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Informações
complementares sobre
estudos longitudinais e
estudos de gémeos
A maioria dos nossos conhecimentos
actuais acerca do comportamento
anti-social resulta de estudos
longitudinais levados a cabo durante
as últimas quatro décadasƍ
(Loeber e Farrington)
CONTRIBUTO DOS þSTUDOS LONGITUDINAIS A NÍVþL Dþ

´ þstabilidade do comportamento anti-social


´ Trajectórias do desenvolvimento

´ Factores de risco

´ Processos envolvidos na continuidade desses

comportamentos

´ Factores de protecção e de desistência

´ Diferenças sexuais

´ Implicações para a investigação e para a intervenção


ESTUD DE C BRA (onseca et al)

´ ·  alunos (rapazes e ´ontes de informação:


informação pais,
raparigas) do 2º, 4º e º professores, os próprios alunos,
ano, vistos pela primeira vez registo escolar

Em ·2/

nstrumentos: Questionários
´nstrumentos
´  sub-
sub-grupo do 2º ano foi pais, professores, alunos,escalas,
visto 4 e  anos mais tarde entrevistas

´  sub-
sub-grupo do 4º ano ´Algumas das medidas incidiam
sobre comportamento anti-
anti-social
Está a ser visto,  anos mais
tarde
VANTAGþNS DOS þSTUDOS LONGITUDINAIS

´ þitar problemas de falhas mnésicas dos sujeitos

´ Reduzem os problemas de eniesamento retrospectio o


inestigador não sabe quem se ai tornar delinquente

´ Permitem separar os efeitos de idade e de coorte

´ Permitem traçar a história natural do comportamento anti-


social

´ Permitem identificar possíeis sequências causais


ALGUNS þSTUDOS LONGUTUDINAIS RþCþNTþS

Fergusson et al ´ ·  crianças, nascidas em


(1994, Nova Zelândia) ·


´ ðvaliadas aos 4 meses e aos 12
meses.
´ Seguidas anualmente até aos 15
anos.
´ Fontes de informações mãe,
criança, professor.
´ edidas delinquência, abuso
de substâncias e hiperactividade.
es & Fg  ´ á·· rapazes de  escolas,
(1961, Londres) originalmente com 8-
anos
´ ¢ontactados de 2 em 2 anos
até aos 32 anos e de novo aos
40 anos.
´ Fontes de Informações
pais, escolas, próprios
indivíduos e registos criminais.
´ nformação muito diversa,
incluindo diversas medidas do
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offitt et  ´ ·
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e
(1994, Dunedin, Nova ·
-

Zelândia) ´ °rimeira avaliação aos 3 anos
´ ðvaliadas bianualmente até aos
21 anos. O estudo continua.
´ Fontes de Informações
pais, professores, crianças e
outras.
´ edidas personalidade,
saúde, comportamento,
incluindo diversos tipos de
comportamento anti-social
LI ITAÇÕþS DOS þSTUDOS LONGITUDINAIS

´ Necessidade de grandes amostras

´ Problema da mortalidade dos sujeitos

´ Necessidade de técnicas estatísticas complexas

´ Difícil separar efeitos de tempo de medição e de idade

´ Necessidade de grandes recursos económicos e

humanos

´ Demora longa até aparecerem resultados de interesse


DADOS SOBRþ A þSTABILIDADþ þ A CONTINUIDADþ

´ Continuidade entre a infância e a ida adulta (g os


estudos de Robins, Farrington e Olweus)

´ Continuidade intergeracional

´ A estabilidade parece aumentar com a idade

´ Alguns dados do estudo de Coimbra


TRAJþCTÓRIAS ANTI-
ANTI-SOCIAIS

´ 6á diersos padrões de desenolimento anti-social

Trajectórias de conflito com autoridade (oposição)


Trajectórias do comportamento anti-social manifesto
Trajectórias do comportamento anti-social encoberto
Outras trajectórias

´ Alguns indiíduos aançam por mais que uma trajectória

´ 6á um período longo (7 anos) entre as primeiras


manifestações anti-sociais e os comportamentos delinquentes
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CO O þSTUDAR OS þFþITOS GþNÉTICOS

´ þstudos de família
´ þstudos de adopção
´ þstudos de gémeos
´ Outras combinações (g, gémeos adoptados)

