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Carta à sexóloga
Folha de São Paulo ± caderno ³Folhateen´
(dirigida à sexóloga Roseli Sayão)

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mdolescência
‡ m roximadamente entre 14 e 20 anos ara os ra azes e dos 12 aos
18 ara as moças nos aíses frios, e com uma variação ara mais
cedo nos tró icos.
‡ mlterações físicas (a voz nos ra azes, o desenvolvimento dos ossos
da bacia e dos seios nas moças).
‡ Surgimento do interesse sexual .
‡ Surgimento de conflitos como insegurança, ansiedade, timidez,
instabilidade, angustia.
‡ m infância e a juventude do ser humano são os mais longos
existentes entre os animais. Porque? Tem como meta re arar o ser
ara toda a existência.
‡ O es írito traz as matrizes das existências assadas. m educação
deve corrigir erros e a rimorar acertos.
-ue jovens estão sujeitos a estas ressões?
Evidentemente estamos falando dos filhos dos outros...
Senhores pais, perdoem-
perdoem-
me a dureza da revelação,
mas ela é necessária:

Seu filho(a) tem sexo!


Sexo não é ecado !

‡ Diferente das drogas, do fumo, do álcool, que


são criações humanas. O sexo é criação de
Deus. Portanto divino, uro e bom.
‡ Não nos cabe mais a visão medieval do sexo- ecado.
‡ Ou a moral farisaica, hi ócrita, que vem vigorando até hoje.
‡ Sexo é a única forma de reservação da raça humana e de todas as
outras.
‡ mlém da reservação da es écie, é fator de união entre um homem e
uma mulher, fonte de razer e um dos su ortes da união entre
casais.
‡ E aí começa a controvérsia... De que casais falamos?
Sexo não é ecado !

‡ Só ara os casados? Solteiros não odem?


Namorados também não? -uando é a hora
certa ara a iniciação sexual?
‡ Casamento é convenção humana (LE - 695)
‡ Não há idade estabelecida ara a iniciação sexual.
‡ Mas há fatores a analisar sob ena de dissabores futuros...
‡ Potencialmente, toda relação sexual ode resultar em gravidez. Não
há método 100% eficaz.
‡ Muitos não imaginam a força dos vínculos criados na comunhão
sexual.

m iniciação sexual ocorre em ³média´ aos 14 anos entre os


meninos e aos 15 anos entre as meninas.
Mães solteiras com idade de 15 a 19 anos dão à luz a 1 milhão de
bebes or ano. ˜ 
  
 
O código do ³ficar´
O ³ficar´ tem suas ró rias regras.
(Enquête realizada ela revista Ca richo)
‡ m maioria acha normal ficar com mais de uma essoa numa noite.
Mas há limites. Três ³ficantes´ or balada já está de bom tamanho.
‡ Nem ense em ficadas em festa de família. Isto não é coisa ara ser
resenciada elo ai e ela mãe.
‡ Uma em cada duas meninas diz que a ousadia é o beijo. Uma em
cada três não vê roblemas se houver carícias. m ex ectativa de
quatro em cada dez meninos é que a ficada acabe em transa.
‡ m maioria dos jovens não vê roblemas se encontrar o ³ficante´ da
balada com outro ar no dia seguinte.
‡ m ³ficada´ só vira namoro se houver conversa formalizando a
situação. Ficar com a mesma essoa várias vezes não é sinal de
com romisso.
Namoro
‡ Nós conhecemos uma série de essoas
interessantes. Paqueramos... Escolhemos uma
que faz o coração bater mais forte. Passamos a
conviver com ela mais intimamente. Vamos a
um monte de lugares. Fazemos um monte de coisas juntos e aí...aí?
‡ E aí nada. É assim mesmo. Namoro é bom, sadio e necessário.
‡ -ual a idade correta?
‡ Não existe regra. Cada um amadurece de forma diferente. m idade
não recisa ser fator ara determinar o inicio do namoro, mas ara a
adoção de regras ara ele.
‡ E quanto ao sexo? É ermitida a comunhão sexual entre namorados?
‡ Res ondamos de forma diferente: Ela não é obrigatória. Você não é
obrigado a ³transar´, só orque todo mundo transa.
Namoro e Sexo
‡ Encarar o assunto de frente com os filhos. Res onder as dúvidas
com a maior trans arência ossível, na medida que surjam.
‡ O que im orta é que a res osta venha de casa, senão a rua será a
rofessora...
‡ Devolva a res onsabilidade: Você está re arado ara assumir as
res onsabilidades de ordem física e emocional?
‡ Os filhos não recisam de informação, mas de formação. Este deve
ser o tom das conversas a res eito.
‡ m lei de causa e efeito, devidamente colocada, funciona como busca
ao equilíbrio.

