Sistema Respiratório Enfermagem Perioperatória. Prof. Mss. Camila Barros de Miranda
Acadêmicos: Adellâynne Gomes
Gleisson Rosa Juliana Oliveira Natalha Gomes Prisciany Espindola Ramon Barreto Sistema Respiratório Possui como função: Trocas de gases entre a atmosfera e o sangue; Regulação homeostática do ph corporal; Proteção contra substâncias irritantes e patógenos inalados; Vocalização; Revisão Anatômica do Aparelho Respiratório Nariz e cavidade nasal Faringe Laringe Traquéia Pulmão direito Pulmão esquerdo Alvéolos Diafragma Nariz e cavidade nasal O nariz desempenha importante papel no sistema respiratório, cabendo a ele a ele a função de umidificar, aquecer e filtrar o ar inspirado. Faringe É uma cavidade fibromuscular afunilada com cerca de 15 cm de comprimento. Divide-se em 3 partes: Nasofaringe, Orofaringe e Laringofaringe; Tem como funções: Filtrar o ar; Umedecer o ar; Elevar a temperatura do ar, se necessário; Pulmões Pulmão direito - constituído por 3 lobos: superior, médio, inferior. Pulmão esquerdo – constituído por 2 lobos: Lobo superior e inferior A função principal do pulmão é a hematose, na qual tanto o oxigênio como o dióxido de carbono atravessam a barreira sangue-ar, em forma passiva, por diferenças de concentração (difusão) entre as duas fases. Diafragma O diafragma é um músculo estriado esquelético em forma de cúpula e principal responsável pela respiração humana (também é auxiliado pelos músculos intercostais e outros músculos acessórios); Pleurodese A pleurodese, induzida por estímulos químicos, foi realizada, pela primeira vez, no início do século passado. A pleurodese consiste na indução de um processo inflamatório na superfície pleural, que tem como objetivo o encerramento do espaço pleural. Para que tal aconteça é necessária a remoção completa de ar ou líquido desse espaço, de modo a manter a pleura visceral e parietal em contacto próximo. Indicações As principais indicações da pleurodese são os derrames malignos e o pneumotórax, nos casos de efusão pleural onde ocorre o reacumulo rapidamente ou repetidamente, Derrame pleural livre (não septado) e periférico (decorrente da inflamação da superfície pleural). Menos comuns são as indicações relacionadas com os derrames benignos resistentes à terapêutica médica. Pneumonectomia - Indicações Doentes com enfisema localizado têm, na cirurgia, uma opção terapêutica bem estabelecida, pela perspectiva de ganho funcional pulmonar imediato, com a ressecção das lesões. Atualmente, são encaminhados à cirurgia os doentes com sintomas clínicos, os que apresentam bolhas maiores do que 30% do volume da cavidade pleural, e aqueles nos quais há tendência de crescimento das lesões, demonstrada em radiografias seriadas. São recomendadas ressecções pulmonares econômicas no seu tratamento. Técnica Operatória A técnica operatória é fator importante para o sucesso do programa. Os seguintes pontos devem ser cuidadosamente observados: Anestesia Durante a anestesia, se necessário, dar preferência, sempre que possível, a hipercapnia do que a hiperventilação com aumento da hiperinsuflação. Cateter epidural torácico alto colocado no pré-operatório imediato para uso inicial de marcaína e morfina, permitindo, dessa forma, o uso de mínimas doses de drogas anestésicas. Via de acesso A escolha da via de acesso é decisão do cirurgião. Atualmente, são utilizadas a esternotomia mediana, a toracotomia bilateral e a videopleuroscopia com operações pouco invasivas. Esternotomia mediana Permite acesso bilateral simultâneo. Suas limitações principais são o tratamento inadequado de aderências pleurais não previstas no pré-operatório e as ressecções de segmentos em lobo inferior esquerdo. Toracotomia bilateral anterior Permite acesso bilateral simultâneo. Há boa apresentação das estruturas intratorácicas. A morbidade pós- operatória nas toracotomias é, geralmente, maior do que as observadas nas esternotomias medianas. Pode ser feita com ( clam- shell ) ou sem secção transversa do esterno. Videopleuroscopia com operações pouco invasivas Permite acesso bilateral seqüencial no mesmo ato operatório, por meio de incisões limitadas e com pequena agressão ao arcabouço osteomuscular. A morbidade operatória tende a ser menos intensa do que as verificadas nas esternotomias e toracotomias, pois as alterações funcionais são rapidamente resolvidas nos primeiros dias de pós-operatório. Redução do volume pulmonar O pulmão mais comprometido deve ser tratado em primeiro lugar. Os tempos e princípios operatórios devem ser respeitados nos dois hemitórax: Liberação dos ligamentos pulmonares inferiores: devem ser feitos para facilitar a acomodação do pulmão operado na cavidade pleural. Teste de aerostasia das suturas. Caso haja perda