Alguns estudos recentes têm utilizado também uma metodologia


longitudinal
(g o estudo longitudinal de adoptados no Colorado)
þSTUDOS Dþ GÉ þOS

´ Assentam no pressuposto de que se a semelhança


obserada nos pares for superior à dos pares D há
um efeito genético

´ Resultados mostram concordância mais eleada entre os


do que entre os D no comportamento anti-social
Alguns dados (Viding et al 200 )

´ Limitações

Dificuldade em controlar o efeito do meio nestes


estudos
Os participam juntos nos mesmos
comportamentos
Factores de risco do
comportamento anti
anti social
´ O que são factores de risco

´ O que são factores de protecção

´ Sua releância para uma abordagem

desenolimentista do comportamento anti social

´ A necessidade de estudos longitudinais

prospectios
6þTþROGþNþIDADþ DOS FACTORþS Dþ RISCO
Sociedade/
Indiíduo Família þscola/Pares
eio Ambiente
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(4)

Condição Superisão Colegas


Pobreza
médica/física fraca anti sociais

Temperamento þxposição à Desorganização do


Difícil iolência bairro

Impulsiidade/ Abuso/ Insucesso


Violência filmada
6iperactiidade Negligência escolar

Perturbações
þthos escolar Acesso fácil a armas
Psiquiátricas
Falta de
Influência de
6istorial de competências
bandos Discriminação social
agressões educatias dos
delinquentes
pais
Isolamento
Consumo de Droga Conflitos no casal social
Normas culturais
Rejeição pelos
Atitudes/Crenças Vinculação fraca
pares
faoráeis a uma
certa iolência
ALGUNS DADOS SOBRþ FACTORþS GþNÉTICOS

´6á sinais de predisposição genética para certas formas de

comportamento anti social (Viding et al, 200 )

´þfeito menor nos estudos mais recentes que nos estudos mais

antigos

´þfeito mais acentuado na criminalidade adulta do que na

delinquência juenil (e na criminalidade não iolenta do que na

iolenta?)

´þsse efeito aria em função dos instrumentos e fontes de obseração

´þsse efeito é indirecto


þSSA INFLUÊNCIA þþRCþ
þþRCþ Sþ ATRAVÉS Dþ

· Factores fisiológicos

2 Factores neuroendócrinos

3 Factores neuropsicológicos

4 Factores cognitios

 Factores de temperamento e de personalidade

 Atraés de patologias associadas


FACTORþS Dþ NATURþ A PSICOFISIOLÓGICA

´ þstudos longitudinais sobre o (baixo) ritmo cardíaco

´ Sobre a condutibilidade eléctrica da pele

´ Sobre a actiidade eléctrica do cérebro

cBurnett et al (2000)

´ A ideia dominante é a de que há diferenças a este níel,


que são preditoras do comportamento anti social

þstudo de Londres ou þstudo das Ilhas aurícias


Os estudos de Kruesi (·2)
FACTORþS NþUROþNDÓCRINOS

´ O papel das hormonas (g testosterona)

O estudo longitudinal de ontreal

O estudo de Dunedin (com raparigas)

O estudo de Cairns

´ O papel da serotonina

O estudo de Dunedin (relação entre serotonina e


comportamento iolento nos rapazes)

Os dados de outros estudos (g, Kruesi)

´ Outros factores (g baixo níel de cortisol)


DÉFICþS A NÍVþL DAS CO PþTÊNCIAS VþRBAIS

QI erbal mais baixo


i þstudos antigos vs estudos recentes

Atraso no desenolimento da linguagem


i Os estudos de agnusson e offitt

Dificuldades específicas de leitura


i Os estudos de aughan et a

Aguns dados do estudo de Coimbra


DÉFICþS NAS FUNÇÕþS þþCUTIVAS

Dificuldades de alterar estratégias de resolução de


problemas
i estudos com psicopatas, delinquentes juenis e
crianças anti sociais

Défices de auto controlo/ impulsiidade


i dados do estudo de Dunedin
i dados do estudo de Coimbra

O efeito da hiperactiidade/ problemas de atenção


i dados do estudo de Satterfield
6AVþRÁ U þFþITO þSPþCÍFICO DA 6IPþRACTIVIDADþ

Dados do estudo de Londres (Taylor)


A hipótese de Loeber

Coexistência de hiperactiidade e comportamento anti


social
i alguns dados de Coimbra
A especificidade desta constelação
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j
e 
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Tþ PþRA þNTO