³Sexo sem amor é agressão brutal na busca do razer de efêmera


duração e de resultado desastroso, or não satisfazer nem acalmar.´
± Joana de Ângelis, ³mdolescência e Vida´, ág 22.
Namoro e Sexo
³Não roibição, mas educação. Não abstinência im osta, mas em rego
digno, com o devido res eito aos outros e a si mesmo. Não
indisci lina, mas controle. Não im ulso livre, mas res onsabilidade.
Fora disto, é teorizar sim lesmente, ara de ois a render ou
rea render com a ex eriência.´ ± Emmanuel, ³Vida e Sexo´,
introdução.

³Em nenhum caso, ser-nos-á lícito subestimar a im ortância da energia


sexual... criatura alguma, no lano da razão, se utilizará dela, nas
relações com outra criatura, sem conseqüências felizes ou infelizes,
construtivas ou destrutivas, conforme a orientação que se lhe dê´. ±
Emmanuel, Vida e Sexo, ág 27.

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m abstinência é resolvida a qualquer momento, mas a reci itação não
tem volta. V

     
 
ms vezes as coisas não saem
como lanejadas...
mborto
‡ Crime ca itulado no artigo 124 do Código Penal Brasileiro.
‡ Se isto fosse suficiente ninguém faria.
‡ Chegam anualmente a rede ública de saúde 300.000 casos de
atendimento em conseqüência do aborto (Folha de São Paulo,
29/09/1996).
‡ Salvo raras exceções, ninguém aborta orque quer (há essoas que
se dizem ³donas do cor o´...)
‡ mlternativa deses erada, conseqüência máxima do reconceito e da
solidão.
‡ Pais que fecham as ortas aos filhos diante de uma gravidez
indesejada, são mais frios e inconseqüentes do que as mãos que
em unham a cureta.
‡ Não que a gravidez reci itada seja momento de comemoração, mas
é com certeza hora de rofunda reflexão.

Vspiritismo: Esclarece causas e conseqüências, am ara, conforta.


ms vezes as
coisas não
andam
bem...
Drogas
‡ refinição: Segundo o dicionário murélio, droga é qualquer
substância alucinógena, entor ecente ou excitante,
utilizada com a finalidade de alterar transitoriamente a
ersonalidade.
‡ ms roibidas or lei, e desa rovadas ela moral social:
Maconha, crack, cocaína...
‡ ms que a lei rotege, a farisaica moral social
incentiva, ou faz que não vê: mnfetaminas,
calmantes, fumo, álcool.
‡ -uantas famílias de seu relacionamento
foram destruídas e abaladas ela cocaína ou
maconha?
‡ E quantas elo álcool?
Drogas - Álcool
‡ mlcoólatra: É todo sujeito que bebe freqüentemente qualquer es écie
de bebida alcoólica, e que com a mesma freqüência, afirma que ára
quando quiser.
‡ 38% dos jovens universitários brasileiros já usaram drogas ao
menos uma vez.
‡ Incluído o álcool o número sobre ara 90,1% (Fonte: Gru o
Interdisci linar de Estudos de Álcool e Drogas - Hos ital das Clinicas
± SP)
‡ Pais que bebem, tem boas chances de serem
seguidos or seus filhos, restando a enas
torcer ara que eles saibam o momento de
arar.
‡ ³m vinculação alcoólica escraviza a mente
desarmonizando-a e envenena o cor o
deteriorando-o´.
Joana de Ângelis, ³S.O.S. Família´
-ual a idade do rimeiro
contato com as drogas?
Substância < 11 De 11 a De 14 a De 17 a
anos 13 anos 16 anos 20 anos

aabaco 17.3 29.5 48.8 4.4


Álcool 34.7 30.6 31.6 3.2
Solventes 9.4 25.2 60.7 4.7
Medicamentos 10.2 8.3 63.0 18.5
Maconha 1.6 6.4 66.1 25.8
Cocaína -x- 7.4 51.8 40.7
Alucinógenos -x- 6.3 62.5 18.8
Opiáceos 12.5 -x- 66.6 33.3
Fonte: Dissertação de mestrado do ediatra Gilson Maestrini Musa, na
Universidade de São Paulo ± úblico alvo: Jovens em Ribeirão Preto.
Drogas X
Educação e mmor
‡ Na origem de toda viciação estará algum desequilíbrio,
tentando ingenuamente ser esquecido, su erado, ou até
mesmo castigado, envolvendo na maioria das vezes, os
membros da família.
‡ Pais que se amam, se res eitam, dão exem los de conduta
digna, dão a devida atenção aos filhos, dificilmente
incorrerão em roblemas desta ordem.
‡ Pais que buscam a fuga da realidade...
‡ Estabelecer limites aos jovens é
im rescindível ara uma formação sadia.

Sugestão de como abordar o assunto:


Procure um drogado feliz ara ver se você acha...
Drogas
‡ Cuidado com o Ecstasy.
‡ Não se deixe iludir: Não existe felicidade química.
‡ Você é feliz ou não conforme sua maneira de encarar a
vida.