aérea, pode-se utilizar novamente a sutura mecânica, associar cola biológica ou laser para minimizar a perda aérea. Revisão e fechamento Colocação de dois drenos torácicos (28 e 32 FR, anterior e posterior, respectivamente) em cada hemitórax. Fechamento das pleuras mediastinais o mais completamente possível (apenas nas esternotomias medianas), fechamento da parede torácica e desintubação na sala de operação ou na recuperação anestésica. Traqueostomia Historicamente,a traqueostomia foi desenvolvida para promover a desobstrução das vias aéreas. Com os avanços técnicos atuais, tais como laringoscópio e broncoscópio de fibra ótica, as indicações tradicionais da traqueostomia (como por exemplo a epiglotite aguda e obstruções tumorais) sofreram uma grande mudança. Indicações Obstrução das Vias Aéreas; Traumas; Queimaduras e Corrosivos; Corpos Estranhos; Anomalias Congênitas; Infecções; Neoplasias; Apnéia do Sono; Limpeza das Vias Aéreas; Suporte Ventilatório; Técnica Operatória Após a assepsia e anti-sepsia do campo operatório, realiza-se a infiltração anestésica do campo operatório. A incisão deve ser transversal, com 3 a 5 cm, a uma polpa digital abaixo da cartilagem cricóide. Após a abertura da traquéia, o tubo endotraqueal, quando presente, é cuidadosamente tracionado até um nível justamente acima da incisão traqueal, mas não retirado; a traquéia é então aspirada para a remoção de sangue ou secreções, e a cânula traqueal, já previamente selecionada e testada, é introduzida na luz traqueal Deve ser feita a imediata checagem de sua posição e perviedade. A ferida é fechada com pontos esparsos, para evitar complicações precoces, como enfisema subcutâneo, abscesso periostômico ou celulite. Fixa-se a cânula de traqueostomia com uma fita ao redor do pescoço. Adenoidectomia A Adenoidectomia é a remoção cirúrgica das glândulas adenóides da região entre as vias respiratórias e a parte posterior da garganta (nasofaringe). A adenoidectomia é realizada, com freqüência, juntamente com a remoção cirúrgica das amígdalas. Indicações Caso as adenóides aumentadas estiverem obstruindo as vias respiratórias, o que pode ser provável caso a criança: ◦ Tenha adenóides aumentadas; ◦ Ronque em excesso; ◦ Tenha problemas respiratórios no nariz (obstrução nasal); ◦ Tenha episódios de ausência de respiração durante o sono (apnéia do sono); A adenoidectomia pode ser recomendável caso a criança tenha infecções de ouvido crônica; Tenha ataques crônicos ou repetitivos de amigdalite; A adenoidectomia raramente é necessária após a chegada da adolescência. Técnica Operatória Insere-se um tubo respiratório pela boca e garganta da criança em sono profundo e livre de dores (sob anestesia geral). Insere-se também um pequeno instrumento que vai manter a boca da criança aberta. Remove-se o tecido adenóide e controla-se o sangramento. Após a cirurgia, criança vai permanecer na sala de recuperação até que acorde e esteja apta a respirar com facilidade, tossir e deglutir. A maioria das crianças tem alta em questão de horas após a cirurgia. Expectativas após a cirurgia: A maioria das crianças tem menos problemas respiratórios no nariz, assim como menos episódios de dor de garganta e infecções do ouvido após a adenoidectomia. Mesmo que o tecido adenóide cresça novamente (o que é raro), normalmente não acarretará problema nenhum. Convalescência: Via de regra, a adenoidectomia é um procedimento ambulatorial. A recuperação completa leva de 1 a 2 semanas. Durante o período de recuperação, a criança pode vir a apresentar congestão nasal, drenagem nasal e dor de garganta. Para ajudar a aliviar o mal-estar na garganta, aconselha-se o consumo de bebidas e alimentos frios e de fácil ingestão. Cuidados no Período Pré-operatório Essa fase começa com a internação do paciente para a cirurgia e termina no ato cirúrgico. O objetivo da assistência é promover o melhor estado físico e psicológico do cliente, visando evitar complicações no período pós-operatório. O conteúdo do ensino pré-operatório deve incluir informações sobre, procedimentos para a preparação cirúrgica, a seqüência de eventos pela a qual o cliente será submetido, o tipo de incisão prevista, hora da cirurgia, medicação pré-anestésica, as expectativas quanto a participação do cliente, a função dos vários membros da equipe hospitalar. Cuidados no Período Pós-operatório O pós-operatório imediato tem seu início na sala de recuperação pós-anestésica, lá, ele recebe acompanhamento direto, e depois da estabilização de seu estado, tem alta dessa unidade e é levado para o seu leito de origem. Os cuidados de enfermagem na assistência ao paciente no pós-operatório são direcionados no sentido de restaurar o equilíbrio homeostático, prevenindo complicações. Obrigado!!