiu em 12% após 7 sessões de
treinamento intervalado.
- O treinamento intervalado aumentou a oxidação de gordura
corporal e a capacidade muscular de oxidação de gordura.
Effects of Resistance Exercise on Lipolysis
during Subsequent Submaximal Exercise
Goto K, Ishii N, Sugihara S, Yoshioka T.
Medicine and Science in Sports Exercise, 39(2): 308-315, 2007

Endurance:
60 minutos
Cicloergometro
50% VO2máx
Exercício de Força Associado ao Exercício Aeróbico: Efeito Lipolítico
e Influência do Período de Repouso
50
* * 23 anos / 174 cm / 70,6 Kg / %G 21,8

* 10 homens *
40
*
Oxidação da Gordura ( % )

30

20

10

0
0 - 15 min 15 - 30 min 30 - 45 min 45 - 60 min

RE 120 RE 20 Endurance
* p<0,05

20 min. 120 min.


Exercício resistido Exercício endurance
GOTO, K.et al. MSSE 39 (2): 308-315, 2007.
EFEITO AGUDO DO EXERCÍCIO NA PRESSÃO
ARTERIAL (HIPOTENSÃO PÓS-EXERCÍCIO)

NORMOTENSO HIPERTENSO
140 140
130 130
120 120

PAM (mmHg)
PAM (mmHg)

110 110
100 100 * * * *
90 90
80 80

Basal 15' 30' 60' 90' Basal 15' 30' 60' 90'
Pós-Exercício Pós-Exercício

Rondon MUPB et al. J Am Coll Cardiol 2002; 39(4): 676-682


HIPOTENSÃO PÓS-EXERCÍCIO
EFEITO DA INTENSIDADE DO EXERCÍCIO
90
88
86
PAM (mmHg)

84
82
80
78
*
76 *
74
Basal 15’pós- 30’pós- 60’pós- 90’pós-
exerc. exerc. exerc. exerc.
CONTROLE 30%VO2MAX
50%VO2MAX 80%VO2MAX
Forjaz et al. Braz. J. Med. Biol. Res. 31:1247-1255, 1998
HIPOTENSÃO PÓS-EXERCÍCIO
EFEITO DA DURAÇÃO DO EXERCÍCIO

95

90
* * *
PAM (mmHg)

85 *
80

75 * * *
* * *
70

65
Basal 15’ pós- 30’ pós- 45’ pós- 60’ pós- 75’ pós- 90’ pós-
exerc. exerc. exerc. exerc. exerc. exerc.

25 min. 45 min.

.
* = diferença significante do basal (p<0,05)
Forjaz et al, Arq. Bras. Cardiol. 70(2):99-104, 1998
RESPOSTA PRESSÃO ARTERIAL APÓS
O EXERCÍCIO RESISTIDO
Pós-exercício (min)
Pré 15 30 60 90
Diferença da PAD (mmHG)

0,0

-2,0 * *
*
-4,0

-6,0

-8,0 *
-10,0 *# *# *

40% CVM 80% CVM

Forjaz CLM e cols, Rev Bras Hipertens 10:11-124, 2003


EFEITOS HEMODINÂMICOS E VASCULARES
DO TREINAMENTO RESISTIDO:
Implicações na Doença Cardiovascular
Daniel Umpierre e Ricardo Stein. Arq Bras Cardiol. 89(4): 256-262, 2007
CONSIDERAÇOES
FINAIS
O exercício resistido tem sido inserido
progressivamente em programas de
prevenção e reabilitação cardiovascular.

As perspectivas de possíveis estudos


com avaliações de desfecho relevantes e
validados podem reforçar as informações já
consistentes que atualmente permitem
prescrições seguras para a prática desse tipo de
exercício por diferentes populações
RECOMENDAÇAO PARA O
TREINAMENTO COM PESOS
- DIABÉTICOS Tipo 2 -
1) Escolha de 8 – 10 exercícios para a maioria dos grupos musculares para
MMII e MMSS
2) Freqüência: 2-3 vezes por semana
3) Intensidade: RECOMENDAÇÃO
40-50% de 1-RM
aumentar a carga a cada 2-3 semanas
70-75% de 1-RM
4) Séries: 1-2 séries
5) Repetições: 12-15 reps com 60 s de intervalo entre exercícios e séries
6) Ordem: realizar primeiro os grandes grupos musculares e depois os menores
7) Observar os aspectos biomecânicos e as técnicas de movimento