³m juventude é quadra rimaveril dos sonhos e das ambições,


das sensações e aixões desordenadas, que
devem ser canalizadas ela educação
objetivando a felicidade. -uando isto não
ocorre, se transforma em verão de deses ero
ou inverno de angústias erturbadoras´.
Joana de Ângelis, ³mdolescer´, introdução.
ms vezes o erro é
fatal.
mIDS
‡ 20% dos atendidos ela Casa da mIDS, mantida
elo Hos ital das Clinicas da Universidade de
São Paulo, foram infectados entre 15 e 18 anos.
‡ Princi ais formas de contágio: Sexo romíscuo e uso
com artilhado de drogas injetáveis.
‡ m mIDS nasceu do desres eito do ser humano or si ró rio e elo
semelhante.
‡ O HIV ode até atravessar o látex da camisinha !

³m ignorância res onde or males incontáveis que afligem a criatura


humana e confundem a sociedade. Igualmente erversa é a
informação equivocada, destituída de fundamentos éticos e
carente de estrutura lógica.´ ± Joana de Ângelis, ³mdolescência e
Vida´, ág 18.
Informação X Emoção
‡ O jovem atual tem a dis osição muita informação: TV,
cinema, revistas, internet, etc. Há muito esclarecimento sobre
drogas e sexo. Mas nem sem re usa esta informação. Por que?
‡ ms res ostas se voltam ao mundo antanoso das emoções.
‡ Sexo: Medo de falhar; mngustia de não saber fazer; Vergonha;
Timidez; Sensação de que a aixão ³imuniza´ contra tudo e todos;
Tentativa de um acto de fidelidade.
‡ rroga: Pressão dos amigos; Desejo de ex erimentar sensações
diferentes; O desafio; m transgressão das regras; O alívio de uma
angústia; O razer; m falta de o ção ara o lazer; O vácuo
emocional nas famílias.

³Inseguro, quanto aos rumos do futuro, o jovem enfrenta o mundo que


lhe arece hostil, refugiando-se na timidez ou ex andindo o
tem eramento´ ± Joana de Ângelis, ³mdolescência e vida´, ág 14.
O jovem e o Es iritismo
‡ Matemática: -ual o melhor dia da vida?
‡ Es iritismo é racional. Nada de ³é
orque é´, ³goela abaixo´ (ação tão
criticada elo jovem).
‡ Lei de causa e efeito (legal e
fisiológico, mas também es iritual).
‡ Diz que é válido se divertir, ambicionar
uma osição social e econômica,
realizar-se sexualmente, etc.

‡ Mas diz que nada oderá ser conseguido às custas de lágrimas


alheias, ou do desres eito à sua ró ria estrutura física e moral.
‡ Para fortalecer, some à im ortância dos exem los uma elevada
carga de informações através da evangelização, dos gru os de
jovens.
O jovem e o es iritismo
‡ Muitos ais sentem-se como que
³traídos´ ao descobrirem envolvimento
de seus filhos com roblemas
relacionados com drogas, sexo ou
violências.
‡ Eu ³dei´ de tudo ara a boa educação
dele... Escola, rou as, clube, viagens...
‡ O siquiatra Robert Coles, da
faculdade de Medicina de Harvard,
sugere desenvolvermos ³a inteligência
moral das crianças´ .

‡ Há quanto tem o os es íritos amigos vêm falando exatamente a


mesma coisa?
‡ ³Meu filho, você nasceu ara contem lar as estrelas; saia do
charco. Por que trocar as estrelas do céu elo brilho ilusório do
chão?´ ± Divaldo Pereira Franco, ³Elucidações Es íritas´
Carta à sexóloga
Folha de São Paulo ± caderno ³Folhateen´
(dirigida à sexóloga Roseli Sayão)

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Os ais es íritas
‡ O que fez de errado a menina da carta?
‡ Nada certamente! Faltaram-lhe
segurança, maturidade e orientação ara
distinguir um a roveitador de um ra az
res onsável.
‡ Poderá até caber-lhe algum sofrimento
(em função da reci itação). Mas nada se
igualará à dor da mãe, quando ela
acordar e conscientizar-se da gravidade
de seu gesto.
‡ O exem lo das ortas das casas de
detenção!

³Os reconceitos que nos foram transmitidos em séculos de


distorções, fazem com que toleremos quase todas as ³mancadas´
dos filhos, menos as de ordem sexual´ Edson Jesus Sardano ±
³mdolescer´, ág. 42.
Os ais es íritas

³-uando alguém convive com um


adolescente encontra-se sob a alça da
mira da sua acurada observação. Ele
com ara as atitudes com as alavras, o
com ortamento cotidiano com os
conteúdos filosóficos, não acreditando
senão naquilo que é demonstrado, jamais
no que é ro osto elo verbo´
Joana de Ângelis, ³mdolescência e vida´, ág 35.

Material dis onível em: ƒƒƒ ovemespirita org br

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