Características do temperamento associadas


com o comportamento anti social
i irritabilidade
i oposição/birras
i desinibição
i instabilidade emocional

O conceito de temperamento difícil


i Os estudos de Schwartz, de Caspi e de Thomas &
Chess
(cf Caspi, 2000)
DÉFICþS SÓCI
SÓCI CGNITIVS

na fase de codificação
na fase de interpretação
na escolha de uma determinada resposta
na aaliação das suas consequências

s estudos longitudinais sobre esta questão são


ainda escassos e nem sempre conclusios
ODþLO SOCIO
SOCIO COGNITIVO DO CO PORTA þNTO ANTI
ANTI SOCIAL

°ercepção dos índices sociais


Processos de
°esquisa dos índices
descodificação
Focalização sobre os índices
o
ntegração de elementos memorizados, fins e novos dados
Processos de
°esquisa de interpretação
interpretação
Fazer corresponder os dados com as estruturas programadas
o
Processos de
°esquisa das respostas
procura de
°rodução de respostas potenciais
respostas
o
Processos de ðvaliação das consequências das respostas potenciais
decisão de ðvaliação da adequação das respostas potenciais
respostas Decisão da resposta óptima
o
Processos de °esquisa do reportório comportamental
codificação Emissão da resposta
OUTROS FACTORþS Dþ RISCO INDIVIDUAIS

´Idade (precoce) das primeiras manifestações anti


sociais

´Lesões cerebrais na fase pré natal e peri natal

(álcool,tabaco, droga,alimentação na gravidez)

´Problemas emocionais

´Abuso de álcool e droga

´Atitudes favoráveis ao comportamento anti social

´Insucesso escolar

i ðlguns dados do estudo de ¢oimbra


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SÍNTþSþ DAS DIFþRþNÇAS SþUAIS

´ ‰apazes são mais anti-sociais que as raparigas


´ Essa diferença tem diminuído nas últimas décadas

´ ð evolução é igualmente negativa nas raparigas:

- ðbandono escolar, promiscuidade sexual, fugas de casa,


consumo e abuso de droga, gravidez precoce

´ ðlgumas diferenças nos factores de risco/protecção (v.g., mais


emocionalidade negativa, menos autocontrolo e mais dificuldades de
aprendizagem nos rapazes. Factores de risco mais graves nos rapazes?)

´ Diferenças também nas consequências a médio e longo prazo


(v.g., mais problemas emocionais nas mulheres)

´ð trajectória de início precoce e persistente ao longo da vida é


mais frequente no sexo masculino
PROCþSSOS RþSPONSÁVþIS PþLA CONTINUIDADþ
C p e A
A S j
Processos eocatios
i o estudo de Van der Boom e 6oeksma

Processos pró actios


i o estudo de Coimbra e o estudo de Cairns

Processos reactios
i os estudos de Dodge e o estudo de Coimbra

M efe
ej

M j    e j  v
þFþITOS CU ULATIVOS RþSPONSÁVþIS PþLA
CONTINUIDADþ

þstádio
þstádio 4
þstádio 3
Carreira
þstádio 2 Delinquência
þstádio · criminosa
þntrada e
Sintomas Défice de para Consumo de anti
anti sociais aptidões grupo de droga social
académicas pares
Oportunidades
Desobediência desiante
¢oercivo ‰ejeição pelos limitadas de
Evitamento trabalho e
pares Depressão relacionamentos
‰ejeição pelos ðtitude
pais anti-social
Baixa auto-
estima
(°atterson, 1992)

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SÍNTþSþ DOS FACTORþS Dþ RISCO INDIVIDUAIS

´ ºostram continuidade no comportamento anti-social


´ ‰evelam diferentes padrões de desenvolvimento

´ ð continuidade desses comportamentos depende do equilíbrio entre factores de


risco e factores de protecção

´ Há vários processos envolvidos nessa continuidade

´ ðs características da criança desempenham um papel importante nesses processos

´Esses factores de risco são muito variados

´Há um efeito cumulativo e um efeito de interacção

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BIBLIOGRAFIA

Caspi, A (2000) A criança é o pai do homem continuidades na


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ºcBurnett, K., Naguib, K., & brown, K. (2000). Substratos biológicos dos
distúrbios do comportamento anti-social em crianças e adolescentes.
evista portuguesa de pedagogia, ano XXX (1,2,3), 37-64.
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