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Biografia
• António Lobo Antunes, escritor que leva já quinze obras
publicadas, nasceu em 1942, em Lisboa, na zona de Benfica;
• Licenciou-se na Faculdade de Medicina, em Lisboa, afirmou ter
ido para medicina por acaso;
• Especializou-se em psiquiatria por pensar que era parecido com
literatura;
Biografia
• Parte da sua experiência clínica foi praticada em Angola,
durante a Guerra Colonial;
• Foi, sensivelmente, a partir de 1985 que Lobo Antunes se
dedicou quase exclusivamente ao ofício da escrita;
• Os temas abordados nas suas obras são a Guerra Colonial
(essencialmente nas primeiras); a morte; a solidão; a frustração
de viver/não amar;
Biografia
• A sociedade urbana da média burguesia é a mais retratada nos
seus livros, uma vez que esta sociedade caracterizou o seu
próprio ambiente familiar. Deste modo, o autor tem
necessidade de partir duma base real para a criação das suas
obras;
• Embora dedique a sua vida à escrita, costuma ir muitas vezes ao
hospital: "vou ao hospital trabalhar só para não me sentir
maluco, porque escrever é uma coisa muito solitária e às vezes,
é preciso ver outras pessoas."
Bibliografia
• Memória de Elefante, 1979;
• Os Cus de Judas, 1979;
• Conhecimento do Inferno, 1980;
• Explicação dos Pássaros, 1981;
• Fado Alexandrino, 1983;
• Auto dos Danados, 1985;
• As Naus, 1988;
• Tratado das Paixões da Alma, 1990;
• A Ordem Natural das Coisas, 1992;
• A Morte de Carlos Gardel, 1994;
• O Manual dos Inquisidores, 1996.
Bibliografia
• O Esplendor de Portugal, 1997;
• Livro de Crónicas, 1998;
• Exortação aos Crocodilos, 1999;
• Não Entres Tão Depressa Nessa Noite Escura, 2000;
• Que Farei Quando Tudo Arde?, 2001;
• Segundo Livro de Crónicas, 2002;
• Segundo Livro de Crónicas, 2002;
• Eu Hei-de Amar Uma Pedra, 2004;
• Terceiro Livro de Crónicas, 2006;
• Ontem Não Te Vi Em Babilónia, 2006;
• O Meu Nome É Legião, 2007;
Bibliografia
• O Arquipélago da Insónia, 2008;
• Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra No Mar?, 2009;
• Sôbolos Rios Que Vão, 2010;
Memória de Elefante
• Como já tivemos oportunidade de observar antes, este foi o
primeiro livro de António Lobo Antunes em 1979, este livro é
uma testemunho autobiográfico, ou seja, este livro conta-nos
um dia na vida de um psiquiatra, desde que começa uma
jornada de trabalho até à alvorada do dia seguinte, um homem
angustiado por uma variada ordem de factores: a mal explicada
separação da sua mulher e duas filhas, a frustração profissional
no exercício da psiquiatria no mesmo hospital onde trabalhara o
seu pai, a solidão e o desespero, o jogo como fuga à realidade,
os fantasmas do passado (guerra e infância), a procura de uma
voz para a sua escrita ou, em poucas palavras, a terrível procura
de si mesmo.
• Este médico psiquiatra após a separação da sua mulher e filhas,
mergulha num estado depressivo profundo. Incapaz de resolver
as suas angústias, vive o tormento de ter de si uma imagem
distorcida, sente-se um homem acabado, melhor ainda,
julgando-se indigno da sua própria mulher. Provavelmente terá
sido a sua instabilidade emocional, que o levou a afastar-se da
família. Invoca, exaustivamente, recordações de um passado
que teimam em permanecer vivas, luta por conjurar as imagens
que se lhe impuseram aos olhos de forma tão desumana.
• No meio deste turbilhão emocional, que descamba num mar de
reflexões, sobressai a admirável forma com que o médico
descreve as confusões da mente humana. A linguagem obtusa
que aqui e ali pontua o discurso serve, tão-só, para derramar
um mar de raiva contida, que deveria ter sido expulsa no seu
devido tempo.
Algumas Citações
• “Só vale a pena escrever se tiver a convicção profunda de que
tem de ser o melhor. Sabendo que, no fundo, é apenas o elo de
uma corrente que começou muito antes de si e acabará muito
depois.”
• “Precisava de ter dez vidas: oito para escrever, uma para ser
médico e outra para escrever sobre teoria da literatura.”
• “Precisava de ter dez vidas: oito para escrever, uma para ser
médico e outra para escrever sobre teoria da literatura.”
António Lobo Antunes
“Há mais artistas do que
obras de arte.”
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