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Abordagem psicológica

do paciente com dor

Jamir Sardá Jr.


Bsc, Psicólogo, MSc, PhD
Introdução

 Multidimensionalidade da dor crônica

 Evidências

 Tipos de intervenção
Teoria do Controle de Portais

P e rc e p ç ã o
d a D o r
R e açã o a D o r D o r

C é re b ro

P a s s a g e n s a b e rta s

P a s s a g e n s a b e rta s
p a ra a D o r
D o r b lo q u e a d a

M e d u la E s p in h a l

S in a is d o n e rv o
q u e che ga m P a s s a g e n s fe c h a d a s
a t é a M e d u la E s p i n h a l

A TCP estabeleceu um novo paradigma ao enfatizar a


importância da modulação realizada pela espinha
medular, sistema nervoso central e hipotálamo, nos
processos dolorosos (iniciados nas fibras G e P, SG e células T)
Fatores biológicos
podem iniciar, manter
ou modular
perturbações físicas,
fatores psicológicos Ambiente
influenciam a avaliação
e percepção de sinais Comportamento [adoecer]
fisiológicos e fatores
sociais vão dar a forma Sofrimento
as respostas
Percepção da
comportamentais do dor
paciente sobre a sua
percepção de suas Nocicepção

perturbações físicos (Turk,


1996). Modelo biopsicossocial de dor
(Flor and Hermann, 2004; Waddell, 1998)
Engel (1977) modelo biopsicossocial de saúde

Modelos e evidências da existência de


uma relação dinâmica entre:
mudanças biológicas
estado psicológico

contexto social

Enfatizando que estes fatores têm papéis


distintos:
na dor crônica
incapacidade

desajuste emocional

Loeser (1980), Flor, Birbaumer e Turk (1990), Waddell (1998) e Flor e Hermann (2004)
 Prevalência de dor crônica de 20% na pop. > incidência em
determinados grupos. Limitação ou incapacidade em 10% (Harstall e Ospina,
2003; Blyth et al., 2001).
■ Relação entre dor crônica e incapacidade não é universal e
unidimensional.
■ 34% das pessoas livres de dor apresentam uma anormalidade em
exames de imagem (Jensen et al., 2004);
 Estudos sobre dor cervical e pescoço demonstram que não existem
diferenças na intensidade da dor e incapacidade entre pacientes com
ou sem degeneração da espinha cervical (Peterson et al. 2003);
 Recuperação espontânea de hérnia discal (Ellenberg,et al. 1993);
 85% dos caso de dor na coluna lombar em trabalhadores não
apresentam causas específicas: fraturas, tumores, infecções, doenças
inflamatórias ou outra anormalidade estrutural (IASP task force);
 Efeito placebo;
 Fatores psicológicos e comportamentais predizem capacidade funcional,
enquanto fatores físicos ou médicos parecem ser de pouca ajuda (Grossi et
al. 1999; Schultz et al. 2002).
Fatores psicossociais
 Ansiedade, estresse e depressão participam da transição
de dores agudas para crônicas e na manutenção destas
(Linton, 2000; Pincus et al., 2002).

 Pensamentos catastróficos, desesperança, baixa auto-


eficácia, estratégias de enfrentamento passivas, reduzida
aceitação da dor e evitação podem contribuir para a dor,
incapacidade física e desajuste emocional (Keefe et al., 2004; Turk
and Okifuji, 2002).

 Inexistência de evidências da contribuição de fatores


referentes a personalidade associados a etiologia da dor
(Gansa, 1994).

 Presença de aspectos sócio-demográficos.


Redução
de Atividades
Deterioração física

(descondicionamento)

Crenças
e Pensamentos

Dor Crônica Sofrimento


Sentimentos de
Falhas excessivo
desesperança,
nos depresão,
tratamentos irritabilidade

Uso prolongado
de medicamentos
Efeitos colaterais
(constipação, letargia)

Perda de emprego,
dificuldades financeiras
e familiares

Repercussões da dor crônica e problemas associados


(Nicholas, 1996 Adaptada por Sardá, 2007)
Figura 3 Modelo Evitação-Medo (Vlaeyen, 1995)

Lesão
Desuso
Depressão
Incapacidade Recuperação

Evitação
Hipervigilância
Experiência Confrontação
Evitação dolorosa
Medo
relacionado a dor

Catastrofização Ausência
da dor de medo

Confrontação
Afetividade negativa
Informação ameaçadora de doença
Quando encaminhar para um psicólogo?
 Etiologia psicológica da dor.

 Quando os sintomas apresentados pelo paciente são maiores que os


esperados pela avaliação clínica ou imagens (Tollison e Hinnant, 1996).
 Entender o papel de diversos fatores no desenvolvimento, modulação
e manutenção da dor.

 Necessidade de identificar aspectos psicológicos e comportamentais


envolvidos na dor, sofrimento, incapacidade e respostas ruins ao
tratamento (Turner e Romano, 1999).

 Quando o paciente apresenta incapacidade moderada ou severa,


interferência na habilidade do paciente em realizar atividades
rotineiras (ex: trabalho, atividades sociais), quando houverem sinais
de estresse, uso excessivo de medicação ou drogas, uso excessivo do
plano de saúde, falhas sucessivas em tratamentos (Tollison and Hinnant, 1996).
Em função das características multidimensionais
da dor crônica e das evidências existentes
enfatizadas pelo modelo biopsicossocial sobre a
relação entre diversos fatores mediadores da
dor, incapacidade e estresse psicológico é
importante identificar e atuar sobre estes

fatores (Turk and Monarch, 2002).


Modelos de intervenção

 Baseado nos princípios da TCC, principalmente na


resolução de problemas, aumento da auto-eficácia,
redução da incapacidade (Flor, 1990; Nicholas, 1996).

 Modelo de escola de coluna, fibromialgia (de Souza et al., 2009).

 Programas da Univali: intervenção combinada da fisio


com a psicologia (Sthuler, 2009).

 Clínicas de dor
Outras possibilidade de intervenção

 Psicoeducação;

 Aconselhamento;

 Biofeedback;

 Hipnoterapia;

 Meditação;

 Relaxamento;

 Terapia em grupo interdisciplinar;


Obrigado

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