Sánchez and Leon. Resistance Training for Patients with Diabetes Mellitus.
IN: Graves and Franklin. Resistance Training for Health and Rehabilitation, 2002.
CONTRA-INDICAÇÃO DE
TREINAMENTO COM
PESOS
Angina Pectoris instável
Hipertensão descontrolada
PAS > 160 e PAD >100 mmHg
Arritmia cardíaca
Capacidade aeróbica < 6 METS
Fração de ejeção cardíaca < 45%
Tromboflebite
Glicose sérica < 100 ou > 250 mg/dL
Sánchez and Leon. Resistance Training for Patients with Diabetes Mellitus.
IN: Graves and Franklin. Resistance Training for Health and Rehabilitation, 2002.
RECOMENDAÇÃO EM CASO
DE HIPOGLICEMIA EM
ATIVIDADE
Glicose < 100 mg/dL antes do início do exercício,
ingerir 15-20g de carboidrato e aguardar entre 15-30
min. Reavaliar. Glicose > 100 mg/dL iniciar a atividade
Sintomas durante o exercício, para imediatamente e
reavaliar o nível de glicose
Ingerir 15-30 g de carboidrato de absorção rápida
caso não seja possível mediar a glicemia
Consuma 15-30 g de carboidrato caso glicose sérica
< 60 mg/dL após exercício
Sánchez and Leon. Resistance Training for Patients with Diabetes Mellitus.
IN: Graves and Franklin. Resistance Training for Health and Rehabilitation, 2002.
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
E INTERVENÇÃO PARA O
DIABETES
REDUÇÃO DO RISCO DO DIABETES =
REDUÇÃO DA OBESIDADE & DCV
Prevenção/ tratamento de sobrepeso e obesidade
Manter o IMC abaixo da faixa de normalidade (21-23 Kgm2) e
evitar ganhos de peso > 5Kg na vida adulta.
Redução do peso voluntário em indivíduos em sobrepeso ou
obesos com deficiência de tolerância a glicose
Prática de atividade física aeróbica moderada-vigorosa por
pelo menos 30 minutos

Diabetes Care – Supplement (30): 1, S48-S65, 2007


RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
E INTERVENÇÃO PARA O
DIABETES
Garantir que a ingestão de gordura saturada não seja maior
que 7-10% total calorias.dia-1
Ingerir 5 porções de frutas e pelo menos 20g de cereais
Incentivar o consumo de sucos de frutas naturais
Consumo de álcool não é recomendado
Observar o consumo de colesterol, não superior a 200 mg.d-1
Não ingerir gorduras trans
Manter a ingestão de proteínas ao redor de 10-15% dia
Evitar snacks / petiscos entre ou substituição de refeições
Diabetes Care – Supplement (30): 1, S48-S65, 2007
CONCLUSAO – Prescrição de
Exercícios com Pesos para o Diabético

Exercícios com pesos resultam em


benefícios para o DM Tipo 2 pela maior
captação de glicose pelo músculo em
função do aumento da massa magra e
síntese de glicogênio.

Exercícios com pesos combinados com


exercícios aeróbicos e/ou com dietas para
redução do peso corporal apresentam
melhor efeito no controle glicêmico que
ambos isolados
FATORES DE ADERÊNCIA
AO EXERCÍCIO
Fazer do programa de exercício algo agradável, sendo
criativo
Determine intensidade, duração, freqüência programa
necessidade do paciente. Observe “over” “undertrain”
Exercícios em grupos são mais eficientes pelo suporte
social
Determine os objetivos e reforce a melhora
Escolha o local agradável e conveniente
Utilize música
Explique os benefícios da prática de exercícios
mostrando que o controle do diabetes repercute em
benefícios cardiovasculares

Sánchez and Leon. Resistance Training for Patients with Diabetes Mellitus.
IN: Graves and Franklin. Resistance Training for Health and Rehabilitation, 2002.

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